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segunda-feira - 18/12/2023 - 09:34h
Mossoró

Condomínio têm custo elevado com água e se revolta judicialmente

Água, só através de serviço privado, em caminhões-pipa (Foto ilustrativa)

Água, só através de serviço privado, em caminhões-pipa (Foto ilustrativa)

Retrato resumido da situação da falta de água diariamente em Mossoró, atingindo diversos bairros:

Um condomínio residencial chegou a ter seis abastecimentos/dia através de caminhão-pipa, no último mês de novembro, para atender seus moradores.

Decisão tomada entre os condôminos é de acionar judicialmente a Companhia de Águas e Esgotos do RN (CAERN), para ressarcimento pelo gasto excedente.

Ações individuais e coletivas com o mesmo teor começam a se multiplicar.

Nota do BCS – O nome do condomínio tratado nesta postagem é preservado, a pedido da administradora condominial.

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segunda-feira - 18/12/2023 - 06:38h
Encontro com a imprensa

Prefeito fará balanço de gestão e dará entrevista coletiva

Evento aconteceu no Hotel Villa Oeste à manhã dessa terça-feira (Foto: Célio Duarte)

Encontros são de praxe na gestão, oportunizando coletivas com prefeito (Foto: Célio Duarte/Arquivo)

A Secretaria de Comunicação da Prefeitura Municipal de Mossoró anuncia para amanhã (terça-feira, 19), a partir das 8h30, no Palácio da Resistência, um “Encontro com a Imprensa.”

O prefeito Allyson Bezerra (UB) recebe comunicadores dos mais diversos órgãos e plataformas de mídias para um café da manhã, em que apresentará balanço da gestão.

A exemplo do que tem ocorrido desde o início da gestão, em 2021, ao final dessa apresentação ele estará aberto às perguntas da imprensa, sem restrição de pauta.

Às 9h desta segunda-feira (18), no Teatro Municipal Dix-huit Rosado, a prestação de contas é aberta à toda população.

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segunda-feira - 18/12/2023 - 05:34h
Sucessão municipal

Oposição reúne forças para marchar unida no próximo ano

Zé Bezerra, Sílvia Helena e Josenildo Morais garantem união (Foto: reprodução)

Zé Bezerra, Sílvia Helena e Josenildo Morais garantem união (Foto: reprodução)

Na manhã desse domingo (17), aconteceu a primeira reunião do grupo oposicionista em Janduís (região Oeste do RN), com vistas às eleições municipais de 2024.

Foi celebrada a união do grupo em torno de um projeto que evite fracionamento de forças, para que a oposição marche unida no próximo ano.

Os nomes do ex-prefeito Zé Bezerra, vereador Jozenildo Morais e ex-candidata a prefeito em 2020 Sílvia Helena foram colocados como opções à disputa. Um deles, a princípio, será o candidato à prefeitura pela oposição.

Quem for o escolhido em pesquisa de opinião pública terá o apoio dos demais. Assim ficou decidido.

O atual prefeito é o médico Salomão Gurgel (Psol).

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domingo - 17/12/2023 - 23:56h

Pensando bem…

“A vida é uma aventura ousada ou, então, não é nada.”

Helen Keller 

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domingo - 17/12/2023 - 12:20h
Bolsa de Discos

Por que a formação clássica dos Engenheiros não retorna?

Por Erasmo Carlos (Tio Colorau) para o Blog Bolsa de Discos

Augusto Licks, Carlos Maltz e Gessinger: longe demais da reunificação (Foto: reprodução)

Augusto Licks, Carlos Maltz e Gessinger: longe demais da reunificação (Foto: reprodução)

* I – Em entrevista ao canal Corredor 5 no YouTube, o cantor e compositor Humberto Gessinger descartou qualquer possibilidade de retorno ou reunião dos Engenheiros do Hawaii. Ao comentar a turnê de reencontro dos Titãs, Gessinger elogiou a iniciativa, mas disse que com ele não rolaria.

* II – Segundo o ex-líder dos Engenheiros, o Titãs sempre foi um coletivo de artistas, inclusive todos os integrantes despontaram em carreira solo, por isso a iniciativa de promover uma turnê reunindo todos foi bastante positiva, mas que no caso dele não rolaria, sem citar nominalmente a ex-banda.

* Em 1995, Rita Lee gravou o disco ao vivo “A Marca da Zorra”, com arranjos bem mais pesados. Naquele ano ela abriu os shows da banda Rolling Stones no Brasil. O disco estava fora de catálogo, mas recentemente foi inserido nas plataformas de streaming, e ano que vem sairá nos formatos CD e vinil.

* O cantor gospel Pedro Henrique, de apenas 30 anos, morreu subitamente durante uma apresentação em Feira de Santana (BA). A causa da morte foi infarto, segundo um dos integrantes da banda. Pedro era filho único, casado e pai de uma filha que tem apenas um mês de vida.

* Lançada em 1958, a canção natalina “Rockin’ Around the Christmas Tree”, de Brenda Lee, alcançou o topo da parada mundial pela primeira vez na história. É o período mais longo que qualquer canção passou para chegar ao topo da Billboard.

* Já está disponível na Apple TV o documentário “John Lennon: Assassinato sem Julgamento”, em três capítulos. O primeiro, e melhor, foca no dia do crime. A produção traz entrevistas inéditas com testemunhas e policiais relacionados ao fato, bem como documentos das investigações. Muito boa.

* Outro documentário que acaba de chegar ao streaming é “Thriller – 40 anos”, com 1h30min de duração, sobre o disco mais vendido da história. Nele, é mostrada toda a genialidade de Michael Jackson e do produtor Quincy Jones. No Paramount+.

* Na época em que LPs tinham uma duração padrão, muitos artistas tiveram que fazer músicas de última hora apenas para preencher espaços. Duas dessas canções se tornaram clássicos mundiais: “Paranoid”, do Black Sabbath; e “Smoke on the Water”, Deep Purple.

* Como este site destacou, morreu esta semana o cantor e compositor Carlos Lyra, aos 90 anos, o “maior melodista do Brasil”, definição dada por Tom Jobim. Lyra foi um dos expoentes da bossa nova, mas nunca ganhou a visibilidade de Tom e Vinícius porque optou por ser mais compositor do que cantor.

* A coluna foi escrita ao som de “Pérola Negra”, de Luiz Melodia, um dos melhores discos brasileiros de 1973. Traz clássicos como “Estácio, Você e Eu”, “Vale Quanto Pesa”, “Pra Aquietar”, além da faixa-título. Um disco para parar e escutar.

Erasmo Carlos é criador e editor do Blog Tio Colorau, além de colunista no Bolsa de Discos (AQUI)

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domingo - 17/12/2023 - 11:34h

Diálogo com o passado

Por Odemirton Filho

Dia desses voltei ao passado. Lá estando, reencontrei-me com um velho amigo, que tanto cativou meus sonhos. Travamos um diálogo, no qual o passado quis saber a quantas andava o meu presente.

Envergonhei-me. Quis confessar que fraquejei no presente. Alguns daqueles sonhos acalentados não foram concretizados. Não por falta de oportunidade, mas, decerto, por ausência de atitude de minha parte.

O passado, olhou-me desconfiado, duvidando de minhas falhas, porquanto eu era imerso em expectativas. Sonhos juvenis, que se diga, como todo mundo tem.

De toda sorte, eu quis me explicar.

Disse-lhe que o presente não é tão fácil como ele imagina. A realidade da vida nos faz redirecionar os objetivos, haja vista as dificuldades cotidianas que enfrentamos.

Muito do que planejamos não se realiza. Às vezes, a vida pessoal é marcada por arroubos. Os sentimentos substituem a razão, o amor cede lugar à paixão. Fazemos coisas que desvirtuam os nossos propósitos.

Como somos ousados e imaturos agimos com arroubo, adotando atitudes que nunca imaginávamos fazer. Não esqueça que somos humanos, falíveis.

No lado profissional o mercado de trabalho não é dos mais fáceis. A falta de oportunidades e a instabilidade político-econômica do nosso país são fatores condicionantes para que possamos decidir o que vamos fazer.

Nem sempre fazemos o que queremos, tendo em vista que o presente precisa ser vivido, mesmo que indo de encontro ao que planejamos no passado.

