Por Bruno Ernesto
No último dia 13 de março, o Vaticano comemorou o décimo primeiro ano do papado do Papa Francisco.
A simbologia que envolve o início e o fim de um papado é marcante não somente para os católicos, mas também para quem se interessa pelos fatos históricos.
Para a minha geração, o papado marcante foi o do Papa João Paulo II.
Talvez o Papa mais importante da história recente.
Um dos acontecimentos mais marcantes ocorreu em 27 de dezembro de 1983.
Nesse dia, o Papa João Paulo II (Karol Wojtyla) perdoou o turco Ali Agca.
Dois anos antes, Agca efetuou três disparos atingindo o Papa, em plena Praça São Pedro.
Em 13 de novembro de 1991, pude ver o Papa João Paulo II pessoalmente, no encerramento do Congresso Eucarístico Nacional, que foi realizado em Natal/RN naquele ano.
Tinha onze anos na época. Meus pais me levaram.
No meio da multidão, a poeira se levantava com as rajadas de vento e, de repente, surgiu aquele carro branco com um senhor vestido de branco acenando sorridente para a multidão.
Esse exato momento sempre aparece na minha mente em câmera lenta.
Eu olhava para meus pais, minha avó materna e para a multidão que gritava e acenava para o Papa que ia passando naquele carro branco, sentado e envolto por um vidro.
Nunca esqueci. Pena que não tenho nenhum registro fotográfico desse momento.
Naquele tempo era difícil. Certamente meus irmãos, primos, primas, tios, tias também tiveram essa mesma emoção.
Vez ou outra quando vejo o papódromo (Batizaram com esse nome), lembro desse momento.
Até retornei lá depois de adulto.
Só fui me reaproximar do Papa João Paulo II no dia 21 de novembro de 2023.
O encontro foi igualmente especial, porém, bem longe de casa.
Tive a oportunidade de visitar o túmulo de Karol Wojtyla, agora São João Paulo, na Basílica de São Pedro, no Vaticano.
Dessa vez, em absoluto silêncio e com o registro fotográfico.
Foi igualmente marcante.
Bruno Ernesto é professor, advogado e escritor
Amigo, que inveja santa sinto agora pós leitura do seu artigo em tela, pois sou fã do santo homem Karol Wojtyla, um Papa da era atual que realmente honrou seu pontificado através de todas as benevolências que soube provar através do homem na terra que Deus existe.
João Paulo II é exemplo de santidade na vida e história da igreja católica dos tempos modernos, pena que seu comportamento não foi seguido pelos seus sucessores, que pena para o nosso mundo!!!
De fato, Rocha Nero, João Paulo II deixou marcas profundas na igreja. Exemplo de ser humano. Não poderia deixar de registrar esse reencontro. Estava frio e chuvoso no dia, mas valeu a pena.
Parabéns pelo escrito!
Também comungo com o mesmo pensamento. A importância do Papa João Paulo II para a nossa igreja e para o mundo, foi sem sombra de dúvidas, a maior dos últimos séculos. O seu gesto de beijar o solo ao visitar os Países, registre-se, em busca da PAZ; suas articulações com os governantes e a inclusão de todas as camadas sociais aos movimentos da igreja, o condicionou ao termo de “Papa Pop”. Lembro-me de sua morte e do processo de escolha do novo papado. Minha filha mais nova, na época com a idade em torno dos 5 anos, assistindo comigo o anúncio do novo Papa Bento XVI, olha a TV e exclama: “nam esse Papa não dá certo”! E não é que ela teve razão! Razão essa, confirmada com RENUNCIA História de Bento XVI. Viva o Papa São João Paulo II, o “Papa das Criancinhas”…
Sim, Pedro! O simples gesto de beijar o solo era muito representativo. João Paulo II, dentre tantos papais, foi fundamental para os acontecimentos históricos daquele tempo de turbilhão social e político. Interessante que a livraria do Vaticano é nomeada João Paulo II, pois, penso, que seja para transmitir às futuras gerações o seu legado.