terça-feira - 28/06/2022 - 16:20h
Eleições 2022

MP Eleitoral vê propaganda irregular de ex-governador do RN

O Ministério Público Eleitoral (MPE) protocolou uma representação contra o ex-governador do Rio Grande do Norte Robinson Faria (PL) por propaganda antecipada. O pré-candidato usou uma de suas redes sociais para efetuar pedido de votos, algo que só será permitido a partir de 16 de agosto.

Robinson: propaganda no Instagram (Foto: arquivo)

Robinson: propaganda no Instagram (Foto: arquivo)

Ele postou em seu Instagram diversas imagens com expressões ligadas à campanha e com direito até a eleitores revelando a preferência em seu nome. A Lei das Eleições proíbe que pretendentes a cargos públicos efetuem pedidos expressos de votos no chamado período de pré-campanha.

Nas postagens, eleitores aparecem ao lado da mensagem “Meu voto de federal é para quem tem obra pra mostrar” atrelada à imagem do ex-governador, com uso de expressões como “Robinson Deputado Federal” e “Meu pré-federal tem 1000 obras”.

Desse conjunto, reforça o procurador regional Eleitoral, Rodrigo Telles, “se infere a nítida intenção de solicitar ao público apoio eleitoral nas urnas”.

O representante do MP Eleitoral destaca que, “apesar de o art. 36-A da Lei nº 9.504/97 ter flexibilizado a pré-campanha após a minirreforma eleitoral (Lei nº 13.165/2015), os atos de pré-campanha para a promoção eleitoral de candidatura são vedados quando haja pedido expresso de votos, que pode ser evidenciado pelo emprego de palavras e expressões que, explicitamente, conclamem o eleitor ao voto em pré-candidatos”.

Além da exclusão das postagens (e da proibição de novas postagens com teor semelhante na pré-campanha), Robinson Faria poderá ter de pagar multa à Justiça Eleitoral. Uma merrequinha aí de no máximo R$ 5 mil.

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terça-feira - 28/06/2022 - 12:10h
Revoltante

Pai denuncia injúria racial contra filho em Jogos Escolares do RN

Numa disputa dos Jogos Escolares do RN (JERNs), nessa segunda-feira (27), no Ginásio Poliesportivo Engenheiro Pedro Ciarlini Neto, em Mossoró, um dos atletas foi xingado com expressões que caracterizam injúria racial. A denúncia é feita por seu pai,

Em suas redes sociais, ele postou vídeo em que aparecem o jogo de basquete em andamento, enquanto torcedores adversários rosnam agressões como a palavra “macaco” e produzem sons uníssonos, como se imitassem o guinchar de primatas.

“Infelizmente, meu menino hoje sofreu um ato repugnante de racismo (sic)”, postou Jamerson. “Vamos atrás de justiça e todas as medidas cabíveis e por dentro da lei do Brasil que é totalmente falha. Vamos atrás de justiça. Boletim de Ocorrência (BO) já foi feito”, desabafou.

“Na hora meu filho sentiu muito, agora tá um pouco melhor”, adiantou.

Nota do Canal BCS (Blog Carlos Santos) – Comportamento desses agressores é reflexo do que ouvem e veem em casa. Falta reprimenda à altura. Educação é em casa que se dá. Ou não. A escola tem o dever do ensino formal. Não o contrário. Como dizia minha santa mãezinha: “uso de casa vai à praça.”

*Preservamos nome do rapaz e colégio por zelo à sua imagem.

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terça-feira - 28/06/2022 - 11:20h
Pesquisa TV Tropical/RealTime BigData

Carlos Eduardo possui 26%, Rogério tem 22% e Rafael soma 13%

Senado FederalA pesquisa RealTime Big Data encomendada pela TV Tropical (Natal) também ouviu os eleitores sobre a eleição para o Senado. Ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo (PDT) tem 26% das intenções de voto em pesquisa estimulada. O ex-ministro Rogério Marinho (PL) tem 22%.

O deputado federal Rafael Motta (PSB) soma 13% da intenções.

Ney Lopes (PMB) aparece com 3%; Freitas Júnior (Psol) tem 1%. Já Dário Barbosa (PSTU) não foi citado.

Brancos e nulos correspondem a 19%; e não souberam ou não responderam, 16%.

A pesquisa realizada pelo instituto RealTime BigData e encomendada pela Record TV/TV Tropical consultou 1.500 pessoas, entre os dias 25 e 27 de junho, e está registrada como RN-01637/2022.

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terça-feira - 28/06/2022 - 10:44h
Pesquisa TV Tropical/RealTime BigData

Fátima tem 39%, Styvenson 14% e Fábio aparece com 12%

Pesquisa realizada pelo Instituto RealTime BigData sobre a disputa ao Governo do Rio Grande do Norte e divulgada nesta terça-feira (28) pela TV Tropical e pelo Portal da Tropical aponta que a atual governadora, Fátima Bezerra (PT), tem 39% das intenções de votos na pesquisa Estimulada, quando são apresentados os nomes dos candidatos.TSE - Tribunal Superior EleitoralUrna eletrônica

O senador Styvenson Valentim (Podemos) aparece com 14% das intenções. Em seguida, Fábio Dantas (Solidariedade) tem 12%; Clorisa Linhares (PMB), 3%. Na sequência, Wesli Natal Zuera (DC) e Rosália Fernandes (PSTU) têm 1% das intenções; Danniel Morais (Psol) não foi citado.

Além disso, brancos e nulos somam 17% e não souberam ou não responderam totalizam 13%.

Espontânea

Na pesquisa espontânea, quando não há indicação dos nomes, a governadora Fátima Bezerra aparece com 23% das intenções. O senador Styvenson Valentim soma 6%, sendo seguido por Fábio Dantas, com 5%. Clorisa Linhares foi citada por 1%.

Além deles, brancos e nulos somam 17% e 48% não souberam ou não responderam.

Rejeição aos pré-candidatos

A pesquisa também indagou os eleitores sobre a rejeição aos pré-candidatos.

A governadora Fátima Bezerra aparece com o maior índice, sendo rejeitada por 35% dos entrevistados. O senador Styvenson Valentim tem 27% de rejeição; Fábio Dantas soma 20%; Clorisa Linhares e Wesli Natal Zuera têm 17% de rejeição; Danniel Morais, 16%; e Rosália Fernandes, 14%.

A pesquisa realizada pelo instituto RealTime BigData e encomendada pela Record TV/TV Tropical consultou 1.500 pessoas, entre os dias 25 e 27 de junho, e está registrada como RN-01637/2022.

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terça-feira - 28/06/2022 - 08:22h
Jadson

Nome de Alllyson a deputado estadual se desincompatibiliza de cargo

Nome do prefeito Allyson Bezerra (Solidariedade) à Assembleia Legislativa, o ex-vereador Jadson Rolim (Solidariedade) desincompatibilizou-se do cargo de Assessor Especial do governante mossoroense.