Mas ele, o passado, continuava a me olhar de forma enviesada. Não acreditava nesses descaminhos. Indagava-me o porquê de não ter seguido o que tinha traçado.

Disse-me que o presente deve ser consequência do que plantamos lá atrás. Se a colheita não saiu de modo como planejamos, é porque o jardim dos nossos sonhos não foi regado com atitudes e, portanto, somos culpados de nossos erros e fracassos.

Não discordei. Achei até que o passado tinha razão. Fiquei deveras sentido por tê-lo decepcionado. Pensei em dizer que acreditava em Deus e nos seus propósitos. Porém, calei-me.

Ao final do nosso encontro, pois tinha que voltar ao presente, o passado me disse para resgatar meus sonhos, concretizando aquilo que almejei em sua presença.

Abraçou-me.

Mandou-me de volta ao presente, desejando-me um futuro que, realmente, refletisse aquilo que sonhei.

Fiquei a pensar e me veio à mente a canção do saudoso Belchior: No presente a mente, o corpo é diferente, e o passado é uma roupa que não nos serve mais”.

Odemirton Filho é professor e oficial de Justiça

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Categoria(s): Crônica
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domingo - 17/12/2023 - 10:40h

O porto

Por Bruno Ernesto

Foto ilustrativa feita pelo próprio autor da crônica

Foto ilustrativa feita pelo próprio autor da crônica

A visão do mar é uma das coisas das quais sempre despertou muitos sentimentos.

Se você fizer uma rápida busca na internet, verá que há muitos estudos e pesquisas concluindo que ir à praia é relaxante e traz inúmeros benefícios para a nossa saúde.

O cheiro, os sons e a visão são gatilhos para esse bem-estar, físico e mental.

Os oceanos são massas de água salgada imensas e profundas.

Os mares são massas de água salgada menores, menos profundos e mais numerosos.

Na idade média eram conhecidos os sete mares. Palco de histórias marcantes e fonte de inspiração inesgotável para estórias.

Quem dominava os mares, dominava o mundo.

A vista para o mar enobrece até o estilo de vida. Veja os anúncios das imobiliárias.

Mesmo aquele que não frequenta a praia admira o mar. Pessoalmente ou numa fotografia.

Além do mar, eu admiro o porto. Ele é o elo entre dois mundos: o mar e a terra firme.

Não adianta dominar o mar se você não puder aportar.

Certa vez me dei conta de um detalhe que sempre me passou despercebido, mesmo já tendo estado inúmeras vezes em portos marítimos: praticamente todos os barcos possuem nomes femininos.

Há diversas teorias a respeito desse costume.

Uma delas afirma que esse costume decorre pelo fato de que, nos primórdios, eram nomes de figuras mitológicas e de deusas.

Há quem diga que decorre de uma variação linguística. Outra diz que é para dar proteção e boa sorte.

De fato, não saberia dizer qual delas é a mais acertada. Mas o certo é que há sentido.

O porto é o local em que a embarcação chega, finalizando uma viagem ou pode ser o local de uma partida, iniciando uma nova viagem.

Dependendo do ponto de vista, pode ser ele o fim de uma história ou o início de uma. Porém, sempre será ele o porto seguro de alguém.

Bruno Ernesto é professor, advogado e escritor

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Categoria(s): Crônica
domingo - 17/12/2023 - 10:04h

Monsenhor Huberto Bruening – vida doada a Mossoró

Por Padre José Artulino Besen

Monsenhor Huberto na juventude (Foto: reprodução)

Monsenhor Huberto na juventude (Foto: reprodução)

Huberto Bruening (pode ser grafado Brüning), natural de São Ludgero, SC, filho de Reinaldo Bruening e de Isabel Rohden, nasceu em 30 de março de 1914. Era irmão de Pe. Clemente Bruening, sobrinho do filósofo e teólogo Huberto Rohden e primo irmão de Dom Afonso Niehues.

Com vocação despertada pelas Irmãs da Divina Providência do Colégio Sant’Ana de São Ludgero, seguiu o Pe. Jaime de Barros Câmara, que tinha ido a São Ludgero buscar seminaristas para o novo Seminário a ser iniciado em Florianópolis e, logo depois, foi transferido para Azambuja, Brusque, ocupando dois andares do Hospital local. Assim, integrou a primeira turma do Seminário Menor Metropolitano Nossa Senhora de Lourdes, onde estudou de 1927 a 1936, e cursou o ciclo básico da época, denominado Curso Ginasial e, em seguida, o Curso de Filosofia. Impressionam as disciplinas cursadas nesse estudo filosófico e, mais ainda, pelas disciplinas serem ministradas em latim: lógica, criteriologia, ontologia, cosmologia, psicologia, teodicéia, ética, liturgia, ciências naturais, história da filosofia e canto gregoriano.

Em 1935 seguiu para São Leopoldo, RS, a fim de completar a formação com os estudos teológicos. No meio tempo, aconteceu a eleição de Mons. Jaime de Barros Câmara para 1º. bispo diocesano de Mossoró, RN. Mons. Jaime era extremamente ligado aos seminaristas e não pretendia ir para o Nordeste sozinho, numa diocese carente de vocações e padres. Dom Joaquim Domingues de Oliveira, arcebispo de Florianópolis, permitiu que convidasse alguns seminaristas a acompanha-lo: Huberto Bruening, Ivo Calliari, Arlindo Thiesen, Walmor de Castro foram os que perseveraram. Excetuando Huberto, os três se integraram à vida episcopal de Dom Jaime em Mossoró, Belém do Pará e Rio de Janeiro.

Huberto chegou em Mossoró em 25 de abril de 1936, e foi excardinado da Arquidiocese de Florianópolis em 24 de setembro de 1936. Tendo completado os estudos teológicos em Fortaleza, foi ordenado sacerdote na catedral Santa Luzia, em Mossoró, em 30 de janeiro de 1938. Lema escolhido para o sacerdócio: “Pela graça de Deus sou o que sou” (1Cor 15,10).

Como homem de saber, lecionou nos seminários de Fortaleza, Belém do Pará e Santa Teresinha de Mossoró. Entre outras matérias, lecionou latim, português, alemão, filosofia e música. Durante os quase 60 vividos em Mossoró, Mons. Huberto fez quase tudo: foi Reitor de Seminário, Vigário Geral, Capelão do Hospital, Censor, Cura da Sé catedral e Presidente do Instituto Amantino Câmara, que amparava e abrigava idosos. O Instituto Amantino Câmara foi fundado por Dom Jaime de Barros Câmara em 1941, com o dinheiro que recebeu de herança do irmão, patrono da instituição. Evidente que Mossoró não era apenas a Catedral, mas incluía dezenas de capelas espalhadas pelo território do município, à época com com 3.000 km2.

Além disso, evangelizou e formou aquele povo através do rádio, onde apresentava, sempre às 18 horas, o programa “Mensagens de Fé”. Era homem de fé e de Igreja, rigoroso consigo e com os outros.

Sua sensibilidade cristã fê-lo sofrer a situação de dois padres: o tio Huberto Rohden, que abandonara o ministério e a Igreja, e, de modo especial, o irmão, Pe. Clemente Bruening que, ordenado padre em 1929, deixou o ministério em 1939. Pe. Clemente causou-lhe muita dor e vergonha e isso o animava a permanecer longe de São Ludgero. A situação foi regularizada em 1969.

Tendo o coração guardado no Nordeste, duas vezes sentiu o cansaço do intenso trabalho e pensou, e tentou, retornar ao Sul. Mas, a situação da Igreja em Mossoró não o permitia, como também não o permitia o amor àquela terra que fez sua. Eram poucos os padres, pouquíssimas as vocações e aconteciam as desistências de padres. Viveu todo o período da renovação conciliar, suas crises, e não teve condições de avaliar os aspectos positivos que as crises trazem.

Em março de 1951, veio a São Ludgero recuperar forças e descansar. Dom Joaquim lhe ofereceu a Capelania do Hospital de Orleans, com a possibilidade de ajudar na paróquia com coadjutor. O segundo semestre de 1952 passou em São Ludgero. Em 12 de janeiro de 1953 foi nomeado reitor do Seminário Mínimo de São Ludgero. Seu estilo e temperamento radicais logo trouxeram e acentuaram problemas. Em 21 de setembro de 1954 escreveu a Dom Joaquim reclamando do auxiliar, Pe. Osni Rosenbrock, que “encontra-se no seminário somente para dormir, comer, lecionar e ouvir as confissões.”

