domingo - 12/07/2020 - 15:30h
Covid-19

Deputado propõe isenção para taxistas até fim de ano

Hermano: apoio (Foto: AL)

A exemplo do que foi concedido às empresas de ônibus, diante da crise econômica causada pela pandemia da Covid-19, o deputado estadual Hermano Morais (PSB) solicita ao Governo do Estado e à Secretaria de Estado da Tributação (SET) a isenção do ICMS também para taxistas, até o fim deste ano.

“A categoria também sofreu impacto. Com a redução da circulação de pessoas, tendo em vista o isolamento social, muitos taxistas ficaram sem trabalhar e nosso objetivo é mitigar o segmento na conjuntura atual de dificuldades e abrir mais possibilidades de equilíbrio financeiro”, disse Hermano.

No último dia 23, a Prefeitura do Natal e o Governo do Estado selaram um acordo para reduzir os tributos incidentes sobre o transporte público na capital potiguar.

Pelo acerto, a prefeitura vai reduzir em 50% a cobrança sobre o ISS, e o Governo 50% sobre a taxação de ICMS de combustíveis.

Com informações da Assembleia Legislativa do RN.

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Categoria(s): Política
domingo - 12/07/2020 - 10:16h

Frutos temperados apresentam resultados promissores

Por Josivan Barbosa

Diante da ausência da Universidade do Semiárido, do Instituto Nacional do Semiárido (INSA), da EMPARN e do Governo do Estado, O Centro Nacional da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) Semiárido (Petrolina) resolveu assumir a instalação de área experimental na microrregião de Apodi para testar a adaptabilidade de frutos temperados.

Até o momento os trabalhos estão sendo desenvolvidos na região de Petrolina – Juazeiro e no Ceará (Vale do Jaguaribe). Os resultados são promissores e o nosso Estado ainda não percebeu a importância dessa pesquisa para ampliar as alternativas de frutos produzidos na região.

Os principais frutos testados são maçã, pêra e caqui.A microrregião de Apodi está mostrando bons resultados  na produção de uva, o que pode ser uma excelente alternativa para diversificar a produção de frutas que está concentrada em melão, melancia e mamão.

Felipe Guerra

Aos poucos o município de Felipe Guerra está avançando na atividade da agricultura irrigada. Após a chegada de produtores para o cultivo de melão, melancia, mamão e banana, agora uma grande empresa da região planeja instalar uma área de acerola de cerca de 300 ha. Será a maior área cultivada com a cultura no Estado do RN, mesmo sem o apoio do setor público. A área a ser cultivada será no sistema orgânico, o que representa uma grande inovação para toda a região.

O cultivo de frutos orgânicos (mamão orgânico) em Felipe Guerra foi iniciado há cerca de seis meses com uma parceria de um produtor local (Mossoró) com uma empresa tradicional na produção e comercialização do produto do grupo Formosa.

Acerola orgânica

O cultivo de acerola orgânica tem se destacado no Vale do Jaguaribe e nas regiões serranas do Ceará.

Em Jaguaruana – CE está instalada a maior empresa produtora de acerola orgânica, cujo projeto tem a perspectiva de chegar a 1000 hectares. O cultivo é o mais moderno e, aos poucos, a empresa avança em novas tecnologias para melhorar a qualidade do produto para a colocação nos mercados interno e externo.

Safra do melão

Conversei com vários produtores de melão durante esses últimos dias. Apesar das incertezas frente à pandemia, as perspectivas para a safra 2020/21 são boas. A valorização cambial favorece os contratos de exportação, cujo mercado responde por cerca de 50% do melão e da melancia produzidos na região.

Além do câmbio, o inverno regular e com precipitação acima da média contribuiu para a recuperação da água do lençol freático calcário Jandaíra (baixa profundidade e elevado teor de sais), o que fará com que a água do Arenito-Açu (alta profundidade e baixo teor de sais) seja menos utilizada em relação aos últimos anos.  Esse equilíbrio no uso dessas duas fontes de água e de uma terceira que é a água armazenada nas barragens torna a nossa atividade da agricultura irrigada sustentável e muito atrativa para novas empresas.

Perenização da Lagoa do Apanha Peixe

Um dos principais projetos de agricultura familiar do Médio Oeste do Rio Grande do Norte pode se tornar realidade. Nesta semana um grupo de abnegados pela Lagoa do Apanha Peixe, o mais importante manancial da microrregião do Vale do Apodi formou um fórum que levará ao Governo do RN proposta de priorização da perenização da referida lagoa.

Infelizmente, o nosso Rio Grande do Norte não consegue avançar na gestão. Um projeto dessa natureza deveria ter sido incluído no RN Sustentável (RN Cidadão) que pulverizou cerca de mais de R$ 1,5 bilhão durante os três últimos governos e não conseguiu fazer com que mudasse a realidade do agricultor familiar do Médio e Alto Oeste do RN.

A perenização dessa lagoa é um projeto simples, de baixo custo e não ultrapassa R$ 1 milhão.

Perenização da Lagoa do Apanha Peixe II

Em função do baixo custo do projeto e do alcance que representa para a agricultura familiar da região, o Governo do RN deveria urgentemente recomendar ao secretário da pasta que contratasse uma empresa especializada para elaborar em caráter de urgência o projeto básico e, ainda, fizesse a diferença em relação aos antecessores, de abrir o processo licitatório e aproveitar que a lagoa está com o volume máximo para que a comunidade não fosse prejudicada com os cultivos que dependem da água armazenada.

Josivan Barbosa é professor e ex-reitor da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA)

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Categoria(s): Artigo
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domingo - 12/07/2020 - 09:22h

Exercício do bem comum e culto à felicidade na quarentena

Por Paulo Menezes

“Como não conheço nenhum escrito sob Jandaíra, fui obrigado a frequentar a escola das Jandaíras, observar seus hábitos, seu trabalho, sua família, sua casa, sua organização, manias e travessuras. Isto por mais de trinta anos. Serviu de aprendizado, lazer, higiene mental e reconstituinte, passatempo, espanta tédio e sobretudo é o segredo de manter-me em contato com Deus.” (Padre Huberto Bruening no livro “Abelha Jandaíra”)

A pandemia que atingiu toda a humanidade, ceifando milhares de vidas e transformando totalmente o nosso cotidiano num vale de lágrimas, alvejou de forma arrasadora nosso dia a dia, principalmente no que se relaciona com o distanciamento social. O afastamento da família, dos filhos, netos e amigos, entretanto, me alcançou numa proporção um pouco menor, graças a Deus e às minhas abelhas.

