“As pessoas aprenderiam mais com os seus erros se não estivessem tão ocupadas negando-os.”
Harold J. Smith
Jornalismo com Opinião
“As pessoas aprenderiam mais com os seus erros se não estivessem tão ocupadas negando-os.”
Harold J. Smith
Apesar de liderar a corrida eleitoral no Rio Grande do Norte, a governadora Fátima Bezerra (PT) detém a maior rejeição para a disputa do governo do Estado, segundo números da pesquisa 98FM/DataVero divulgada nesta segunda-feira (4).
Para o Senado, o mais rejeitado é o ex-ministro do Desenvolvimento Regional Rogério Marinho (PL), que está em 2º lugar na pesquisa estimulada de intenções de voto.
Governo do RN – Rejeição
Senado – Rejeição
A pesquisa 98FM/DataVero entrevistou 1.500 pessoas entre os dias 28 de junho e 1º de julho. A margem de erro é de 2,5 pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%. A pesquisa está registrada na Justiça Eleitoral sob os protocolos BR-08402/2022 e RN-00701/2022.
Leia também: Fátima tem 41,35%, Styvenson 11,73% e Fábio Dantas 7,22%;
Leia também: Carlos Eduardo soma 23,66%, Rogério tem 12,59% e Rafael 6,83%;
Leia também: Números mostram perfil dos eleitores de Fátima, Fábio e Styvenson.
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Pesquisa 98FM/DataVero divulgada nesta segunda-feira (4) aponta que a governadora e pré-candidata à reeleição Fátima Bezerra (PT) pontua melhor na fatia do eleitorado formada por mulheres (chega a 42,45% das intenções de voto), jovens de até 24 anos (49,22%), analfabetos (51,67%) e pessoas que recebem no máximo 5 salários mínimos (48,03%). Por região, ela vai melhor na Central (50%).
Já o principal adversário dela, Fábio Dantas (Solidariedade), tem melhor desempenho entre homens (atinge 9,7%), idosos com mais de 60 anos (9,09%), pessoas com ensino superior (8,87%) e aqueles que recebem entre 5 e 10 salários mínimos (19,23%). Por região, Fábio pontua melhor na região Leste do Estado (chega a 8,47%).
Dúvida
Styvenson Valentim (Podemos), que ainda não decidiu se será candidato, tem mais intenções de voto entre homens (alcança 13,12%), adultos jovens de 25 a 34 anos (16,21%), pessoas com ensino superior (18,09%) e que ganham entre 3 e 5 salários mínimos (19,08%). Por região, Styvenson vai melhor nas regiões Central (13,25%) e Oeste (13,24%).
Na média, considerando o cenário com Styvenson, Fátima tem 41,35% das intenções de voto. O senador aparece com 11,73% e Fábio Dantas tem 7,22%.
A pesquisa 98FM/DataVero entrevistou 1.500 pessoas entre os dias 28 de junho e 1º de julho. A margem de erro é de 2,5 pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%. A pesquisa está registrada na Justiça Eleitoral sob os protocolos BR-08402/2022 e RN-00701/2022.
Leia também: Fátima tem 41,35%, Styvenson 11,73% e Fábio Dantas 7,22%;
Leia também: Carlos Eduardo soma 23,66%, Rogério tem 12,59% e Rafael 6,83%;
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Pesquisa do Instituto DataVero contratada pela 98 FM e divulgada nesta segunda-feira (4) aponta que o ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves (PDT) lidera a corrida para o Senado no Rio Grande do Norte. O pré-candidato do PDT tem 23,66% na pesquisa estimulada, contra 12,59% do ex-ministro do Desenvolvimento Regional Rogério Marinho (PL).
O levantamento mostra, no entanto, que a maior parte do eleitorado ainda está indecisa quanto à disputa. Na pesquisa espontânea, quando o entrevistado pode citar qualquer nome, 81,71% declaram que não sabem em quem votar, faltando 90 dias para a eleição.
Senado – Estimulada
Senado – Espontânea
Perfil do eleitorado
A pesquisa 98FM/DataVero mostra, ainda, que Carlos Eduardo vai melhor entre as mulheres (atinge 24,63%), idosos com 60 anos ou mais (25%), pessoas com ensino fundamental (27,67%), católicos (26,72%) e que recebem até um salário mínimo (25,38%). Por região, ele vai melhor no Leste (25,89%) – onde ele foi prefeito de Natal.
Já Rogério Marinho alcança melhor pontuação entre homens (16,55%), idosos com 60 anos ou mais (18,51%), pessoas com ensino superior (17,73%), evangélicos (14,6%) e que ganham entre 5 e 10 salários mínimos (32,5%). Neste público, ele lidera a disputa. Por região, o melhor desempenho dele também é no Leste (15,39%) – onde ele foi vereador de Natal.
Pré-candidato do PSB, Rafael Motta alcança melhores resultados entre homens (7,7%), adultos jovens de 25 a 34 anos (10,69%), pessoas com ensino superior (9,93%), praticantes de “outras religiões” (10,07%) e que ganham entre 5 e 10 salários mínimos (9,87%). Por região, o melhor desempenho dele é na Central (16,87%).
A pesquisa 98FM/DataVero entrevistou 1.500 pessoas entre os dias 28 de junho e 1º de julho. A margem de erro é de 2,5 pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%. A pesquisa está registrada na Justiça Eleitoral sob os protocolos BR-08402/2022 e RN-00701/2022.
Leia também: Fátima tem 41,35%, Styvenson 11,73% e Fábio Dantas 7,22%.