Na verdade, Pe. Osni não se adaptava à vida de disciplina de Pe. Huberto: gostava de futebol, cinema, visitar famílias, chegar tarde da noite, envolver-se nas brincadeiras com os 47 meninos, assobiar e cantar nos corredores. Com isso, o povo de São Ludgero, acostumado com a férrea disciplina de Mons. Frederico Tombrock, também se escandalizava. Adepto igualmente de férrea disciplina, Dom Joaquim respondeu em 29 de outubro de 1954, dizendo que o padre ou não está contente com o trabalho, ou está doente.  E reitera: “Não há Seminário sem ordem, sem respeito, sem disciplina”.

Huberto chegou a ir embora de Mossoró, mas retornou com saudades (Foto: reprodução)

Huberto chegou a ir embora de Mossoró, mas retornou com saudades (Foto: reprodução)

Monsenhor sentiu que não estava no “seu” lugar e em 1955 retornou a Mossoró.

Muitos anos depois, em 1975, novamente tentou regressar a São Ludgero, mas ficou pouco tempo. Não deu certo: achava que tudo estava errado, a renovação era revolução e o povo também se cansou de suas lamentações no púlpito, atacando Leonardo Boff e a teologia da libertação, assuntos que aqueles colonos desconheciam.

O concílio e as dores do monsenhor

Tendo chegado em Mossoró em 1938, ali ocupou os postos principais da organização diocesana, de modo particular o Curato da Catedral São Luzia, dando vida a uma vivência católica própria, conseguindo milagrosamente combinar a espontaneidade nordestina com a dureza do catolicismo romanizado. Por sua presença bem humorada, franca, falando o que precisava falar, destratando amorosamente, ganhou aquele povo. Mas, no meio do caminho aconteceu o Concílio do Vaticano II (1962-1965) e as certezas e costumes passaram a ser questionadas. Sofreu muito, o Monsenhor, mas não desistiu.

Ao mesmo tempo, o Brasil e, em especial, o Nordeste viveu a ebulição política das Ligas Camponesas, de Miguel Arraes, Francisco Julião, Celso Furtado, viveu a formação de uma Igreja comprometida com as causas da justiça. Pe. Huberto não era um alienado, insensível frente à miséria, mas era um anticomunista. Em outras palavras, julgava que a pregação pela justiça, reforma agrária, era coisa de comunista. Sonhava com evolução paternalista, nunca revolução.

Em dezembro de 1964 o primo e amigo Dom Afonso Niehues assumiu como arcebispo coadjutor de Florianópolis, em 1976 arcebispo metropolitano. Foi seu confidente. Dom Afonso tinha a qualidade pessoal de escutar o que não julgava objetivamente correto, sem com isso criar conflito.

Em carta a Dom Afonso, 5 de outubro de 1965, Pe. Huberto transmitiu a feliz notícia de ter conseguido dinheiro para adquirir um Volkswagen (por quatro anos servira-se de uma Vespa), mas não se esqueceu de reclamar das preocupações sociais da Igreja, das inovações conciliares: “Aqui estamos rezando o Terço às 17,15hs., na catedral. Comparecem por enquanto umas 20 pessoas. Estão procurando primeiro a política. Deus tem cada morador em sua fazenda…”. “Parece que nossa revolução de abril de 1964 já está vazia… Em 11 Estados houve eleições. Pois bem, em 9 dos 11 triunfou a anti-revolução. Nenhuma revolução se consolida em 18 meses…Jamais. Nenhures!”.

No ano seguinte, em 18 de agosto, partilhava a decepção com o Concílio, com padres que dançam, com casamentos que fracassam: “Se conseguir, em dezembro visitarei São Ludgero. Se pudesse ficar… Logo que Dom Gentil sair… saio”. Não deu certo. Era muito ligado ao bispo Dom Gentil Barreto (1960-1984) e depois a Dom José Freire (1984-2004), e percebia a dificuldade deles de preencherem aos quadros diocesanos. Além disso, apesar de turrão, todos o amavam e respeitavam, e muito. Era um patrimônio vivo de Mossoró.

Mas, não se cansa de sofrer com a renovação. Em 10 de janeiro de 1967, nova confissão a Dom Afonso: “Aqui o povo começa a sentir a crise sacerdotal. E não há esperança de substitutos. Em 30 anos que vivo em Mossoró, nenhum padre… A desistência dos seminaristas aumenta. Depois da “abertura” aumentou muito. … Mossoró já tem 3 faculdades, 1 seminário, 4 hospitais, 4 paróquias, 3 emissoras de rádio, 80 mil habitantes. Em 30 anos… nem um só sacerdote”. Realmente, uma situação dolorosa e não se descobriam ainda novos caminhos para as novas situações.

Imaginativo, cometeu até uma parábola para explicitar a crise: “Deus chamou dois meninos, João e Paulo. Pegou um buscapé, entregou a Paulo e mandou João atear fogo… João faleceu… e o troço explodiu na mão de Paulo… O nome do “engenho” é Vatic. II …Serviu para desmascarar e desvendar muita podridão. É direitinho um furacão”. Se referia a João XXIII e a Paulo VI.

E prossegue: “Nossas vocações são como cogumelos: morrem tão depressa como nascem. Acho tanta liberdade nos seminários… Parece que não há concupiscência. … Ninguém mais aprende Harmônio. Mania de Salmos e Missas dialogadas. O canto, fina flor da alegria, morreu”. São mudanças que Pe. Huberto suporta, mas não desanima. Também acha que se dilui a esperança de retornar ao Sul, onde os “buscapés” conciliares também estouravam (cf. A Dom Afonso em 16 de janeiro de 1969).

SUAS CARTAS revelam sempre mais a decepção com as mudanças na Igreja, na formação. Sentia-se traído, solitário. Sua maior lamentação era a crise clerical. Sua alegria são suas abelhas, como veremos. Há a preocupação com o irmão Padre Clemente, que Dom Afonso procura remediar encontrando uma solução. Com relação ao tio Huberto Rohden: “Está no mesmo. Todos ao redor estão errados… cegos! Só ele enxerga. As obras dele estão chegando ao mercado local. Simeão tinha razão: ninguém consegue manter-se neutro perante esse ‘menino’. Ou pró ou contra”. Original ironia, colocando o tio no papel do Menino em Jerusalém…

As formas de religiosidade popular, alimentadas no trabalho e nas pregações, também passam por mudanças: “O culto mariano arrefeceu… a começar pelo clero”. Lamenta que os padres que ficam, os velhos, como ele, são taxados de “ultrapassados, conservadores, sacramentalistas, jurisdicistas, reacionários”. Critica bispos que celebram casamentos de ex-padres com pompa e circunstância, um costume que depois foi superado.

Mossoró descobriu um grande progresso e conforto: “furaram para encontrar petróleo e encontraram água. Quatro poços tubulares a 900 metros de profundidade, dando vazão a mais de 100 mil litros por hora, à temperatura de 52º C, água mineral, sem espuma”. (Foi um milagre mesmo, em 1974, obra da Petrobrás que queria petróleo acabou oferecendo à cidade a melhor água. De “cidade mais seca do mundo”, Mossoró transformou-se na “cidade com a água mais quente do mundo”. A afirmação não confere, mas está situada no estilo de comparar tudo. Verdade é que Mossoró tem a maior produção brasileira de petróleo em terra e 90% da produção de sal no Brasil).

“Confissões desapareceram quase por completo, ao passo que as comunhões duplicaram. Em todo o mês de março – incluída a Semana Santa, ouvi apenas 127. Tudo se resolve com a tal da comunitária. Como os pintos, depois de egressos, não cabem mais na casca – assim os padres não cabem mais no “caixão” do confessionário” (Carta a Dom Afonso em 10 de abril de 1975). “Já fomos 17 sacerdotes na sede; e agora, que a população duplicou, 7! …” (3 de dezembro de 1976).

Essas confidências sacerdotais expressam pessimismo, sem dúvida, mas não se pense que isso o desanimava na ação pastoral. Trabalhava sempre com o mesmo entusiasmo e amando aquela Igreja e povo. Analisar a situação não significa ausentar-se dos compromissos.