Jadson coordenou campanha vitoriosa de Allyson em 2022 (Foto: redes sociais)

Jadson coordenou campanha vitoriosa de Allyson em 2022 (Foto: redes sociais)

Cumpre legislação para se habilitar à candidatura.

Jadson foi o primeiro presidente do Solidariedade de Mossoró, onde está desde 2013. Foi um dos coordenadores de campanha de Allyson Bezerra à Prefeitura de Mossoró em 2020, é ex-policial militar, servidor de carreira da Polícia Civil do RN, além de graduado em História e pós-graduado em Segurança Pública e Cidadania.

Em dezembro do ano passado, Allyson Bezerra confirmou em entrevista que ele seria o candidato do governismo municipal a deputado estadual (veja AQUI).

– Jadson reúne a capacidade de aglutinar forças e dispõe da confiança de todos. É um bom nome para representar Mossoró e região na Assembleia Legislativa – disse o prefeito. “Quando cheguei [no partido], ele já estava. Coordenou nossa campanha e a nominata mais vencedora de Mossoró com 35 candidatos e quatro eleitos”, falou noutra entrevista (veja AQUI).

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segunda-feira - 27/06/2022 - 23:56h

Pensando bem…

“Pensar que é capaz já é meio caminho andado para realmente provar que é capaz.”

Buda

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segunda-feira - 27/06/2022 - 19:50h
Rádio

Migração de AM’s para FM tem canais já reservados

Rádio FMPor Gilson Cardoso (Da FM 105)

As emissoras de rádios AM de Mossoró já têm reservado os seus canais para a migração pra FM (Frequência Modulada).

A RPC deve ficar em 91,5;

A Rádio Rural em 101,9;

A Rádio Difusora em 106,9 MHz;

A rádio da Uern, Universitária FM, será 97,9.

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segunda-feira - 27/06/2022 - 18:36h
Economia

Cidade Junina faz ‘fast-food’ ter vendas impressionantes

Os números do Mossoró Cidade Junina (MCJ) 2022 continuam impressionando.

Segmento fast-food teve números que impressionam (Foto ilustrativa)

Segmento fast-food teve números que impressionam (Foto ilustrativa)

Em termos econômicos, por exemplo, é impactante na vida de muitos microcomerciantes, ambulantes, área de bebidas e alimentos.

Uma lanchonete com endereço próximo ao Corredor Cultural relata, à nossa página, que chegou a vender mais de 750 sanduíches em apenas uma das noites da programação da festa.

Precisou reforçar sua retaguarda para atender à demanda estelar do período, com esse tipo de comida conhecida como fast-food (alimento rápido, num sentido literal).

Estupendo.

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segunda-feira - 27/06/2022 - 18:10h
RN

Suplente de Styvenson é preso por não pagar pensão alimentícia

Suplente foi preso à manhã desta segunda-feira (Foto: reprodução)

Suplente foi preso à manhã desta segunda-feira (Foto: reprodução)

Da 96 FM

O advogado e ex-candidato a prefeito de Touros, Alisson Taveira Rocha Leal (Podemos) foi preso na manhã desta segunda-feira (27), em São José do Mipibu. Contra ele havia um mandado de prisão em aberto e não cumprido desde o dia 30 de novembro do ano passado, deferido pela Justiça Estadual da Paraíba. O motivo: não pagamento de pensão alimentícia.

Alisson Taveira Rocha Leal é primeiro suplente do senador Styvenson Valentim (PODEMOS-RN). Contudo, tem pouca proximidade com o senador. Em 2018, quando foi eleito senador, Styvenson chegou a demonstrar publicamente que não tinha relacionamento com o suplente. Neste ano, em algumas entrevistas, voltou a citar o suplente como um dos “entraves” para aceitar disputar o Governo do RN.

Na Jovem Pan News Natal, por exemplo, em maio, Styvenson afirmou: “Se Styvenson sai candidato (falando de si mesmo) e ganha, quem entra vai manter compromissos? Um cara que eu não tenho relacionamento nenhum?”.

Em 2020, Alisson Taveira concorreu ao cargo de prefeito de Touros pelo PTB, mas foi apontado pela Justiça Eleitoral como “inapto”.

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segunda-feira - 27/06/2022 - 17:44h
Ordens de serviço

Fátima garante obras de estradas, mas ‘esquece’ RN-404 e Mossoró

A governadora Fátima Bezerra assinou, nesta segunda-feira, 27, a autorização para a restauração de 16 trechos críticos de rodovias nas regiões Seridó, Agreste, Oeste e Alto Oeste, no valor de mais de R$ 20 milhões. O Governo do RN avança na execução do Programa de Restauração de Trechos Críticos das rodovias estaduais com investimento de R$ 53 milhões em recursos próprios para recuperação da malha viária em todo o Estado.

Ordens de serviço foram assinadas nesta segunda-feira (Foto: Elisa Elsie)

Ordens de serviço foram assinadas nesta segunda-feira (Foto: Elisa Elsie)

As ordens de serviço assinadas vão contemplar os trechos:

Região Seridó – RN 228, São José do Seridó/Caicó ligando a RN 118/BR427. RN 087, Florânia/Tenente Laurentino. RN 087, São Vicente/Florânia, BR226. RN 082 Ouro Branco/divisa com a Paraíba. RN 089 Ouro Branco/Jardim do Seridó, BR427. RN 081, Santana do Seridó.

Região Agreste – RN 120, Nova Cruz. RN 269, Barra do Cunhaú/acesso a Vila Flor. RN 003 Espírito Santo/Jundiá. RN 001 Lagoa D’Anta. RN 160 Vera Cruz/Monte Alegre. RN 203, São Tomé/Cerro Corá. RN 203, Barcelona/São Tomé. RN 221, Macau.

Região Oeste – RN 177, São Miguel/divisa com Pereiro/CE. RN 233, Caraúbas/Apodi.

Os serviços serão executados pelas construtoras CLC, Nova Tec e Potiguar.

Também foi firmado Termo de Parceria e Convênio de Delegação de Competência com a prefeitura de Guamaré, para restauração da RN 401, no trecho entre a BR 406 e a RN 221. A RN 401 permite o transporte da produção de petróleo e gás que saem diariamente do polo de Guamaré com destino a Natal e outros estados.

Nota do Canal BCS (Blog Carlos Santos) – Uma pena o esquecimento da RN-117 (Rodovia Milton Marques de Medeiros), trecho Mossoró-Governador. Estrada ganhou batismo recente, mas se mantém abandonada – veja AQUI e AQUI.

Triste também que nenhuma voz seja ouvida, em favor da RN-404 (acesso a Porto do Mangue, na Costa Branca) – veja AQUI.

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segunda-feira - 27/06/2022 - 16:06h
TAM

Sinfônica tem reforço de Olinda Allessandrini em apresentação

Uma programação especial, voltada para a música brasileira. Esse será o concerto de junho da Orquestra Sinfônica do Rio Grande do Norte (OSRN), através do projeto Movimento Sinfônico.