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Pesquisa DataVero contratada pela 98 FM e divulgada nesta segunda-feira (4) mostra que a governadora Fátima Bezerra (PT) lidera com folga a disputa eleitoral no Rio Grande do Norte e, se a votação fosse hoje, seria reeleita ainda no primeiro turno.
Fátima Bezerra (PT), Styvenson Valentim (Podemos) e Fábio Dantas (Solidariedade) são os primeiros colocados (Foto: Reprodução)
No cenário com o senador Styvenson Valentim (Podemos), a governadora tem 41,35% das intenções de voto, contra 23,2% dos demais adversários somados. Sem Styvenson, Fátima chega a 42,41%, contra 14,84 dos outros somados.
Governo do RN – Estimulada – Cenário 1
Governo do RN – Estimulada – Cenário 2
Governo do RN – Espontânea
A pesquisa 98FM/DataVero entrevistou 1.500 pessoas entre os dias 28 de junho e 1º de julho. A margem de erro é de 2,5 pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%. A pesquisa está registrada na Justiça Eleitoral sob os protocolos BR-08402/2022 e RN-00701/2022.
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A Ordem dos Advogados do Brasil no Rio Grande do Norte (OAB/RN) enviou um pedido de providências ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em relação ao pagamento de precatórios do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN). “A OAB/RN, desde março, vem em constante contato com o TJRN tentando uma solução para esse problema que travou completamente o pagamento de precatórios e alvarás”, explicou o presidente Aldo Medeiros Filho.
No documento, a Seccional Potiguar afirma que a situação é urgente “pois ultrapassam quatro meses de inoperância do sistema de pagamento de precatórios judiciais no âmbito do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Norte”.
Além disso, diante de todos os questionamentos já feitos, a Justiça Estadual se limita a informar que não dispõe de recursos humanos e tecnológicos suficientes às adequações necessárias para a implementação das mudanças constitucionais advindas das Emendas Constitucionais de nº 113 e 114. A OAB/RN ainda chama atenção para a falta dos mais básicos elementos tecnológicos para uma atuação célere, segura e eficiente por diferentes setores do TJRN, dentre eles o de precatórios.
Adequações
A Seccional Potiguar pede que o CNJ fixe um prazo de até 10 dias para que o TJRN faça as adequações tecnológicas necessárias no Sistema de Gerenciamento de Precatórios (SIGPRE) para a retomada dos pagamentos. Além disso, a OAB/RN também solicita o mesmo prazo para a Justiça Estadual responder os questionamentos realizados através de ofício, que permitem a melhoria da eficiência e eficácia em relação às atividades da Divisão de Precatórios.
Entre as providências a serem adotadas, a OAB/RN também pede para que seja assegurada a não interrupção do pagamento dos precatórios estaduais e municipais, conforme a disponibilidade financeira para cada ente devedor. “Sem prejuízo da adoção de outras medidas administrativas decorrentes das respostas aos questionamentos formulados e, até a presente data, não respondidos”, diz o documento.
Nota do Canal BCS (Blog Carlos Santos) – Há poucos dias tratamos do assunto na postagem Milhões em precatórios ‘dormem’ na Justiça sem uma solução. São mais de 185 milhões parados, prejudicando milhares de pessoas, várias delas doentes e que precisam de recursos assegurados em decisões judiciais, mas não disponibilizados.
Saiba mais detalhes clicando AQUI.
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A Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) da Rota do Sol (Natal), de responsabilidade da Companhia de Águas e Esgotos do RN (CAERN), transbordou nesse domingo (3).
Um mar de fezes inundou a pista que dá acesso a praias como Cotovelo e Pirangi, onde se localizam endereços de alto luxo (Foto: Arthur Franco)
Dejetos fecais inundaram a pista e simplesmente comprometeram a circulação de veículos nos dois sentidos.
Nessa segunda-feira (4), a Caern passou a trabalhar no enfrentamento do problema, informa o Blog do BG.
Natal e região vivem desde o fim de semana, emendando com essa segunda-feira, um período de chuvas torrenciais e sem precedentes.
Na capital, pelo menos oito bairros estão sem fornecimento de água, devido rompimento de estruturas de fornecimento da Caern.
Segundo levantamento da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN), houve registro de 235 milímetros nos três primeiros dias de julho, o que se esperava para o mês inteiro.
Doze lagoas de captação de água transbordaram neste domingo, havendo ameaça de outras ocorrências similares para os próximos dias.
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O Governo do Estado do Rio Grande do Norte homologou nesta segunda-feira (04) a Lei Estadual que estabelece as normas para exploração dos serviços de gás canalizado no Rio Grande do Norte. A Lei Estadual nº11.190 é o novo marco regulatório para utilização do gás natural no estado e altera a antiga Lei estadual 6.502, de 26 de novembro de 1993. A regulação, fiscalização e supervisão dos serviços locais de gás canalizado será feito por meio da Agência Reguladora de Serviços Públicos (ARSEP).
A presidente da Potigás, Marina Siqueira, ressaltou que o RN sai na frente com uma Legislação que consolida o novo mercado do gás com o fim do monopólio. “O RN passa a ter uma legislação moderna, o que contribui para atrair mais investimentos e promover o desenvolvimento, o que significa mais emprego e melhoria de renda para a população”, disse ao destacar que a iniciativa propõe o desatrelamento do preço vinculado ao mercado internacional, o que beneficia as empresas e consumidores e, ainda, assegura diferencial de competitividade na viabilização de novos investimentos.
O secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Sílvio Torquato, reforçou que a nova Lei “significa a nacionalização do gás no RN. Já temos o menor preço do país e agora vamos ter ainda mais competitividade para atrair novos investimentos”.
Relator do projeto de Lei na Assembleia Legislativa, o deputado Hermano Morais (PV) lembrou que a proposta foi amplamente discutida no parlamento, inclusive em audiência pública. “Podemos dizer que o RN sai na frente e tem agora uma legislação que será referência nacional e a mais moderna do país”.
Francisco do PT, também deputado estadual, registrou que o projeto de Lei, iniciativa do Governo do Estado, por sua importância e atualidade, foi aprovado por unanimidade no Legislativo estadual.
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O Ministério Público Federal (MPF) emitiu parecer contrário à limitação de um atendimento diário por advogado, com duração máxima de 30 minutos, em unidades prisionais do Rio Grande do Norte. A restrição é prevista em recomendação da Coordenadoria Executiva de Administração Penitenciária (COEAP) do estado, alvo de mandado de segurança (MS) impetrado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Procurador diz, em parecer, que recomendação “inibiu de forma desarrazoada o acesso da classe dos advogados aos presos” (Foto ilustrativa)
A Coeap também recomenda a passagem por scanner corporal e revista de pertences, medidas defendidas pelo MPF para inibir práticas delituosas.
De acordo com o Conselho Federal e com a seccional da OAB no RN, as restrições ferem as prerrogativas da advocacia e são um retrocesso ao direito constitucional do preso de ter acesso ao advogado.
O procurador da República Fernando Rocha, autor do parecer, destaca que a Coeap “não apresentou nas considerações de sua Recomendação, tampouco nas informações prestadas, dados concretos acerca da suposta necessidade de restrição do acesso dos advogados às unidades prisionais, nem muito menos indicou como se deu o cálculo que se chegou no tempo de 30 minutos por advogado”.
Assim, a Recomendação nº 001/2022-COEAP/SEAP “transbordou a proporcionalidade necessária, posto que inibiu de forma desarrazoada o acesso da classe dos advogados aos presos do sistema prisional estadual, devendo, portanto, nesse aspecto, ser suspensa”.
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Quem puder, sendo doador, reforce o estoque do Hemocentro de Mossoró.
Em especial, para a saúde de Guilherme Kayam dos Santos Freitas, 31, nutricionista, que é filho do nosso amigo Canindé Cordeiro, o “Canindé do Sebo”.
Ele contraiu Covid-19 e também passou a enfrentar dengue hemorrágica. Necessita de reposição de plaqueta, pois a imunidade está baixa.
Está internado desde domingo (3) no Hospital Rafael Fernandes.
Vamos lá.
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Do Mossoró Hoje
Na manhã desta segunda-feira, dia 4, faleceu José Ferreira de Macedo, ex-prefeito do município oestano de Governador Dix Sept Rosado, eleito em 1976.
José Ferreira estava com 93 anos e vinha internado num hospital de Mossoró/RN.
Ele tinha entre seus filhos a também ex-prefeita Lanice Ferreira, além de Laerte e Laerne Macedo.
Nota do Canal BCS (Blog Carlos Santos) – Nossa solidariedade à família enlutada.
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Em reunião na manhã desta segunda-feira (4), na Câmara Municipal de Mossoró, a Comissão de Planejamento, Uso, Ocupação e Parcelamento do Solo, Obras e Serviços Públicos aprovou para quinta-feira (7), às 10h, a convocação ao Legislativo do secretário municipal de Infraestrutura, Meio Ambiente, Urbanismo e Serviços Urbanos (SEIMURB), Rodrigo Lima.
O objetivo é obter do secretário esclarecimentos sobre a reforma do Memorial da Resistência, na Avenida Rio Branco, cuja obra recebeu aditivo após conclusão, segundo denúncia da vereadora Marleide Cunha (PT), em pronunciamento na sessão de quarta-feira (29).
Além da convocação, a comissão requisitou à Prefeitura de Mossoró envio, em cinco dias úteis, de cópias da licitação, contrato, aditivo e demais documentos relacionados à reforma do Memorial da Resistência.
Unanimidade
O colegiado tomou as duas decisões por unanimidade, com a presença dos vereadores Isaac da Casca (MDB, presidente), Francisco Carlos (PP, vice-presidente) e Larissa Rosado (União Brasil, 2ª suplente, convocada em razão das ausências dos vereadores Edson Carlos (Cidadania, secretário, e Naldo Feitosa (PSC, 1º suplente).
Também participaram da reunião e subscreveram o pedido os vereadores Omar Nogueira (Patriota), Paulo Igo (Solidariedade) e Marleide Cunha. O vereador Pablo Aires (PSB) foi representado pela assessoria.
Esclarecimentos
Segundo Isaac da Casca, a convocação é necessária por causa de indícios de irregularidades e dificuldade de acesso à documentação da obra, conforme nota, assinada por 10 vereadores (a), a qual a narra impossibilidade de obtenção de documentos, em visita de comitiva de parlamentares à Seimurb, quinta-feira (30).
“Queremos transparência, acompanhar a aplicação dos recursos públicos de Mossoró de forma clara”, justifica Isaac. Francisco Carlos acrescenta não se tratar de pré-julgamento a convocação do secretário, “mas necessidade de esclarecimento à sociedade”. Já Larissa Rosado diz querer preservar prerrogativa da Câmara, “diante da falta de respostas da Prefeitura a pedidos oficiais de informações feitos pelo Legislativo”.