Crítica ao trabalho social da igreja

Quando deixou São Ludgero, em abril de 1955, experiência que não deu certo, não teve descanso: cura da catedral e confessor no seminário e professor, deixando de lecionar em 1966.

Além disso, a troca de bispos de Mossoró o incomodava: em 1960 trabalhava com o 4º. bispo: Dom Jaime de Barros Câmara (1936 a 1941), Dom João Portocarrero Costa (1943 a 1953), Dom Eliseu Simões Mendes (1953 a 1959), Dom Gentil Nunes Barreto (1960 a 1984). Seguiam adiante e ele, Mons. Huberto, perseverava.

Na verdade, Pe. Huberto não apreciou o trabalho social de Dom Eliseu Simões Mendes (1916-2001) que, revolucionando o meio rural através das Semanas Ruralistas, foi “Bispo da Seca”, das águas, das ações sociais. A história de Dom Eliseu resulta de anos de experiências, e sua ação pautou inúmeras realizações, tais como: criação de maternidades, postos de saúde, lactários, centros sociais, casas populares e de farinha, ampliação das bases fiscais e equipamentos do Colégio Diocesano, da Escola de Aprendizagem Mecânica da Diocese de Mossoró.

Mas “havia muita gente com medo”, especialmente os políticos: de um lado, era o receio da influência da Igreja e, de outro, “não era bom promover e esclarecer o homem do campo”, com a temida colheita de frutos revolucionários.

Dom Eliseu ajudou na unidade dos bispos do Nordeste no trabalho pelas condições do homem do sertão, na fundação da SUDENE. Também em Campo Mourão, PR (1960-1984) sua visão social causou estranheza e oposição. Por ocasião de sua transferência, Mons. Huberto perguntou a Dom Afonso: “Irá, ao menos desta feita, cuidar da Igreja?” (Carta de 5 de setembro de 1960).

Jandaíra era uma das paixões de Huberto, sendo considerado internacionalmente como grande especialista (Foto: Hiara Menezes/Gobo Rural)

Jandaíra era uma das paixões de Huberto, sendo considerado internacionalmente como grande especialista (Foto: Hiara Menezes/Gobo Rural)

Monsenhor apicultor e a abelha Jandaíra

É inestimável a contribuição social e científica de Mons. Bruening para aquela região do semi-árido: o cultivo, estudo e a preservação da abelha Jandaíra. Com alegria escreveu a Dom Afonso em 17 de setembro de 1968: “Fundamos o Clube Apícola, com 17 sócios. Prossegue a praga das africanas, cascavéis-de-asas. Ninguém colheu mel no corrente ano”.

Alimentou forte paixão pela criação de abelhas Jandaíra, da qual se tornou especialista. Além do ministério pastoral, do atendimento ao povo, a abelha Jandaíra ocupará seu tempo. Estudando e desenvolvendo meios de preserva-la do ataque das abelhas africanas, que denomina “cascavéis-de-asas”, ofereceu ao meio ambiente nordestino uma fonte de renda e de alimento.

Paulo Roberto Meneses, discípulo de Mons. Huberto e apicultor em Mossoró, assim se expressa: “Com o desmatamento, o homem destrói  a casa natural das abelhas que são as árvores de grande porte, refratárias à seca, já que possuem reservas d´água em suas raízes. As abelhas, então, ao coletar de flor em flor o néctar que transformará em mel, fazem um importante papel de reconstrução da mata nativa, pois é nesta hora que é  realizada a polinização,  processo  pelo qual é efetuada a  fecundação das flores,  dando origem a frutos e sementes”. Paulo Roberto Meneses é o titular e o coordenador do projeto denominado  “Projeto Padre Huberto – Preservação da Abelha Jandaíra”.

Consiste  no treinamento teórico e prático para capacitação do manejo  da abelha  Jandaíra. Direcionado  para mulheres de assentamentos rurais, tem como objetivo  a preservação dela, a manutenção do ecossistema através da polinização que as abelhas fazem à mata nativa, e de levar para o campo uma atividade que é ambientalmente correta, socialmente justa e economicamente viável, já que agrega renda ao pequeno produtor rural, fixando-o no campo, evitando como conseqüência o êxodo rural.

“Pe. Huberto”, segundo o professor e naturalista Dr. Paulo Nogueira-Neto, que foi secretário especial do Meio Ambiente, órgão vinculado ao Ministério do Interior, com prerrogativas de ministro, “é considerado verdadeiramente, entre outras coisas, o grande protetor da JANDAÍRA”.

Em 1969 participou do Congresso Internacional de Apicultura, em Munique, em 1984 do Nacional de Florianópolis, em 1986 de Salvador, em 1989 ao do Rio de Janeiro. Um nome com autoridade no assunto. Numa homenagem em 20 de fevereiro de 2012, Paulo Meneses narrava: “Certo dia convidei-o para professor da Escola Superior de Agricultura de Mossoró-ESAM – hoje Universidade Rural – uma escola de mestres extremamente jovens. Precisávamos da sua ciência, da sua maturidade, do seu aconselhamento.O somatório de todas as suas rendas, de uma multidão de atividades, não atingia 1/6 do que ele ia ganhar na ESAM. Respondeu-me: menino, dinheiro não é tudo e eu estou cheio de compromissos com a Diocese. Eis Pe. Huberto Bruening, glória do Clero Brasileiro, um dos grandes do país de Mossoró, conselheiro de a toda cidade, que veio nesta noite da Academia Mossoroense de Letras-AMOL, nos ensinar as coisas que ele sabe como ninguém, soldado de Deus, servo da bela ciência que cuida das abelhas”.

Fruto de estudos e experiências, redigiu e publicou um livro/manual: Abelha Jandaíra, com 181 páginas. Melhorado e procurado, tem sido reeditado e hoje integra a COLEÇÃO MOSSOROENSE, Série “C”, Volume 1189, da ESAM, com a última edição em 2008. Um livro muito agradável de ser lido, onde Pe. Huberto narra a vida da Jandaíra, quase um diário das pequenas e amadas abelhas.

O já apicultor Paulo Roberto Meneses ajudou-me nessa pesquisa sobre o lado científico e social do trabalho de Monsenhor, e dele recebi um exemplar desse livro Abelha Jandaíra. Além de ter recebido conhecimento e interesse através da obra de Mons. Huberto, levou-lhe o trabalho adiante, com reconhecimento internacional: “O início de minha atividade na meliponicultura se deu a partir de 1983 quando recebi das mãos do saudoso Mons. Huberto Bruening, o presente de uma colméia de Jandaíra bem como os primeiros ensinamentos sobre o fantástico mundo das abelhas”.

A seguir transcrevo três parágrafos do livro A abelha Jandaíra, cheios de bom humor, afeto e sabedoria, além de revelarem um fino literato.

“Como não conheço nenhum escrito específico sobre Jandaíra, fui obrigado a freqüentar a escola das Jandaíras, observar seus hábitos, seu trabalho, sua família, sua organização, manias e travessuras. Isto por mais de 30 anos. Serviu de aprendizado, lazer, higiene mental e reconstituinte, passatempo, espanta tédio e sobretudo é o segredo de manter-me em contato com Deus…”.

“Todos os animais respeitam o ambiente em que vivem, menos o homem. O peixe mantém límpida a água em que passeia. O pássaro conserva puro e diáfano o ar que cruza. A minhoca revira o solo mas não o degrada, ao contrário, torna-o mais fértil. A fera mora na selva, percorre-a atrás do sustento sem contaminá-la nem destruí-la. O colibri sorve o alimento do nectário das flores, roça com as suas pétalas delicadas sem deixar sinal de sua visita. A Jandaíra visita milhões de flores para coletar um quilograma de mel, passeia pelos estigmas, estames e anteras para colher pelotas de pólen, sem vestígio de sua presença, pelo contrário: enriquece-as através da polinização. Quanta lição de inseto para o rei-da-criação… o mais violento dos bichos… o mais barulhento”.

“Observemos o estardalhaço dos carros de zoada e o estrondo das motocicletas… fragor de batalha… sem nada produzir, a não ser ruído. Belíssimo exemplo de laboriosidade, de previdência e providência, de frugalidade e economia fornece a Jandaíra ao homem consumista e tecnocrata. Ela recolhe sempre que pode e o que pode – e guarda, ensila, economiza, sem nada esbanjar. Guarda até quotas supérfluas, Jandaíra não alimenta vícios, como faz o homem. Não fuma, não masca, não se embriaga, não sorve droga, não cheira cola, não se empanzina. Reparte a vida entre trabalho e repouso…”.

