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quarta-feira - 27/12/2023 - 21:24h
Reservatórios

Reserva de água do RN em 2023 atinge 52% da sua capacidade total

Barragem de Umari em arquivo do Igarn

Barragem de Umari em arquivo do Igarn

O Relatório dos Volumes dos Principais Reservatórios do RN, divulgado nesta terça-feira (26), pelo governo estadual, aponta que o volume acumulado pelas reservas hídricas potiguares é 6,31% superior ao do final do ano passado.  O trabalho é feito pelo Instituto de Gestão das Águas do RN (IGARN).

As reservas hídricas superficiais totais do Estado chegam à última semana, de dezembro de 2023, acumulando 2,256 bilhões de metros cúbicos, percentualmente, 52,03% da sua capacidade total, que é de 4,337 bilhões de m³. No mesmo período de 2022, as reservas hídricas acumulavam 45,72% da sua capacidade total.

A barragem Armando Ribeiro Gonçalves, maior reservatório do RN, acumula 1,291 bilhão de metros cúbicos, correspondentes a 54,41% da sua capacidade total, que é de 2,373 bilhões de m³. No final de dezembro do ano passado, o manancial acumulava 1,267 bilhão de m³, equivalentes a 53,43% da sua capacidade total.

Segundo maior manancial do Estado, a barragem Santa Cruz do Apodi acumula 354,53 milhões de m³, percentualmente, 59,12% da sua capacidade total, que é de 599,71 milhões de m³. O acumulado atual é 20,62% superior ao apresentado no mesmo período de 2022, quando o reservatório estava com 230,73 milhões de m³, 38,47% da sua capacidade total.

Localizada em Upanema, a barragem Umari acumula 228,04 milhões de m³, equivalentes a 77,88% da sua capacidade total, que é de 292,81 milhões de metros cúbicos. O acumulado atual é 18,28% superior ao apresentado no mesmo período do ano passado, quando o manancial estava com 174,51 milhões de m³, correspondentes a 59,60% da sua capacidade total.

A barragem de Pau dos Ferros acumula 39,67 milhões de m³, correspondentes a 72,32% da sua capacidade total, que é de 54,85 milhões de m³. O percentual é 3,08% superior ao apresentado no mesmo período do ano passado, quando o reservatório estava com 37,98 milhões de metros cúbicos, equivalentes a 69,24% da sua capacidade total.

Alguns reservatórios, a maioria localizados na região Seridó, apresentam volumes inferiores aos do mesmo período de 2022, caso da barragem Sabugi, localizada em São João do Sabugi, que acumula 7,54 milhões de m³, percentualmente, 12,19% da sua capacidade total, que é de 61,85 milhões de m³. No mesmo período do ano passado, o manancial estava com 14,69 milhões de m³, equivalentes a 23,75% da sua capacidade total.

O açude Dourado, localizado em Currais Novos, acumula, aproximadamente, 310 mil metros cúbicos, o correspondente a 3% da sua capacidade total, que é de 10,32 milhões de m³. No mesmo período de dezembro de 2022, o reservatório estava com, aproximadamente, 350 mil metros cúbicos, equivalentes a 3,39% da sua capacidade total.

Para saber sobre os volumes acumulados em outros reservatórios monitorados pelo Igarn, acesse: //www.ana.gov.br/sar/nordeste-e-semiarido/rio-grande-do-norte.

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quarta-feira - 27/12/2023 - 20:48h
Saúde

Governo entrega novo tomógrafo ao Tarcísio Maia

Equipamento deverá estar funcionando em cerca de 20 dias (Foto: Sesap)

Equipamento deverá estar funcionando em cerca de 20 dias (Foto: Sesap)

O Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), em Mossoró, recebeu na tarde desta quarta-feira (27) seu novo tomógrafo. O equipamento foi adquirido pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (SESAP) através de um investimento de R$ 1,1 milhão de recursos próprios.

A previsão é de que o equipamento passe a funcionar dentro de até 20 dias úteis. O período se dá pela necessidade de retirada do equipamento antigo, uma pequena adequação física na sala de tomografia e instalação do equipamento.

“O novo tomógrafo representa um reforço da estrutura de saúde pública do Oeste Potiguar, com a garantia do atendimento integral e regionalizado,” informa nota oficial da Secretaria de Estado da Saúde Pública do RN (SESAP/RN).

O planejamento da Sesap é que mais um tomógrafo seja instalado em Mossoró dentro em breve, desta vez no Hospital da Mulher Parteira Maria Correa.

O equipamento quebrado foi instalado na gestão do então governador Robinson Faria (PSD, hoje no PL), em 12 de janeiro de 2017 (veja AQUI), com custo de R$ 1,4 milhão. Mas, desde outubro que teve pane irreversível, obrigando governo a esse contratar serviços em outros hospitais. Este ano, já ocorrera o mesmo problema pelo menos duas vezes.

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quarta-feira - 27/12/2023 - 20:04h
Eleições 2024

Um candidato para marcar posição em Mossoró

chapa, nomes, fotos, candidatos, política,O MDB cascavilha a política de Mossoró à cata de um nome para plantar como candidato a prefeito em 2024.

A cúpula partidária sabe das dificuldades desmedidas à vitória nas urnas. Porém, sua prioridade não é exatamente vencer, mas marcar posição em relação ao pleito governamental de 2026.

O atual vice-governador Walter Alves, dirigente estadual da legenda, sonha em concorrer ao governo estadual e quer ter em Mossoró uma célula política.

Tem plena consciência que não pode contar com o PT da governadora Fátima Bezerra (PT).

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quarta-feira - 27/12/2023 - 19:22h
Oportunidade

AeC abre mais 216 vagas de emprego em Mossoró

Empresa tem mais de 48 mil pessoas em sua equipe (Foto: Divulgação)

Empresa tem mais de 48 mil pessoas em sua equipe (Foto: Divulgação)

Quem deseja começar 2024 em um emprego novo não pode perder essa oportunidade. A AeC Contact Center abriu mais 216 vagas em Mossoró, no Rio Grande do Norte, para contratação imediata. Para concorrer a uma vaga para operador de contact center, é necessário fazer o cadastro no site da empresa (sou.aec.com.br)

Os interessados devem ter mais de 18 anos, Ensino Médio completo e noções básicas de informática. Também é avaliada a capacidade do candidato de se comunicar bem. Não é necessária experiência na função. Além de remuneração compatível com o mercado, há benefícios como plano de saúde e odontológico.