É que apesar de aposentado do Banco do Nordeste, empresa à qual dediquei 24 anos de minha vida laboral, adotei, em paralelo, uma atividade que além de prazerosa, serviu de terapia ocupacional, lazer e espanta tédio como afirma o padre Huberto no livro que citei. Sou meliponicultor desde o distante ano de 1983.Dedico-me com muito amor ao manejo da abelha Jandaíra. Tenho colmeias na minha residência e na zona rural. E como essa atividade tem me ajudado nessa quadra de dificuldade que atravessamos! Administro meu tempo dividindo-o entre o quintal da minha morada e a zona rural, sempre dedicado ao manejo das abelhas.

Na residência, além de acompanhar o desenvolvimento dos enxames, que vai da multiplicação de colônias até à coleta do mel, pratico também um pouco de marcenaria na confecção das caixas racionais, morada das fazedoras do saboroso mel.

O trabalho vai da serragem das tábuas, montagem, até à pintura.

O tempo dedicado à zona rural começa manhãzinha cedo e ocorre duas ou três vezes por semana, onde me desloco ao Meliponário situado no campo. Lá a Covid não chegou, pois só tem a natureza ainda em festa com a mata florida e cheirosa, fruto da quadra chuvosa e as queridas jandaíras. Nem de máscara necessito.

Vivo uma manhã diferente, em outro mundo, somente com as polinizadoras da natureza. O tempo passa rápido sem mesmo senti-lo. Não há o que pensar em outra coisa senão no nascimento de uma nova princesa que será entronizada como rainha e que conduzirá um novo enxame garantindo a perpetuação da espécie.

No manuseio, o que vemos é o milagre da criação onde uma família com castas bem definidas desempenha com perfeição a vida de cada colônia. Cada abelha tem uma função específica a partir da limpeza corporal na hora do nascimento, depois a alimentação da rainha, o controle da temperatura do ninho, a desidratação do mel e finalmente a saída para o campo a partir do décimo sexto dia, visitando milhões de flores até a morte, em busca do néctar que transformará em mel.

Abelha não tem infância, já nasce trabalhando do nascimento até o último dia de vida.

A existência de uma colônia de abelhas é de uma perfeição admirável.

Diferentemente de nós humanos, todas trabalham pelo bem comum.

Quanta diferença !

Paulo Menezes é meliponicultor

* Meliponicultura é a criação racional de abelhas sem ferrão.

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Categoria(s): Crônica
domingo - 12/07/2020 - 08:16h
Especial II

Serra de João do Vale tem marcas de disputas coloniais

Na segunda reportagem de série assinada por Tárcio Araújo, veja luta entre índios e invasores

Por Tárcio Araújo (para o Blog Carlos Santos)

Nesta segunda reportagem na série especial sobre a Serra de João do Vale (veja a primeira AQUI), que fica entre os municípios de Jucurutu, Triunfo Potiguar e Campo Grande no RN e Belém do Brejo do Cruz na Paraíba, vamos abordar o processo histórico desde seus primeiros moradores da etnia Pegas até a ocupação portuguesa.

Em princípio, era Pepetama a morada dos Pegas, seus primeiros habitantes.  Os silvícolas dominavam a região e viviam da caça, pesca e cultivo de mandioca. Mais para as ribeiras do rio Piranhas os indígenas Janduís a chamavam de Poockciabo; ‘montanha sagrada’.

"Tanques" dos holandeses são um vestígio da presença de novos ocupantes da terra indígena (Fotos: Duca Silva/Janúncio Tavares)

A primeira sesmaria (terreno abandonado ou inculto que os reis de Portugal cediam aos novos povoadores para ocupação e produção agrícola e pecuária) da antiga Pepetama data de 17 de junho de 1691. Seriam quatro léguas de terras doadas ao Capitão Manuel Vieira do Vale, como registra o professor e arqueólogo Valdeci dos Santos Junior em seu livro “Os índios Tapuias no Rio Grande do Norte”.

Mas antes disso, desde o início do século XVII os portugueses já empreendiam missões pelo sertão do Rio Grande e se fixavam em pontos estratégicos como as ribeiras do rio Piranhas. Pouco a pouco os lusos foram expandindo sua ocupação nos sertões feita a ferro e fogo sob o mugir dos bois e o relinchar dos cavalos.

Ao longo dos anos do século XVII se deram as primeiras criações de gado na região e consequentemente, a perseguição declarada aos índios nativos o que resultou em inúmeros conflitos e mortes.

Nova Holanda

Em 1631, após o avanço dos holandeses com a conquista de Olinda e Recife, a Companhia das Índias Ocidentais fundava a Nova Holanda no Nordeste Brasileiro. Esse feito fez com que as etnias tapuias buscassem apoio dos flamengos contra a opressão dos portugueses no interior das capitanias.

Marciliano, ou Marcilliaen, como chamavam os holandeses, era o indígena líder da etnia dos Pegas da serra de Pepetama que em 02 de Outubro de 1631 compareceu ao Conselho de Guerra Holandês, no Recife, enviado pelo líder da nação Tapuia, Janduí, e o grande guerreiro Oquenaçu, para propor aliança frente aos lusos no interior da Capitania. O que se consolidou nos anos seguintes durante o domínio batavo no Nordeste.

Alcino Simão, 78, de família antiga da serra, tem pele clara avermelhada e olhos azuis, que o caracterizam de raiz holandesa (Foto: Francinildo Silva)

Neste período se deu o avanço holandês no Nordeste em consonância com os indígenas. Diferentemente do litoral onde a principal produção era açucareira, nos sertões eles buscavam minerais preciosos.

Na Serra de João do Vale há vestígios Arquitetônicos deste período, como dois tanques de pedras em forma circular que denotam a presença holandesa. Como revela o professor e arqueólogo Valdeci dos Santos Junior:

– “As rochas graníticas no entorno das paredes desses tanques são herança dos holandeses quando ocuparam a região.  Eles chegaram a explorar a então serra de Pepetama em busca de minérios. Nesse tempo ainda não existia as cercas de arame farpado ou cercas de madeira, pois os cercamentos das terras só começaram em 1750.  Os holandeses tinham essa prática de cercar tanques naturais em lajedos que acumulavam água durante as chuvas, como forma de evitar que alguns animais viessem a morrer dentro desses tanques e contaminar a água usada para matar a sede deles e dos animais que eles criavam”.

Os documentos mais antigos também corroboram para a presença holandesa na serra de João do Vale, quando mencionam a existência de estruturas em pedra: “Vestígios de um antiquíssimo alicerce, feito de pedras, a uma distância de 1500 metros da pedra grande, que assinalava o poço da Água Fria, talvez ainda remanescente da chamada situação do flamengo”. Encontramos tanques que séculos depois ainda servem como reservatório, com cerca de 12 metros de diâmetro e dois de profundidade.