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Fim de semana e domingo (3) em Natal (onde estou há vários dias) e região metropolitana tivemos chuvas torrenciais (veja vídeo AQUI).
Foram muitos transtornos à rotina da região, com alagamentos, ruas e outros logradouros públicos tomados pelas águas, crateras que se abriram, deslizamento de terras, imóveis comerciais e particulares engolidos por enxurradas.
Veja print nesta postagem com levantamento dessas chuvas, que foi feito pelo jornalista Vicente Neto.
Governo
A governadora Fátima Bezerra (PT) falou em vídeo (veja AQUI) ontem, sobre iniciativa de apoio a governos de municípios atingidos por fortes chuvas.
“Pessoal, liguei para os prefeitos/as de Natal, Parnamirim, Ceará-Mirim, Extremoz, Macaíba e São Miguel do Gostoso para colocar o Estado à disposição do que for necessário para mitigar os efeitos das chuvas”, afirmou.
“Num momento assim, temos que unir esforços sobretudo em prol das populações mais atingidas. Estamos de prontidão! Sigamos em colaboração pelo povo potiguar!”, finalizou.
Natal
O prefeito natalense Álvaro Dias (PSDB) decretou estado de calamidade pública e acionou vários setores integrados da municipalidade, para tentar mitigar efeitos das chuvas. Algumas famílias ficaram desabrigadas e vão ocupar provisoriamente prédios públicos.
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“Sonho sem atitude é delírio.”
Renato Hirata
Por Cassiano Arruda (Coluna Roda Viva, Tribuna do Norte)
Duas grandes agências de propaganda do RN, a Criola (Gabriela Alves, Renato Quaresma e Vinicius Cavalcanti) e a RAF (Agnelo Filho e Rogério Nunes), estão num namoro tão forte quanto discreto; discutindo uma fusão para ficarem mais fortes pós pandemia.
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Por Inácio Augusto de Almeida
O time tricampeão do Flamengo era Garcia, Tomires e Pavão. Jadir, Dequinha e Jordan. Joel, Rubens, Índio, Benitez e Esquerdinha. Por que decorei o nome de todos os jogadores? Porque Dequinha era mossoroense. E isto fazia com que o menino sonhador que eu era se imaginasse parte daquele grupo.
Da menina que na janela ficava todas as tardes me lembro muito bem. Lembro até que nunca ouvi uma só palavra pronunciada por aquele anjinho de olhinhos e cabelos negros.
Montava bem a cavalo, com ou sem sela e me imaginava um cowboy mais destemido do que Roy Rogers. Das revistas em quadrinhos gostava de todas e viajava junto com o Zorro e o Tonto.
Colocava talo de jaca com alpiste para pegar passarinho, que logo em seguida soltava por perceber o sofrimento nos olhos do galo de campina ou do canário. Tinha uma baladeira, mas só atirava pedra nas mangas e cajus.
O tempo passa rápido…
Aos poucos fui fazendo amizades no colégio. Wanderley, Lobato, Antônio. Wanderley virou bancário e Lobato dono de farmácia. Do Antônio nunca mais tive notícia.
Iolanda foi a namoradinha do primeiro beijo. Mocinha de saia azul e blusa branca como normalista que era.
Aí chega a verdade da vida e tenho que trabalhar de dia e estudar de noite.
Vejo a Iolanda casando. Passei a namorar Georgeteh. Naquela idade o coração suporta bem as dores de amor. Casei, tive filhos que cresceram e seguiram seus caminhos. Hoje restam lembranças, doces e amargas.
Saudade tenho do tempo de lateral esquerdo do Graça Aranha de São Luís do Maranhão. Eu me julgava um Nilton Santos. Daquela época, lembro bem de num programa de calouros, as rádios tinham programas de auditório, ter cantado ALGUÉM ME DISSE, anasalando a voz para parecer Anísio Silva, o cantor sucesso da época.
Que ninguém diga que eu não tentei.
Nesta tarde ameaçando chuva, flashs de momentos divertidos. Mas não esqueço dos momentos duros, difíceis. Imagino se me fosse permitido voltar para tudo viver novamente.
Eu aceitaria ou recusaria? Não sei.
Não sei porque acredito que vivemos para seguir em frente na escala evolucional e o passado pertence ao passado. Até seria bom reviver momentos significativos do meu passado. Momentos que enchem meu coração de saudade.
Lembro que assim aconteceu com meus pais e fico a pensar ser a vida uma reprise com variações mínimas, quase imperceptíveis. Basta ver que vivemos mais para os filhos do que para nós mesmos.
Melhor não aceitar recomeçar e entender que o maior encanto da vida é caminhar.
Hoje preso numa cama, vítima de uma maldita ou bendita artrose, certeza tenho de que a morte não me assusta. Estas malditas dores e mais acreditar que a morte não é o fim, afastaram de mim todo o medo da passagem que em breve acontecerá.
Mas, se eu estiver enganado e a morte for o fim? Se apenas escuridão existir? O que farei?
Um eterno ronco será a minha resposta a esta brincadeira sem graça do Criador.
Bendita artrose que me permite voltar ao passado e fazer estas reflexões. Maldita artrose que tanta dor me causa.
E assim constato que a vida é céu e inferno a um só tempo.
Fecho os olhos e em vão procuro a estrela em que a menina de olhinhos negros se escondeu.
Inácio Augusto de Almeida é escritor e Jornalista
Crônica dedicada ao professor Odemirton Filho
3,3 Mas do fruto da aárvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis, para que não morrais.
