Dois projetos hídricos fundamentais para o Rio Grande do Norte e a Região Oeste – o Ramal Apodi-Mossoró da Transposição do Rio São Francisco e o Perímetro Irrigado Santa Cruz do Apodi – estão paralisados e distantes de concretização.
Especialistas no assunto deixaram clara essa situação, no IV Fórum das Águas, realizado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) do Rio Grande do Norte e Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), nesta sexta-feira (8), em Apodi.
O secretário-adjunto de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMARH), Carlos Nobre, informa não haver previsão, em Brasília (DF), para início das obras do Ramal Apodi-Mossoró, que trará água do Rio São Francisco da Paraíba, pelo Eixo Norte, à barragem de Pau dos Ferros (Alto Oeste) e à Barragem de Santa Cruz (Médio Oeste), em Apodi – novo celeiro da fruticultura irrigada para exportação no Estado.
“Esse trecho da transposição, orçado em R$ 2,8 bilhões, sequer foi licitado, e existe uma portaria ministerial, que determina direcionamento de recursos para obras que estejam, no mínimo, 20% iniciadas. Infelizmente, não alimento expectativa”, revelou Nobre.
Perímetro Irrigado
Também está sem perspectiva o Perímetro Irrigado Santa Cruz do Apodi – rede de canais, drenos e adutoras, que irrigarão 4.886 hectares na Chapada do Apodi e beneficiarão 305 projetos agrícolas. As obras iniciais, que consumiram R$ 80 milhões, estão paradas há quatro anos, segundo André Mavinier, técnico do Setor de Projetos do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS).
“O projeto está parado, esperando solução para a falta de recursos. Além de conseguir verba, temos que renovar de licenças, recuperar danos causados pela paralisação, reintegrar de posse de áreas invadidas”, enumera Mavinier, que estima em cerca de R$ 253 milhões o custo para conclusão.
“Um projeto como esse não pode ficar parado, já tem muito dinheiro aplicado. Depois de pronto, gerará renda permanente”, observa.
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As notícias das águas foram muito ruins. Tanto precisamos! Evidentemente os projetos não podem ficar parados. Esqueceram deles ou foram propositalmente escanteados?
Analisando com régua e compasso a temática da postagem, não tem como fugir à afirmativa de que, diante tão triste perspectiva para o nosso tão sofrido Rio Grande sem Norte e sem sorte, tal tratamento de desprezo se deve ao pifio referencial e empenho da bancada Federal junto aos gabinetes ministeriais. Quanto desprezo e desdém ao nosso estado !. Uma lástima, pois.