A partir de 1654, com o fim do domínio holandês no Nordeste, os portugueses retomaram seu avanço aos sertões expandindo as fazendas de gado, e impondo um verdadeiro massacre aos indígenas Tapuias e Janduís, o que culminou com a deflagração da chamada ‘Guerra dos Bárbaros’ no Nordeste brasileiro, até meados do século VXIII.

Leilão

Remanescentes Pegas que sobreviveram ao massacre foram transferidos para o litoral. A então serra Cepilhada rebatizada pelos luso-brasileiros, passou a regime devoluto. Finalmente em 19 de Novembro de 1761 é arrematada em Leilão pelo Capitão Mor João Bezerra do Vale por 420$000 (quatrocentos e vinte contos de réis). Desde então herdou o topônimo do seu donatário.

"Serra dos Pegas" foi área de disputas no Brasil Colônia, com índios, portugueses e holandeses (Foto: Francinildo Silva)

Processo de ocupação se intensificou no século seguinte com colonos oriundos dos brejos paraibanos, Cariri e Borborema. Os Ramalhos, foi a primeira família a ocupar os altiplanos da serra de João do Vale, por volta de 1840, oriunda da região de Conceição do Piancó na Paraíba.

Manuel Ramalho do Nascimento Junior e Isabel Marta da Conceição tiveram 17 filhos. Sobre esse fato o escritor João Ramalho, descendente desse ramo familiar, aponta: “Viviam eles do amanho da terra e da criação de gado grosso e miúdo”.

Câmara Cascudo em ‘Nomes da Terra’ volta seu olhar para a Serra de João do Vale ao descrever o cenário do lugar nas primeiras décadas do século XX:

“A Serra do Doutor, antes dos espigões paralelos e do “Alto da Lancinha”, se distende um contraforte…A serra se ergue adiante, massiva e alta, com o nome de João do Vale. A serra tem habitantes e plantios. Lavourinhas e distende-se vagarosamente pelo dorso compassivo do monstro. Casitas, Cachicholos, baiucas, lugarejos sem nome, arruados desconhecidos, crescem assustadoramente numa expansão de força viva da terra fecunda. Raro é, todavia, a casa de tijolo”.

No final do século XIX, um dos filhos do casal Manuel Ramalho e Isabel Conceição, Joaquim Ramalho, de inclinação religiosa desde a infância, protagonizou um movimento messiânico que reuniu milhares de peregrinos na Serra de João do vale. Este momento da história vamos abordar na próxima reportagem especial Serra de João do Vale.

Uma morte a ser lamentada

Após conclusão de etapa de coleta de material de campo, como entrevistas, recebemos a notícia na sexta-feira (11), que o escritor João Ramalho, 89 anos, tinha falecido acometido pela Covid-19, em Natal, onde residia e onde o entrevistamos em julho do ano passado.

Escritor João Ramalho faria 90 anos em agosto, mas foi vítima da Covid-19 em Natal (Foto: Adriano Pinheiro)

O escritor João Pegado de Oliveira Ramalho, funcionário público federal, era aposentado pelos Correios. Suas obras destacam a cultura e a memória regional. Nascido em 1930 no sítio Cruzeiro, Campo Grande- RN, João Ramalho gostava de prestigiar suas raízes.

Escreveu obras como “Campo Grande – Monografia Histórica Geográfica”, “Histórias Alegres do Povo de Campo Grande” e “O Beato da Serra de João do Vale”, além de vários outros trabalhos. Completaria 90 anos dia 25 de agosto próximo.

Que descanse em paz! E muito obrigado.

* No próximo domingo (19) teremos a terceira reportagem dessa série. Aguarde.

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Categoria(s): Reportagem Especial
  • Art&C - PMM - Maio de 2025 -
domingo - 12/07/2020 - 07:00h

Onde houve uma lagoa

Por Honório de Medeiros

Saímos cedo de Pau dos Ferros no rumo de Patos, na Paraíba. Lá chegamos ao meio-dia. Hospedamo-nos no Hotel Zurick. À noite, perguntamos ao recepcionista o porquê esse nome. Com um certo sarcasmo sertanejo ele nos disse: “o homem andou por lá e por certo achou esse nome bonito.” Franklin Jorge comentou: “se Cascudo tivesse estado aqui escreveria uma crônica com o seguinte título ‘Zurick em pleno Sertão paraibano’; faria algo grandioso e o dono terminaria recebendo o título de cônsul honorário da Suíça”.

Fomos à Matriz. Prédio simples. Chegamos em plena missa das 16h. Arrodeamos a Igreja cujos fundos dão para uma rua estreita, pequena. Olhávamos para uma porta, indecisos, quando um homem trigueiro, alto, encorpado, trinta e poucos anos, cabelos curtíssimos, vestido com uma camisa de mangas compridas abotoada nos pulsos, se aproximou maciamente.

Perguntei-lhe se ali era a Secretaria da Paróquia. Ele disse que não e nos apontou onde ficava. Perguntei-lhe se era padre. Confirmou com aqueles ademanes típicos, mas discretos, de seminarista, contidos por sua estrutura física maciça, embora não desmesurada, e nos entregou sua mão macia para apertarmos. Padre Francisco foi gentil, delicado.

Patos fica no sertão paraibano e tem aquela circulação intensa de gente no seu espaço comercial (Foto: Alex Costa)

Na livraria da cidade pedimos à vendedora obras dos autores locais. Ela nos apontou, com certa displicência, um canto afastado de uma estante. Encontramos uma gramática em versos, que eu logo comprei, e livros e mais livros de um poeta local. Nada mais.

Depois, fomos às ruas: vibrantes, febris, plenamente comerciais. Carros, motos, bicicletas… Pessoas iam e vinham rápidas, com aquele semblante típico de quem precisa chegar logo em algum lugar específico, para resolver algo.

Não havia pedintes, nem pastoradores de carro, nem lavadores de pára-brisa, tampouco deficientes físicos. Havia somente uma louca, personagem folclórica, que me abordou na farmácia: “lindão, me dê um dinheiro”. Como não dar? “Ela dá sempre esse golpe em quem não é daqui” disse-me o caixa da farmácia.

Raros são os passeantes. Os flâneurs. A maioria mulheres. As mulheres de Patos, são belas, não bonitas. Há uma diferença entre ser bela e ser bonita. A mulher, quando é bela, desafia o tempo. Não pede emprestado à juventude aquilo já possui. Belas, as mulheres de Patos.