Gostava de dizer que as abelhas o deixavam mais próximo de Deus. Por onde passava, Pe. Huberto Bruening pesquisava novas famílias de Jandaíras e motivava pessoas a fazer o mesmo. Do mesmo modo que o botânico contempla a mata e analisa cada planta, o meliponicultor busca em pedras, árvores, troncos, flores alguma abelha e passa a estuda-la. Assim fez Monsenhor Huberto até o fim de seus dias.

Fioretti de monsenhor

Sem tê-lo conhecido pessoalmente, estive em Mossoró em 1982 e procurei Pe. Huberto Bruening. Um padre acabara de sair da Catedral Santa Luzia e logo imaginei que só poderia ser ele. Magro, alto e sério passava uma primeira impressão de severidade. Logo, porém, se revelava um homem bem humorado, quase incapaz de uma conversa “séria”, pois mudava muito de assunto. Gostava de contar causos.

Devido à seriedade de seu talhe, escutavam-se os causos também com seriedade para, no final, dar uma boa gargalhada por ter sido pego na brincadeira. Lembro-o narrando uma caçada a urubus: eram 50, pousados num fio de luz. Pe. Huberto pegou da espingarda, mirou o meio do primeiro e deu um tiro certeiro que atravessou e matou os 50. Perguntei-lhe se não tinha pena do que fez e respondeu: Eu não. Quem tem pena é urubu.

Era amado e respeitado por todos. Como descendente de alemães, herdou o jeitão de “ouvir muito e falar pouco”, mas não perdia ocasião de ser original. Era por demais zeloso e exigente com relação aos preceitos religiosos. Certo dia, uma senhora altamente maquiada, lábios cobertos de batom vermelho, entrou na fila para receber a hóstia consagrada.

Chegada a vez da carola glamourosa, o vigário saiu de lado e deu a hóstia à pessoa seguinte, e daí por diante. A mulher ficou no aguardo. Depois do último da fila, padre Humberto olhou-a e aconselhou: “Vá para casa, passe água com sal nessa “ferida” e venha. A hóstia sagrada não entra em fornalha!”

Era radicalmente contrário à americanização de nosso vocábulo. Por ocasião de um batizado, indagou do pai o nome da criança. – Washington, respondeu orgulhoso o pai do garoto. Padre Huberto indagou o por quê  daquele nome de origem americana. – É que gosto muito da letra “U”, informou o pai. Monsenhor arrematou:  – Se é por isso, você deveria ter registrado  com o nome de Urubu que tem logo três letras “U”.

Ninguém se ofendia, é claro, pois sabiam que Pe. Humberto, o Monsenhor, queria seu bem, era homem do Sul, galego, alemão, bonitão, tinha futuro e passava a vida entre eles. Não era por dinheiro. Era por amor.

Monselhor em foto nos últimos anos de vida (Reprodução)

Monselhor em foto nos últimos anos de vida (Reprodução)

O descanso final – homenagens

Monsenhor Huberto semeou amizade durante toda a sua vida. E essas amizades não lhe faltaram nos momentos finais da existência. Morreu em Mossoró no dia 29 de agosto de 1995, sem nunca ter lhe faltado a presença de suas “Camilas”, nome pelo qual chamava a todas as senhoras que o ajudavam. Sensibilizado pelo ato de compaixão que via em todas, sempre lhes dizia: “Eu não tenho com que pagar a ninguém, só Deus é que pagará a todas”.

Viveu 81 anos e exerceu o ministério sacerdotal por 57. A comunidade civil e religiosa soube reconhecer-lhe o valor humano, cristão, sacerdotal. Ocupou a Cadeira 5 da Academia Mossoroense de Letras e recebeu o título de “Cidadão Mossoroense”.

Comandou um dos programas radiofônicos mais antigos de Mossoró, que era a “Mensagem de Fé”, inicialmente na Rádio Difusora, passando depois para a Rádio Tapúyo e finalmente à Rádio Rural.

A cidade de Baraúna, desmembrada de Mossoró em 1981, prestou-lhe homenagem e a Prefeitura tomou iniciativa de construir uma estátua, inaugurada no dia 29 de agosto de 1996, quando fazia um ano do sua morte, em reconhecimento pela caridade e o respeito com que o Monsenhor tratara a todos. No ano seguinte, foi a vez de Mossoró prestar a sua homenagem, inaugurando, no dia 29 de agosto de 1997, o “Largo Monsenhor Huberto Bruening”. Ao lado direito da Catedral foi construído um pórtico, com pedestal encimado pelo busto do Monsenhor Huberto. Em placa de bronze afixada no pedestal se pode ler:

“Ao Mons. Huberto Bruening
o carinho e a gratidão da Cidade
e da Diocese de Santa Luzia de Mossoró.
* 30-03-14 – S. Ludgero – SC
+ 29-08-95 – Mossoró – RN.”

Nesse ano Centenário a diocese e a cidade de Mossoró promovem eventos comemorativos, incluindo os 80 anos da diocese. O trabalho de Pe. Huberto Bruening floresceu. A Igreja de Mossoró passou por crises que ele lamentava, mas renasceu. Hoje tem 46 padres! Igreja viva, participativa há nela, e muito, o suor fecundo de Monsenhor. A pequena e pobre cidade de 30 mil habitantes em 1936 hoje é cidade de médio porte no semi-árido, contando com 280 mil habitantes.

Padre José Artulino Besen é bacharel em filosofia, escritor e membro do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina e da Academia Catarinense de Letras

*Texto originalmente publicado no blog do autor (veja AQUI).

Leia também: Só Rindo – Conversa com Huberto Bruening.

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domingo - 17/12/2023 - 09:38h

Lula, Fátima, Congresso e Assembleia Legislativa do RN

Por Ney Lopes

Lula é recepcionada pelo presidente Lula em evento agora à noite (Foto: Reprodução do BCS)

Fátima e Lula em evento nacional do PT, voltado às campanhas em 2024 (Foto: Reprodução do BCS)

Os governos federal e estadual sofreram revezes, no Congresso e na Assembleia Legislativa do RN. O Congresso Nacional derrubou os vetos do presidente Lula ao projeto de lei que estabelece o marco temporal das terras indígenas, assegurando que os indígenas só terão direito ao território em que estavam na promulgação da Constituição, em outubro de 1988.

Também foi rejeitado o veto presidencial ao projeto que prorroga a desoneração da folha de pagamento de 17 setores econômicos e de pequenos municípios, até 2027.

No RN, a Assembleia Legislativa rejeitou a manutenção da alíquota de 20% do ICMS, proposição da governadora Fátima Bezerra. Será o único estado com alíquota reduzida, porque em 2023 foi aprovada Lei que aumentou, provisoriamente, o ICMS de 18% para 20%, com duração até o final deste ano.  Com a rejeição, em 2024 o tributo voltará aos 18%.

O veto é um ato político, caracterizando- se como instrumento pelo qual o chefe do Poder Executivo discorda de projeto de lei já aprovado na Casa Legislativa. A manifestação de discordância não inviabiliza o projeto. Ele volta para a Casa Legislativa, onde será incluído no processo de criação da lei, mantendo ou não o veto.

Na democracia, o Executivo detém o chamado poder “pró ativo”, que consiste na permissão de propor diretamente ao Legislativo medidas de seu interesse (iniciativa de lei). É o processo legislativo, que regula a elaboração, análise e votação dessas propostas.

No caso específico do governo federal, o Congresso Nacional derrubou o veto ao marco temporal para  garantir aos índios o direito de terem a propriedade de  terra por eles ocupadas, até 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição. Deliberação correta. O artigo 121 da Constituição não garante aos indígenas terra que venham a ocupar no futuro, mas somente as terras que tradicionalmente ocupam.

Nenhum país do mundo tem a extensão territorial destinada aos indígenas como o Brasil. São 114 milhões de hectares e querem aumentar para 130 milhões.

