O caso virou um grande imbróglio jurídico e político. Ele renunciou para que o primeiro suplente das eleições de 2006, Sargento Siqueira (PV), tome posse até o final do mandato, em 31 de dezembro deste ano.
Só que foi levantada a suspeita de um escambo sórdido. Haveria transação com o intuito de conseguir obstruir o andamento do processo da "Operação Impacto", que trata de denúncia de corrupção na Câmara do Natal, legislatura (2005-2008).
Sendo deputado, Siqueira – envolvido na Operação Impacto, ganha foro privilegiado e a demanda "estacionaria" no Tribunal de Justiça do RN (TJRN). Ou seja, mais um tempo se arrastando, sem um resultado final. Tempo para ajudar a opinião pública a esquecer seus meandros.
Gilson Moura garantiu que resolveu renunciar para cuidar de uma irmã, doente, que passa por tratamento contra câncer. Nada mais. Já a Assembleia Legislativa recusou-se a empossá-lo e decisão liminar do desembargador Expedito Ferreira sustentou essa vacância. A AL tem um deputado a menos.
Sobre o álibi de Gilson Moura, o procurador de justiça, Luiz Lopes, escreveu o seguinte em seu endereço na rede de microblogs Twitter:
– Nunca vi alguém renunciar a algo ou pedir demissão para cuidar de parentes doentes. A doença não é empecilho a causas externas. No máximo se pede licença de saúde para si mesmo ou para cuidar de pessoa próxima. Fora isso é achar que somos todos idiotas.
Carlos: eu tendo autoridade para resolver essa PALHAÇADA que está envolvendo a Assembleia Legislativa, já tinha a minha sentença marca “CASSAÇÃO DOS DIREITOS POLITICOS DOS DOIS, PELO PERÍODO DE 08 ANOS”, assim, seria minimizado este escandalo sem precedentes. Parece que só existe lei para comerciantes, industriais, etc, etc. Vamos tentar melhorar nosso Estado e nosso País. Um abraço, RAFAEL NEGREIROS.