A empresa é reconhecida como grande empregadora de jovens, muitos deles em busca do primeiro emprego; e de pessoas com mais de 60 anos. A companhia também tem uma política permanente de promoções internas. Só em 2022, 5800 colaboradores foram promovidos de cargo em todo Brasil.

Atualmente, a AeC conta com mais de 48 mil colaboradores em 18 unidades distribuídas por 7 estados do país.

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quarta-feira - 27/12/2023 - 18:50h
Futebol e comunicação

Baraúnas fará amistoso com estreia de sua própria TV

Amistoso do tricolor será nessa sexta-feira na Paraíba (Foto: Divulgação)

Amistoso do tricolor será nessa sexta-feira na Paraíba (Foto: Divulgação)

O Baraúnas irá estrear a sua própria TV pela internet. A primeira transmissão da Baraúnas TV vai acontecer no amistoso da próxima sexta-feira (29), quando o clube enfrenta o Sousa, a partir das 19h, no estádio Marizão em Sousa (PB). O amistoso preparatório à temporada 2024 poderá ser acompanhado pelo link youtube.com/@baraunastvoficial.

Além da transmissão desse amistoso, a Baraúnas TV irá contar com quadros especiais, entrevistas e bastidores do clube, trazendo atualização constante dos principais acontecimentos do Leão, como forma de se comunicar com os torcedores, patrocinadores e imprensa.

Na transmissão de estreia haverá narração de Carlos Guerra Júnior, comentários de Giordano Bruno, filmagem de Paulo Victor e Paulo Guerra na técnica.

O novo canal é um projeto experimental liderado por torcedores apaixonados pelo Leão. Carlos Guerra Júnior e Giordano Bruno são os organizadores do projeto. Eles já fizeram dupla como assessores de imprensa do Baraúnas em 2013. Os dois seguiram na área da educação.

Carlos é doutor em Comunicação e Giordano é mestre na área. Carlos é professor da Universidade Federal de Rondônia, onde tem um projeto de transmissões esportivas e Giordano é diretor do Instituto Sementes, um dos patrocinadores do Leão.

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quarta-feira - 27/12/2023 - 18:30h
Luto

Morre em Mossoró a mãe do empresário Tião Couto

Dona Antônia Margarida era mãe de quatro filhos (Foto: Cedida)

Dona Antônia Margarida era mãe de quatro filhos (Foto: Cedida)

Faleceu na manhã desta quarta-feira (27) em Mossoró, dona Antônia Margarida Filgueira do Couto, 86, mãe do empresário Tião Couto, além de outros filhos (José Marcelino Filgueira Neto, Maria de Fátima Filgueira do Couto e Luciana Filgueira do Couto).

Seu corpo foi velado no Centro de Velório Sempre, em frente ao tiro de Guerra (TG).

No fim da tarde foi sepultada no Cemitério São Sebastião, Centro de Mossoró.

Nota do BCS – Que dona Margarida descanse em paz.

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terça-feira - 26/12/2023 - 23:56h

Pensando bem…

“Nunca espere demais, da sorte ou dos outros, no fim não há quem não decepcione você.”

Charles Bukowski

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terça-feira - 26/12/2023 - 14:24h
RN

Polícia Civil garante que desvendou assassinato de prefeito

Do G1 e BCS

Neném estava sentado no sofá, à sala de sua casa, quando foi morto (Foto: Web)

Neném foi morto em quando estava na sala de sua casa (Foto: Web)

O assassinato do prefeito Joseilson Borges da Costa (MDB) – Neném Borges, 43, em 18 de abril deste ano (veja AQUI), foi motivado pelo apoio do político às forças policiais do estado no combate a uma facção criminosa que atua no município de São José do Campestre, no Agreste potiguar. A informação foi divulgada pela Polícia Civil do Rio Grande do Norte nesta terça-feira (26).

A Justiça expediu um mandado de prisão preventiva contra o suspeito, que segue foragido. A identidade dele não foi divulgada, segundo a polícia, porque o processo segue em segredo de justiça.

O autor do crime é chefe local uma facção criminosa interestadual e teria decidido matar o prefeito por causa do apoio institucional de Neném Borges às ações policiais na cidade. Essa é a versão da polícia.

O delegado Wellington Guedes, responsável pelas investigações, afirmou que o mentor e executor do crime atribuía ao prefeito operações que vinham sendo realizadas contra o grupo.

Segundo a polícia, o crime aconteceu por volta das 23h. O autor do crime teria pulado o muro de uma escola abandonada, passou por um beco e entrou na casa do prefeito pelo portão, que estava aberto. Neném Borges estava deitado no sofá de casa.

Outros familiares também estavam no imóvel, mas não foram atingidos pelos tiros. O criminoso conseguiu fugir. As balas usadas no crime foram de calibre 38.

Outro caso

No dia 23 de dezembro de 2017, Alan John Romão Soares, de 36 anos, secretário municipal de Finanças e Tributação, filho da então prefeita Alda Romão (PSD), foi executado. A prefeita e o filho estavam em visitação a um bairro para a entrega de um calçamento, quando os assassinos, encapuzados, se aproximaram numa moto e cercaram o carro.

Mataram o secretário e fugiram. A prefeita não foi alvejada. Porém, em abril do ano seguinte foi cassada.

Nota do BCS – Chefe de facção que resolve matar, sozinho, a maior autoridade do município, com um simples revólver 38… Agatha Christie não faria enredo melhor.

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terça-feira - 26/12/2023 - 11:14h
Assembleia Legislativa

Governo costura recomposição e retomada de maioria

encaixe, quebra-cabeça, encontro, aliança, contrários, preto e branco, uniãoEm movimentos calculados e com ordem expressa para que seus principais porta-vozes evitem declarações provocativas, a governadora Fátima Bezerra (PT) trabalha recomposição de sua base na Assembleia Legislativa.