Suavemente arredondadas, como um ideal rafaelita amoldado à realidade anoréxica dos tempos atuais. Altivas. Ou contidas. Ou dissimuladas. Pernas longas, levemente grossas, torneadas. Narizes afilados. Belos dentes. Compõem um contraste marcante com o bulício comercial suburbano que ocupa nossos olhos quando caminhamos pelas ruas da cidade.

Não haveria ruas onde não se compra e não se vende? Aparentemente não. Em qualquer lugar há essa atividade febril, tipicamente burguesa, que pressupõe uma interação constante entre as pessoas e que se opõe à percepção do aparente distanciamento das belas mulheres de Patos.

“Por que Patos?”, pergunto à Virgílio Trindade, a quem seu primo, também Virgílio Trindade, comerciante no Mercado Central, procuramos por indicação de um transeunte como sendo bastante antigo na praça, na tentativa de encontrar dois antigos amigos de meu pai, reputa como escritor.

Recebeu-nos muito bem. Tem um programa político em uma rádio importante da cidade. Magro, moreno, careca, sentado por trás de um birô anacrônico em um escritório de um só vão no centro da cidade, deu-nos, com uma voz característica de fumante e locutor, um seu livro de crônicas, “Relíquias”. Falou-nos do seu programa político: “é complicado”. “Por que?” “A gente está falando com alguém ao telefone e no ar e ele grita: eu voto em Lula! Já pensou?”

“Por que Patos?”, repito. “Havia, aqui, antes, uma lagoa chamada ‘Lagoa dos Patos’” “Onde ficava”, insisti. “Ah, quem quer que tenha um quintal em casa diz que era lá.” E esboça um esgar de sorriso sarcástico no canto da boca.

Lelé: cultura popular (Foto: autor)

Virgílio Trindade nos indica outros intelectuais de Patos, dentre eles o Secretário de Educação do Município que também é dirigente do Instituto Histórico local. Fomos até lá. Recebeu-nos uma moçoila loura tão arrumada quanto decrépito era o prédio da Secretaria. Perguntou-nos se tínhamos marcado hora. Foi até o gabinete e voltou cerimoniosa, pedindo-nos que aguardássemos o término de uma reunião.

Sentamo-nos durante breves cinco minutos e nos despedimos, para espanto da secretária, a quem recomendamos, enfaticamente, a leitura dos discursos completos de José Sarney, apropriadíssima para moçoilas secretárias de secretários ocupadíssimos.

Passamos no “troca-troca”. Um galpão aberto para todos os lados onde quem quiser, chega, e expõe sua mercadoria para vender ou trocar. Seu Antônio, um sertanejo idoso, mas rijo, nos acolhe com um sorriso. Na sua banca encontramos desde uma rede de pescar em açudes até rádios antigos.

“Troca-se qualquer coisa aqui, Seu Antônio?” “Qualquer coisa, doutor, até mulher velha por nova, mas dando o troco.” “Você e seu pai são de onde?”, disse ele se virando para Franklin Jorge. Caímos na gargalhada. Franklin diz que não é meu pai. Eu pisco o olho para Seu Antônio: “ele é muito vaidoso”. Despedimo-nos. Seu Antônio olha para mim quando Franklin lhe dá as costas: “eu entendo como é…”

Quem nos recebeu à porta da casa simples, estreita, geminada, praticamente no centro comercial de Patos, quando fomos à procura de Antônio de Lelé, cantador que primeiro fez dupla com Seu Chico Honório em sua breve carreira, foi sua esposa, baixinha, magrinha e enrugadinha. Tudo no “inha”. Abriu a porta que dava para uma área que antecedia a salinha de estar, e nos envolveu com um delicioso cheiro de alguma iguaria que estava sendo cozinhada no cominho.

Antônio de Lelé não estava, apesar de Dona Maria dizer que ele nunca saía de casa, fato desmentido diversas vezes ao longo do dia. Haveria algo freudiano nessa negação do óbvio? Finalmente damos com Antônio de Lelé, lá pela quarta procura. Surpresa: é como ver Padre Sátiro Dantas na nossa frente, sem aquela impaciência que o distingue.

Antônio de Lelé conversa longamente com Seu Chico Honório pelo celular enquanto assediamos Dona Maria com elogios rasgados ao cheiro de sua comida. Queríamos um convite. Era um bode no cominho. “O que acompanha?” “Arroz, farofa na gordura, uma saladinha.” “Rapadura, também”. E ia recuando, agoniada para escapar da obrigação sertaneja de oferecer a iguaria elogiada. Constrangida pelo cerco implacável, não entregava os pontos: “se não fosse tão pouca a comida eu até que convidava.”

Renunciamos ao ataque. Terminamos sem provar o bode. Nesse tempo, Antônio de Lelé já se despedia alegando que tinha que ir ao Banco, mas nos aguardava de tarde, e garantindo que o livro de Orlando Tejo sobre Zé Limeira, com quem ele cantou várias vezes, tinha muita mentira.

Eu fiquei me lembrando de Orlando Tejo no meu apartamento em Brasília, levado por Jânio Rego, espojado na cadeira de balanço a lançar fumaça de um cachimbo preto que empesteava o ambiente, falando acerca da Serra do Teixeira, onde há um marco que fica no meio de tudo, porque fica no meio do nada.

Escrever acerca do Homem e das Coisas e de suas relações. Existirão Coisas ou tudo, além do Homem, nada mais é que um sonho? E se este Universo nada mais for que um átomo dentre ilimitados outros de um Universo inconcebível que, por sua vez, é um átomo de um outro Universo inimaginável, tudo isso em escala infinita?

Virgílio e seus livros (Foto: autor)

Enquanto o carro avançava Sertão adentro, no rumo de Cajazeiras, nossa próxima etapa, ladeado pela vegetação típica do semiárido aqui e acolá matizada por um ipê-roxo, juazeiro ou quixabeira especialmente frondosos, e pelos serrotes despidos e enfeitados com pedras esculpidas aleatoriamente, que faziam ondular a paisagem, divagávamos acerca da relevância da pesquisa que fazíamos e mergulhávamos na Metafísica.

Mas a metafísica cansa e deprime, o mais das vezes, tamanha a vastidão daquilo que ela contém e tamanha nossa incapacidade. Voltamos ao concreto. O oceano bravio de questões que se tornou nosso assunto de viajem fez-nos correr em busca de um Porto Seguro: o dia-a-dia, o cotidiano, o detalhe mágico do andar felino do camponês que se prontificou, sem nos conhecer, a ir conosco em busca de um ex-vereador que, segundo ele, “sabia tudo” de Santa Terezinha, Município acerca de vinte quilômetros de Patos, onde tínhamos ido procurar o rastro de um tio de Massilon.