3,5 Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos aolhos, e sereis como Deus, bconhecendo o bem e o mal.
Por Honório de Medeiros
No preciso momento no qual o Homem mordeu o fruto da proibido, a semente do mal tombou na terra fértil, e começou a germinar.
A semente cresceu vertiginosamente. Hoje, é uma floresta.
Houve um momento, há muito tempo, no qual Alguém veio e alertou o Homem.
O Homem não lhe deu ouvidos, assim como, no início de Tudo, também não o fizera quando fora alertado acerca do perigo de morder o fruto proibido.
Duas vezes o Homem desprezou o que lhe disseram. Haverá uma terceira oportunidade?
As folhas, os ramos, os galhos, as árvores, ou seja, os filhos da semente do mal estão em toda parte: no coração do Homem, no seio das Famílias, entre as Nações…
Desde há muito o Homem tenta entender as razões de sua presença, mas, desde a madrugada dos tempos, por mais que estude, nada conseguiu.
Sequer arranhou a superfície do Mal, pois não percebeu e aceitou que o fundamental, o primordial, o essencial, repousa naquela semente primitiva, da qual tudo é causa e consequência.
Não percebeu o Mal, como de fato ele é, pois muitas são suas faces.
Honório de Medeiros é professor, escritor e ex-secretário da Prefeitura do Natal e do Estado do RN
Manhã de domingo (3) com chuvas intensas no Rio Grande do Norte, principalmente nos municípios da faixa litorânea, na região Leste do estado. O boletim pluviométrico das 9h15, referente às últimas 24h, registra ocorrência de chuvas em 85 municípios.
Área litorânea, região metropolitana, são pontos mais críticos no período (Foto ilustrativa Elisa Elsie)
O município de Touros foi o que mais choveu com 81 milímetros (mm), seguido de Extremoz com 52,2 mm e Maxaranguape com 51,4 mm, todos no litoral. Em Natal, 24,7 mm. Nas regiões Oeste e Agreste Potiguar foram registrados os maiores volumes, acima de 30 mm, em Taboleiro Grande com 32,6 mm e Sítio Novo com 31 mm.
O chefe da unidade instrumental de Meteorologia, Gilmar Bristot, explica que as chuvas nas últimas 48h são causadas pelo contraste térmico entre o continente e o oceano.
“A atuação das ondas de leste, sistema meteorológico que se forma sob o oceano traz muita umidade do oceano, que está com as águas muito aquecidas e em contato com a atmosfera do território favorece a formação das chuvas. No primeiro momento as chuvas aconteceram no litoral Norte, na região de Touros, e desde a madrugada em toda a faixa litorânea, adentrando, também, o interior do estado”, comentou.
A previsão é que as chuvas continuem nos próximos dias, sendo mais intensas no início da madrugada e manhãs. “Nesses horários se tem o incremento da atuação do sistema de brisa, tendo sempre possibilidade de chuvas mais intensas e mais fortes”, disse Bristot.
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O Senado aprovou o segundo turno de votação da proposta de emenda à Constituição, que institui estado de emergência até o final do ano para ampliar o pagamento de benefícios sociais.
O reconhecimento de estado de emergência serve para que os pagamentos não violem a legislação eleitoral.
A criação de benefícios destinados a pessoas físicas é proibida em ano de eleições.
A única exceção é a vigência de estado de emergência.
Dispensa justificativas o reconhecimento de que o país vive realmente um estado emergencial, o que aliás ocorre até nos Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, França e outros países, que tomam medidas semelhantes.
Não há lógica evitar aprovação de benefícios sociais, sob o argumento de que estamos em ano eleitoral.
Seria sentenciar os necessitados a morrerem de inanição.
Caberá aos órgãos judiciais, de fiscalização e a própria população o acompanhamento da legalidade do estado emergencial.
Foram as seguintes medidas aprovadas, ainda dependentes de votação na Câmara dos Deputados para serem aplicadas.
Acréscimo de R$ 200 no benefício mensal (de R$ 400 para R$ 600); Meta: incluir todas as famílias elegíveis (fila “zerada”).
Auxílio Gás dos Brasileiros (vale-gás de cozinha). Parcela extra bimestral no valor de 50% do valor médio do botijão de 13 kg; parte do valor poderá ser usado para operacionalização do benefício.
Auxílio para caminhoneiros: R$ 5,4 bilhões. Voucher de R$ 1 mil mensais para cadastrados no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas (RNTRC). Será concedido para transportadores autônomos, independente do número de veículos eles que possuírem.
Auxílio para taxistas: R$ 2 bilhões. Benefício para profissionais cadastrados como motoristas de táxi. Serão contemplados aqueles cadastrados até 31 de maio de 2022, mediante apresentação do documento de permissão.
Gratuidade para idosos: Transferência de R$ 2,5 bilhões para estados e municípios para custear a gratuidade no transporte público para cidadãos acima de 65 anos. Distribuído na proporção da população idosa de cada estado e município.
Créditos para etanol: R$ 3,8 bilhões. Auxílio para estados que outorgarem créditos tributários do ICMS para produtores e distribuidores de etanol hidratado.
Estados ficam autorizados a “zerar” a tributação sobre a gasolina, desde que façam o mesmo para o etanol. Reforço orçamentário para o programa, que promove compra de alimentos de pequenos produtores e sua destinação para famílias em situação de insegurança alimentar.
O Congresso e o governo agem corretamente.