A questão não é apenas na melhoria da relação, mas também no aspecto numérico.

Hoje, o governo é minoria. Tem dez deputados (ou 11).

Na oposição existiriam 14 (ou 13).

A votação que derrubou a proposta de manutenção do ICMS de 20% e a língua solta do governismo, vociferando contra deputados, são parte da explicação para essa situação tensa. Porém, o buraco é mais embaixo.

Veja links abaixo:

Leia também: Recesso parlamentar faz um bem danado à Fátima;

Leia também: Governadora se arrisca com reação impulsiva;

Leia também: Governo tem relação de “separação de bens” com base não petista.

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terça-feira - 26/12/2023 - 09:56h
Pesquisa Blog do BG/AgoraSei

Severino Rodrigues vence atual prefeito e ex-prefeito

Severino tem posição de larga dianteira (Foto: Arquivo)

Severino tem posição de larga dianteira (Foto: Arquivo)

O Blog do BG divulga nesta terça-feira (26) pesquisa à Prefeitura de São José de Mipibu – município na região da Grande Natal. Os números abaixo são da pergunta Estimulada e Rejeição. Veja abaixo.

Estimulada

Na questão de voto de intenção Estimulada – quando são oferecidos nomes aos entrevistados, Severino Rodrigues (MDB) tem a preferência de 44,0% dos ouvidos, segundo a Pesquisa Blog do BG/AgoraSei. Na segunda posição está o prefeito Zé Figueiredo, citado por 18,0% das pessoas ouvidas, e o ex-deputado estadual e ex-prefeito Arlindo Dantas tem a terceira posição com 13,7%.

Os entrevistados que dizem votar branco ou nulo são 15,3% e aqueles sem opinião ou não responderam somam 9,0%.

Ex-prefeito de Monte Alegre por dois mandatos (2013/2016 e 2017/2020), Severino Rodrigues filiou-se ao MDB no dia 15 de setembro último. Ele é pai do deputado estadual Kleber Rodrigues (PSDB).
Pesquisa Blog do BG-AgoraSei - São José de Mipibu - 26-12-2023 - Estimulada - Severino Rodrigues em primeiro lugar

Rejeição

Na pergunta da rejeição para prefeito, quando o entrevistado é questionado em quais dos nomes não votaria de jeito nenhum, Zé Figueiredo é citado por 44,7% das pessoas ouvidas. Arlindo Dantas aparece em seguida e bem próximo, com 43,3% de rejeição.

Severino Rodrigues é o menos rejeitado dos três, com 26,7%.

Os entrevistados que dizem não rejeitar nenhum dos nomes, que podem votar em qualquer um deles, são 10,3%. As pessoas sem opinião ou que não responderam totalizam 9,3%.

Por ser uma questão de múltipla escolha, onde o entrevistado pode citar mais de um nome, a soma dos percentuais ultrapassa os 100%.Pesquisa Blog do BG-AgoraSei - São José de Mipibu - 26-12-2023 -Rejeição -

Sobre a pesquisa

A pesquisa foi realizada nos dias 23 e 24 dezembro deste ano e ouviu 400 eleitores, nas zonas urbana e rural de São José de Mipibu. O intervalo de confiança estimado é de 95% e a margem de erro máxima estimada é de 4,8 pontos percentuais, para mais ou para menos sobre os resultados totais da amostra.

São José de Mipibu tem 47.286 habitantes e fica a 38 km de Natal.

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terça-feira - 26/12/2023 - 09:22h
Estado

Refis 2023 termina nesta terça-feira

Refiz 2023 - fim do prazo 26-12-2023Iniciado no dia 18 de setembro, o Programa de Refinanciamento e Regularização Fiscal do RN (REFIS) 2023 termina nesta terça-feira (26).

Desencadeado pelo Governo do Estado, o Refiz oferece descontos de até 99% sobre juros e multas de débitos tributários que estão na dívida ativa – ICMS, ITCD, além de IPVA. Não tributáveis inscritos na dívida ativa até 31de agosto deste ano também são incluídos.

Débitos negociáveis

*ICMS gerado até 31/03/2023
*IPVA gerado até 31/12/2022
*ITCD lançado até 27/12/2023
*Não tributáveis inscritos na dívida ativa até 31/08/2023

Por que se regularizar?

Ao aderir ao NOVO REFIS, o contribuinte ganha vários benefícios, como:

*Voltar a emitir certidão negativa;
*Contratar e receber recursos do poder público;
*Reduzir o passivo tributário;
*Dar segurança jurídica à empresa;
*Estar apto a se credenciar junto à SEFAZ-RN para da adoção de benefícios fiscais.

Acesse AQUI para aderir.

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terça-feira - 26/12/2023 - 08:38h
Agilidade e segurança

Sistema Eletrônico de Informações do TRF é implantado por prefeitura

Treinamento com todos os setores faz parte da implantação do sistema (Foto: Wesley Duarte)

Treinamento com todos os setores faz parte da implantação do sistema (Foto: Wesley Duarte)

A Prefeitura de Mossoró moderniza a administração municipal com a adesão do Sistema Eletrônico de Informações (SEI). Todas as repartições do município já foram cadastradas na nova plataforma. A ferramenta com alto padrão em segurança eletrônica possibilita maior agilidade no encaminhamento de solicitações, como também promove celeridade na gestão de documentos.

No fim de semana, a Diretoria de Tecnologia da Informação realizou reunião com equipes de todas as secretarias municipais para tratar do sistema. Na prática, a ferramenta vai desburocratizar ainda mais o serviço público e agilizar o atendimento ofertado à população.

Todos os processos ficarão registrados e armazenados de forma segura, com auditoria, trazendo mais lisura e transparência no gerenciamento e consulta dos processos públicos.

