• Cachaça San Valle - Topo - Nilton Baresi
quarta-feira - 14/07/2010 - 10:11h

Propostas Control C/Control V – Eleições 2010

Há um sentimento ambivalente em mim, no tocante à política sucessória potiguar, nesses primeiros dias de campanha. Interesse e desapontamento fundem-se.

O porquê desse paradoxo?

Simples de explicar. Creio que até fácil demais.

Finalmente vão aparecendo as primeiras propostas de governo dos candidatos Carlos Eduardo Alves (PDT), Iberê Ferreira (PSB) e Rosalba Ciarlini (DEM). Isso é o lado positivo, que desperta interesse, digamos.

O desapontamento é mesmo com forma e conteúdo. Desanimador até aqui, mesmo que seja precipitado um comentário definitivo e denso sobre o tema.

Parece que em face da cobrança de setores da mídia, hoje mais veloz na propagação de notícias, os candidatos sejam céleres na apresentação de algum conteúdo. Daí os planos de governo no modelo "fast-food", mas com cheiro de naftalina e à base do "Control C/Control V.

Praticamente não há nada de novo. Tudo é muito superficial, genérico e óbvio. Cosmético. Lugares-comuns.

Nos primeiros discursos e propostas, os candidatos tratam das carências que saltam aos olhos, em qualquer parte do Rio Grande do Norte. Entretanto nada do que é apresentado até aqui parece inovador ou revolucionário.

Educação será tratada com escola nova; segurança com policia nas ruas; infra-estrutura tapando buracos de estradas; pobreza com distribuição de bolsa-disso e daquilo; saúde com a ambulancioterapia. Emprego e renda? Pros amigos do poder, certamente.

O Rio Grande do Norte está fechando mais um ciclo de sua história política. O próximo período que está aí em formação, não empolga. Escasseiam nomes, há uma pobreza de vocações e quase nenhuma alternativa às forças tradicionais.

É triste admitir que talvez o falecido jornalista Paulo Francis estivesse certo, quando proclamou essa sentença:

– Eleição no Brasil é sempre a escolha do menos ruim.

Mesmo assim, não me incluo no elenco dos pessimistas e cavaleiros do apocalipse. De algum modo, mesmo que engatinhando, é possível mudar para melhor.

Discutir o Rio Grande do Norte, mesmo que muitos prefiram apenas resmungar, já é um bom começo.

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Categoria(s): Blog

Comentários

  1. Everton Carlos da Costa Cardoso diz:

    É possível mudar para melhor. O problema é que não existe esse “melhor”. Como Paulo Francis disse, vamos tentar escolher o menos ruim.

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