Não é possível deixar os carentes do país a mercê da própria sorte, diante da crise global que atravessamos.
Vale recordar, que quando o governo Lula instituiu o “bolsa família” (ideia originária de programa social da senhora Ruth Cardoso,esposa de FHC) , a oposição da época foi contra, com os mesmos argumentos dos que se opõem ao atual governo.
A roda gigante da vida girou e aqueles anteriormente contrários atualmente são favoráveis e os que apoiaram hoje condenam.
O fato prova que o interesse político esteve sempre acima da visão coletiva do bem comum.
Afinal, a função social do estado é agir dessa maneira.
Ney Lopes é jornalista, advogado e ex-deputado federal
Por Esdras Marchezan
Um ano depois, a família do universitário Luan Carlos Melo Barreto, de 23 anos, mantém o mesmo grito de revolta e dor: Justiça por Luan! Ele foi alvejado com um tiro na cabeça, na noite de 1 de julho de 2021, quando passava pela avenida Lauro Monte Filho, em sua moto, em direção ao trabalho da namorada para buscá-la. A bala que matou Luan saiu de uma pistola Taurus, calibre .40, usada pelo sargento da Polícia Militar, Márcio Gledson Dantas de Morais.
Luan Barreto tinha 23 anos e era estudante do curso de Ciência e Tecnologia da Ufersa. Foto: Reprodução
Naquela noite, ele estava acompanhado de mais dois policiais, averiguando a ocorrência de assaltos naquela área. Investigações das polícias Civil e Militar apontam que, ao ver Luan passando pela avenida, o sargento – sem nenhum tipo de abordagem ou confronto – decidiu atirar em direção ao rapaz, acertando-o na parte de trás da cabeça. Caído na calçada da concessionária Toylex, Luan foi levado por outros policiais ao Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), onde morreu na madrugada seguinte. Acabava ali os sonhos de um jovem estudioso, trabalhador e apaixonado por motos.
Indiciado por homicídio simples nos inquéritos conduzidos pelas polícias Civil e Militar, denunciado à justiça pelo Ministério Público, tornando-se réu na justiça comum, o sargento Márcio Gledson deve ir a júri popular. Mas a data do julgamento pode demorar mais que o previsto.
Os advogados de defesa do policial solicitaram à justiça uma avaliação sobre a saúde mental do acusado, dando início a um novo processo, tecnicamente chamado de incidente de sanidade mental. A justiça acatou, em abril deste ano, mas o processo só foi aberto no final do mês passado. Para a avaliação ocorrer foi dado um prazo de 45 dias. Com isso, o processo que apura a morte do estudante está suspenso temporariamente.
O pedido de avaliação foi feito pelo advogado Francisco de Assis da Silva Carvalho, no dia 30 de março deste ano. A defesa anexou laudos médicos e atestados, assinados por um psiquiatra e um neurologista, apontando diversas prescrições de remédios para conter crises de ansiedade e depressão para o sargento Márcio Gledson. Todos os documentos são de datas posteriores ao crime.
“Transtorno”
Alegando que o cliente teria sido diagnosticado com “transtorno misto ansioso depressivo” após o episódio que resultou na morte do estudante universitário, a defesa quer que a justiça investigue se, à época do fato o policial sofria de algum distúrbio psicológico que possa ter tido alguma influência na sua ação. Para o advogado da família de Luan, Hélio Miguel, não há nenhum documento nos autos do processo que aponte que, à época dos fatos, o acusado tivesse algum distúrbio como os sugeridos pela defesa.
Entre as perguntas a serem esclarecidas pela avaliação médica, conforme determinação judicial, estão as seguintes: Ao tempo da ação imputada, era o acusado portador de doença mental?; Em caso afirmativo, qual a doença mental e quais são os seus sintomas?; Essa doença o tornava inteiramente incapaz de entender o caráter criminoso do fato cuja prática lhe é imputada?; Se a resposta for sim, que o perito justifique como é compatível essa resposta com o fato de ele trabalhar como policial militar combatendo e prendendo pessoas que cometem fatos como o que está sendo julgado?
Lucas Barreto, irmão de Luan, explica que tem sido difícil acreditar que haverá justiça para o caso. “Por isso fazemos questão de não deixar o assunto cair no esquecimento. Às vezes a gente desacredita. Mas vamos continuar cobrando até que se faça justiça”, comenta. A forma fria como o irmão foi morto ainda traz sequelas no dia a dia. “É muito difícil olhar para um policial hoje em dia”, disse.
Luan era estudante do curso de Ciência e Tecnologia da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA) e havia completado 23 anos no dia 5 de junho de 2021. Apaixonado por motos, era só orgulho depois de ter conseguido comprar a sua motocicleta. Foi nela que ele estava, a caminho do trabalho da namorada, quando foi parado com um tiro na cabeça.
Imagens de vídeo feitas na hora do crime se espalharam pela internet e mostram duas viaturas policiais ao lado do corpo dele. No hospital, Luan ainda foi submetido a uma cirurgia na cabeça, mas morreu às 4h20m do dia 2 de julho.
PMs mentiram em depoimento
Ao chegar à Delegacia de Plantão, na noite de 1 de julho de 2021, para relatar os fatos ocorridos, o sargento Márcio Gledson mentiu nas declarações prestadas ao delegado Roberto Moura. Em seu relato, que consta no boletim de ocorrência, o policial informou que: “em diligência pela avenida Lauro Monte, encontraram uma motocicleta NXR, cor branca, caída, e ao se aproximar encontraram um homem caído próximo à motocicleta”.