Olinda é pianista consagrada e enriquecerá apresentação da OSRN (Foto: divulgação)

Olinda é pianista consagrada e enriquecerá apresentação da OSRN (Foto: divulgação)

Apresentação será no Teatro Alberto Maranhão (TAM), dia 30 de junho (quinta-feira), a partir das 19h30, com o “Especial Música Brasileira”. A regência será do maestro Linus Lerner (BRA/EUA), e participação da pianista Olinda Allessandrini (BRA), considerada uma das mais versáteis pianistas brasileiras.

Com diversas premiações ao longo de sua carreira, Olinda -natural de Caxias do Sul (RS) – possui álbuns inteiramente dedicados a obras de Villa-Lobos, Radamés Gnattali e Araújo Vianna, além dos trabalhos “Panorama Brasileiro”, “Valsas”, “pamPiano”, “Ébano e Marfim”, “Um piano na Esquina”, com obras de vários compositores.

Entre seus trabalhos, ela tem gravação ao vivo do concerto de 24 de março de 1999, na Filarmônica de Berlim, como solista com a Orquestra Sinfônica Jovem de Charlottenburg, sob a regência de E. Mentges. Suas atividades incluem ainda trabalhos de pesquisa musical, apresentações ao vivo, gravações, programas de rádios, atividades pedagógicas e colaboração em livros e jornais.

Ingressos Gratuitos

Os ingressos serão distribuídos gratuitamente ao público através de inscrição antecipada. E, diante a capacidade de 600 lugares do Teatro Alberto Maranhão, as vagas são limitadas. Os interessados precisam realizar cadastro através da plataforma oficial do Symplaa partir do dia 27 (segunda-feira). O voucher terá valor de ingresso para assistir ao concerto no TAM, chegando até às 19h (no dia 30 de junho).

É importante que o público se atente ao horário de validade do voucher, pois, a partir das 19h – do dia do espetáculo – os ingressos remanescentes serão distribuídos na bilheteria do TAM, por ordem de chegada do público que apostar na ausência daqueles que não utilizarem seus vouchers. Em caso de ingressos remanescentes, a distribuição se dará por ordem de chegada (das 19h às 19h30), na bilheteria do Teatro Alberto Maranhão.

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segunda-feira - 27/06/2022 - 15:28h
Governo do RN

Allyson afirma que estará “votando e dando apoio” a Fábio Dantas

Entrevistado pelo programa Meio Dia RN da 96 FM do Natal, nessa segunda-feira (27), o prefeito mossoroense Allyson Bezerra (Solidariedade) repetiu os nomes que vai apoiar à assembleia Legislativa e à Câmara Federal este ano. E, pela primeira  vez, disse que vai endossar nome de Fábio Dantas (Solidariedade) a governador.

“O partido tem um candidato”, justificou.

Allyson foi entrevistado em emissora de Natal nesta segunda-feira (Reprodução do Canal BCS)

Allyson foi entrevistado em emissora de Natal nesta segunda-feira (Reprodução do Canal BCS)

Segundo o prefeito, “vamos estar votando e dando um apoio a Fábio em Mossoró”.

Deputados

À assembleia Legislativa ratificou escolha feita há meses por Jadson, ex-vereador e ex-presidente local do Solidariedade. Quanto à Câmara Federal, também preferência pelo atual presidente da Câmara Municipal de Mossoró, Lawrence Amorim (Solidariedade).

Presidência

Em relação à Presidência da República, não pedirá voto para nenhum dos candidatos. “Não acredito que a gente tenha poder de influência, pois o voto presidencial é muito pessoal”.

Senado

Sobre o Senado, “estamos caminhando” para o ex-ministro Rogério Marinho (PL). Sua preferência anterior era por Fábio Faria (PL), ministro das Comunicações, quem tem apoiado a gestão e conseguiu em torno de R$ 50 milhões para o município somente no ano passado.

Como Fábio Faria não disputará mais o mandato, a conversa está avançada com Rogério Marinho, que mesmo fora do ministério tem trabalhado liberação de recursos e máquinas à prefeitura.

Bancadas

Na ótica do prefeito, “o partido Solidariedade caminha para fazer quatro deputados estaduais”. Quanto à Câmara Federal, “caminha para fazer dois federais.”

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segunda-feira - 27/06/2022 - 09:30h
Futebol

América perde na Série D para o Retrô em Pernambuco

Não deu para o América de Natal. Perdeu na Arena Pernambuco (São Lourenço da Mata) nesse domingo (26) por 1 x 0 para o Retrô, gol ainda aos 24 minutos do primeiro tempo.

O jogo foi válido pela 11ª rodada do Grupo A3 da Série D do Campeonato Brasileiro e o gol que deu vitória ao adversário foi marcado por Franklin Mascote.

O time pernambucano é isolado o líder do seu grupo com 24 pontos, enquanto o alvirrubro natalense é o terceiro com 17 pontos. O segundo colocado é o Sousa da Paraíba, com 20 pontos.

O próximo jogo do América será contra o Afogados, no próximo domingo (3), às 16h. Já o Retrô enfrentará o Globo no estádio Barrettão, no mesmo dia.

Globo

Já o outro clube potiguar na competição, o Globo de Ceará-Mirim, que derrotou o Afogados nesse domingo, em seu estádio, o Barretão. Placar de 2 x 0.

O time de Ceará-Mirim chegou aos 8 pontos, estando na sétima colocação. Time faz uma campanha sofrível e está praticamente sem chances de classificação.

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segunda-feira - 27/06/2022 - 08:24h
Boca da Noite

Fim do Mossoró Cidade Junina surpreendente com grande público

Evento “morto” em seus quatro primeiros anos, o “Boca da Noite” 2022 surpreendeu nesse sábado (25).

Público surpreendeu em número no fim do MCJ (Foto: PMM)

Público surpreendeu em número no fim do MCJ (Foto: PMM)

Uma multidão seguiu artistas nacionais e locais em trios-elétricos no Corredor Cultural, fechando o Mossoró Cidade Junina (MCJ) 2022.

As atrações deste ano foram Zé Cantor, Parangolé, André Luvi, Alline Reis, Muny Santos, Lucas Lima, Ewerton Linhares e Davson Davis.

A iniciativa da Prefeitura de Mossoró foi um teste de fogo para a gestão do prefeito Allyson Bezerra (Solidariedade), que passou com louvor.

Artistas locais e nacionais apresentaram-se em trios-elétricos (Foto: PMM)

Artistas locais e nacionais apresentaram-se em trios-elétricos (Foto: PMM)

Que venha 2023!

Veja vídeo AQUI.

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segunda-feira - 27/06/2022 - 07:44h
Conhecimento

Escritor prepara lançamento de livro sobre História de Mossoró

Faustino: história em livro (Foto: arquivo)

Faustino: história em livro (Foto: arquivo)

O escritor Lindomarcos Faustino prepara lançamento do seu 31º livro.

