Toda pesquisa é manipulável, mas nem toda pesquisa é manipulada. Essa sentença não é tão-somente um jogo de palavras, uma gangorra semântica.
Manipulável significa aquilo que se manipula, se altera; manipulada é a que foi alterada. FIligranas, mas que revelam enormes diferenças.
No Brasil, pesquisa deixou de ser objeto de aferição para se transformar em ferramenta de indução. Isso parece mais do que óbvio. Mesmo assim é hoje imprescindível em qualquer luta eleitoral.
Toda campanha eleitoral no Brasil e no Rio Grande do Norte, nós não escapamos do mesmo lengalenga. As pesquisas ganham notoriedade e o topo dos debates, até porque ajudam a encobrir a ausência de ideias e a pobreza de propostas.
São escapismos, atalhos.
Viraram lugares-comuns.
Respeito pesquisas e confio nas urnas. Faz mais de 20 anos que trabalho nisso de forma direta ou indireta. É normal o passionalismo, mas o bom senso deve imperar, para impedir que a mera discussão ganhe forma de hostilidade.
O que ouço, vejo, independentemente de pesquisa, é uma acomodação natural de intenções de voto na disputa. Nada decidido. São variações da própria dinâmica da disputa, num movimento que as sondagens têm o poder de detectar.
Com ou sem pesquisa, em 3 de outubro as urnas vão parir um resultado para agradar uns e desagradar outros. Sempre é assim.
Pesquisa não é oráculo. É pesquisa. Urna não julga. É urna.
Estamos aprendendo a caminhar e a construir o que muitos pensam ser uma democracia. O caminhar tem tropeços inevitáveis. Essa arenga em torno de nomes, siglas, números e interesses inconfessáveis é apenas parte do enredo que ajudamos a escrever.
É preciso, antes mesmo de produzirmos inimizades, insultarmos outrem ou julgarmos o trabalho alheio, uma compreensão mínima quanto ao que é pesquisa.
Pesquisa não faz previsão. Ela detecta intenção. E intenção é produto abstrato, volátil e mutável. O que é hoje, pode não ser amanhã.
Para detectar eventual doença num ser humano, não é preciso que sejam coletados dois litros de sangue do seu organismo. Uma gosta é o suficiente. Pesquisa é por aí. Não a confunda com um senso demográfico.
De resto, tenha certeza: você pode até ter dúvidas, queixas e repulsas a pesquisas, mas seu candidato sabe bem sua força e o que elas representam.
Pense nisso.
ROSALBA QUE SE CUIDE PORQUE EM MOSSORÓ ELA TEM UMA ALIADA NADA CONVINCENTE. UM VERDADEIRO DESASTRE ADMINISTRATIVO!FAFÁ ROSADO E SUA TRUPE. QUER CABO ELEITORAL PIOR????????? SE CUIDA SENADORA!
Carlos Santos,
Belo texto. Racional e real.
Parabéns,… Parabéns também pelo momento do FLU.
Um abraço, Alcindo Júnior.
Existe um ditado no meio político que é o seguinte: “se você quer uma boa pesquisa, contrate um bom instituto; se você quer um bom resultado contrate a Vox Populi ou a Sensus”.
A DATAFOLHA É INCRÍVEL, na entre linhas das suas pesquisas ela mostra a vitória de DILMA, é só ver quando a escolha da intenção de é voto espontânea, quando a DATAFHOLA não cita os nomes dos candidatos, Dilma Rousseff fica 21% das e Serra para 16%.