O relato é o mesmo que consta no Relatório Operacional do Fiscal de Operações ao Comando do Policiamento Regional, referente ao serviço do dia 1 para o dia 2 de julho. No documento, o fiscal de operações, capitão Júlio César, relata: “que durante o serviço ordinário foi comunicado pelo sargento PM Gledson de uma ocorrência acontecida em Mossoró de um elemento que teria sido alvejado após prática de assalto e que a guarnição teria encontrado esse elemento caído no local.”
Por assinar como testemunha, no boletim de ocorrência, atestando as declarações do sargento Márcio Gledson, o policial Felipe Francelino de Oliveira Neto, que naquela noite era o motorista da viatura – é acusado pelo Ministério Público de “concorrer para os fatos” ocorridos naquela noite.
No relatório final do Inquérito Policial Militar (IPM) do caso, o capitão Luiz Antônio Almeida do Nascimento, designado como responsável pela apuração, enfatiza: “o argumento de que estava em patrulhamento e encontrou um elemento não condiz com a verdade dos fatos quando nos atentamos para os exames de perícias acostados nesses autos”.
Tiros partiram de uma única pistola
Os exames de comprovação balística são peças fundamentais na investigação do caso, derrubando a versão inicial apresentada na delegacia pelo acusado do crime. Os documentos apontaram que os projéteis recolhidos no corpo de Luan e no interior da concessionária Toyolex, pertencem a somente uma das três pistolas apreendidas para exame e que estavam em poder dos policiais envolvidos no caso: a pistola Taurus, calibre .40, que estava em poder do sargento Márcio Gledson.
Em seu relatório, o capitão Luiz Antônio Almeida do Nascimento apontou: “Ante o exposto, afirmamos que os projéteis retirados do cadáver de Luan Carlos Melo Barreto e retirado do imóvel comercial Toyota, loja concessionária Toyolex, são da pistola Taurus, .40, que estava sendo usada pelo Sargento PM Gledson no dia 01 de junho de 2021”. De acordo com a investigação da Polícia Civil, pelo menos cinco tiros teriam sido disparados pela arma do policial.
Na conclusão do documento, o capitão aponta: “Afirmamos ter sido o sargento Gledson responsável direto pela morte de Luan Carlos Barreto. Como dito, não foi feito acompanhamento tático, com faróis da viatura alto, sirene ligada, giroflex ligado, não houve verbalização. O sargento Gledson não colocou cones para fazer o bloqueio na avenida Lauro Monte ou alguma outra intervenção tática. Ao efetuar os disparos, com sua arma, ele tinha ciência das consequências e do resultado. A pessoa de Luan não atirou nos componentes da viatura.”
Em outro trecho do relatório, o capitão acrescenta: “O sargento não estava atuando em um ambiente hostil, nem ele nem seus comandados estavam em confronto ou corriam risco de morte. A única hipótese aceitável é que a viatura estava parada em um ponto base provisório, com as luzes apagadas, luzes do giroflex e sirene desligada, e ao avistar a aproximação de uma motocicleta, ele, sargento Gledson, efetuou os disparos no piloto, vitimando a pessoa de Luan Carlos Melo Barreto, que pilotava a moto”.
O capitão Luiz Antônio Almeida do Nascimento foi designado para conduzir o Inquérito Policial Militar do caso em 5 de julho, pela Portaria SEI Nº 2672/2021. O inquérito foi concluído em outubro de 2021. O inquérito da Polícia Civil que também indiciou o sargento Márcio Gledson foi conduzido pelo delegado Marcus Vinicius dos Santos e foi concluído em agosto.
O promotor Armando Lúcio Ribeiro ofereceu denúncia à justiça e é o responsável do Ministério Público pelo acompanhamento do caso.
Esdras Marchezan é jornalista e professor
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Por Marcelo Alves
A mistura do direito com a literatura já me deu muitos presentes. Abriu enormemente meu horizonte cultural. Isso é certo. A imersão diária na literatura melhorou deveras o meu português, inclusive o jurídico. Com textos mais concisos (à moda inglesa). Mais distantes do enfadonho “juridiquês”. Mais gostosos de ler, posso dizer. E, claro, essa interdisciplinaridade tornou o meu aprendizado do direito mais suave e lúdico.
Aliás, eu até já disse que, em momentos de dificuldade, a literatura me salvou. As artes, em geral. Os livros, os filmes, seus autores e suas personagens foram frequentemente os meus companheiros. E tornaram a vida menos difícil.
Mais concretamente, na época do meu doutorado no Reino Unido, no King’s College London – KCL, em concomitante colaboração com crônicas/artigos para o jornal Tribuna do Norte, essa mistura direito e literatura, com quase igual intensidade, me rendeu três livros: “Ensaios ingleses” (2011), “Retratos ingleses” (2012) e “Códigos ingleses” (2013).
RECEBO AGORA NOVÍSSIMOS PRESENTES, o conjunto dos quatro livros que estou lançando este ano de 2022, em coedição da Livros de Papel e da Impressão Gráfica e Editor: “Literaturas”, “Entre livros”, “Novos ensaios” e “Pequena filosofia”. Eles, os novos livros/presentes, contam muito do meu passado, retratam razoavelmente o meu presente e profetizam (até onde acreditamos que controlamos o destino) um pouco do meu futuro.
Os livros são fruto de quase dez anos de artigos/crônicas publicadas semanalmente na Tribuna do Norte (de Natal/RN) e, mais recentemente, no Diario de Pernambuco (de Recife/PE). Recolhi apenas textos inéditos em livros. E separei-os em duas grandes temáticas: literatura e filosofia (geral ou do direito).