Nada encontramos. Somente esse andar felino, o português arcaico, a cidadezinha pequeníssima, a sensação de absoluta irrelevância de qualquer pressa. Não por outra razão, ao falar em pressa, diz o sertanejo que “o apressado é agoniado do juízo”. O “sabe-tudo” nada sabia. Ouvira falar que, antigamente… e coçava o rosto, empurrava o chapéu de couro para trás da cabeça e deixava o olhar vagando pelo cercado onde um menino tangia cabras para algum destino incerto.

Até logo, até logo, muito obrigado. Muito obrigado ao pessoal do Cartório que, nada encontrando do que procurávamos, nos fez encontrar outra pista. Muito obrigado a Dona Madalena, da Secretaria da Diocese de Patos. A senhora é tão boa, tão gentil, tão atenciosa, quanto é magra, pequenininha, delicada. E perfumada – a “Alma de Flores” – e elegante, naquela elegância anacrônica de moça velha que dedicou sua vida a secretariar Sua Excelência Reverendíssima, o Bispo Diocesano. E organizada, com seu birô impecável, onde duas caixetas, uma para “recebido”, outra para “devolvido”, cumpria a burocracia  temporal da Igreja, sua face terrena e humana, a “Cidade dos Homens” que se contrapõe à “Cidade de Deus”, da qual nos deu a conhecer Santo Agostinho.

Honório de Medeiros é professor, escritor e ex-secretário da Prefeitura do Natal e do Governo do RN

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Categoria(s): Crônica
domingo - 12/07/2020 - 05:40h

A importância da fé

Por Odemirton Filho

“E logo Jesus, estendendo a mão, segurou-o e disse-lhe: Homem de pouca fé, por que duvidaste?

(Mateus 14:31)

A crença em algo superior sempre fez parte da alma do homem. Mesmo com o Iluminismo, no qual a racionalidade ganhou autoridade e legitimidade, a fé jamais deixou de fazer parte do coração humano.

Não é tarefa simples conceituar a fé, pois é um ato de íntima ligação com Deus. Sente-se a fé e, através dela, encontra-se a força necessária para enfrentar as batalhas da vida e seguir em frente.

Contudo, a fé pode ser entendida como “um dom de Deus, uma virtude sobrenatural infundida por Ele. Para prestar esta adesão da fé, são necessários a prévia e concomitante ajuda da graça divina e os interiores auxílios do Espírito Santo, o qual move e converte o coração para Deus, abre os olhos do entendimento, e dá a todos a suavidade em aceitar e crer a verdade”.A palavra  é derivada do latim. Sua origem é o termo FIDELITAS, que significa adesão, por sua vez, este se originou de FIDELIS, fiel, que se derivou de FIDES, que tem o significado de fé, no sentindo de crença ou confiança.

Para quem acredita em um ser superior, sobretudo, nesse período de pandemia, é importante essa união com o divino, em busca do fortalecimento do espírito.

De toda forma, apesar de muitos não professarem uma religião ou não acreditarem no metafísico, não se observa como absoluta essa dicotomia entre razão e fé, pois essa pode ser vista além da perspectiva divina. Existe a fé na própria natureza humana, bem como em dias melhores, ou seja, existe uma força motriz que nos faz acreditar em algo que desejamos.

Aliás, o pensamento tomista, ou seja, de Santo Tomás de Aquino, procurou compatibilizar essas duas perspectivas humanas.

Dante, na Divina Comédia, descreve a fé como uma “centelha que se expande depois em viva chama e, como estrela no céu, em mim cintila”.

Em sua Carta Encíclica sobre a fé, Lumen Fidei (luz da fé), o Papa Francisco ensina-nos que: “A fé não é luz que dissipa todas as nossas trevas, mas lâmpada que guia os nossos passos na noite, e isto basta para o caminho”.

Mesmo diante da fé, não há como fugir a algumas indagações: como será o mundo pós-pandemia? O mundo voltará à normalidade?

Ressalte-se que, segundo alguns, o mundo terá que adotar com um “novo normal”. Isto é, as relações pessoais, sociais e econômicas conceberão uma nova convivência social, a fim de garantir a nossa sobrevivência.

Ou, talvez, esse exercício de futurologia não seja a melhor opção. Como diz a colunista Lucília Diniz, “não acredito que seja hora de ficar imaginando o nosso futuro. É um exercício meio inútil, porque o futuro, tal como o passado, não existe de fato, a não ser em nossa cabeça: o passado na forma de memória, o futuro como projeção. Tudo o que temos, de verdade, é o presente”.

Assim, viver o hoje, sem dúvida, é o que vale a pena.

Desse modo, apesar de toda a incerteza do porvir, deixo como alento as palavras do Papa Francisco: “Urge recuperar o caráter de luz que é próprio da fé, pois, quando a sua chama se apaga, todas as outras luzes acabam também por perder o seu vigor”.

Odemirton Filho é bacharel em Direito e oficial de Justiça

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Categoria(s): Artigo
  • Art&C - PMM - Maio de 2025 -
sábado - 11/07/2020 - 23:58h

Pensando bem…

“Você sempre tem duas escolhas: o seu empenho versus o seu medo.”

Sammy Davis, Jr.

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Categoria(s): Pensando bem...
sábado - 11/07/2020 - 19:52h
Saúde pública

Coronavírus assusta gestantes e preocupa médico parlamentar

Vivaldo: momento delicado (Foto: AL)

O deputado estadual e médico Vivaldo Costa (PSD) solicitou ao Governo do Estado e ao secretário da Secretaria de Estado da Saúde Pública (SESAP),  Cipriano Vasconcelos Maia, a  criação de  um  serviço virtual de informação, apoio e acolhimento qualificado às gestantes e parturientes, com informações referentes ao pré-natal, puerpério e pós-parto, durante a vigência do estado de calamidade pública em decorrência do novo coronavírus.

De acordo com o parlamentar, a gravidez é um momento especial, cheio de emoção e antecipação, mas, para as gestantes que enfrentam o surto da doença do novo coronavírus (Covid-19), o medo, a ansiedade e a incerteza podem afetar esse momento feliz. “Diante desse contexto, é de fundamental importância a criação de atendimentos especializados para proteger as mulheres gestantes e puérperas em todos os setores e unidades de saúde do Estado do Rio Grande do Norte, durante todo o período de atenção pré-natal, parto e pós-parto”, explicou.

Para o parlamentar, o serviço virtual de informação, apoio e acolhimento qualificado às gestantes e parturientes seria mais uma alternativa para as mulheres neste momento tão delicado, e uma forma de amenizar a sobrecarga das unidades e dos profissionais de saúde nesse tempo de pandemia.

