• Repet - material para campanha eleitoral - 16 de maio de 2024
quinta-feira - 13/03/2008 - 02:58h

Poder e partilha em Areia Branca

De 26 de fevereiro último até a terça, 11, portanto 14 dias, Areia Branca viveu um intenso movimento político. Mas quase nada chegou ao conhecimento da maioria da população.

Os principais acontecimentos ocorreram a milhares de quilômetros de distância.

Reuniões, abordagens telefônicas e diferentes formas de contatos foram definindo outra tessitura e estilo para o novo governo de Manoel Cunha Neto, o "Souza" (PP), que retorna à prefeitura. A partir de Brasília, onde recebeu decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), dia 26, o recolocando no cargo, Souza foi à luta. Desencadeou uma rápida operação para quebrar arestas e evitar dispersões.

Ele sabia que estava em jogo, a necessidade de tornar menos acidentada a conclusão do mandato e viabilizar o projeto de reeleição. Nesse emaranhado de interesses, mágoas, conflitos de idéias e instabilidade emocional, foi possível fechar a equipe de governo, além de bases à reunificação do governismo.

Tudo indica, pelo menos por enquanto, que a emulsão utilizada é eficiente.

Souza foi empossado nessa quarta (12), com secretariado formado e o alto comando do que se denomina como "Unidade Popular", fechado em torno de si. Um resultado prático que impressiona, em face da agilidade e pragmatismo à sua definição.

O exílio forçado deu a Souza a oportunidade para refletir sobre erros e acertos. Ele tem tudo à mão, mais do que no início da gestão em 1o de janeiro de 2005, para evitar novo extravio de esperanças e estancar o êxodo de aliados significativos.

A escalação do secretariado, em que aparecem nomes como de Verônica Bruno (Ação Social), Luana Bruno (Saúde) e Núbia Melo (Gabinete Civil), respectivamente mulher, filha e fiel escudeira do ex-prefeito Bruno Filho (PMDB), é a prova de que Souza reagrupou seu sistema. Cortou a própria carne para isso.

Ninguém poderá acusá-lo, a partir daí, de intolerância e centralismo. Entre membros do primeiro escalão, por exemplo, não quis nenhum familiar direto. Para bom entendedor…

Até o final da gestão, passando pela campanha sucessória, será a vez dos aliados fazerem sua parte. Do contrário, outra vez o poder ficará à deriva. Mandam os mais espertos. Cenário perfeito para conspirações, perfídias e a solidão do homem e seu destino fugaz.

Um líder não transfere poder. Delega tarefas. Decide, mesmo que erradamente. Tem sido assim desde os primórdios da civilização.

Compartilhe:
Categoria(s): Blog

Comentários

  1. os bastidores da costa branca diz:

    Uma análise notável do cenário político de Areia Branca. Mostra a capacidade do grande jornalista que, não somente é bem informado, mas tem o dom de interpretar a realidade. Parabéns. Por essas e outras é mantenho-me “fã” deste blog.

  2. Hugu diz:

    Só gostaria de saber quem vai pagar os fornecedores sobre tudo os serviços de publicidade.carnaval 2007 – e carnaval 2008.o de 2007 era o Sousa e de 2008 era Beguinho. As rádios e os jornais de Mossoró não receberam nada ainda.

    Ser inimigo da imprensa em ano de campanha não é bom .

    Um abraço

  3. Eduardo Neto diz:

    Sei que não posso afirmar precocemente que esta minireforma é de uma sabedoria incalculável (não apenas para o Souza mas sim para toda a cidade de Areia Branca), mas posso antecipar que as secretarias, bem como a chefe de gabinete nesta mátéria referida são de uma competência enorme, já que vimos o excelente trabalho feito por elas e pelo ex-prefeito Bruno no mandato que precedeu o atual (o de Souza). Através deste, externo meus sinceros votos de felicitações ao Prefeito Souza e a sua equipe. Esperamos ver Areia Branca crescendo novamente e não mais regredir.

Faça um Comentário

*


Current day month ye@r *

Home | Quem Somos | Regras | Opinião | Especial | Favoritos | Histórico | Fale Conosco
© Copyright 2011 - 2024. Todos os Direitos Reservados.