Paradoxalmente, no dia em que se comemora suposta soberania nacional e liberdade de um povo, o "7 de Setembro", Mossoró dá lição inversa. Um retrocesso.
O desfile cívico na Avenida Alberto Maranhão, marcado para as 7h, só teve fluxo de militares. Estudantes – que iriam fazer o mesmo percurso – foram proibidos de desfilar.
A ordem partiu do palanque oficial, em que se situava a prefeita Fátima Rosado (DEM), seu marido-deputado estadual Leonardo Nogueira (DEM), além de outras autoridades. O locutor-cerimonialista anunciou o encerramento precoce.
Alardeou que incidentes comprometiam a segurança. Chegou a afirmar que existiam pessoas armadas.
Protesto do movimento "Marcha dos Excluídos" e de servidores municipais em greve levaram a Polícia Militar a intervir. Denuncia-se até o uso de spray de pimenta contra as mobilizações organizadas.
Antes mesmo do anúncio, a prefeita foi recomendada a sair do palanque, se esgueirando, para fugir da pressão. Seu irmão e prefeito de fato, Gustavo Rosado, saiu a puxando pelo braço como se fosse uma marionete. A cena causou constrangimento em vários circunstantes.
Do outro lado do leito da avenida, podiam ser vistos manifestantes utilizando faixas, palavras de ordem e até camisas pretas. Revelavam luto e indignação contra o Governo "Da Gente" (deles).
Em meio à população, a medida provocou um misto de revolta e apreensão: muitos pais que aguardavam a passagem de seus filhos resmungavam, outros corriam para a concentração, temendo a integridade física deles.
Depois volto com mais informações quentíssimas de bastidores.























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