Com informações da Assembleia Legislativa do RN.

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Categoria(s): Política
  • Art&C - PMM - Maio de 2025 -
sábado - 11/07/2020 - 16:46h
Julho Verde

Liga alerta para incidência do câncer de cabeça e pescoço

O mês de julho é marcado pela campanha denominada ‘Julho Verde’. A expressão é uma alusão ao mês que deve ser de conscientização, alerta para o diagnóstico precoce e combate ao câncer de cabeça e pescoço. O Dia Mundial de Conscientização e Combate a esse tipo de câncer é lembrado no dia 27 deste mês.

“Estamos no mês que visa conscientizar as pessoas a saberem que existe o câncer nessa região. Geralmente ele se inicia com alguns sintomas, como a rouquidão prolongada, uma ferida na boca que não cicatriza ou um caroço no pescoço”, explica Geison Freire, Diretor Médico da Liga Mossoroense de Estudos e Combate ao Câncer (LMECC).

De acordo com o Registro Hospitalar de Câncer (RHC) da Liga Mossoroense de Estudos e Combate ao Câncer (LMECC), no período de janeiro a dezembro de 2019, realizaram cirurgias referentes a algum tipo de câncer de cabeça e pescoço 161 pacientes.

Após os 50

A doença geralmente surge após os 50 anos de idade, tendo como principal fator o tabagismo que, aliado ao alcoolismo, faz com seja até seis vezes maior a incidência da doença. Entre os anos de 2014 e 2019, mais de 800 pacientes foram diagnosticados e tratados deste tipo de câncer na Liga Mossoroense. Destes, 401 eram tabagistas e etilistas, 72 apenas tabagistas e 22 apenas etilistas.

“Anteriormente esse câncer atingia mais idosos, porém, hoje em dia, outros fatores também estão sendo determinantes para que ela chegue a pessoas mais jovens, abaixo dos 40 anos de idade. Exemplos disso são o tabagismo, o alcoolismo e o Papiloma Vírus Humano (HPV), que é transmitido por meio do sexo oral”, ressalta Geison.

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Categoria(s): Saúde
sábado - 11/07/2020 - 09:12h
Sabadão

Uma noite para os Beatles com o Acoustic Duo

Para celebrar o Dia Mundial do Rock, o Acoustic Duo, formado pelos músicos Márcio Rangel e Mauro Oruam, apresentará neste fim de semana o espetáculo Live Beatles.

O projeto, que às 18h deste sábado (11). Busca reviver as principais fases da banda britânica a partir de clássicos que entraram para a história do rock.

A live poderá ser acompanhada pelo Facebook /public/Mauro-Oruam (clique AQUI). Durante a apresentação será sorteado um barril de chopp para os participantes que estiverem em Natal.

O repertório será composto por músicas como Yesterday , Help!, Let It Be, Something, e claro, Hey Jude.

Resgate

O projeto tem origem numa adaptação de apresentações encaminhadas em parceria com o Sesc no ano de 2015.

A dupla de artistas internacionalmente conhecida integra o projeto Acoustic Duo.

A proposta do duo é a difusão dos grandes clássicos da música e interpretação dos grandes temas, de várias bandas e artistas, que marcaram a história da música mundial.

Leia também: Mobydick mostrará clássicos do rock em live.

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Categoria(s): Cultura / Gerais
  • Art&C - PMM - Maio de 2025 -
sexta-feira - 10/07/2020 - 23:58h

Pensando bem…

“Todos nós temos o extraordinário codificado dentro de nós, esperando para ser liberado.”

Jean Houston

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Categoria(s): Pensando bem...
sexta-feira - 10/07/2020 - 23:52h
Via Internet

Missa de 7º Dia de Paulo Macêdo é nesse sábado (11)

Falecido no último domingo (5) no Hospital Memorial em Natal, vítima da Covid-19 (após internamento para se tratar de uma queda que sofrera), o jornalista Paulo Macêdo, 89, terá missa de sétima dia nesse sábado (11), em Natal.

Será às 16h.

Em função de cuidados sanitários, devido a pandemia da Covid-19, será transmitida através de duas plataformas na Internet, evitando-se ato litúrgico presencial.

Veja abaixo:

Instagram (www.instagram.com/paroquiansi e www.instagram.com/padresavio).

Youtube (www.youtube.com/channel/UCqugvj0dkQuaX5SnKuWlfZA).

Paulo Macêdo

Isaac Faheina de Paulo Macêdo (1931 – 2020) nasceu em Limoeiro do Norte, Ceará, região do Vale do Jaguaribe.

Era jornalista, escritor e imortal das Academia Norte-riograndense de Letras (ANL), membro do Conselho Estadual de Cultura, Sócio efetivo e Benemérito do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte )IHGRN).

Há 29 anos fazia o Programa Sala VIP na televisão: Inicialmente, na TV Tupi em Recife; em seguida na TV Ponta Negra-SBT; e TV Futuro-Cultura, onde permaneceu até a data do seu falecimento.

Escreveu diariamente por mais de 40 anos no Diário de Natal. Graduado em Comunicação Social pela UFRN, Graduado pela Escola Superior de Guerra – Rio de Janeiro.

Era cidadão honorário de 154 municípios potiguares.

Ex-Secretário de Turismo e Cultura do Município de Natal, Ex-Presidente da Fundação José Augusto; Ex Diretor da Assembleia Legislativa do RN, membro do Rotary Clube de Natal Sul, e Vice-Presidente do Conselho do Iate Clube, Paulo Macêdo deixou três filhos: Miguel Dantas, filho do seu casamento com Luiza Maria Dantas, Paulo Macêdo Filho e Adriana Macêdo, filhos do seu casamento com Tânia Macêdo; e uma neta, Gabriela Serejo Dantas.

Leia também: Paulo Macêdo – Por François Silvestre.

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Categoria(s): Comunicação / Gerais
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sexta-feira - 10/07/2020 - 23:30h
RN

Reforma previdenciária pode passar pelo ‘híbrido PSDB’

Por Vicente Serejo (Tribuna do Norte)

A PEC da Previdência Social do Governo do RN exige 15 votos e a oposição tem 10.

Nessa hipótese, a aprovação só será possível com a força do presidente (Ezequiel Ferreira-PSDB) tirando dois votos oposicionistas para somá-los aos 13 da bancada governista. O PSDB é um híbrido – pró e contra governo.

Tudo pode ocorrer.