Sua expectativa é de entregar o trabalho por volta de agosto próximo.

“História do Município de Mossoró” é o título do livro, adianta Faustino.

A publicação terá mais de 300 páginas.

Mossoroense, também poeta, Lindomarcos Faustino é obcecado pela história de Mossoró e tem trabalhado há vários anos na preservação e prospecção de conteúdo que fortaleçam a cultura do lugar e do seu povo.

Em 2015, lançou o grupo “Relembrando Mossoró”, na plataforma virtual Facebook, em 2015, que se transformou num sucesso nas redes sociais, com mais de 115 mil membros. É um canal em que promove a interação de mossoroenses espalhados por todo o mundo, fortalecendo laços e a identidade nativista.

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domingo - 26/06/2022 - 23:56h

Pensando bem…

“Há um remédio para qualquer tipo de erro: reconhece-lo.”

Franz Grillparzer

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domingo - 26/06/2022 - 12:40h

Bendita compreensão

Por Inácio Augusto de Almeida 

Tem dia que não bate uma saudade. Nem forte nem fraca. Simplesmente não bate saudade alguma. No peito, aquela agulhada no coração, provocada por lembranças que teimam em se fazer presentes. Lembrança, fotografia, fotógrafo, lambe-lambe

Sabe que não é saudade o que lhe incomoda, pois entende ser saudade a lembrança de momentos bons, alegres e com os quais todos sonham, numa hipotética volta ao passado.

Novamente viver? Sabe ser impossível. A vida não é uma fita de vídeo.

O que mexe com ele são as lembranças que não ficaram como saudades.

Lembranças que, às vezes, comportam-se como um duro promotor, de dedo apontado para seu peito, gritando erros cometidos há anos. Erros não esquecidos, e que teimam em atormentá-lo com cobranças cabíveis por conta de loucuras cometidas e que, quando repassadas, vê, com total clareza, o quanto foi insensato, procedendo de maneira tão condenável aos olhos de agora.

Num instinto de defesa, grita que jamais procedeu de forma intencional quando agia daquela maneira, agora entendida como tresloucada.

Lembra de tanta coisa. E de tantas coisas ri, enquanto o promotor, com olhos esbugalhados e com uma baba escorrendo pelo canto da boca, teima em aparecer com cobranças já prescritas.

O tempo tudo cura. Cura quando lhe mostra o quanto mudou daqueles dias para cá. E dia a dia, através do processo natural de amadurecimento, passou a entender que o ele de hoje é outro totalmente diferente.

Foram mudanças lentas, progressivas, imperceptíveis, mas tão profundas que às vezes não se reconhece de imediato e pensa até mesmo ser uma outra pessoa.

E assusta-se ao tentar imaginar como será o amanhã. Chega até mesmo a sentir medo do novo eu, que fatalmente surgirá.

Tem agora consciência de não ser possível mudar o que está em constante mutação…

Aprendeu, pelo sofrimento, que sabedoria sem humildade é como piscina sem água. E, principalmente, que não se adquire sabedoria através da cultura, mas do dia a dia. Lembra-se de Patativa do Assaré e de Cora Coralina a produzirem cultura fazendo uso de um palavreado simples, bem diferente da linguagem rebuscada, utilizada por intelectualóides que mascaram o vazio do amontoado de palavras, escrevendo de uma maneira que obrigaria até Champollion ao uso de dicionário.

Fazem isto para parecer coisa de algum valor as baboseiras que escrevem. Acha tudo isto um sarro. Ou é um medíocre a buscar um academicismo do qual está distante anos luz?

Hoje, prefere repartir o pouco conhecimento com todos a se isolar para posar de intelectual.  Faz, assim, a opção pela generosidade mental.

Aprendeu que a vida é compartilhar. O resto é frescura de egoístas de corruptelas, condenados ao esquecimento.

As lembranças amargas já não lhe provocam tantas dores. Entende perfeitamente que a maneira equivocada como procedeu foi determinada por conhecimentos limitados. O meio lhe encheu de falsos valores. E o maior deles foi achar que felicidade era TER.

TER e ostentar, achava ser o suficiente para mostrar-se um vencedor.

Hoje, vê corruptos agindo desta maneira, e ri. Ri ao constatar que quanto mais pobre o meio social de origem, maior a necessidade de ostentação…

O tempo é capaz de transformar egoístas em generosos. Mas isto só acontece com os que não ficam estáticos e compartilham conhecimento, num alegre jogo de dar e receber, só possível aos de espírito generoso.

Tudo isto avalia, e se convence de que os erros cometidos resultaram da imaturidade de um tempo que foi vivido de forma compatível ao ser que ele era naquela época. E que não podia ser diferente do que foi.

Será que daqui a alguns anos este mesmo sentimento de culpa não irá surgir e um outro promotor vai aparecer no seu imaginário para lhe acusar dos atos praticados hoje?

Será que este incansável acusador se fará presente até o último dia de sua vida?

Vida que nada mais é do que mudanças constantes.

Melhor deixar estes questionamentos de lado, procurar esquecer as lembranças e se refugiar nas saudades.

As saudades são sempre doces …

Inácio Augusto de Almeida é escritor e jornalista

Crônica dedicada ao Pe. Sátiro.

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Categoria(s): Crônica
domingo - 26/06/2022 - 11:38h

A maior disputa no RN na eleição de 2022

Por Ney Lopes

O TSE vetou a possibilidade da criação de uma coligação para o cargo de governador e outra diferente para o cargo de senador.

O TSE vetou a possibilidade da criação de uma coligação para o cargo de governador e outra diferente para o cargo de senador.plenario-do-senado-08042022202459432 (1)

A decisão veda o PT, PDT e PSB no Rio Grande do Norte se unirem para apoio à um nome comum para governador, porém formando simultaneamente coligações distintas para concorrer ao Senado Federal.

Carlos Eduardo e Rafael Mota, querendo, serão candidatos “isolados” para o senado, pelo PDT e PSB, respectivamente.

Ou, o PT escolhe um dos dois para coligar-se com Fátima Bezerra.

A possível coligação para governador não poderá abrigar os dois na disputa do senado.

Foi confirmada a a possibilidade de uma agremiação, sem integrar qualquer coligação, lançar candidata ou candidato ao cargo de senador individualmente.

A disputa do senado tornou-se mais indefinida, a partir dessa decisão do TSE.

O PT terá que escolher um candidato para coligar-se com Fátima Bezerra e poder dividir tempo de TV e os milhões do Fundo Eleitoral.

Rafael Mota insiste na rebeldia de candidatar-se, mesmo com a preferência dada a Carlos Eduardo na aliança com o PT.

Ele acha que sendo do PSB, partido do vice de Lula, tem maior legitimidade do que Carlos Eduardo, que apoia Ciro Gomes à presidência, ferrenho adversário do petista.