Eles têm suas qualidades. E têm, também, inúmeros defeitos. Contentemo-nos com o que alcançamos. Sejamos felizes assim. Afinal, já advertia o nosso Vicente de Carvalho (1866-1924), “Essa felicidade que supomos/Árvore milagrosa, que sonhamos/Toda arreada de dourados pomos/Existe, sim: mas nós não a alcançamos/Porque está sempre apenas onde a pomos/E nunca a pomos onde nós estamos”.
De toda sorte, outras pessoas devem ser também debitadas ou creditadas pelos defeitos e pelas qualidades dos presentes que ora recebo.
Institucionalmente, os já citados Tribuna do Norte e Diario de Pernambuco. O King’s College London – KCL, onde essa viagem de escrever começou. O Ministério Público Federal, onde tudo sempre foi. E as Academias Norte-Rio-Grandense de Letras – ANRL e de Letras Jurídicas do Rio Grande do Norte – ALEJURN, onde alegremente me meti.
Cecília Balaban, Tales Guerra, Mário Ivo Cavalcanti, Gustavo Lamartine, Felipe Melo e Avelino Lourenço, que deram arte a estes livros. E Vicente Serejo, Gaudêncio Torquato, Edilson Pereira Nobre Júnior e Luiz Alberto Gurgel de Faria, que me honraram com as apresentações/prefácios das obras.
Os meus pais, José Dias e Maria de Lourdes, sempre. Christyane, companheira frequentemente paciente. O nosso fiel cãopanheiro Capote, este, sim, invariavelmente paciente. O cada vez maior João, que perde o seu papai, todos os dias, para essa qualidade/defeito de escrever diuturnamente.
E o Criador, autor derradeiro de tudo, que permitirá o lançamento de dois dos livros – “Literaturas” e “Entre livros” – na semana que se inicia, no dia 7 de julho de 2022, às 18 horas, na Academia Norte-Riograndense de Letras, na Rua Mipibu, 443, bairro de Petrópolis, Natal/RN.
Bom, como retribuição aos mimos, a partir da colaboração dos futuros leitores, o valor arrecadado com a venda dos livros será integralmente doado para instituições de caridade.
Marcelo Alves Dias de Souza é procurador regional da República e doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL
Por Odemirton Filho
Segundo a Lei das Eleições (n. 9.504/97), cada partido poderá registrar candidatos para a Câmara dos Deputados, a Câmara Legislativa, as Assembleias Legislativas e as Câmaras Municipais no total de até 100% (cem por cento) do número de lugares a preencher mais 1 (um). (Art. 10º).
Do número de vagas resultante das regras previstas no referido artigo, cada partido ou coligação preencherá o mínimo de 30% (trinta por cento) e o máximo de 70% (setenta por cento) para candidaturas de cada sexo. Trocando em miúdos: se temos dez candidatos do sexo masculino por um determinado partido político, três devem ser do sexo feminino, e vice-versa.
Entretanto, é preciso que as candidatas não estejam na disputa apenas para “cumprir tabela”. É fundamental que entrem na disputa para valer, recebendo apoio do partido, indo às ruas, realizando atos da campanha eleitoral, mesmo que obtenham poucos votos e não sejam eleitas.
Na decisão abaixo, após o regular tramite das ações, uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) e uma Ação de Impugnação de Mandato Eletivo (AIME), o Tribunal Eleitoral da Bahia entendeu que as candidaturas foram fictícias. (Recurso Eleitoral n. 0600868-77.2020.6.05.0066).
“No caso dos autos, constata-se a existência de prova robusta das circunstâncias que, em seu
conjunto, conduzem à demonstração de fraude à norma contida no art. 10, §3º da Lei nº 9.504/97, cuja finalidade é de garantir os ditames constitucionais da igualdade, do pluralismo político. Uma vez constatado o ilícito em tela, impõe-se a perda do diploma/mandato de todos os candidatos beneficiários que compuseram a chapa proporcional, declarando-se a inelegibilidade apenas aos que participaram ou anuíram com a fraude”.
E mais:
“A imprescindível observância às regras de isonomia entre homens e mulheres nos pleitos eleitorais requer que as candidatas do sexo feminino desenvolvam suas próprias campanhas, não podendo ser alçadas à condição única e exclusiva de meros cabos eleitorais de candidatos do sexo masculino”, enfatizou o ministro o ministro Benedito Gonçalves, em julgamento que anulou os votos recebidos por todos os candidatos registrados pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT) ao cargo de vereador do município de Uauá nas Eleições de 2020.
Ressalte-se que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já decidiu que “com a verificação da fraude à quota de gênero, é possível determinar a cassação de toda a coligação” (AgR–REspEl 1–62, rel. Min. Tarcísio Vieira de Carvalho Neto, DJE de 29.6.2020).
Por outro lado, o presidente do TSE, ministro Edson Fachin, manifestou preocupação em relação à possibilidade de decisões da Corte sobre fraude da cota de gênero servirem como “espécie de parâmetro generalizante para conflagração da ofensa ao parágrafo 3º, do artigo 10, da Lei 9.504 de 1997”.
Portanto, é preciso que os partidos políticos fiquem atentos a essa regra, formando uma nominata com candidatas que, realmente, disputem às eleições, evitando-se futuros dissabores.
Odemirton Filho é bacharel em Direito e oficial de Justiça