Anunciada nessa segunda-feira (24) pela Petrobras, a venda do Polo Potiguar reaquecerá a atividade de petróleo e gás no Rio Grande do Norte. A avaliação é da Associação Redepetro RN, que congrega empresas do setor.
Segundo a entidade, a negociação provocará reviravolta no mercado: substituirá o desinvestimento da Petrobras por aportes da iniciativa privada.
A Petrobras iniciou processo para venda da totalidade de suas participações em um conjunto de 26 concessões de campos de produção terrestres e de águas rasas no Rio Grande do Norte, que formam o Polo Potiguar. O ativo compreende os subpolos Canto do Amaro, Alto do Rodrigues e Ubarana, com 23 concessões terrestres e três marítimas.
Também inclui acesso a infraestrutura de processamento, refino, logística armazenamento, transporte e escoamento de petróleo e gás natural.
A companhia destacou que está incluída na transação a refinaria Clara Camarão, localizada no município de Guamaré, que possui capacidade instalada de refino de 39,6 mil barris de petróleo por dia.
Novo cenário
O presidente da Redepetro RN, Gutemberg Dias, avalia que a venda consolidará nova realidade da bacia potiguar, iniciada com a negociação de 46 concessões, a qual movimentou cerca de R$ 2,1 bilhões, em sete meses.
“A saída da Petrobras não significa o fim da atividade petrolífera no RN. Pelo contrário. Trará oportunidades para toda a cadeia produtiva”, observa. Dias cita o exemplo do campo Riacho da Forquilha, em Mossoró, recentemente adquirido pela empresa Potiguar E&P.
“Em apenas seis meses após assumir o campo, a produção aumentou 30%”, lembra. Esses e outros números, segundo ele, transformaram o Rio Grande do Norte em referência nacional em revitalização de campos terrestres (onshore).
Virada no mercado
“A decisão da Petrobras não é um revés, mas uma virada no mercado. No lugar de uma petrolífera sem interesse de investir, chegarão empresas de grande porte, decididas a novos investimentos”, avalia.
Essas grandes corporações – observa – contratarão mão de obra, sublocarão empresas menores, comprarão no comércio local, enfim, movimentarão a cadeia. “O que a Petrobras precisa esclarecer – adverte Gutemberg Dias – é se a venda do polo será única ou fracionada”.
“Seria interessante que várias empresas comprassem o ativo potiguar, porque novos entrantes gerariam mais negócios. Nossa ressalva é que haja pluralidade para dinamização do negócio, e não a venda de todo o polo para uma única empresa”, pondera.
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Outra supimpa! Sim, pluralidade.
Gutenberg tem toda razão e sensatez inerente ao comentário em tela, só quem o mal para o nosso estado pensa diferente, é o caso do povo do PT.
Será que os salários pagos por essas novas Empresa,chegarão a 40% do que a Petrobrás pagava aos seus funcionários, na mesma área de produção,e mesma atividade??? (falando so de salário)……Perguntar não ofende!!!!!!!
Muito esclarecedor. Principalmente vindo do Gutemberg Dias. É uma cala boca p a governadora, nos sindicatos e nas esquerdas. Né não?
Parabéns pelo esclarecimento, grande Gutemberg Dias. Esse sabe das coisas