Rafael encontrou-se com o Styvenson Valentim (Podemos), ao que se informa será mesmo candidato ao governo, e abriu porta para coligação com o PSB.

O senador Styvenson é veemente contra a governadora. Recentemente, em polêmica sobre o hospital Tarcísio Maia em Mossoró, ele classificou o governo estadual de lerdo, inapto e irresponsável.

Enquanto isso, na véspera da visita de Lula a Natal, a governadora encontrou-se com Rafael e os elogios foram recíprocos.

Em que dará esse “imbróglio”?

Na recente pesquisa SETA, o bolsonarista Rogério Marinho voltou a perder espaço para Carlos Eduardo.

Ambos têm, juntos, “apenas “cerca de um terço dos votos. Freitas Jr (PSOL) e Dario Barbosa (PSTU) se aproximam de 7%.

O autor deste texto é pré-candidato independente ao Senado.

Muitos ainda da decisão dessa candidatura.

Considerando percentuais de pesquisas anteriores, constata crescimento de mais de 100%, pois estava no patamar de 2%.

Agora atingiu 5.4%, sem apoios tradicionais e apenas mostrando para o julgamento popular, o trabalho parlamentar de 24 anos, no Congresso Nacional.

Essa prestação de contas é feita através de redes sociais, cujo endereço é @neylopesrn e o blog  www.blogdoneylopes.com.br  . 

Percebe- se, que a vaga de senador do RN será a maior disputa nesta eleição de 2022, superando, inclusive, governador.

Muita água irá correr ainda debaixo da ponte…

Ney Lopes é jornalista, advogado e ex-deputado federal

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domingo - 26/06/2022 - 10:44h

Uso de agroquímicos em frutos e hortaliças deverá ter restrições

Por Josivan Barbosa

A Comissão Europeia (CE) apresentou durante a semana uma proposta para obrigar a reduzir em 50% até 2030 o uso de agroquímicos em frutos e hortaliças e demais produtos vegetais nos países que formam a União Europeia, o que se verificará de forma diferente em função da situação da Legislação de cada nação membro.Agrotóxico, agroquímicos, lavoura, plantação com pesticida - foto

Para compensar o impacto dessa medida sobre os produtores, que precisam fazer um esforço hercúleo para se ajustar à nova legislação, Bruxelas propôs que os produtores possam se beneficiar da ajuda da Política Agrícola Comum (PAC) durante cinco anos. Se a Comissão Europeia está exigindo isso para os seus produtores, não podemos esperar nada diferente para aqueles produtores que exportam os seus produtos para a Comunidade Europeia, como é o caso dos produtores e exportadores de frutos tropicais do Brasil que têm na Europa um grande parceiro comercial.

De acordo com a Comunidade Européia, cientistas e cidadãos estão a cada dia mais preocupados com agroquímicos e o acúmulo de seus resíduos e metabólitos no meio ambiente e que precisamente a Conferência sobre o Futuro da Europa, que tem a participação de todos os países, chegou à conclusão de abordar especificamente o uso e o risco dos agroquímicos.

Bruxelas considera que a normativa atual sobre agroquímicos tem demonstrado fragilidade e é aplicada de forma desigual. Assim, passa a trabalhar com objetivos legalmente vinculantes em nível nacional e da União Européia para reduzir em 50% o uso e o riscos de agroquímicos e o uso de agroquímicos considerados perigosos até 2030.

Além disso, a Comissão Européia implanta novas regras para o controle de pragas que garantiram que todos os agricultores e outros usuários profissionais pratiquem o manejo integrado dos agroquímicos.

As medidas tornam também obrigatório os registros para agricultores e outros usuários profissionais.

Além disso, os Estados membros deverão estabelecer normas específicas para os cultivos e identificar as alternativas ao uso de agroquímicos.

Outra novidade é a proibição total dos pesticidas em setores sensíveis, como as áreas verdes urbanas, incluindo parques e jardins públicos, zonas de esporte, escolas e centros desportivos, assim como as áreas protegidas da rede Natura 2000 e qualquer área ecologicamente sensível a ser preservada para manter os polinizadores.

A união por outra PAC, que engloba muitas organizações de agricultura ecológica, cultivo extensivo, ONGs e expertos em alimentação, celebrou a proposta da Comissão Europeia para reduzir em 50% o uso de praguicidas químicos em 2023.

Um exemplo para Mossoró

A Fyffes (a maior empresa de fruticultura do mundo) e sua subsidiária Grupo Sol em Honduras promovem a participação das comunidades locais em projetos de inversão comunitária relacionados com quatro importantes áreas que contribuem para o desenvolvimento sustentável: nutrição, mudanças climáticas, gênero e educação.

De acordo com os resultados da Avaliação das Necessidades da Comunidade realizado pela Fyffes em 2021, com a participação de 900 membros de 14 comunidades próximas da zona de Choluteca, foram propostos novos projetos locais de Responsabilidade Social Empresarial, entre eles:

  • Nutrição com Sabor de Melão: promove a doação de alimentos, assim como avaliação nutricional e segurança alimentar em duas escolas da zona;
  • Cultivo de Milho e Segurança Alimentar: promove a geração de recursos alternativos através da produção de milho;
  • Retorno Seguro à Sala de Aula: projeto de doação de equipamentos e capacitação para prevenir a COVID – 19 em 30 escolas que beneficia 6500 alunos
  • Brigadas Médicas Comunitárias: leva atenção médica às comunidades onde a Fyffes atua.

Josivan Barbosa é professor e ex-reitor da Ufersa

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Categoria(s): Artigo / Economia
domingo - 26/06/2022 - 08:46h

Corte Constitucional e Tribunal Supremo

Por Marcelo Alves

Na atualidade, muito se fala do nosso Supremo Tribunal Federal (STF), embora os que assim o fazem saibam pouco ou quase nada da real conformação e do funcionamento do dito cujo. É um tribunal badalado – discutido, talvez fosse a palavra mais justa –, sem dúvida.

Plenário do STF (Foto: Rosinei Coutinho)

Plenário do STF (Foto: Rosinei Coutinho)

Mas, deixando de lado as discussões de torcida, uma das coisas mais curiosas acerca do STF é o fato de ser ele, ao mesmo tempo, corte constitucional e tribunal supremo.

