A expressão popular “cortar na própria carne“, que significa a grosso modo a ideia de assumir sacrifícios muito pessoais, é o que o prefeito Francisco José Júnior (PSD) tenta associar à sua imagem, com recentes medidas (veja AQUI) anunciadas dia passado. Se vai colar, logo saberemos.
Ao exonerar a esposa (Amélia Ciarlini) e a cunhada (Mirella Ciarlini) do primeiro escalão da Prefeitura de Mossoró, “Silveira” não deverá obter maior efeito administrativo-financeiro. Nem é esse o propósito das duas exclusões.
A estratégia faz parte do marketing político-eleitoral com vistas às eleições do próximo ano, quando o prefeito tende a ser candidato à reeleição.
O prefeito está errado? Não. A decisão fica incorporada ao seu “book” para mostrar como candidato e ainda servirá à própria gestão, para tomar medidas mais rigorosas, com o argumento de que “cortou na própria carne”.
“Quem manda”
Passa a vender o discurso instantâneo de que é capaz de grandes renúncias, digamos.
Amélia era titular da pasta do Desenvolvimento Social. Para muitos, a voz mais influente do Governo, mesmo agora fora dele. “É quem manda”, trombeteiam os mais radicais.
Mirella estava na Secretaria da Comunicação, com uma equipe que em parte era remanescente da era Rosalba Ciarlini, além de “células” deixadas pela ex-prefeita Fafá Rosado (PMDB). Tinha dificuldades de interlocução com boa parte da imprensa.
As irmãs não ficam ao relento nem fora da engrenagem do poder. Amélia, grávida do segundo filho do prefeito, conciliará a missão materna com o permanente papel de “conselheira” capaz de influir em decisões diversas.
Agência
Quanto à Amélia, ela passa a trabalhar a campanha do cunhado à Prefeitura, dentro de uma agência que serve à própria Municipalidade. Perda de visibilidade, mas com outra missão.
No mês passado, a expectativa era de que o prefeito já anunciasse mudanças na Comunicação. Não conseguiu convencer a esposa de que deveria “mexer” em Mirella. E a ideia de removê-la da pasta do Desenvolvimento Social sequer fora cogitado.
Agora, componentes político-eleitorais e administrativos levaram a família Silveira-Ciarlini a repensar tudo.
Há muita coisa em jogo.
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Tenho uma pergunta que gostaria de fazer, mais tenho medo de ser processado mesmo que seja verdade. Não sei até quando vou ficar queto.
SE TEM MEDO MELHOR FICAR CALADO.
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SAL GROSSO VAI PRESCREVER! COMO DIZER AOS NOSSOS FILHOS QUE O CRIME NÃO COMPENSA.
QUANDO EM MOSSORÓ OS POLÍTICOS PENSARÃO EM GRANDEZA HUMANA?
Inácio Augusto de Almeida