Ao tomar posse hoje como presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o ministro Joaquim Barbosa definiu o que é a Justiça no Brasil.
Nenhuma surpresa. O que chamou a atenção foi ele, no mais alto cargo do Judiciário brasileiro, outra vez ter a coragem de ser sincero.
“Preciso ter a honestidade intelectual de dizer que há um grande deficit de Justiça entre nós. Nem todos os brasileiros são tratados com igual consideração quando buscam o serviço público de Justiça”, disse Barbosa.
“O que se vê, aqui e acolá, não sempre é claro, mas às vezes sim, é o tratamento privilegiado, preferência desprovida de qualquer fundamentação racional,” acrescentou.
Barbosa defendeu um Judiciário “sem firulas e sem floreios”.
“O que buscamos é judiciário célere, efetivo e justo. De nada vale o sofisticado sistema de informação, se a Justiça falha”, afirmou.
INOBSTANTE DISCORDAR DE ALGUNS PONTOS QUANTO AO JULGAMENTO DA AÇÃO PENAL 47O, TENHO NO MINISTRO JOAQUIM BARBOSA UM DOS POUCOS MAGISTRADOS BRASILEIROS, NO QUAL A SOCIEDADE BRASILEIRA PODE E DEVE CONFIAR DESDE SEMPRE QUANTO A SUA CONDUTA, LISURA, OMBRIDADE ÉTICA E MORAL E, SOBRETUDO HONESTIDADE DE PROPÓSITOS.
NESSE TURBILHÃO DE CARREIRISMOS, ARROGÂNCIA, SOBERBA, VAIDADES, AFETAÇÕES E ALPINISMO SOCIAL TÃO INERENTES A GRANDE PARTE DOS QUE FAZEM O JUDICIÁRIO NACIONAL, NO CASO APROFUNDANDO MAIS AINDA ASPECTOS AFETOS À NOSSA CULTURA MACUNAÍMICA DO VALE TUDO. INOBSTANTE A SUA ORIGEM, JOAQUIM BARBOSA, EFETIVAMENTE É UM DOS POUCOS MAGISTRADOS BRASILEIROS QUE TEVE NA DISCIPLINA, NO TRABALHO OBSTINADO, NO ESTUDO E NA MERITOCRACIA, NATURAL CAMINHO DE ASCENSÃO PESSOAL E PROFISSIONAL.
A ASCENSÃO DE JOAQUIM BARBOSA AO CARGO MÁXIMO DA MAGIATRATURA NACIONAL, SINALIZA E BEM, QUE, VIVENCIAMOS UMA ESTÁVEL DEMOCRACIA COM INSTITUIÇÃOES A CADA DIA MAIS FORTES A ALICERSSAREM O APROFUNDAMENTO DE UMA DEMOCRACIA NÃO APENAS REPRESENTATIVA, SENDO ESTA, GRADATIVAMENTE SUBSTITUIDA POR UMA DEMOCRACIA INCLUSIVA, O QUE PERMITIRÁ REAIS MUDANÇAS NO SEIO DA SOCIEDADE BRASILEIRA.
JÁ NÃO ERA SEM TEMPO, POIS DOS CHAMADOS TRÊS PODERES DE ESTADO, O JUDICIÁRIO NACIONAL, INFELIZMENTE AINDA E UM PODER DSITANTE DOS ANSEIOS POPULARES, BUROCRÁTICO E XTREMAMENTE MOROSO A PROPROCIONAR UMA DISCUTÍVEL, MOROA, CARA E CLAUDICANTE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL.
Um Abraço
FRANSUÊLDO VIEIRIA D ERAÚJO.
OAB/RN. 7318.
Caro amigo Carlos. Hoje, para mim, foi um dia insimilar (conceito criado pelo ex presidente do STF, o Grande ministro poeta, Carlos Ayres Brito) na historia desse nosso pais, como outros grandes dias, que, graças a Deus, tem meio que, vindo com frequência, deixando aquela nossa trágica tradição de só termos dias ruins em constância.
Fiquei muito feliz, a ver um filho de um “Zé Minguem”, assumir o mais elevado cargo de nosso poder judiciário. Mais ainda, vendo em uma foto, a Senhora Presidente em uma mesma foto, com o primeiro Homem, descendente de escravos a assumir a presidência do STF.
Expressei essa alegria em um pequeno testo que escrevi logo após assistir o discurso do Min. Joaquim Barbosa. Deixo-o em sua homenagem, e a todos que, igualmente a mim, hoje, compartilharam de tal sentimento. Segue.
Brasil, meu orgulho
Houve um tempo no Brasil em que diziam: Mulheres e escravos não podem ser nada mais que escravos e procriadoras. No fundo, são as mesmas coisas.
Depois, disseram: tudo bem, vamos deixar que mulheres possam votar, elas votarão mesmo, em quem seus maridos mandarem. Não sabem nem o que é politica. Mas escravos não! Nunca! São propriedade, não gente! Quem já viu tamanho descabido…
Um belo dia, “pensaram”… Tudo bem, negros não serão mais escravos, mas, continuarão sendo nada. Nada mais que animais. Servirão como mão de obra barata. Na verdade, serão ainda escravos, mas, com sua “liberdade” em mãos – Que piada – riam alguns… Trabalhadores braçais, analfabetos, nunca serão cidadãos!