O Congresso também derrubou o veto presidencial ao projeto que prorroga a desoneração da folha de pagamento de 17 setores econômicos e de pequenos municípios. Estudos confiáveis demonstram que a desoneração, implementada desde 2011, não gerou os resultados previstos, sobretudo empregos.

As empresas contribuíam com 20% da folha de pagamento para a Previdência e passaram a pagar entre 1% e 4,5%. Antes de prorrogar caberiam duas medidas: demonstração dos benefícios a serem gerados e a exigência de prestação de contas, de agora por diante. Nada disso foi feito..

Quanto a deliberação da Assembleia do RN, reduzindo o valor de ICMS, no mínimo deveria ter sido acompanhada de regras para garantir a transferência ao consumidor da margem de redução sobre o preço do produto. Isso evitaria o ônus de “despir um santo para vestir outro”.

Ney Lopes é jornalista, advogado e ex-deputado federal

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domingo - 17/12/2023 - 08:44h

A ética do preso

Por Marcelo Alves

Reprodução do livro de Dostoiévski

Reprodução do livro de Dostoiévski

Nunca esqueci a observação de Nilo Batista, em prefácio ao livro “Literatura e direito: uma outra leitura do mundo das leis” (de Eliane Botelho Junqueira, Letra Capital, 1998): “o relato literário, muitas vezes integrado pela experiência do autor, quando não explicitamente autobiográfico, não é menos elucidativo do que a objetiva descrição técnica do mesmo fato, processo ou instituição; através de Dostoiévski (Recordações da Casa dos Mortos) aprende-se sobre a penitenciária não menos que através de John Howard (O Estado das Prisões) e sua descendência. Um diretor de presídio brasileiro que tenha lido, por exemplo, representantes da nossa literatura como Graciliano Ramos (Memórias do Cárcere), Plínio Marcos (Barrela) e Assis Brasil (Os que Bebem como os Cães) compreenderá melhor o que está fazendo”.

Peguemos o exemplo de Dostoiévski (1821-1881), que, acusado de conspirar contra o Czar Nicolau I, foi, em 1849, condenado à morte. Apenas momentos antes da ordem de fuzilamento, a pena foi anunciada como comutada para prisão com trabalhos forçados (o próprio Czar exigira a encenação da falsa execução). Dostoiévski, então, foi levado à Sibéria. Quatro anos de prisão e dez anos de exílio nesse fim de mundo. Esse padecimento – a partir da sua experiência numa prisão decadente, suja e intransponível – foi narrado pelo autor em “Recordações (ou Memórias) da Casa dos Mortos”, talvez como ninguém mais na literatura universal.

De 1862, “Recordações da Casa dos Mortos”, construído a partir de uma coleção de fatos e eventos relacionados à vida nas prisões da Sibéria, é um romance, é vero. Mas só um gênio que passou por esse “sofrimento inenarrável”, que ali esteve “sepultado vivo”, para usar de expressões do próprio Dostoiévski, seria capaz de descrever as condições de vida e a personalidade daqueles que são condenados, culpados ou não, a viver ou morrer nessas condições. O momento da prisão em si, a solidão do cárcere ou a promiscuidade com delinquentes perigosos, tudo isso é terrível, sobretudo para homens de caráter e de sentimento, como Dostoiévski.

Esse tipo de experiência e de posterior narrativa não é uma exclusividade do grande romancista russo. Oscar Wilde (1854-1900) também pôs a angústia e o sofrimento no papel, retratando a realidade nas masmorras. A partir das idas e vindas de uma acusação pelo “crime” de homossexualismo, Wilde foi bater na prisão de Reading, cidade no sudeste da Inglaterra, que se torna o cenário de sua “Balada do Cárcere de Reading” (1898). A “Ballad” tem como ponto de partida a execução de um tal Charles Wooldridge, acontecida em 1896, quando Wilde estava ali encarcerado. Wooldridge, um militar, foi condenado à morte por haver assassinado a própria mulher. O enforcado tinha 30 anos quando cumprida a sentença.

Para além do testemunho, Wilde amplia o sentido da sua narrativa, para simbolizar a situação de todos os prisioneiros, mas não para criticar a justiça das decisões que os condenaram, e sim para mostrar, como “advogado” de uma reforma penal, a brutalização da punição do condenado à morte e de todos aqueles ali aprisionados e esquecidos. O verso autoaplicável “cada homem mata as coisas que ama” restou célebre.

Aliás, ainda em Reading Gaol, Wilde escreveu uma longuíssima carta ao seu amante, o Bosie. Nela, ele relembra o caso de amor e suas experiências de condenado. O tom é de lamento e ataque. Em 1905, foi publicada uma versão reduzida dessa carta. Em 1949, uma versão com partes inéditas. E, em 1962, a versão original revisada. A missiva restou conhecida com o título “De Profundis”.

Mas talvez tenha sido Victor Hugo (1802-1885) quem mais tenha feito em prol daqueles que eram – ainda o são – tratados como bestas humanas. Em “O último dia de um condenado” (1829), Hugo, sob os pontos de vista filosófico, sociológico, psicológico e jurídico, nos apresenta o diário de um condenado à morte, anônimo, que não é herói nem vilão, nas 24 horas anteriores a sua execução.

Mas como se julga o ato do homem (ou do seu agrupamento em forma de Estado) que decide e impõe a morte a um outro homem? É o que procura fazer o autor. É o que os franceses chamam de “roman à thèse”. Libelo contra a pena de morte, tema tão importante para o direito (e aqui já deixo minha assertiva oposição à pena capital imposta pelo Estado). É verdade que a pena de morte, depois de muita luta, está hoje abolida na grande maioria dos países ditos “civilizados”.

Mas, com Hugo e seu livro, na França e por onde a sua literatura se irradia, a luta pela abolição atingiu consciências e sensibilidades. Poucos fizeram tanto para abolir a “maldita” como o reformista/ativista Victor Hugo.

Agradecemos!

Marcelo Alves Dias de Souza é procurador Regional da República e doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL

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domingo - 17/12/2023 - 05:34h

Patinho Feio

Por Marcos Ferreira

Ilustração web

Ilustração web

Após esses anos todos, ignorando certas coisas com que a vida nos atinge, talvez uma ou outra pessoa (generosamente) diga que pareço mais bonito que meus oito irmãos. Destaco que já fomos onze. Dois morreram quando crianças. Assim, frisando essa questão numérica, preciso informar que, nos dias atuais, somos seis homens e três mulheres.

Nasci dois anos antes que os outros. Sou de 1970, completarei, se tudo der certo, cinquenta e quatro no dia 10 de abril. Superando os marmanjos, pois, agora eu seria o bonitinho. Ou o menos feio, classificação que me parece melhor.

Durante a nossa juventude, na época das primeiras namoradinhas, a vantagem no quesito beleza daqueles filhos do sapateiro Vicente e da dona de casa Marilda saltava aos olhos. Bem-apessoados, embora com uma parcela de timidez, não lhes faltavam pretendentes. Eu, porém, ainda mais tímido e sem determinados atrativos físicos, demorei um pouco até ser descoberto por uns belos olhos verdes na minha rua.

Como um cavalheiro não possui memória, não posso lhes revelar o nome da moça, que se tornou uma arquiteta bastante requisitada, foi embora para Santa Catarina e contraiu matrimônio com uma igualmente bonita mulher do universo judiciário.

É claro que ninguém avança na idade, ultrapassando os quarenta, cinquenta, sessenta anos, imune à ação do tempo. Não é possível negociar com o calendário. Desconfio, todavia, que alguns indivíduos fazem uso de um formol de efeito poderoso e chegam até mesmo aos setenta com feições ainda admiráveis. Isso pode ser observado tanto no sexo masculino quanto no feminino. Como exemplo feminino, hoje quero mencionar uma senhora que já ultrapassou os setenta anos e continua incrivelmente linda: Bruna Lombardi. Bruna nasceu no dia primeiro de agosto de 1952.

No meu caso e dos meus irmãos, algo fácil de perceber, estamos a anos-luz do superman Henry Cavill, tipo inserido num padrão de beleza praticamente consensual. De qualquer maneira, quanto àqueles rostinhos outrora bonitos dos meus irmãos, é possível que o transcorrer destas últimas cinco décadas não tenha sido tão severo comigo. Dito isto, modéstia à parte, não me considero um patinho feio. Torço apenas que nenhum deles se depare com esta crônica de viés narcisístico.