Há duas hipóteses: obter 15 votos e diluir o desgaste em nome da maioria, caminho que é possível com a força da presidência; ou a sustentação da obstrução com a possibilidade de 11 votos, se confirmado o apoio do deputado Sandro Pimentel (PSOL).

Sem discussão não passará.

Leia também: Votação de reforma previdenciária deve ocorrer em plenário.

Nota do Blog – Cada dia que passa o Governo Fátima Bezerra (PT) é mais dependente do PSDB de Ezequiel Ferreira. Na verdade, a governadora não tem bancada. Tem Ezequiel por ela. Bendito Ezequiel!

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Categoria(s): Política
sexta-feira - 10/07/2020 - 22:50h
Milton Ribeiro

Bolsonaro escolhe seu quarto ministro da Educação

Do G1

Milton Ribeiro: professor e pastor (Foto: Veja)

O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta sexta-feira (10) por meio de uma rede social o professor e pastor evangélico Milton Ribeiro como novo ministro da Educação. Logo após o anúncio de Bolsonaro, a nomeação foi publicada em uma edição extra do “Diário Oficial da União”.

Ribeiro será o quarto ministro a comandar a pasta em um ano e meio de governo Bolsonaro. Os antecessores são Ricardo Vélez Rodríguez, Abraham Weintraub e Carlos Alberto Decotelli.

O novo ministro da Educação é militar da reserva do Exército e pastor da Igreja Presbiteriana de Santos.

Segundo o currículo na Plataforma Lattes, mantida pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), ele é graduado em teologia pelo Seminário Presbiteriano do Sul, doutor em educação pela Universidade de São Paulo (USP) e mestre em direito constitucional pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, instituição da qual é ex-vice-reitor.

Desde maio de 2019, Ribeiro é membro da Comissão de Ética Pública da Presidência da República — primeiro a ser nomeado para o órgão por Bolsonaro.

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Categoria(s): Educação / Política
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sexta-feira - 10/07/2020 - 22:10h
Mossoró

Isolda Dantas pede abrigo para mulher vítimas de violência

Isolda Dantas: problema (Foto: AL)

O aumento de casos de violência doméstica e familiar às mulheres motivou a deputada Isolda Dantas (PT) a solicitar ao governo estadual, por meio da Secretaria de Trabalho, Habitação e da Assistência Social (SETHAS), a implementação de uma Casa Abrigo para acolhimento e proteção das vítimas. A deputada citou dados do último relatório do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, publicado em abril, revelando o aumento dos casos de feminicídio em março, quando comparados ao mesmo mês de 2019.

“O Rio Grande do Norte apresentou um aumento de 34,1% nos casos de lesão corporal dolosa, que é quando há intenção de se ferir e de 54,3% nos casos de ameaça. As notificações de estupro e estupro de vulnerável dobraram, em relação a março de 2019, de modo que o mês foi encerrado com um total de 40 casos,” disse a deputada.

Levantamento

“Produzido a  pedido do Banco Mundial, o  levantamento mostra, ainda, que em alguns Estados, como Mato Grosso, os feminicídios quintuplicaram. No Rio Grande do  Norte, apenas um  caso havia sido contabilizado em março de 2019, enquanto se registraram quatro no mês passado”, alertou a parlamentar.

A deputada disse que tendo em vista o agravamento das situações de violência, inclusive em razão do período de pandemia, é urgente que sejam criadas medidas protetivas para garantir a segurança daquelas que estão em risco iminente. Em seu mandato Isolda Dantas já destinou uma série de ações com este mesmo objetivo. Entre outras ações, ela é autora da proposição para criação da Delegacia Virtual da Mulher.

Com  informações da Assembleia Legislativa do RN.

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Categoria(s): Política
sexta-feira - 10/07/2020 - 21:32h
Pandemia

Varejo do RN cresce 5,7%; 3º menor crescimento do Brasil

O volume de vendas do comércio varejista do Rio Grande do Norte cresceu 5,7% em maio na comparação com abril deste ano. Esse foi o terceiro menor crescimento do Brasil no mês, maior apenas que Distrito Federal (3,9%) e Pará (0,9%).

Todas as unidades da federação cresceram.Os dados são da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) de maio do IBGE. A reação do comércio potiguar ocorre depois de forte queda em março e abril. Mesmo com o aumento, a recuperação de 5,7% no Rio Grande do Norte ficou muito abaixo da média do Brasil, 13,9%.

A comparação com o volume de vendas de janeiro a maio de 2019 mostra que o crescimento de 5,7% no mês ainda não foi suficiente para reverter as perdas no ano. Nesse período, o volume de vendas teve retração de 8,3% em relação ao mesmo período de 2019.

Comércio varejista ampliado

Entre abril e maio, o volume de vendas do comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de veículos, motos, partes de peças e de material de construção, cresceu 10,7% no Rio Grande do Norte. No Brasil, o crescimento foi de 19,6%.

Mesmo com essa elevação nas vendas em relação ao mês, o índice do estado variou negativamente em 18,2% na comparação a maio de 2019.

Verificou-se perda acumulada de 11,4% do volume do comércio varejista ampliado nos cinco primeiros meses de 2020, comparado a igual período do ano passado.

Setor de serviços também acumula perda

Nos primeiros cinco meses do ano, o setor de serviços do RN acumulou perda de 12,8% em comparação com o igual período de 2019. No Brasil, a redução média entre as unidades da federação também foi de 7,6%.

O estado potiguar acumula, de janeiro a maio, uma das cinco maiores perdas acumuladas do setor de serviços, apenas Rio Grande do Sul (-13,7%), Alagoas (-15%). Bahia (-15,3%) e Piauí (-15,6%) tiveram maiores perdas nesse período.

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Categoria(s): Economia
  • Repet
sexta-feira - 10/07/2020 - 20:40h
Covid-19

Cai taxa de ocupação de UTI’s e governo pode afrouxar medidas

O Governo do Rio Grande do Norte realizou nesta sexta-feira (10), entrevista coletiva virtual para informar o quadro da pandemia da Covid-19. A governadora Fátima Bezerra (PT), ao lado do vice-governador Antenor Roberto (PCdoB) e do Secretário de Estado da Saúde Pública (SESAP), Cipriano Maia, disse que o Estado está iniciando um quadro mais favorável.

“Estamos conseguindo manter a redução da taxa transmissibilidade, continuamos abrindo mais leitos e chegando próximo à taxa de ocupação de 80% dos leitos críticos.  Também registramos que 3.258 pessoas venceram a Covid”, informou a governadora.