Uma corte constitucional é um órgão com feições jurisdicionais, previsto na Constituição, em regra posto à parte do Poder Judiciário, cuja função é analisar/julgar a constitucionalidade de leis e de outros atos dos poderes do Estado, para garantir o devido respeito ao texto constitucional. Fruto do trabalho teórico do austríaco Hans Kelsen (1881-1973), trata-se, nas palavras de Helmut Simon (em “La Jurisdicción Constitucional”, texto constante do “Manual de Derecho Constitucional” organizado por Ernest Benda e publicado pela Marcial Pons Ediciones em 1996), de “uma instância institucionalmente orientada à manutenção e vigência de uma Constituição”. E que, como diz Vitalino Canas (em “Introdução às decisões de provimento do Tribunal Constitucional”, publicação da Associação Acadêmica da Faculdade de Direito de Lisboa, 1994), “sejam órgãos específicos de fiscalização da constitucionalidade, ou desempenhem paralelamente outras funções, denominem-se Tribunal Constitucional, Conselho Constitucional, Tribunal de Garantias Constitucionais, Supremo Tribunal Constitucional, Tribunal Superior ou de qualquer outro modo, encontramo-los hoje em todos os continentes”.

Já um tribunal supremo, tomado isoladamente, é o órgão de cúpula, de última instância, de derradeira apelação, do Poder Judiciário de determinado país, destinado a dar a “última palavra” nos diversos conflitos de interesses – cíveis, criminais, administrativos, trabalhistas etc. – surgidos país afora. É algo bastante intuitivo, por sinal, a existência dessa “court of last resort” (como diriam os ingleses), pois toda querela merece ter um fim.

Para exemplificar essa dicotomia Corte Constitucional versus Tribunal Supremo, vejamos o que se dá em alguns países europeus.

Portugal tem o seu Tribunal Constitucional, órgão constitucional autônomo que recebe da Lei Fundamental portuguesa tratamento destacado à semelhança do que se dá com a Presidência da República, a Assembleia da República e o Governo. Mas tem também o seu Supremo Tribunal de Justiça, que é a mais alta corte na hierarquia dos órgãos judiciais do país. Ainda na Península Ibérica tem-se o Tribunal Constitucional de España, que foi previsto pela própria Constituição de 1978 como o seu definitivo intérprete. E tem-se o Tribunal Supremo como órgão judicial que se encontra na cúspide do Poder Judiciário espanhol. Mais interessante ainda é o caso da França. Há o Conseil Constitucionnel francês. Mas existem ali duas cortes supremas: o Conseil d’État, a Suprema Corte da Justiça Administrativa francesa; e a Cour de cassation, a Suprema Corte da Justiça Comum francesa. Cada país com a sua mania.

O problema entre nós é: o STF, sob esse aspecto, é um órgão híbrido, uma vez que acumula funções de corte constitucional e de corte suprema. O texto da nossa CF não deixa dúvida quanto a isso. Basta ler alguns trechos: “Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: I – processar e julgar, originariamente: a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal; b) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da República”. Temos já aí jurisdição constitucional clássica, mas também matéria infraconstitucional criminal (aliás, já se diz estar o nosso STF se consolidando como um tribunal penal). Some-se a isso a competência do STF para fins de recurso extraordinário (inciso III do citado art. 102), com forma de dar a “última” palavra no sistema recursal brasileiro.

Bom, há uma explicação para essa conformação híbrida do STF: o seu modelo histórico é a U.S. Supreme Court que, como a mais alta instância judicial americana, detém múltiplas competências, entre elas a de fazer cumprir aquilo que está na Constituição do país.

Por fim, se esse formato peculiar do STF é salutar ou não é algo que devemos discutir cientificamente (e não por achismo de torcidas). Afinal, é para isso que serve a ciência jurídica. Assim como é algo para um Poder Constituinte legítimo decidir manter ou alterar. Afinal, é assim que faz em um Estado Democrático de Direito.

Marcelo Alves Dias de Souza é procurador regional da República e doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL

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Categoria(s): Artigo
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domingo - 26/06/2022 - 07:20h

Domicílio civil e domicílio eleitoral

Por Odemirton Filho 

Recentemente, o ex-juiz Sergio Moro teve o seu requerimento de transferência de domicílio eleitoral, de Curitiba para São Paulo, indeferido pelo Tribunal Regional Eleitoral paulista.  título de eleitor - foto

Nas razões da decisão, o relator do caso asseverou que “não se pode deferir a concessão de um benefício sem que se prove minimamente a existência de um desses vínculos, circunstância que não ocorreu no caso concreto”.

Contudo, quais seriam esses vínculos?

Cumpre, inicialmente, explicar o que vem a ser o domicílio civil.

O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua residência com ânimo definitivo, de acordo com o Código Civil. (Art.70). Para a professora Maria Helena Diniz o domicílio é definido como “a sede jurídica da pessoa, onde ela se presume presente para efeitos de direito e onde exerce ou pratica, habitualmente, seus atos e negócios jurídicos”.

A residência é o local no qual a pessoa mora, exigindo-se o intuito de permanência. Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências, onde, alternadamente, viva, considerar-se-á domicílio seu qualquer delas. (Art.71).

O domicílio civil possui dois requisitos: um objetivo e outro subjetivo. O primeiro refere-se aos motivos que independem da vontade do indivíduo. Ou seja, o lugar. Já o requisito subjetivo exige a vontade de permanecer de modo definitivo naquele lugar objetivamente indicado.

Por outro lado, domicílio eleitoral é o lugar de residência ou moradia do requerente, e, verificado ter o alistando mais de uma, considerar-se-á domicílio qualquer delas. (Art.42).

O conceito de domicílio eleitoral pode ser demonstrado não só pela residência com ânimo definitivo, mas também pela constituição de vínculos políticos, econômicos, sociais ou familiares. (Ac.-TSE, de 4.10.2018, no RO nº 060238825 e, de 8.4.2014, no REspe nº 8551).

A Resolução n. 23.659/21 diz que para fins de fixação do domicílio eleitoral no alistamento e na transferência, deverá ser comprovada a existência de vínculo residencial, afetivo, familiar, profissional, comunitário ou de outra natureza que justifique a escolha do município.

Como ensina o doutrinador Adriano Soares da Costa, o Direito Eleitoral não serve, para efeito de domiciliação, o estar de passagem apenas, sem algum liame que o vincule à zona eleitoral, que o faça parte da comunidade votante.

Em razão da elasticidade do conceito de domicílio eleitoral, é comum a existência de cidades praticamente com o número de eleitores igual ao de habitantes. Isto é, se a pessoa trabalhar em determinada cidade, mesmo que ali não resida, poderá fixar o seu domicílio eleitoral, da mesma forma, se existirem familiares, pais ou avós, em cidades nas quais não resida.

Em Cajueiro da Praia (PI), por exemplo, dos 6.801 eleitores registrados após o fechamento do cadastro eleitoral, em 4 de maio de 2022, muito se aproxima da quantidade de habitantes que, conforme estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para 2021, são de 7.704 pessoas.

Em caso de mudança de domicílio eleitoral, cabe ao eleitor requerer ao juiz do novo domicílio sua transferência, atendidos os seguintes requisitos:

  1. a) apresentação do requerimento perante a unidade de atendimento da Justiça Eleitoral do novo domicílio no prazo estabelecido pela legislação vigente; b) transcurso de, pelo menos, um ano do alistamento ou da última transferência; c) tempo mínimo de três meses de vínculo com o município, dentre aqueles aptos a configurar o domicílio eleitoral, nos termos da mencionada Resolução, pelo tempo mínimo de três meses, declarado, sob as penas da lei, pela própria pessoa; d) regular cumprimento das obrigações de comparecimento às urnas e de atendimento a convocações para auxiliar nos trabalhos eleitorais.