Marcos Ferreira é escritor

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domingo - 17/12/2023 - 00:56h
Comunicação

TCM faz 21 anos com lançamento de livro e show

Evento reunião diretores, funcionários e convidados (Foto: BCS)

Evento reuniu diretores, funcionários e convidados (Foto: BCS)

No Requinte Buffet em Mossoró, à noite desse sábado (16), o Grupo TCM fez festa dos 21 anos da TV Cabo Mossoró (TCM Telecom), Canal 10.

O evento marcou também o lançamento da trilogia do livro “Déjà vu,” de Milton Marques de Medeiros (in memoriam).

Na sequência, houve show de poesia e causos com Jessier Quirino.

Evento reuniu diretores, funcionários e convidados com transmissão em várias plataformas do grupo.

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sábado - 16/12/2023 - 23:46h

Pensando bem…

“Sonho não tem preço, mas tem muito valor.”

Bráulio Bessa

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sábado - 16/12/2023 - 23:32h
Sistema elétrico

Escola estadual fica sem aulas; estudantes fazem protesto

Do Blog Carol Ribeiro

Alunos fizeram protesto e prometem nova movimentação para segunda-feira (Foto: BCR)

Alunos fizeram protesto e prometem nova movimentação para segunda-feira (Foto: BCR)

Alunos da Escola Estadual Professora Maria Stella, no bairro Planalto 13 de Maio, em Mossoró, fizeram uma manifestação, nesta sexta-feira (15), para reivindicar melhores condições estruturais no prédio da unidade educacional.

Segundo a vice-presidente do grêmio estudantil, Maria Eduarda, a estrutura elétrica da escola não suporta a carga do prédio. Há dois dias, mais um curto-circuito interrompeu as aulas.

“Infelizmente, sofremos com o abandono por meio do governo da professora Fátima Bezerra (PT), e estamos sendo impedidos de assistir aula, por conta da realidade elétrica atual”, afirmou ao Blog Carol Ribeiro.

Na próxima segunda-feira (18), uma nova passeata será realizada em frente à Diretoria Regional de Educação e Cultura do RN (DIREC).

Os vereadores Marleide Cunha (PT), Lucas das Malhas (MDB) e Paulo Igo (Solidariedade) participaram da manifestação ao lado dos estudantes.

Nota do BCS – Segundo publica o Blog do Saulo Vale, “O Governo do Estado, através do coordenador pedagógico da 12ª Direc, Mauro Marciel, informou na sexta-feira (15) que os serviços estruturais da Escola Estadual Professora Maria Stella, localizada no conjunto Planalto 13 de Maio, em Mossoró, serão iniciados na próxima segunda-feira (18).” Existem recursos

Outros serviços de maior porte, segundo Mauro, serão realizados na escola dentro do programa do governo Nova Escola Potiguar já constando dentro da programação.

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sábado - 16/12/2023 - 22:44h
Futebol

Baraúnas faz festa para apresentar elenco à temporada 2024

Jogo foi decidido no final da partida, num clássico bastante movimentado (Foto: Cézar Alves)

Baraúnas (camisas tricolores) em jogo contra o Potiguar em 2017 (Foto: Cézar Alves/Arquivo)

O Baraúnas vai realizar a apresentação oficial da base do seu elenco para a temporada 2024, nesse domingo (17). Será às 11h no Catamaran Espaço, Lazer e Eventos, Nova Betânia.

O tricolor do 12 Anos retornará em 2024 à Primeira Divisão do Campeonato Estadual do RN. Classificou-se este ano (veja AQUI).

O clube foi rebaixado em 2018 e tem em seu currículo um título estadual, conquistado em 2006.

Além dos jogadores, a diretoria vai apresentar o técnico Marcelinho Paraíba – ex-atleta de futebol com passagem pelo futebol europeu.

Outra atração é o cantor e compositor André da Matta, que vai se apresentar para a torcida do Leão.

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sábado - 16/12/2023 - 21:48h
Mossoró

Entidade cultural é contra “desomenagem” para lembrar padre Sátiro

Presidente da ACJUS mostra posição firme da entidade (Foto: Redes sociais)

Presidente da ACJUS mostra posição firme da entidade (Foto: Redes sociais)

A Academia de Ciências Jurídicas e Sociais de Mossoró (ACJUS) opina de forma contrária à tramitação e aprovação do projeto 513/2023 – de iniciativa do deputado Ivanilson Oliveira (União Brasil), que altera o nome do Campus Central da Universidade do Estado do RN (UERN), localizado em Mossoró. Pela proposição, sairia o nome “Prefeito Raimundo Soares de Sousa, para se fixar “Padre Sátiro Cavalcanti Dantas.”

Em nota, assinada pelo advogado e seu presidente, Wellington Barreto, a ACJUS afirma: “Não foi feliz o citado deputado.  Não se faz justa essa homenagem e desomenagem. Nesse sentido, sugerimos a retirada de tramitação desse projeto de Lei, mantendo-se a já consolidada homenagem ao inolvidável Raimundo Soares de Sousa, por ser justa e perfeita, bem como  dentro dos  termos históricos da nossa cidade.”

Assinala, na mesma nota, que “o acadêmico e Padre Sátiro Cavalcanti Dantas, nosso sócio fundador, primeiro ocupante e patrono da cadeira 28, patrono da nossa biblioteca e da medalha do mérito educacional, merece todas as honras, glórias e homenagens extras, no entanto, não podemos ‘desomenagear’ um dos maiores prefeitos da história constitucional do município de  Mossoró.”

Nota do BCS – A ACJUS está certíssima na ponderação. Existe precipitação no sentido de se homenagear o professor e religioso Sátiro Dantas, falecido há poucos dias (veja AQUI). Nesse caso específico, uma desonrosa desomenagem contra Raimundo Soares de Sousa, que Sátiro abominaria com todas as letras.

Um pouco antes, já se apresentou proposta na Câmara Municipal para transformação da Avenida Diocesana, em Mossoró, em “Avenida Diocesana Padre Sátiro Cavalcanti Dantas.” Quem a chamará assim, caso realmente ocorra a mudança? É como a “Arena das Dunas Marinho Chagas.” Quase ninguém sabe ou proclama esse batismo.

Por que não colocar o nome do grande Sátiro no Anel Viário que vai unir as BR-304 e 110? Mas, sobretudo, por que não nos empenhamos para manter viva sua memória através das obras que deixou, que são tantas? Quem bem lembrou e defendeu essa tese foi o advogado, professor e colaborador deste Nosso Blog, Marcos Araújo (veja AQUI).

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sábado - 16/12/2023 - 20:22h
Cuide-se

Registros de Covid-19 estão novamente se avolumando

Testagem será por amostragem (Foto ilustrativa)

Vìrus tem surgido com sintomas leves (Foto ilustrativa)

Estão se avolumando os registros de Covid-19 em Mossoró e região.

Até aqui, a enorme maioria aparece com sintomas leves, como uma gripe.

Mas, que preocupa, preocupa.

Com esse frisson de encontros para confraternização em fim de ano, o vírus deve fazer sua festa em particular.

Cuide-se.

Nota do BCS – Segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde Pública (SESAP/RN), entre o dia 10 de dezembro e essa sexta-feira (15), já foram registrados 407 casos novos no RN. O último óbito foi dia 2 deste mês.

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sábado - 16/12/2023 - 08:34h
Brasília

Reforma Tributária é aprovada; veja os principais pontos

Seis dos oito deputados federais do RN votaram a favor na na Câmara dos Deputados

O Globo e outras fontes

Editoria de Arte de O Globo

Editoria de Arte de O Globo

A Câmara dos Deputados aprovou a Reforma Tributária em dois turnos, nesta sexta-feira (15). O texto já havia sido aprovado pela Senado e pela própria Câmara, e voltou para análise dos deputados.

As discussões se arrastavam desde a década de 1960 no Congresso e a expectativa do governo é que o texto seja promulgado ainda este ano.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) vai mudar toda a sistemática da cobrança de impostos no Brasil. O objetivo é simplificar a tributação para as empresas e para todos os brasileiros, facilitando o crescimento econômico do país.

No primeiro turno, a proposta foi aprovada por 371 votos a favor, 121 contra e três abstenções. Já no segundo turno, o placar foi de 365 votos a favor, 118 contra e uma abstenção. Eram necessários 308 votos.