O sistema SEI, desenvolvido pelo Tribunal Regional Federal (TRF), é utilizado por várias instituições públicas pelo fato da segurança cibernética, redução do tempo de realização das atividades, como também por permitir a junção de diversas funcionalidades capazes de promover a eficiência processual administrativa.

Com a implementação do Sistema Eletrônico de Informações (SEI), a Prefeitura de Mossoró fortalece a proteção de dados, agiliza e organiza os processos internos e oferece um serviço eficiente e de mais qualidade à população mossoroense. A modernização da estrutura municipal é mais uma ação da Prefeitura para maior e agilidade no atendimento aos seus munícipes – informa a municipalidade.

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segunda-feira - 25/12/2023 - 13:22h
Luto

Morre o jornalista Eduardo Thomé

Eduardo tinha passado por cirurgia cardíaca (Foto: reprodução)

Eduardo tinha passado por cirurgia cardíaca (Foto: reprodução)

Morreu nesta segunda-feira (25), em Mossoró, o jornalista Eduardo Thomé, 62. Ele por muitos anos atuou na imprensa mossoroense, em especial no jornal “O Mossoroense.”

Thomé passou por cirurgia cardíaca em Fortaleza, considerada bem-sucedida, há cerca de 60 dias. Mas, essa semana foi diagnosticado com pneumonia, que gerou desdobramentos até o óbito no Hospital da Hapvida em Mossoró.

Eduardo Thomé tem velório no Centro de Velório Sempre, em frente ao Tiro de Guerra 07/010, em Mossoró.

Sepultamento vai acontecer no Cemitério Sempre, na rodovia Milton Marques de Medeiros (RN-17), às 16h de hoje.

Nota do BCS – Gente da melhor qualidade. Durante anos tivemos contato regular numa turma formada ainda pelos radialistas Gilson Cardoso e George Wagner (in memoriam). Como foi maravilhoso esse período.

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domingo - 24/12/2023 - 23:48h

Pensando bem…

“Não sou aquele que sabe, mas aquele que busca.”

Hermann Hesse

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domingo - 24/12/2023 - 11:00h

A irmã de Cristo

Por Marcos Ferreira

Ilustração extraída da Web (sem identificação de autoria)

Ilustração extraída da Web (sem identificação de autoria)

Quase três horas adulando um soneto. Consegui dar cabo dos quartetos (razoáveis, a meu ver), porém os tercetos emperraram. Paciência. Mudemos para a crônica. Deixemos o poema amadurecendo nos escaninhos da mente. No mais das vezes persevero, travo uma luta ferrenha com os meus neurônios, mas há ocasiões em que é preciso dar um tempo, tomar um banho bem frio e uma boa talagada de café amargo. Após isso, o que não é regra, termino encontrando a solução para os versos insubordinados, inacessíveis como certos políticos reeleitos.

Se eu sigo algum ritual para escrever? Talvez. Mas seria algo involuntário. Inquieto-me da mesa para a cama, da cama para a rede, armada aqui na sala, às vezes com uma caneta e bloco de notas. Então “eu olho, assustado, para a página branca de susto”. Apenas para citar Quintana, embora alguns leitores mais áridos, carentes de cultura literária, considerem tais citações uma coisa presumida, empolada, pedante. Fazer o quê? Não posso responder pela ignorância alheia. A minha já me é o bastante para que eu entenda que aquilo que sei é uma gota e o que ignoro é um oceano, como nas palavras do cientista inglês Isaac Newton.

Ouso dizer que hoje em dia, dispondo-se de um serviço de internet, de um celular ou computador, tornou-se fácil (aspas) que um indivíduo se venda por intelectual. Ou afete, digamos, uma intelectualidade medíocre. Porque frases engenhosas como essa de Newton são absolutamente encontráveis nos sites de busca, sem que o suposto intelectual precise consultar sua biblioteca física um sem-número de vezes, no caso daquelas pessoas que possuem bibliotecas.

Temos em Mossoró um autor — rapaz velho com mais de setenta anos, formado em ciências jurídicas e medicina veterinária, entretanto estabelecido no ramo de peças de automóveis — que já deveria ter sido agraciado com um Jabuti ou um Prêmio São Paulo de Literatura. Se não pelas várias obras publicadas do próprio bolso, entusiasticamente aplaudidas pelas igrejinhas de Vila Negra e da capital, ao menos pela admirável qualidade das epígrafes e aforismos com que ele impregna os seus romances, contos, poemas, crônicas e até ensaios literários.

Sim. O senhor Olavo Cardoso, eis o nome do referido escriba, notabiliza-se (no meu modo de ver) muito mais pela citação das obras e pensamentos de terceiros do que pelos méritos de suas próprias letras.

Isso, no entanto, não é da minha conta. Decerto também não é do interesse do paciente leitor. Iniciei estas linhas falando sobre poesia, e é sobre poesia que desejo continuar falando. Talvez eu devesse expor aqui as duas primeiras estrofes do referido soneto. Não. Fiquemos na categoria da crônica. O que não me impede de lhes apresentar a minha opinião sobre a arte do verso.

Eu dizia da minha peleja à cata dos tercetos, até agora sem remédio. Estalo os dedos. Daí a pouco vou dar uma olhada no trânsito. Espio por cima do muro, que é baixo o suficiente para esse tipo de espreita. Subo em dois tijolos de cerâmica, que mantenho ali para essa finalidade. Ganho uns vinte centímetros de altura e consigo espichar a cabeça para melhor examinar a rua.

Contudo ainda é cedo e quase não há tráfego; uma motocicleta e um carro passam devagar. A seguir, com menos velocidade, dois ciclistas e um carroceiro tomam rumos contrários. A carroça segue em direção ao oeste enquanto as bicicletas rumam para o leste. Ruazinha estragada e morta de um domingo igualmente morto. Continuo, repito, sem engenho para dar à luz os tercetos necessários à conclusão daquele soneto iniciado há horas.

Volto para a rede, enfastiado da monótona paisagem da rua. Apesar do inexplicável tremor das minhas mãos, coisa que o Dr. Dirceu Lopes (meu psiquiatra) tem se empenhado em resolver, pego o bloco de notas e me ponho a cismar, os olhos mirando o vazio, mordiscando a tampa da caneta. Sobre o que escrever, afinal, nesta crônica digressiva, sem rumo certo? “Decifra-me ou te devoro”, ameaça-me a esfinge de Tebas.

