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segunda-feira - 09/05/2011 - 18:22h

“Recall” poderia salvar Natal da erosão da “Borboleta”


Natal passa por momentos incomuns em sua história político-administrativa. A gestão da prefeita "borboleta" Micarla de Sousa (PV) é devastadora.

Durante meses, ela ficou usando o complexo de transferência de culpa, para justificar seu despreparo, incompetência e alheamento. Tudo era responsabilidade do ex-prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT), seu desafeto.

Depois a ladainha se transferiu, um pouco, para a imprensa paroquial.

Com a reportagem do "Fantástico" da Rede Globo de Televisão, apresentada ontem (veja postagem mais abaixo, deste Blog), Micarla está praticamente sem desculpas, mesmo as mais esfarrapadas.

Lógico que ela não vai dar declaração pública afirmando que é inapta para o cargo. O ramerrame é falar de ajustes e afirmar que "não é bem assim". Ainda vai soltar sua voz de dubladora de adolescente de novela mexicana e localizar outro responsável dentro ou fora da administração. Menos ela, obviamente.

E daí?

E daí é que tudo ficará como dantes.

Um governo que já mudou cerca de 42 cargos de secretário (ou serão 44, 45…) em pouco mais de dois anos e dois meses, está sem rumo. Na ânsia de acertar, aí é que erra mais.

Lamentavelmente, Natal terá de aguentar esse estorvo até o dia 31 de dezembro de 2012.

Até lá, precisa tapar o nariz e abrir mais os olhos, para não cometer outro erro crasso de avaliação, na hora de escolher o sucessor da borboleta.

Infelizmente, no Brasil não existe um dispositivo constitucional que garanta o "recall" para detentores de cargos públicos outorgados através do voto, como nos Estados Unidos. Por lá, antes mesmo do fim de um mandato, um político pode ser ejetado da cadeira por iniciativa popular.

Na Constituinte de 1988, a proposição chegou a passear pela mesa de vários parlamentares. Porém muitos a acharam avançada demais, pois temiam um pipocar de atos casuísticos.

Assessor do então senador Lavoisier Maia, o advogado e jurista Paulo Lopo Saraiva elaborou proposta nesse sentido. Contudo, viu a ideia ser aniquilada ainda no nascedouro.

Ficamos com a alternativa do "impeachment", que costuma ser utilizada com rara felicidade. Normalmente, emerge muito mais como vindita politiqueira do que aspiração da sociedade.

O "recall" virou uma palavra comum, entre nós, como providência de empresas montadoras de automóvel, convocando compradores de seus veículos para "troca" de peças defeituosas, sem qualquer ônus.

Micarla é caso típico a merecer "recall".

Pobre Natal!

Foto – Micarla pede calma para ver se a coisa não fica pior…

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Categoria(s): Blog

Comentários

  1. Aldenor Fernandes de Sousa diz:

    Caro Jornalista, estou a mais de 5 mil quilômetros de Natal, mas, acompanho as notícias da capital potiguar, devo retornar à minha cidade Areia Branca, logo que me aposente em julho, mas, minhas filhas já estão migrando para Natal, pois, uma delas aí já se encontra. Pois bem, em visita recente à nossa capital para adquirir um apartamento para minhas filhas deparei-me com o desastre administrativo Prefeita Micarla. O fato é, meu caro jornalista, o recall, é pouco para solucionar o problema de Natal, o processo tem que ser completo, pois, se a prefeita administra incompetentemente, seus acéclas são tão incompetentes quanto ela; por isso, não deve ser feito um recall, mas, trocar toda a máquina.

  2. wilson gomes diz:

    AGORA VOCE SABE? E NÃO APROVA ” A MERENDA ESCOLAR”…….

  3. Rui Nascimento diz:

    Natal não merecia tamanho desastre administrativo.

  4. João Santos diz:

    Bem que deveria ser aproveitado o Recall também no estado que está também ficando uma b….

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