O prefeito de Porto do Mangue, Francisco Gomes Batista (PMDB), “Titico”, foi denunciado mais uma vez pelo Ministério Público. Desta feita, o chefe do Executivo é acusado de fraudar o procedimento licitatório para contratação de empresa que realizou concurso público no municÃpio. Além disso, Francisco de Gomes Batista teria, segundo o MP, indicado candidatos a serem aprovados, nomeado e empossados candidatos com os quais possuÃa algum tipo de relação ou com relação com pessoas de confiança do gestor.
A denúncia foi oferecida pelo procurador-geral-adjunto de Justiça do Rio Grande do Norte e tem como fundamento o procedimento instaurado com base no Inquérito Civil nº 201/2011, cujo objeto era investigar fraudes na contratação da empresa Mult-Sai e no resultado do concurso público realizado pela empresa no municÃpio de Porto do Mangue, no ano de 2010.
De acordo com o Ministério Público, o esquema era comandado pelos sócios da organizadora do concurso que, movidos pela obtenção de lucro fácil, aprovaram irregularmente pessoas indicadas pelo prefeito Francisco Gomes Batista, loteando vagas, obtendo assinatura dos candidatos em gabaritos fraudados, preenchidos pela própria organização criminosa, em momento distinto das provas.
Salários
O nÃvel de manipulação foi tão elevado, revela o MP, que houve inclusive a nomeação de candidata para o cargo de fisioterapeuta, mesmo sem a previsão de oferta de vaga para o referido cargo.
O Ministério Público aponta ainda que só com os salários pagos aos candidatos beneficiados com o esquema, ilegalmente admitidos, sem considerar os acréscimos decorrentes da correção de valores, o prejuÃzo provocado aos cofres públicos é de R$ 453.492,00.
O Ministério Público Estadual requer na denúncia que o prefeito seja notificado para, querendo, apresentar resposta; a condenação nas sanções previstas no art. 90 da Lei nº 8.666/93, por fraude em licitações; bem como no art. 299, parágrafo único do Código Penal (declaração falsa por treze vezes, em continuidade delitiva), no art. 1º, inciso XIII, do Decreto-Lei nº 201/1967 (crime de responsabilidade por oito vezes, em continuidade delitiva), aplicando a regra do concurso material; e a inclusão do nome do denunciado no rol dos culpados, informando eventual condenação à Justiça Eleitoral para suspensão dos direitos polÃticos.
Reincidência
Francisco Gomes Batista (PMDB) responde a diversas ações penais patrocinadas pelo Ministério Público, além de sofrer interpelações do Tribunal de Contas do Estado.
Em abril deste ano, por exemplo, ele foi condenado pelo Tribunal de Contas do Rio Grande do Norte (TCE/RN) ao pagamento de multas no valor de R$ 51,400,00 (cinquenta e um mil e quatrocentos reais).
A condenação de Francisco Gomes, feita pela Primeira Câmara do TCE/RN, se refere a processo no qual o prefeito foi acusado de atrasar a entrega das prestações de contas e de não apresentar relatórios de gestão fiscal.
O chefe do Executivo de Porto do Mangue foi condenado em processo relatado pela conselheira Adélia Sales. A conselheira também relatou outros dois processos. As três ações são decorrentes de irregularidades na execução orçamentária e atrasos na prestação de contas.
Está prática é antiga. Em Martinópole o ex-prefeito Zé Nilson conseguiu aprovar ANALFABETA para professora da rede municipal, analfabeto para a saúde e por aà a coisa foi. Hoje Zé Nilson, já com mais de 70 anos, responde a 5 processos que se arrastam desde 2000. Mais de 15 anos os processos se arrastando. O corrupto vai morrer de velho e os processos não serão julgados. Por força de recurso conseguiu se candidatar a prefeito em 2012, mas rejeitado pelos martiniopolenses, teve apenas pouco mais de 100 votos.
Esta bandalheira de concurso fraudado só acaba quando meterem na cadeia o prefeito e os donos da empresa que participou da patifaria. Enquanto ficarem nesta de oferecerem denúncia, abrirem processo, julgarem, condenarem e os corruptos poderem recorrer a coisa continuará do jeito que o diabo gosta.
CADEIA PARA O PREFEITO E PARA O DONO DA EMPRESA.
Se a empresa não aceitar fraudar o concurso a canalhice acaba. Por que isto não é feito? Sei lá…
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OS RECURSOS SAL GROSSO SERÃO JULGADOS EM SETEMBRO? VÃO DEIXAR SAL GROSSO PRESCREVER?
O UNIFORME NÃO FOI ENTREGUE EM MOSSORÓ. EM CATINGUEIRA-PB FOI.
UM TAC PARA ACABAR COM A LEI DA MORDOMIA DOS VEREADORES.
O Ministério Público denunciou um prefeito por fraude ao concurso. E como fica o caso de um prefeito que não faz concurso? Uma cidade que não faz concurso há 15 anos? Uma cidade que renova contratos temporários ano após ano, quando o correto é permitir a livre concorrência por concurso? O ingresso no serviço público tem que ser por meio de concurso. Numa certa cidade para ter garantido um emprego basta votar e dizer que vota. A seleção passa por atos de bajulação. Já li algo sobre essa cidade aqui no seu blog Carlos, mas nada foi feito até agora. Contrato provisório, nepotismo e cargo de confiança é o que não falta aqui. Pra piorar um pouco mais, existe rumores de que novamente não será feito o concurso por causa da seca e da crise econômica. Mas não tem seca e nem crise para fazer o contrato precário, garantindo um retorno eleitoreiro. Cadê você Ministério Público? A cidade se chama Major Sales, aqui no alto oeste norte riograndense.