É melhor que eu não permaneça na enrolação, abusando da paciência do leitor, cujo tempo destinado às nossas crônicas de qualidade supostamente apreciável merece ser valorizado. Pego outra xícara de café amargo e me ponho a saborear a rubiácea. Sequer um braço de vento se insurge contra a quietude.

Ouço a buzina de um carro, seguida pelo som das portas se fechando, e vou espiar a rua outra vez. A visita não é para mim, felizmente. O veículo parou diante da casa da senhora Margareth. Desceu um jovem e rechonchudo casal e o rapaz tocou a campainha da residência. Em alguns minutos a senhora Margareth lhes abriu o portão. O cachorro vira-lata do padeiro Saldanha vela um osso descarnado ao pé do poste. E esta rua vazia e morta me lembra um poema de Mauro Mota. Uma cigarra estridula seu característico canto de acasalamento nas imediações.

Sofro intimamente a dor dos versos que não consigo parir, esperando uma fagulha de engenho. Tenho a impressão de que me olham, à sorrelfa, os olhos invisíveis da Poesia, que hoje está de mal comigo.

Antes de atritarem as primeiras pedras e obterem o fogo, ela já se fizera inquilina dos subterrâneos e porões das nossas almas. Precede a escrita, a tinta e o papiro. Constitui os primórdios da linguagem. Compõe a nossa essência e cotidiano desde a pré-história, do interior das cavernas às habitações de agora. Socializou e interagiu com o homem primitivo à volta de fogueiras.

Ela está em toda parte. Sobreviveu a hecatombes e cataclismos, foi tragada por dilúvios e consumida por vulcões, no entanto ressurgiu como uma fênix. Sempre viveu conosco, em meio à luz e às trevas, independente do nosso querer e escolha. Existe desde a criação do mundo e do ser humano. Possui dimensões microscópicas quanto gigantescas. Muitas vezes se encontra bem diante dos nossos olhos e não conseguimos enxergá-la. Com algumas exceções, pois há quem jure de pés juntos que a desprezam e repelem, todos a estimamos e a cobiçamos.

Sinto a sua presença enquanto escrevo. Adivinho o seu olhar onipresente pairando sobre mim. Está dentro de nós, habita-nos e nos circunda a um só tempo. Não nos diz a que veio (nem carece), pois a ela nos destinamos, embora a subestimemos aqui e ali com a nossa fria e pragmática lógica.

Hoje a Poesia não parece disposta a colaborar para a conclusão do meu soneto. Vejo-a reflorir entre os espinhos e pedras do caminho. Continua e será exatamente a mesma, por séculos infindos, diversa e una. Reina sobre todas as amarras e grilhões, sobre todas as formas e regras, antiguidades e modernismos, vozes e silêncios, guerras e paz. Ela coexiste entre a lágrima e o riso, entre o êxtase e a dor, o fracasso e o sucesso. É fardo e fortuna, prazer e suplício de todos os seus discípulos e devotos. Alista reis e vassalos para a empresa de sua eternidade. Nobres e plebeus compartilham do mesmo pão verbal à sua mesa farta e indistinta.

Não possui fronteiras nem alfândegas. Cabe no útero de uma ostra e transborda rios, agita oceanos. É a pomba e o chacal, a espada e o cordeiro. Ora é festa e multidão, noutro instante é abandono e vazio. E se acaso à noite ela se revela sombra e embaraço, ressurge cristalina “mal rompe a manhã”.

Eis, senhoras e senhores, a irmã de Cristo, a filha bastarda que Deus não quis registrar nas Sagradas Escrituras: a Poesia!

Marcos Ferreira é escritor

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Categoria(s): Crônica
domingo - 24/12/2023 - 09:24h

Quem morre?

Por Pablo Nerudacaminhar-descalco

Morre lentamente
quem se transforma em escravo do hábito,
repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca
Não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente
quem faz da televisão o seu guru.

Morre lentamente
quem evita uma paixão,
quem prefere o negro sobre o branco
e os pontos sobre os “is” em detrimento de um redemoinho de emoções,
justamente as que resgatam o brilho dos olhos,
sorrisos dos bocejos,
corações aos tropeços e sentimentos.

Morre lentamente
quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho,
quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho,
quem não se permite pelo menos uma vez na vida,
fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente
quem não viaja,
quem não lê,
quem não ouve música,
quem não encontra graça em si mesmo.

Morre lentamente
quem destrói o seu amor-próprio,
quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente,
quem passa os dias queixando-se da sua má sorte
ou da chuva incessante.

Morre lentamente,
quem abandona um projeto antes de iniciá-lo,
não pergunta sobre um assunto que desconhece
ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.

Evitemos a morte em doses suaves,
recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior
que o simples fato de respirar. Somente a perseverança fará com que conquistemos
um estágio esplêndido de felicidade.

Pablo Neruda (1904-1973) foi poeta, Prêmio Nobel de Literatura em 1971 e cônsul do Chile na Espanha e México.

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Categoria(s): Poesia
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domingo - 24/12/2023 - 08:26h

Poco dopo

Por Bruno Ernesto

Obra de Salvador Dalí (Reprodução)

Obra de Salvador Dalí (Reprodução)

Certamente você já leu e releu que, para a maioria das pessoas, o rito de final do ano segue um roteiro: férias, confraternizações, comemorações, encontros, reencontros, tempo de fraternidade, orações, enviar mensagens de final de ano via whatsapp e, para poucos, reflexão.

De fato, é um período muito bom. Pena que dura pouco. Deveria ser assim o ano todo. Entretanto, seria paradoxal. Como alguns comportamentos.

Ter um período para descansar é extremamente necessário. Não é preciso fazer uma pesquisa acadêmica para chegar a essa conclusão. Experimente passar uma semana sem dormir.

