A pendenga interminável pelo controle do PP do Rio Grande do Norte, num cabo-de-guerra entre correntes do governismo e oposição, pode ter desfecho de cima para baixo. Os interesses nacionais da sigla podem falar mais alto.
Segundo comenta hoje o jornalista Lauro Jardim, da coluna Radar On-line, "vem crescendo em boa parte do PP a empolgação com a possibilidade de o partido indicar Francisco Dornelles (PP-RJ) para ser vice na chapa de José Serra (PSDB)."
E continua: "O cálculo dos defensores da aliança é simples: na chapa de Dilma Rousseff (PT), o PP entraria como mero coadjuvante – com menos importância que PMDB, PSB, PR – enquanto na chapa tucana apresentaria o vice-presidente."
Na sequência da análise, ele argumenta mais deduções feitas por setores do PP:
– Assim, em caso de vitória do tucano, a legenda vislumbra amplos espaços no governo. Mas e em caso de vitória de Dilma? Bem, os defensores da chapa serrista acreditam que o PT seria obrigado a procurá-los para garantir maioria ampla no Congresso. Então, no pior cenário, a legenda garantiria espaços semelhantes aos oferecidos no governo Lula.
Nota do Blog – No Rio Grande do Norte, o PP foi literalmente "arrendado" pelo grupo do presidente da Assembleia Legislativa do RN, Robinson Faria (PMN).
Entretanto o encolhe-estica com o governismo não está fechado. Se houver decisão nacional de composição na chapa com Serra, automaticamente o PP do RN terá que se coligar na majoritária (governo e Senado) com o DEM/PSDB.
Ou seja, o partido passaria a engrossar a aliança encabeçada pela pré-candidato ao governo, senadora Rosalba Ciarlini (DEM).
Mas é bom que se diga: a peleja está longe de ser definida, pois em alguns estados o PP não quer nem ouvir falar em alinhamento com o PSDB e o DEM.
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