Por Inácio Augusto de Almeida
Quem não já ouviu a expressão BRASILEIRO, PROFISSÃO ESPERANÇA?
Esta frase é do cronista Antônio Maria, que além de cronista era jornalista, locutor esportivo, compositor e boêmio.
De Antônio Maria temos MANHÂ DE CARNAVAL, VALSA DE UMA CIDADE, SUAS MÃOS e inúmeros outros sucessos, gravados por Maysa, Nora Ney, Miltinho, Roberto Carlos, Júlio Iglesias e centenas de cantores famosos.
Falar das crônicas de Antônio Maria é desnecessário.
NINGUÉM ME AMA, sua composição de maior sucesso, nasceu num momento que o poeta/cronista sentia-se deprimido e cansado da vida. Antônio Maria tinha deixado Fortaleza e tentava o Rio de Janeiro. Sobrevivia como jornalista. Para ganhar um larjan, como gostava de dizer, passou a escrever uma crônica diária para o jornal. Sucesso tão grande que a tiragem do jornal aumentou, já que as crônicas atraíram uma legião de leitores, jovens na sua maioria, que não liam jornal, mas encantados com a forma simples como o cronista dizia as verdades da vida, sem uso de textos rebuscados, passaram a leitores cativos.
Num destes dias em que o amargo da vida era mais forte, alguém lhe perguntou o nome e a profissão. Antônio, sem pensar, disse:
Antônio Maria,
Brasileiro, profissão esperança.
E assim nasceu o BRASILEIRO, PROFISSÃO ESPERANÇA.
Nestas três palavras o poeta/cronista definiu a nossa alma.
O que nós, brasileiros, somos sem esperança?
Mesmo sabendo de mais um ano de seca o nordestino planta cheio de esperança. Por mais que a realidade grite que não, o brasileiro, animado pela esperança, sua verdadeira profissão, insiste e persiste.
Sabedor de toda injustiça social, o brasileiro, cheio de esperança, sua verdadeira profissão, acredita em mudanças, mesmo que a realidade grite que tudo continuará na mesmice de sempre.
Ter esperança é continuar mesmo quando tudo grita para desistir. É não abandonar a caminhada, por mais tirana que seja a estrada.
Ter esperança é muito diferente de ser otimista.
Otimista soma os fatores com os quais contará para alcançar o objetivo.
Antônio Maria não disse BRASILEIRO, PROFISSÃO OTIMISTA.
Poucos cronistas souberam tão bem usar as palavras como Antônio Maria.
Os otimistas conseguem realizações vistas por muitos como impossíveis.
Os brasileiros, profissão esperança, vão além.
Ir em cima de um caminhão, em busca de numa terra distante encontrar uma oportunidade, não é coisa de otimista.
Acreditar no triunfo do bem contra o mal num sistema corrompido, não é coisa de otimista.
A lamentar que muitos confundam esperança com loucura.
Muito obrigado, Antônio Maria.
Inácio Augusto de Almeida é escrito e Jornalista
Entre os homens de esperança,
Maria está bem no centro…
Já Inácio não se cansa
De indagar pelo coentro.
Kkkk boa Marcos.
CADEO COENTRO LAWRENCE!
Pelo COENTRO, pelo desarquivamento de investigações de arrastões e por cobranças de taxas abusivas pela CAIXA ECONÔMICA FEDERAL.
Pena que em Mossoró o medo prevaleça e quase todos aceitem tudo caladinhos.
Nem da demora do julgamento de recursos o mossoroense reclama.
Quando Francisco Goya pintou o celebre quadro da bota de um soldado francês pisando o rosto de uma mãe espanhola caída com o filho nos braços, Goya fez arte a serviço da libertação da sua pátria.
Quando Rosseau escreveu os MISERÁVEIS e Dostoiévski CRIME E CASTIGO, faziam arte a serviço do social.
A ARTE MODIFICA O MUNDO.
Maria é o nome da minha mulher.
Ela e minhas filhas, Patrícia e Lana, são as pessoas que mais me apoiam a não parar de escrever buscando justiça social.
Obrigado pela leitura da crõnica.
Se me permite um reparo, meu caro Inácio, Os Miseráveis é um clássico da literatura francesa escrito por Victor Hugo. Vc deve ter cometido um ato falho, muito comum. Eu mesmo os cometo vez ou outra.
Uma obra de leitura indispensável, um quadro de cores vivas e fortes da sociedade desnudada, onde tudo se desenrola no interesse do suspense entre o perseguido Jean Valgean e o perseguidor Javert. Mas o personagem maior é a miséria humana, numa sociedade movida pela ganância, hipocrisia e acúmulo.
Do Crime e Castigo, obra seminal, o personagem principal, Raskolnikov, o assassino da machadinha, tornou-se objeto de estudo em várias escolas do Direito Criminal, inclusive no Brasil. Foi um momento onde o personagem ficou mais famoso do que o autor da obra.
NOTA DO BLOG – Crime e Castigo transportou-me (isso nem sempre acontece comigo de forma tão ‘clara’) àquela ambientação e à convivência com os personagens, de uma forma muito realista. A memória não guardou o nome de Raskolnikov, que você resgata. Nem poderia. Eu esqueço dos Zé, João, imagine de Raskolnikov. Abraços
Quem escreveu os miseráveis foi Victor Hugo.
Frevo n2 do Recife- Antônio Maria
Fernando
Obrigado pela leitura da crônica.
Antônio Maria fez tantas canções que numa crônica torna-se impossível citar todas.
Uma lástima que nossas rádios não toquem as músicas de Antônio Maria, Vinícius de Moraes, Tom Jobim, Gonzaguinha, Taiguara, Gonzagão, Humberto Teixeira, Zé Dantas etc.
Preferem Safadão e Teló.
Entristeço-me sabendo que as nossas crianças e jovens desconheçam a verdadeira música popular brasileira.
Entendo porque isto acontece.
Faz parte do plano diabólico de imbecilizar nosso povo para uma DOMINAçÃO sem nenhuma resistência.
Observe como ninguém se toca quando sabe que 143 mil reais foram torrados na compra de COENTRO.
Tema bom. Texto péssimo. Parece que escreve com os pés. Lamentável.
Belo texto, Inácio. Parabéns! Seus textos são sempre recheados de sentimento e verdade.
Abração!
Obrigado, Odemirton.
Bondade sua.
Fico a pensar quando Tibau vai reconhecer o que você faz em termos de divulgar as belezas de uma das mais belas praias do mundo.
Ilhéus -BA, soube agradecer a Jorge Amado.
Mestre François Silvestre
Obrigado pela correção.
SOBRE A ORIGEM DA DESIGUALDADE ENTRE OS HOMENS, onde Rosseau mostra que o direito de propriedade gera corrupção, na minha opinião, é o mais importante trabalho do escritor suíço.
O CONTRATO SOCIAL é leitura obrigatória a quem deseja conhecer a obra do escritor que mudou o mundo da sua época e, por conta disso, sofreu toda sorte de perseguição da realeza francesa.
Nisto a história não muda.
Qualquer um que hoje clame contra privilégio, corrupção, injustiça; sofre perseguição.
Esquecem estes imbecis o fim de Maria Antonieta e de Nicolau Ii.
////
CAIXA ECONÔMICA FEDERAL CONTINUA COBRANDO TAXAS ABUSIVAS. CADÊ O BANCO CENTRAL?