Há uma expressão italiana para se dizer que está sem fazer nada. Só aproveitando o ócio: Dolce far niente. Seria tipo, “O bom de não fazer nada”.

Pois bem. Mas, e quanto a refletir? Penso que também demanda tempo. Pode nem parecer, mas leva muito tempo.

Nesse período os restaurantes estão abarrotados, o comércio fervilha, os aeroportos e estradas um caos; muitas pessoas postando nas redes sociais suas árvores de Natal, presentes, ceias, encontros e reencontros, declarações de amizade e amor. Alguns, até um pouco de caridade e religiosidade, genuínas ou não.

Nessas mesmas redes sociais, começam a fervilhar os memes relacionados ao período festivo. Uns bem engraçados e debochados. Porém, bem realistas.

Também há uma enxurrada de mensagens via whatsapp. Em especial nos grupos. Além daquelas distribuídas em forma de listas automatizadas, e aquelas distribuídas a esmo. Não vou nem mencionar as enviadas na virada do ano.

            De todas as celebrações de final de ano, certamente, o Natal é a mais simbólica de todas.

A simbologia dessa data é inigualável, do ponto de vista espiritual. Ou deveria ser.

É um momento de reunião e reflexão com a família e os entes queridos. É uma oportunidade, inclusive, de se aparar eventuais arestas.

Além do aspecto religioso desse momento – Sim, o Natal é uma celebração religiosa -, há uma carga axiológica que permeia todo esse momento.

Veja que esse valor, ou aquilo que é valorizado pelas pessoas, é uma escolha individual, produto da cultura em que o indivíduo está inserido.

O escritor russo Liev Tolstoi é o autor de uma das frases mais representativas acerca de um sentimento abstrato: “Todas as famílias felizes se parecem. As infelizes, são infelizes à sua maneira.”

Apesar dessa frase falar sobre família, ela dever ser trazida para as relações interpessoais hoje além da própria família. É bem mais abrangente. No fundo, diz respeito ao fato de que o que deveria prevalecer seria o sentimento genuíno e não o contrário.

Veja que muitas pessoas sequer cumprimentam as outras durante o ano. Mesmo aquelas com que mantém contato diariamente, quer seja no seu condomínio, na academia, supermercado, faculdade, igreja, ou mesmo no trabalho. Não há o mínimo de empatia para com o próximo. Percebe-se que, muitas vezes, sequer há cordialidade.

Todavia, o final do ano, paradoxalmente, tem esse poder mágico de convergir o espírito de confraternização adormecido durante o longo do ano que vai se expirando.

No Natal, celebra-se o nascimento. Entretanto, paradoxalmente, parece que muitos só podem celebrar a Páscoa.

Essa ressignificação foi brilhantemente abordada pelo pintor Salvador Dalí, em sua obra denominada Cristo de São João da Cruz, de 1951. Obra que marcou seu retorno ao catolicismo, depois de um período de ateísmo.

Nela, Jesus Cristo não possui coroa de espinhos; quem observa Jesus, o observa de um ângulo superior, que seria o ângulo de observação de Deus; não há pregos em suas mãos ou pés, nem sangue ou mesmo a inscrição em latim, “Iesus Nazarnus, Rex Iudeum” (INRI), que significa, “Jesus Nazareno, Rei dos Judeus”. Entretanto, a simbologia continua lá e é de nítida compreensão.

Porém, há um outro detalhe nessa obra de Salvador Dalí que passa despercebido, porém tem grande significado.

Salvador Dalí não a assinou. E não o fez por um motivo que requer muita reflexão e genuinidade em sua omissão.

Para ele, sobre Deus, não há outro criador possível. Nem mesmo o egocêntrico Dalí ousou, em uma raríssima demonstração de humildade, se contrapor a essa simbologia do poder do Criador.  Nem em nome da arte.

Assim, como Salvador Dalí, parece que se passa um período de afastamento espiritual durante o ano inteiro e, ao final, adota-se uma postura que deveria ser do ano inteiro. E, ao que parece, ao contrário de Dalì, se faz de uma forma irrefletida.

Dessa maneira, iniciado um novo ano, uma outra expressão italiana seria bem colocada: Poco dopo. Que, traduzida, significa, logo após. Ou seja, poco dopo, tudo volta à normalidade.

Afinal, reflexão precisa de tempo.

Bruno Ernesto é professor, advogado e escritor

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Categoria(s): Crônica
domingo - 24/12/2023 - 07:38h

Juristas e bacharelas

Por Marcelo Alves

Cena do filme Legally Blonde (Reprodução)

Cena do filme Legally Blonde (Reprodução)

Não apenas de homens “práticos” é feito o direito. Há também os juristas, numa acepção peculiar do termo, para designar os pesquisadores, doutrinadores, professores e estudantes dessa ciência. E eles têm também o seu devido espaço na literatura universal.

O enorme Honoré de Balzac (1799-1850), o “Napoleão das letras”, por exemplo, se apropriou de muitas coisas do direito: instituições (casamento, herança, falência, crime etc.), linguagem, cenas/dramaticidade e, por que não, de seus juristas. “A comédia humana”, herdeira do “Code Napoléon”, é pródiga em juristas. Aqueles imaginados pelo autor, claro. Mais de 50 “homens da lei”, todos com lugares especiais dentro da “Comédia”, como teria certificado Peirre-François Mourier, em “Balzac, L’injustice de la loi” (Michalon Editeur, 1996). E, mais curiosamente,  juristas de verdade, grandes nomes da França, alguns deles professores de Balzac na Faculdade de Direito de Paris, como Hyacinthe Blondeau (1784-1854), Louis-Barnabé Cotelle (1752-1827), Charles Toullier (1752-1835) e Raymond-Theodore Troplong (1795-1869) ou os famosos quatro “redatores” do Código, Jean-Étienne-Marie Portalis (1746-1807), François Denis Tronchet (1726-1806), Jacques de Maleville (1741-1824) e Bigot de Préameneu (1747-1825), que são citados ou aludidos pelo autor em seus romances.

