Entre um gole e outro, lembranças de tempos idos. E vividos.
Nas areias da praia de Tibau, o menino brincava. Feliz.
Hoje, já adulto, caminha na beira do mar. Vê vários condomínios. Chiques. Velhas casas ainda resistem ao tempo; a modernidade.
O menino traz no coração lembranças e saudades. De tomar banho no mar e jogar bola. De ficar tostado pelo sol.
Pra quê tanta pressa? “É doce morrer no mar, nas ondas verdes do mar”, diria Caymmi. Devagar e sempre.
O menino-adulto sente o vento bater no rosto e o cheiro da maresia.
O cheiro da saudade.
Odemirton Filho é bacharel em Direito e oficial de justiça.
Literatura é isso. Síntese.