O tempo foi passando, e, diante das pressões, decidiram que tudo bem, mulheres poderiam ser vereadoras ou deputadas – eles não mandam mesmo, pensaram – mas não prefeitas ou governadoras… Vai, prefeitas e governadoras, pode ser, quem vai governar mesmo sera o marido. Mas nunca presidente. Ora, presidente? Quem iria votar em uma mulher para presidente? Que hilario… Presidenta, vê que piada (Risos)!
Negro, Doutor advogado? Que absurdo é esse? Nunca!
E muitas outras situações semelhantes em nossa triste, sofrida, mas, no fim – como vemos hoje – vitoriosa historia.
Oh meu querido Brasil? Pais que amo!
Ah, quanto tempo passou, quantas mudanças incríveis ocorreram! Quantos choraram, sofreram, morreram? Quantos sonhos brilharam, ofuscaram-se, apodreceram, morreram?
Que felicidade oh Brasil, foi o dia em que vimos algo que, “nunca antes, na historia deste pais” se viu. Um homem do povo, vindo do sertão, operário, sem instrução, levantar-se após uma eleição histórica, e dizer aquela frase que até hoje, guardo em meu coração. “E que ninguém mais, ouse duvidar do trabalhador brasileiro”!
Que dizer Brasil? Muita coisa mudou nos últimos duzentos anos; mais ainda, nos trinta que antecederam o hoje…
Calamos a boca. Fizemos com que, os ossos daqueles que diziam que tu, ó Brasil, nunca mudaria, ou que, trabalhadores devem trabalhar, mulheres devem pilotar, fogões, claro. E negros. Ora, negros devem ser negros. Afinal, todo pais precisa de um grande numero de ”burros de carga” para manter a classe privilegiada, longe da lama, no topo, comandando o pais, onde é o seu lugar. Sem falar que negros não tem capacidade de nada além. Estamos fazendo-lhes um favor. É o que diziam, que pensavam.
Mas, Brasil, tivestes teu presidente, de origem nordestina. Considerado por muitos, o maior presidente de tua historia. Tal aprovação, que nenhum de seus adversários políticos, ousa critica-lo em época eleitoral até hoje.
Temos finalmente, uma mulher como tua, ó pátria amada, presidente ou, presidenta, como ela gosta de ser chamada.
Que felicidade, ó berço forte, ver um negro. Homem como eu, só diferenciando-se de mim, pela sua imensa capacidade, saber jurídico e dedicação. Um homem. Um grande homem!
E assim, mais uma vez, torna-se oportuno dizer aquela velha e manjada frase, motivo de escárnio por uns, orgulho por outros, mas, no fim, sempre apropriada para oportunidades como essa, que hoje vivemos.
Assim, merece ser dito: Nunca antes, na historia deste pais, uma mulher, presidente da Republica Federativa do Brasil, honrou com sua presença, a posse de um homem, – negro sim, mas, não diferente. Não maior, muito menos, menor. Igual a todos nós – Como Presidente do Supremo Tribunal Federal.
Hoje, ó meu Brasil, meu sonho intenso, meu raio vívido… Brasil, meu amor eterno. Pode finalmente, o verde-louro dessa flâmula, dizer sem medo “Paz no futuro e glória no passado.” Mas,ainda, no presente!
Hoje, minha querida Terra adorada, pudemos ver, sem nuvens, o sol da liberdade, brilhar em raios fúlgidos.
Hoje, Brilhou sim, esse Sol no céu da pátria, pois o penhor dessa igualdade, que foi conquistada com braço forte, mostrou-te, ó mãe gentil, gigante, não apenas pela tua própria natureza, mas pelo futuro, que vislumbramos nesse dia, futuro este, que verdadeiramente, espelha esta tua grandeza.
Parabéns Brasil! E que ninguém, nunca mais, ouse duvidar do trabalhador, da mulher, do negro… Enfim, do povo brasileiro!
Gostei…
Esse sim e um homem de corajem .
Do blog do Saraiva. Altamiro Borges pergunta:” A ausência de provas, porém, não serviu para inocentar os réus no processo do “mensalão petistas”. Será que a mesma “jurisprudência” servirá para os tucanos. Barbosa será tão implacável na presidência do STF?”
Barbosa destravará “mensalão tucano”?
DILMA FOI, MAS NÃO FOI À POSSE DE BARBOSA.
Dilma atendeu à posse sem esboçar qualquer emoção o que acabou chamando atenção pela cara fechada, mais eloquente do que qualquer discurso.Simplesmente cumpriu uma questão protocolar.Foi discreta e porisso CORRETA.Mostrou que tem vergonha na cara. Parecia uma reunião da ADAD, tal era o número de astistas “GLOBAIS” ou não?
Dá-lhe Dilma
Caro Carlos;
O ministro Joaquim Barbosa definiu o que é a Justiça no Brasil: “Preciso ter a honestidade intelectual de dizer que há um grande deficit de Justiça entre nós. Nem todos os brasileiros são tratados com igual consideração quando buscam o serviço público de Justiça”, disse Barbosa. E tembém,“O que se vê, aqui e acolá, não sempre é claro, mas às vezes sim, é o tratamento privilegiado, preferência desprovida de qualquer fundamentação racional.” E, tem o nosso ministro o merito de dar o ponta pé inicial do seu resgate, mas as minhas perguntas são as seguintes: Tem o poder judiciário em termos de conceituação de eficiência e distribuoção de prenilégios alguma diferença do poder executivo e do legislativo? Quando teremos um Joaquim Barbosa para eles.
Nilson