Assim também o fez o gigante Miguel de Cervantes (1547-1616), o pai do “Dom Quixote de la Mancha” (1605). Grandes jurisconsultos são citados nas obras de Cervantes, anota Luis E. Rodríguez-San Pedro Bezares, em “Atmósfera universitaria em Cervantes” (Ediciones Universidad Salamanca, 2006). Por exemplo, “o nome de Justiniano é referido pela boca da personagem Redondo na comédia Pedro de Urdemalas, ainda que de forma grosseira. O mesmo se dá com os importantes juristas medievais Bartolo ou Baldo”.

Em “La elección de los Alcaldes de Daganzo”, uma farsa, “num coro de músicos e ciganos, faz-se referência a Bartolo”. Há também “uma menção aos juristas Bartolo e Baldo em La tía fingida, atribuída por um tempo a Cervantes”.

De verdade ou fictícios, estudiosos e estudantes do direito também têm lugar, para além da literatura, no cinema. E aqui, no momento em que se discute o papel da mulher no sistema judicial brasileiro, com a controversa questão da inclusão do gênero como critério de promoções por antiguidade e merecimento na magistratura e no Ministério Público, faço referência ao popular filme “Legalmente loira” (“Legally Blonde”, 2001), adaptado do romance homônimo de Amanda Brown e estrelado pela engraçadíssima Reese Witherspoon.

Basicamente, quanto ao seu enredo, segundo o site em português do IMDb (Internet Movie Database), a patricinha Elle Woods, “uma rainha da irmandade da moda, é abandonada pelo namorado. Ela decide segui-lo para a faculdade de direito [no filme, a Harvard Law School]. Enquanto está lá, ela percebe que há mais nela do que apenas aparência”. “Legally Blonde” é um filme divertidíssimo. Foi sucesso de crítica e público. Ganhou uma sequência (“Legally Blonde 2: Red, White & Blonde”). Virou um musical, que, aliás, assisti em Londres. Adorei. Mas ele é também, sob a aparência de “bobinho”, bem mais do que isso.

Legally Blonde”, à sua maneira, representa um final rompimento com a tradição secular, no cinema, de os advogados (e outros operadores do direito) serem sempre personagens masculinos. Levando em consideração a completa ausência de mulheres advogadas em “I Am The Law” (1938), passando pelas personagens femininas de “Suspect” (1987), “The Accused” (1988), “Class Action” (1991) e “The Client” (1994), a onipresença feminina da personagem Elle Woods (interpretada por Reese Witherspoon) é um marco notável.

Bem construído, por detrás da máscara de bobinho, “Legally Blonde”, com a vitória profissional da protagonista e a demonstração da hipocrisia e preconceito masculinos (e de Harvard), tem um forte apelo em favor da mulher. Representa, em certa medida, o espaço que o “sexo frágil” vem ganhando no mundo do direito. “Mesmo de salto alto e vaidosas, as mulheres terão sempre mais espaço daqui para frente”, foi o que me disse certa feita uma amiga querida.

Têm alguma ou bastante razão, o filme e a minha amiga.

Marcelo Alves Dias de Souza é procurador Regional da República e doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL

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Categoria(s): Crônica
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domingo - 24/12/2023 - 06:46h

O sentido do Natal

Por Odemirton Filho 

Foto ilustrativa Web

Foto ilustrativa Web

Depois de muitos anos, o homem passou na rua onde ficava a casa dos seus avós. A velha residência há anos encontrava-se fechada. Desde o falecimento dos seus avós não teve mais coragem de transitar por aquela rua, a qual lhe trazia doces lembranças.

Ali, recebeu o carinho dos seus avós; aprendeu lições de honestidade com o seu avô. Ouvia-o falar sobre uma sociedade na qual não houvesse uma profunda desigualdade social. O seu vô era um sonhador? Decerto, mas era um homem de princípios, que lutava pela causa que acreditava.

Já a sua avó era evangélica, não embarcava muito naquelas “viagens” do marido. Acreditava palavras do Menino Jesus. Gostava de receber seus filhos e netos em casa, tratando-os com carinho. Entretanto, era firme, nada da bagunça dos netos desarrumando a casa, que era arrumada com zelo.

O homem, parado na frente da casa, com os olhos marejados, lembrou-se de alguns tios que já partiram para junto do Pai, e de outros que, infelizmente, perderam a lucidez em razão da doença que os acomete. Lembrou-se dos momentos de alegria; da zoada, até das brigas, pois toda família tem os seus “moídos”.

Outrora, corriam felizes os dias da sua infância; os primos brincando dentro de casa. O seu avô lendo um livro, sentado na cadeira de balanço; a sua avó ao pé do fogão, preparando o almoço e a “janta”. Ele sentiu o cheiro do tempero de sua avó.

Lembrou-se das noites de Natal. Da ruma de familiares reunidos; da mesa farta. Hoje, somente existem lembranças, vez que cada um seguiu o seu caminho. Porém, os seus avós continuam vivos no local mais aconchegante do seu coração.

Os sorrisos de algumas pessoas fazem falta na ceia do Natal, não é? Imaginem se Deus permitisse, por um instante, que a gente abraçasse algumas pessoas que se foram. Ah, como seria bom.

Pois bem.

Agora, no entardecer da vida, ele compreendeu o verdadeiro sentido do Natal: a união da família, o partilhar do pão entre quem precisa, a esperança de nascer dias melhores, num mundo tão repleto de desamor e dificuldades.

O homem enxugou as lágrimas; seguiu o seu caminho ladrilhado por saudades. No entanto, sua alma serenou ao lembrar da mensagem do Papa Francisco:

Muitas são as dificuldades do nosso tempo, mas a esperança é mais forte, porque um menino nasceu para nós. Ele é a Palavra de Deus que se fez infante, capaz apenas de chorar e necessitado de tudo. Quis aprender a falar, como qualquer criança, para que nós aprendêssemos a escutar Deus, nosso Pai, a escutar-nos uns aos outros e a dialogar como irmãos e irmãs. Ó Cristo, nascido para nós, ensinai-nos a caminhar convosco pelas sendas da paz.  

Feliz Natal para todos”. 