Portanto, em linhas gerais, eis a diferença entre o domicílio civil e o domicílio eleitoral, tema que, de vez em quando, suscita dúvidas e questionamentos.

Odemirton Filho é bacharel em Direito e oficial de Justiça

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Categoria(s): Artigo / Eleições 2022
domingo - 26/06/2022 - 04:34h

A cidade que nunca leu um livro – Romance – Capítulo 6

A origem do fim

Por Marcos Ferreira

Desempregado e ainda sem ter recebido um centavo da rescisão trabalhista, Jaime Peçanha levou adiante o que prometera à esposa, Laura Gondim: vender todos os livros dele. Isso, além de amenizar o drama financeiro, faria com que ele ganhasse alguns pontos junto à mulher, que sempre manifestara o desejo de se livrar daqueles “condomínios de ácaros e fungos” que lhe atacavam a rinite alérgica.fim, túnel, dúvida

Entre autores nacionais e estrangeiros, como Graciliano Ramos, Guilherme de Almeida, Machado de Assis, Rachel de Queiroz, Adonias Filho, Dostoiévski, Miguel de Cervantes, Tolstói, Mario Quintana, Florbela Espanca, Gabriela Mistral, Lúcio Cardoso, Olavo Bilac, Cesário Verde, Lima Barreto e Júlia Lopes de Almeida, foram quase oitocentos títulos vendidos por três mil reais. Valor este dividido em três parcelas de mil reais. O sebista também exigiu as três estantes de ferro.

A negociação, toda ela pechinchada, rolou da metade da manhã para próximo do meio-dia. Durante o tempo em que esteve no Sebo Verdugo, onde conseguiu vender a sua biblioteca de algumas centenas de volumes por esse preço simbólico, o jornalista e escritor Jaime Peçanha demorou-se mais do que imaginara devido a um assunto levantado em determinado momento — na verdade requentado — pelo astucioso sebista Antoniel Silva. É importante recordar que em Mondrongo existem somente dois sebos: o Verdugo e o Sebo Bate-Bucha, este de propriedade do xilógrafo Gotardo Luís. O xilógrafo ofereceu meramente dois mil reais pelo acervo, em duas parcelas. A cidade conta com duas pequenas livrarias. Uma está situada no Centro e a outra funciona no único shopping, o Pastagem, uma grande bodega mal refrigerada e elitista.

— Você realmente acredita nessa lenda, Antoniel? — refutou, Jaime sentado num banquinho de madeira diante de Antoniel Silva, que ocupava outro banco do mesmo tipo, ambos num local menos apertado, à entrada do comércio, que naquele instante não contava com nenhum cliente. — Isso não passa de folclore propagado pelo Cândido Besouro, tido e havido como um semideus neste cu de judas.

Com um robusto exemplar de O Propósito de Lampião em Mondrongo, já pela terceira ou quarta edição, esta última lançada pelo próprio Sebo Verdugo, Antoniel Silva usava de sua lábia e astúcia de antigo negociante de livros e egos para tentar vender o seu peixe de tinta e celulose a Jaime Peçanha por nada mais, nada menos que setenta reais. Título que já caiu em domínio público, pois a primeira edição data de 1935, O Propósito de Lampião em Mondrongo tem como lastro não o mero saque a esta comuna, mas uma conspiração do coronel Juarez Albuquerque Azevedo para que Lampião assassinasse o então prefeito de Mondrongo, Adolfo Fagundes.

— Rapaz, está tudo aqui — assegurou Antoniel folheando o livrório de umas quatrocentas páginas, novo e com posfácio de Dionísio da Costa Limeira, perpétuo presidente da Academia Santa-luziense de Letras. — Você sabe que o mestre Cândido Besouro era um folclorista e historiador sério, estudioso da mais alta credibilidade e competência ante os acontecimentos pesquisados e registrados por ele.

Daí teve início a seguinte porfia entre os dois:

— Como se não bastasse, Besouro ainda escreveu nesse calhamaço, o qual eu já li numa determinada época, que Lampião, um elemento notoriamente conhecido como semianalfabeto, teria dito que Mondrongo é “a cidade que nunca leu um livro” — contestou Jaime. — Ora! Besouro diz ainda que Virgulino Ferreira da Silva, o vulgo Lampião, o Rei do Cangaço, escrevia poemas de amor para a sua não menos valente Maria Bonita. Tenha santa paciência, meu caro! Nenhum outro folclorista deste país deu semelhante vexame historiográfico. Quando não sabia de uma coisa, para não deixar ninguém sem resposta e não ficar por desinformado, Besouro costumava inventar histórias desse tipo. Lampião não se interessava por versos, era homem de armas, não de letras, muito menos poderia dizer se Mondrongo possuía ou não leitores.

Antoniel Silva consertou os grandes óculos de grau sobre o narigão vermelho, sungou os testículos, largou dois pigarros e prosseguiu defendendo a reputação do folclorista, historiador, etnógrafo, antropólogo, poeta, advogado, jornalista, nazista, fascista e o escambau. Enquanto Antoniel tagarelava na defesa do semideus da intelectualidade santa-luziense, Jaime Peçanha teve este rápido estalo:

— “A cidade que nunca leu um livro” — falou.

— O que isso tem a ver? — inquiriu Antoniel.

— Me parece que soa bem para um romance.

— Péssimo nome. E você tem um romance?

— Estou começando… Ainda faltava o título.

Antoniel Silva, que àquela altura já havia se dado conta de que não conseguiria abater o seu produto “da mais alta credibilidade e competência” no dinheiro que teria que pagar a Jaime, súbito começou a tomar a recusa do outro como uma ofensa pessoal: “Você é um invejoso, um despeitado. É isso, tem inveja da grandeza e glória do mestre Cândido Besouro”. Jaime não deu bola para o fricote. Pois outro fato notório é que o sebista-editor Antoniel Silva é um baba-ovo despudorado não somente da memória intelectual de Besouro, mas também de toda uma récua de intocáveis pavões de Mondrongo e de Cafundolândia, a capital do nosso estado de Santa Luzia.

— Mudei de ideia — disse Jaime de repente.

— A respeito de que você está falando agora?

— Decidi que vou levar esse troço do Besouro.

— Garanto que está fazendo ótima aquisição.

— Não é pela obra em si, eu também asseguro.

— Por quê, então?! Trata-se de um clássico!

— Porra nenhuma, Antoniel Silva! Porém me será útil de alguma maneira na composição do meu enredo “A cidade que nunca leu um livro”. Pronto, camarada! Agora eu já tenho um título, e você fica sabendo de antemão.