RN

O comportamento da bancada federal do RN, na votação na Câmara dos Deputados, foi de majoritário apoio à PEC. Apenas Sargento Gonçalves (PL) e General Girão (PL) opuseram-se à matéria. João Maia (PP), Fernando Mineiro (PT), Natália Bonavides (PT), Benes Leocádio (Republicanos), Robinson Faria (PL) e Paulinho Freire (UB) votaram “sim.”

Esta é só a primeira parte da reforma, que trata dos impostos cobrados sobre o consumo. A tributação da renda será objeto de uma segunda etapa da reforma.

Como na maior parte dos países, o Brasil terá um Imposto sobre Valor Agregado, o IVA, em vez de vários impostos como é hoje. Mas teremos uma particularidade, que foi chamada de IVA dual, pois ele será divido em dois, com responsabilidades diferentes na arrecadação.

No âmbito federal, PIS, Cofins e IPI serão reunidos na Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS). Esse é o IVA federal. O ICMS, estadual, e ISS, municipal, serão reunidos no Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). Esse é o IVA estadual.

A unificação desses impostos vai seguir o seguinte calendário:

  • Em 2026: Começa a unificação dos impostos. Será aplicada uma alíquota única de teste. Essa alíquota será de 0,9% para o IVA federal, que poderá ser abatida dos atuais PIS e Cofins. E de 0,1% para o IVA estadual, abatido do ICMS e do ISS.
  • Em 2027: Entra em vigor por completo a nova CBS. PIS e Cofins são extintos. E as alíquotas do IPI serão zeradas, com exceção dos produtos que impactam a Zona Franca de Manaus.
  • Em 2028: Último ano de vigência dos atuais impostos estaduais e municipais, antes de serem unificados no novo IBS.
  • Entre 2029 e 2032: A partir de 2029, as alíquotas de ICMS e ISS começam a cair gradativamente até que, em 2033, o novo IBS estará permanentemente implementado no lugar.

Reforma tributária - unificação dos tributos 1 -Reforma tributária - unificação dos tributos 2A tributação será simplificada. Não haverá mais distinção entre produtos e serviços: o CBS e o IBS terão uma mesma alíquota em todo o país e vão incidir no consumo.

Além disso, serão gerados créditos tributários ao longo da cadeia produtiva para não haver incidência em cascata, ou seja, imposto cobrado sobre imposto.

O IVA dual terá uma alíquota única como regra geral. Porém, alguns setores terão redução de 60% nesta alíquota. Para outros segmentos, a alíquota será zerada.

O texto da PEC não indica quais serão as alíquotas definitivas de cada um dos impostos. Isso será definido depois, via lei complementar, a vai depender de cálculos feitos pelo Ministério da Fazenda.

Alíquotas reduzida em 60%

Terão alíquota reduzida as seguintes atividades:

  • Serviços de educação;
  • Serviços de saúde;
  • Medicamentos
  • Dispositivos médicos e de acessibilidade para pessoas com deficiência;
  • Medicamentos e produtos de cuidados básicos à saúde menstrual;
  • Serviços de transporte coletivo de passageiros de caráter urbano, semiurbano e metropolitano;
  • Produtos agropecuários, pesqueiros, florestais e extrativistas vegetais in natura;
  • Insumos agropecuários, alimentos destinados ao consumo humano produtos de higiene pessoal e limpeza majoritariamente consumidos por famílias de baixa renda;
  • Produções artísticas, culturais, jornalísticas e audiovisuais nacionais e atividades desportivas e comunicação institucional;
  • Atividades artísticas e culturais nacionais;

Pagarão imposto seletivo (alíquota maior)

  • Cigarros
  • Bebidas alcoólicas
  • Produtos prejudiciais ao meio ambiente
  • Produtos prejudiciais à saúde
  • Não incidira sobre Energia Elétrica e Telecomunicações
  • Poderá incidir sobre armas e munições, exceto quando destinadas à administração pública

Possíveis isenções (alíquota zerada)

A reforma estabelece que uma lei complementar definirá hipóteses em que poderão ser concedidas reduções de 100% da alíquota, ou seja, ter o imposto zerado, para:

  • Dispositivos médicos e de acessibilidade para pessoas com deficiência;
  • Medicamentos e produtos de cuidados básicos à saúde menstrual;
  • Produtos hortícolas, frutas e ovos;
  • Serviços de educação superior no âmbito do Prouni;
  • Produtores rurais sob certas condições.

Regimes diferenciados (com tratamento posterior)

  • combustíveis e lubrificantes;
  • serviços financeiros, operações com bens imóveis, planos de assistência à saúde;
  • sociedades cooperativas, que será optativo, com vistas a assegurar sua competitividade;
  • serviços de hotelaria, parques de diversão e parques temáticos, agências de viagens e de turismo, bares e restaurantes, atividade esportiva desenvolvida por Sociedade Anônima do Futebol e aviação regional;
  • operações alcançadas por tratado ou convenção internacional;
  • serviços de transporte coletivo de passageiros rodoviário intermunicipal e interestadual, ferroviário, hidroviário e aéreo;
  • operações que envolvam a disponibilização da estrutura compartilhada dos serviços de telecomunicações.

     Mais detalhes clicando AQUI.

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Categoria(s): Política
  • Tropical Foods - Nayara Souza -
sábado - 16/12/2023 - 04:54h

Pensando bem…

“A dúvida é a antessala do conhecimento.”

Provérbio Chinês

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Categoria(s): Pensando bem...
sexta-feira - 15/12/2023 - 19:40h
Demanda

Construção civil importa mão de obra

Obras acontecem em várias frentes (Foto: Web ilustrativa)

Obras acontecem em várias frentes (Foto: Web ilustrativa)

O segmento da construção civil em Mossoró e região está importando mão de obra de outras cidades.

Existem empresas recrutando gente até mesmo na capital do estado.

O lastro de obras públicas e privadas e empreendimentos condominiais exigem cada dia mais um pessoal qualificado, além de numeroso.

Mesmo com empenho em preparar trabalhadores, empresas não conseguem suprir necessidades das obras à mão e outros lançamentos.

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Categoria(s): Economia / Gerais
  • Art&C - Institucional - 25 Anos - Segundo Banner - 04-06-2026
sexta-feira - 15/12/2023 - 17:22h
Alerta

Nome do padre Flávio Augusto é usado em tentativa de golpe

Tentativa de golpe pelo WhatsApp com nome do padre FLávio Augusto Forte Melo - 15-12-2023O nome do padre Flávio Augusto Forte Melo, pároco da Catedral de Santa Luzia em Mossoró, está sendo utilizado para tentativa de golpes financeiros.

Um número estranho e a foto dele estão sendo usados para pedir dinheiro a amigos e pessoas próximas.

O número utilizado nessa situação – que não pertence a padre Flávio – é o (84) 9 9603 9546. Aparece na rede social WhatsApp.

Quem for abordado com esse número deve bloquear de imediato o contato e, se possível, comunicar à Polícia Civil.

O alerta é feito pela Pastoral de Comunicação (PASCOM) da Paróquia de Santa Luzia de Mossoró.

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Categoria(s): Gerais
sexta-feira - 15/12/2023 - 16:08h
Segunda-feira, 18

Câmara sedia evento em comemoração aos 80 anos do Sindilojas

Marcelo Queiroz e Michelson Frota tratam de eventos comemorativos (Foto: arquivo)

Marcelo Queiroz e Michelson Frota farão parte de sessão na Câmara de Mossoró (Foto: arquivo)

A Câmara Municipal de Mossoró vai sediar evento de comemoração aos 80 anos de fundação do Sindicato do Comércio Varejista de Mossoró (SINDILOJAS Mossoró). Será Segunda-feira (18), às 9 horas.

Dezoito personalidades que contribuem e contribuíram com o desenvolvimento socioeconômico de Mossoró e do Rio Grande de Norte serão homenageados com menções honrosas da Câmara Municipal.

O presidente da entidade, Michelson Frota, e o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do RN (FECOMÉRCIO/RN), Marcelo Queiroz, participarão da solenidade.

O evento será transmitido ao vivo pela TV Câmara Mossoró (canal 23.2 TCM) e pelo site www.mossoro.rn.leg.br .

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