Odemirton Filho é bacharel em Direito e oficial de Justiça

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Categoria(s): Crônica
domingo - 24/12/2023 - 04:54h

“Sem esperança, tudo está perdido”

Por Zildenice Guedes

Divulgação da editora Sextante

Divulgação da editora Sextante

O ano de 2023 está se despedindo, e acredito que para muitos, é um misto de sentimentos. Afinal, as sensações são muitas, encerrar ciclos, iniciar outros, refazer planos, rever metas e objetivos que foram ou não alcançados, dentre tantas outras questões que essa época do ano nos provoca.

Acredito que há um sentimento que de diferentes formas, alcança muitos de nós seres humanos, a necessidade de renovar a Esperança. E embora, reconheço, pareça que essa possibilidade ou sentimento esteja tão distante em decorrência de tantos fatos e circunstâncias (as guerras que estão acontecendo nesse momento em diversos lugares do mundo; a falta de compromisso ético e político com a vida humana e de outras espécies; a desigualdade social, dentre tantas outras), reconheço também, que esse sentimento nos persegue ao longo da nossa história humana na terra. E ele se cruza também com as experiências vivenciadas pelas outras espécies. E na verdade, trata-se do nosso instinto de sobrevivência que sempre tenta agarrar-se a alguma coisa, ou a algo que está além do nosso entendimento.

Pois bem, gostaria de convidá-los a conhecer a obra de Jane Goodall “O livro da Esperança”. Confesso que adquiri o livro influenciada pela minha formação em Ciências Ambientais, afinal, conhecer a biografia de uma mulher que há mais de meio século trabalha pela preservação e conservação da natureza, pelo respeito e defesa das outras espécies, já eram motivos suficientes que me fizeram adquirir a obra.

ACONTECE, que “O livro da Esperança” está para além, muito além do que eu mesma poderia imaginar. Trata-se de uma mulher brilhante como cientista, ativista ambiental referência para as atuais e futuras gerações, e inspiradora de uma forma muito singular, para que possamos entender que cada um de nós temos um propósito para estar aqui, nesse lugar em que estamos, fazendo a diferença e nos agarrando ao sentimento de que a vida vale a pena quando a dedicamos a uma causa em que acreditamos e isso tem um poder transformador.

O livro foi escrito a partir do diálogo entre Jane e Douglas Abrams. Eles o iniciaram antes da pandemia, e alguns eventos inesperados marcaram esses encontros, alguns presenciais, outros remotos, e que envolveram perda de pessoas queridas para ambos.

Então, o livro é um passeio pela trajetória de Jane, sua vida familiar, seu início como pesquisadora na África para observar os primeiros chimpanzés, o apoio da sua mãe e do seu primeiro orientador (ambos foram os primeiros a acreditar no sonho de Jane e a apoiarem incondicionalmente), as perdas dolorosas que ela sofreu e o quanto todas as suas experiências com os humanos e as outras espécies, a tornaram mais humana, mais convicta de que há um propósito maior para estarmos no planeta, e sermos parte dele.

Atualmente, Jane tem 89 anos e anda pelo mundo contando sua história, influenciando jovens e outras gerações ao redor do mundo para que acreditem que o planeta Terra é a nossa casa. O ser humano é capaz de grandes feitos transformadores, e por isso a regeneração do planeta conta com o compromisso e senso de responsabilidade de cada um.

Então, se está procurando um livro para lhe inspirar, para provocar em você os melhores sentimentos, para emocionar, para pensar em não desistir do que você acredita, leia e conheça a grandiosa Jane Goodall.  Essa mulher é uma lenda que está viva e jamais será apagada.

Zildenice Guedes é professora-doutora em Ciências Sociais e pós doutoranda em Ciências Ambientais

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sábado - 23/12/2023 - 23:54h

Pensando bem…

“Uma grande sociedade arcaica só é possível às custas da pobreza e da ignorância.”

George Orwell

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Categoria(s): Pensando bem...
sábado - 23/12/2023 - 23:22h
Petróleo e gás

Petrobras retoma pesquisa com perfuração do poço Pitu Oeste (RN)

Trabalhos começam a cerca de 53 km no litoral do RN (Foto: Agência Petrobras)

Trabalhos começam a cerca de 53 km da costa do RN (Foto: Agência Petrobras)

A Petrobras iniciou, neste sábado (23/12), a perfuração do poço de Pitu Oeste (RN), que marca a retomada da pesquisa da companhia por óleo e gás na Margem Equatorial, região que se estende pelo litoral brasileiro do estado do Rio Grande do Norte ao Amapá. A perfuração do poço, na concessão BM-POT-17, localizada a 53 quilômetros da costa do Rio Grande do Norte, levará de 3 a 5 meses.

Por meio do poço de Pitu Oeste, a Petrobras obterá mais informações geológicas da área, o que permitirá a confirmação da extensão da descoberta de petróleo já feita, em 2014, no poço de Pitu.

A Petrobras recebeu do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), em outubro deste ano, a licença de operação para a perfuração de dois poços de pesquisa de óleo e gás, em águas profundas na Bacia Potiguar, na Margem Equatorial brasileira. No âmbito da mesma licença ambiental, a companhia pretende perfurar o poço Anhangá, na concessão POT-M-762, localizada a 79 km da costa do estado do Rio Grande do Norte, próxima ao poço Pitu Oeste.

“A Petrobras pretende contribuir para o desenvolvimento socioeconômico da região, sem esquecer da importância em fazer parte dos esforços para promover a segurança energética nacional. A Margem Equatorial será um ativo importante até para a sustentabilidade global”, declarou Jean Paul Prates, presidente da Petrobras.

Se for confirmada a viabilidade econômica da concessão, será necessário conceber e desenvolver toda a estrutura operacional para a produção e será preciso realizar um novo processo de licenciamento ambiental específico para a etapa de produção.

No Plano Estratégico 2024-2028 da Petrobras está previsto o investimento de US$ 3,1 bilhões para pesquisa de óleo e gás na Margem Equatorial, onde a companhia planeja perfurar 16 poços nesse período.

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