— Segundo Cândido Besouro em seu clássico O Propósito de Lampião em Mondrongo, como você talvez recorde, tem a ver com a narrativa de que o avô paterno do Rei do Cangaço supostamente abriu a primeira livraria de Mondrongo, vindo a falir em menos de um ano de atividade por falta de clientes. Isto é, leitores. Magoado, portanto, o avô de Virgulino Ferreira teria publicado um artigo na Tribuna Mondronguense afirmando que os habitantes de Mondrongo jamais leram um livro.

— Conheço essa história. O problema é que Besouro não transcreveu o referido artigo nem jamais nenhum pesquisador do estado de Santa Luzia nem de parte alguma localizou o desabafo do avô de Lampião nos arquivos da Tribuna. Na obra, sem riqueza de detalhes, Besouro diz que o homem se chamava Leopoldo Ferreira, ex-ferroviário, e que seria natural de Serra Talhada, em Pernambuco. Informa ainda que o cara, poeta bissexto e amante da literatura, teria empregado todas as suas economias nesse projeto fracassado da livraria e terminou perdendo tudo, afundando na ruína financeira, terminando os seus dias de vida como mendigo em Mondrongo.

Como era de se esperar, o sebista-editor ficou satisfeito por, enfim, ter conseguido vender seu peixe de papel. Contudo, não digerindo bem o descaso de Jaime em relação a Cândido Besouro, retrucou o que lhe pareceu uma guinada contraditória na produção literária de Jaime Peçanha: as críticas que não raro, por meio de contos, poemas e crônicas, Jaime desferia contra a hoje derrotada oligarquia Albuquerque Azevedo e a administração pirotécnica e afetada do prefeitinho Wallace Batista:

— Você por acaso virou a casaca, Peçanha?

— Não estou entendo o porquê da pergunta.

— Ora, amigo, você num domingo sim e no outro também baixava o cacete no lombo do atual prefeito em suas produções cheias de veneno e duplo sentido, mas agora resolve se voltar contra o nosso maior folclorista Cândido Besouro! Vai escrever também sobre cangaço, logo você que sempre desprezou esse tema?! Ou seja, trocará de alvo tão só para atacar o nome de um ícone das nossas letras.

Depois de uma gargalhada, Jaime respondeu:

— Larga de ser puxa-saco de defunto, homem! Já lhe basta essa intelectualidade pavonesca cujos testículos você vive osculando. Entenda que não passa pela minha cabeça, não ao menos neste momento, escrever nada contra o senhor Cândido Besouro, embora ele também mereça umas boas chibatadas.

— O que pretende fazer, então? Você não dá ponto sem nó, Jaime. Aposto que está tramando também contra o mestre Besouro.

— Não seja paranoico. Adquiri o catatau porque acho que me será útil em certos momentos da minha narrativa, de modo a embasar algumas coisas. Como eu lhe disse, Antoniel, eu já li essa porcaria e sei que tem vários ingredientes aí que, juntando com o material que tenho em curso, poderão resultar num bom caldo. Não estou livrando a cara do prefeitinho Wallace Batista de modo algum. Pelo contrário. Disponho de um dossiê devastador contra ele, desde o tempo em que foi presidente da Câmara de Vereadores, deputado estadual e hoje se aboletou na Prefeitura.

— Está louco? Vai plagiar o mestre Besouro?

— Não exija muito dos seus vinte neurônios.

— Fala sério, Peçanha! Que porra vai fazer?

— Eu já falei que vou reler O Propósito de Lampião em Mondrongo meramente para me reiterar de certas historietas registradas nesse trabalho pelo seu mestre coleóptero. Não vou plagiar merda alguma. Confesso, todavia, que talvez eu reescreva algumas dessas anedotas, como essa, sobretudo, do cangaceiro Lampião supostamente haver dito que Mondrongo é “a cidade que nunca leu um livro”. De onde diabos Cândido Besouro tirou esse conto da carochinha? Você faz alguma ideia? Também fico imaginando Virgulino Ferreira no meio da caatinga, enquanto se escondia das volantes, de posse de lápis e papel escrevendo versinhos para a Maria Bonita dele.

— O trabalho de Besouro tem lastro, amigo.

— Francamente, um Lampião poeta não dá.

— Ora! Jesuíno Brilhante não se tornou conhecido como o cangaceiro romântico? Por que Lampião, que sabia ler e escrever, de forma precária, mas sabia, não poderia gostar de versos e escrever para a rainha do cangaço?

— Se Besouro tivesse afirmado em algum livro que a Terra é quadrada, Antoniel, até hoje você estaria defendendo tal despautério.

— Acho melhor você se ocupar com a oligarquia Albuquerque Azevedo e o prefeito Wallace Batista. Mas tome cuidado com ele.

— Por que eu deveria me preocupar em especial com o prefeitinho Wallace Batista? Você está sabendo de algo sobre a índole do jovem alcaide que não sei? Porventura devo sair de casa agora usando colete à prova de balas? E qual seria o nível de resistência a que tipo de calibres? Já estou tremendo de medo.

— É bom mesmo que tome cuidado. Você não tem peito de aço e Wallace Batista não é de levar desaforo para casa como esse pessoal da oligarquia Albuquerque Azevedo, contra quem você costuma escrever cobras e lagartos.

Jaime Peçanha se cansou daquela lenga-lenga:

— Vamos ao que importa. Assine meu cheque.

— Já vou descontar os setenta do livro, ok?

— Claro que sim! Contanto que tenha fundos.

— Você e suas piadinhas sem graça, Jaime.

— É somente força do hábito, caro Antoniel.

Naquele dia, embora bem-humorado, Jaime deixou o Sebo Verdugo com a estranha sensação de que possuía um alvo desenhado em suas costas, no peito ou na testa. Pois no fundo ele sabia que o senhor prefeito, embora não fosse homem de armas e muito menos de ação, possuía índole sub-reptícia e traiçoeira. Não duvidava, pois, que o prefeitinho fosse capaz de contratar um pistoleiro para silenciá-lo e pôr um basta em suas críticas arrimadas na literatura: contos, poemas e crônicas.

Além disso, agora Jaime também trabalhava num dossiê, um romance bombástico que detonaria, mesmo se resguardando na trincheira de peça ficcional, a carreira política de Wallace Batista, elemento este que vem se revelando até pior do que grande parte dos integrantes da oligarquia Albuquerque Azevedo.

Ali começava, portanto, a origem do fim.

Leia tambémA cidade que nunca leu um livro – Prólogo;

Leia tambémA cidade que nunca leu um livro – Capítulo 2;

Leia tambémA cidade que nunca leu um livro – Romance – Capítulo  3;

Leia tambémA cidade que nunca leu um livro – Romance – Capítulo 4;

Leia também: A cidade que nunca leu um livro – Romance – Capítulo 5.

Marcos Ferreira é escritor

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Categoria(s): Conto/Romance
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