Antenor e Fátima participaram de entrevista coletiva nessa sexta-feira (Foto: Fabiano Trindade)

A chefe do Executivo estadual disse que a continuar a evolução do quadro favorável na próxima semana o Governo do RN vai retomar a abertura gradual das atividades econômicas. “Optamos por adiar a fração 2 da fase 1 do Plano de Retomada Gradual e Responsável das Atividades Econômicas no início desta semana por que não havíamos atingido a taxa de ocupação de leitos a 80%. Foi uma forma de permitir assistência digna às pessoas que contraíram Covid e preservar vidas”, justificou.

Boletim

Os dados epidemiológicos da Sesap nesta sexta-feira, 10, registram o seguinte quadro: casos confirmados, 38.261; casos suspeitos, 51.096; casos descartados, 59.836. Óbitos confirmados, 1.356 (05 nas últimas 24h); óbitos em investigação, 188.

A taxa geral de ocupação de leitos críticos é de 83% (a meta é 80%). Dos 255 leitos de UTI e semi-uti 214 estão ocupados.

A fila de regulação tem 7 pacientes para leitos críticos e 10 para leitos clínicos. 27 aguardam transporte sanitário.

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Categoria(s): Administração Pública / Saúde
sexta-feira - 10/07/2020 - 20:00h
Chris e Erasmo

Carlos Santos – Aos Vivos! terá casal que agita blogosfera

O Carlos Santos – AOS VIVOS! em sua 9ª edição terá um casal bastante conhecido em Mossoró e além de suas divisas físicas e digitais: Christianne Alves e Erasmo Carlos.Eles são titulares respectivamente do Blog da Chris (veja AQUI) e Blog Tio Colorau (veja AQUI).

Nosso encontro será na próxima segunda-feira (13), às 21 horas, no endereço que temos na plataforma Instagram – www.instagram.com/blogcarlossantos.

Vamos jogar conversa fora, não fazer um monte de coisas e sei lá o quê!

Encontro marcado.

Até lá!

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Categoria(s): Carlos Santos - AOS VIVOS! / Comunicação / Comunicado do Blog
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sexta-feira - 10/07/2020 - 12:10h
Consignados

Oposição cobra que benefício para servidores seja promulgado

A bancada da oposição resolveu emitir uma nota conjunta. Cobra que a presidência da Câmara Municipal de Mossoró promulgue (torne lei) o projeto de lei de número 5/2020, que suspende os descontos de empréstimos consignados dos servidores municipais, por pelo menos três meses, em meio à pandemia da Covid-19.

Vereadores fazem cobrança publica; presidente e prefeita buscam 'saída honrosa' à pressão (Fotomontagem BCS)

A prefeita Rosalba Ciarlini (PP) evitou sancionar (assegurar sua aprovação) e cabe a presidente Izabel Montenegro (MDB) promulgá-la em face da recusa do Executivo.

Veja a nota:

Nós, VEREADORES DA OPOSIÇÃO, solicitamos a promulgação da Lei 5/2020, que  suspende os descontos de empréstimos consignados no contracheque dos servidores municipais, aprovada na quarta-feira (27/05).⁣A suspensão da cobrança valerá, segundo a proposta, por três meses ou enquanto durar o estado de emergência por causa da covid-19, de que trata a Lei Federal 13.979, de 6 de fevereiro de 2020.⁣⁣

A lei foi aprovada no plenário e enviado para o Executivo, que perdeu o prazo para sancioná-lo ou vetá-lo. Com isso, caberá ao Legislativo promulgá-la.

Cobramos da Presidente da Câmara Municipal de Mossoró que promulgue o projeto atendendo aos servidores públicos municipais.

Vereadores Petras Vinícius (DEM), Ozaniel Mesquita (DEM), Raério Araújo (PSD), Alex do Frango (PV), Gilberto Diógenes (PT) e Genilson Alves (Pros).

Nota do Blog – Apuramos que a presidente e a prefeita procuram meios de se contrapor à pressão da oposição, evitando maior desgaste político. O projeto dos oposicionistas foi um xeque-mate que criou embaraços para a prefeita e seus apoiadores na CMM.

Estamos apurando mais detalhes.

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Categoria(s): Política
sexta-feira - 10/07/2020 - 08:30h
Alerta

Medo e morte devido a Covid-19 devem se alongar bastante

Do Canal Meio

A Inglaterra vai permitir que as academias de ginástica abram no próximo dia 25. Quase quatro meses após o repentino início da quarentena no país, em 23 de março.

Restaurantes estão praticamente vazios na Itália e proprietários seguem com entrega delivery (Foto: Menu)

Nova York, que está fechada desde 1º de março, não pretende reabrir suas escolas quando as férias de verão terminarem, em setembro.

Bali, que vive do turismo internacional, já está se agitando para reabrir suas fronteiras. Em outubro. Talvez.

Milão, o epicentro da pandemia na Itália, já permitiu que os restaurantes abram. A maioria escolheu permanecer entregando, sem receber os clientes. Os abertos estão vazios — poucos vão.

Em toda Europa, nos restaurantes, este vazio se repete.

O mais provável é que tenhamos de conviver com o novo coronavírus por uns anos.

Pelas contas do Massachusetts Institute of Technology (MIT), 90% da população mundial ainda estará vulnerável à contaminação no primeiro semestre de 2021 e algo entre 1,5 e 3,7 milhões de pessoas terão morrido.

Claro: é possível que uma das vacinas sendo testadas dê certo. Não é impossível. Mas não costuma ser tão rápido.

Possivelmente lidaremos com um abrir e fechar durante um tempo.

Leia também: O presente e o futuro de um setor importante.

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Categoria(s): Gerais / Saúde
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sexta-feira - 10/07/2020 - 07:36h
Exame

Vice-prefeito testa positivo para Covid-19

Marinho: em casa (Foto: assessoria)

O vice-prefeito do município de Ipanguaçu, microrregião do Vale do Açu, Thales Marinho (PSDB), testou positivo para o novo coronavírus. A informação foi confirmada em comunicado oficial nas redes sociais na noite desta quinta-feira (09).

Apresentou febre e com sintomas leves de gripe constatados ao longo da semana, teve a presença do vírus no organismo detectado no teste sorológico, conforme descreveu em sua página no Facebook.

O vice-prefeito ficará em isolamento durante sete dias, conforme protocolo e, depois desse período, passará novamente por exame.

Segundo o último balanço divulgado pelo município, Ipanguaçu registra 106 casos confirmados e 09 mortes causadas pela doença.

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Categoria(s): Política / Saúde
quinta-feira - 09/07/2020 - 23:58h

Pensando bem…

“Se, ao tentar alcançar um objetivo, você parar para jogar pedras em cada cachorro que latir, você nunca vai chegar ao final.”

Fiódor Dostoiévski

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