Entretanto não é coerente, apesar de normal que ocorra, se avaliar pesquisa de um instituto em comparativo com outro. É válido, mas não sensato.
Vox Populi, Start, Gama, Ibope, Certus… enfim, divulgaram sondagens registradas, que em tese aferem o cenário das disputas ao Governo, Senado e Presidência da República. Cada um com seu método próprio, além de números em particular.
Nos EUA, algumas grandes cadeias de TV fazem comparativos com uso de conceito de média entre pesquisas dos vários institutos. É o comum por lá. Seus editores compilam dados, cruzam informações e com o auxílio de estatísticos, passam aos telespectadores uma síntese desse apanhado.
Assim reduzem sobremodo os vácuos e oscilações, que costumam tumultuar o entendimento das intenções de voto.
A Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP) tem discutido a questão da credibilidade do trabalho de suas associadas. Esse modelo que ganha corpo nos Estados Unidos também vem sendo debatido.
No Brasil, continuamos assistindo a contratação de pesquisas que muitas vezes são pagas por patrocinadores, que apenas ocupam espaço à divulgação em jornal, TV ou conglomerados de comunicaçãos. Não faltam ainda casos de financiamento camuflado, com dinheiro vindo de partidos e candidatos.
Vale lembrar, que a divulgação de pesquisa fraudulenta é crime. No Brasil, é punível com detenção de seis meses a um ano, além de multa que varia de 53.200 reais a 106.400 reais.
Existe uma música que diz: “Você viu cabeção por aí? Eu, não! Eu não vi não!” Vocês já viram alguém ser punido porque fraudou uma pesquisa eleitoral? Eu, não! Eu não vi não!