Por François Silvestre
…e se chafurdar no esgoto dos adjetivos a qualificação dessa república será tudo, menos pública e muito menos republicana.
Esperei ouvir opiniões, as mais diversas, sobre os desfecho da defenestração do ex-juiz e agora outra vez ex Sérgio Moro. Do mau uso da língua, dos enviesados jurídicos, do comportamento parcial, o paladino Sérgio Moro era tudo, menos um julgador sereno. A serenidade na sua postura e na sua fala não reflete a fisionomia lombrosiana que sua toga escondia.
Mas não se faz história do futuro. É do passado que se faz. E o presente é apenas uma lâmina da navalha cortando intenções e rasgando a roupa da hipocrisia.
Sérgio Moro trocou uma carreira na Magistratura, no auge da fama e popularidade, pelo canto de sereia de uma toga na mais alta corte do país. Há coisas que nenhum desmentido consegue esconder, essa promessa é uma delas.
Resumo. Trocou a carreira, legitimada por concurso público, por uma nomeação ad nutum, com demissão à vontade do nomeante. Tudo para cumprir o sacerdócio do combate à corrupção. Coisa que o Ministério da Justiça não tem competência, abrangência nem condições administrativas para realizar. Esse combate é da área policial judiciária, do Ministério Público e por fim do Judiciário. Ponto. Ele prometia uma ação impossível. E saiu sem ter sequer começado a tentar. Tudo só na conversa.
Ocorre que a nossa população, pré-povo, endeusa e sataniza numa rapidez que nem Deus nem o Diabo conseguem alcançar. Moro foi endeusado, como o fora Joaquim Barbosa, hoje esquecido. E Bolsonaro sentia ciúmes desse mito lhe fazendo sombra.
Parecia ao capitão que seu ex-juiz, para quem batera continência, queria voos mais altos. Inclusive o lugar do próprio capitão. E o pior, começava a ensaiar um processo de independência no trato com investigações que se aproximavam da família “real”, o que tira o sono do capitão e dos seus pimpolhos.
O resultado foi o conhecido, com o desfecho de hoje. O que fez Sérgio Moro, agradeceu e despediu-se? Não. Jogou merda e muita no ventilador de Bolsonaro.
O depoimento do ex-juiz é um libelo acusatório pronto e acabado para iniciar qualquer investigação ou procedimento criminal contra o presidente da república. Ou procedimento político de impedimento.
O que ele conta deixa claro que Bolsonaro fez um passeio longo e largo pelo Código Penal e demais legislação criminal. Falsidade ideológica, concussão, prevaricação, desvio de função, desvio de conduta, crime contra a administração pública, crime contra a ordem constitucional, chantagem, ameaça a servidor público, tentativa de indução à prevaricação e etc, etc, etc.
E o mais grave, para o próprio Sérgio Moro, é que ele deixa escapar que não sairia se o presidente houvesse esperado o dia seguinte, para negociarem as novas nomeações. Coisa que os militares estavam arrumando. Mas, ao ser surpreendido pela publicação da demissão do seu subordinado, em plena madrugada, ele decidiu sair. Quer dizer, ficaria no governo, mesmo com o chefe delinquente, desde que seu prestígio fosse mantido. Delinquência que ele próprio tornou pública.
É ou não é uma República agasalhada no monturo dos adjetivos?
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O juiz possui provas (troca mensagens e áudio) de tudo aquilo que falou. Valeixo, também.
O paladino vai tirar o segundo presidente de circulação.
Aguardem.
Ah, apenas 70% da população pré-povo ‘endeuza’ o juiz que botou na cadeia os maiores ladrões do país.
Apenas os bandidos e os seus ‘cheira cu’ não ‘eudeuzam’ o xerife. Podemos chamar essa raça ordinária de pós-povo?
Dentre as muitas cartas que enviou ao seu editor, Suvórin, chamou-me a atenção uma, datada de 1º de agosto de 1892, em que Anton Tchékhov, o grande escritor russo, trata da epidemia de cólera que assolou a Rússia naqueles anos difíceis. Dizia Tchékhov que deixaria de apoiar os socialistas (sim, ele dava a entender que simpatizava com os socialistas, graças a Deus) caso eles se aproveitassem da epidemia para fazer política. Diz ele: “Se os nossos socialistas efetivamente explorarem a [o] cólera para os seus próprios fins, passarei a desprezá-los. Meios detestáveis em nome de fins justos tornam os próprios fins detestáveis”. Continua o missivista indagando se persuadir o povo de que sua ignorância tinha razão de ser e de que seus preconceitos eram uma verdade sagrada valia a pena. E arremata: “Se eu fosse um político, jamais tomaria a decisão de desonrar o meu presente em nome do futuro, mesmo que me prometessem duas toneladas de felicidade em troca de dois gramas de mentiras torpes”. A tradução dessas cartas para o português brasileiro coube a Rubens Figueiredo. A classe média ignorante (abominação cognitiva, segundo Marilena Chauí) não merece, nesses tempos de pandemia (não de cólera, mas de coronavírus) que lhe joguemos na cara o quanto ela é estúpida. Basta dizermos-lhe: “Use máscara quando sair de casa, e fique em casa a maior parte do tempo”. Quanto a mim, um “cheira-cu” (pós-povo?) que está nos 30% que não pagam pau pro Conje, fico em casa comendo pipoca e vendo o fogo se alastrar no cabaré. As máscaras estão caindo, uma a uma. Nada de desolação, eu e minha conja rimos às escâncaras do Exército de Brancaleone.
Não há pós-povo. No mundo somos pré-humanidade. No Brasil, pré-povo. Todos nós. E quanto a você, não é edição limitada não. A estupidez semi-fascista, idólatra de ídolos de fancaria, é bem ilimitada. Fique tranquilo, você tem bastante companhia.
Verdade, a vaidade foi o maior veneno tomado por Moro em dose cavalar. De holofotes ele n precisava já os tinha na condição de magistrado, outro erro crasso, não conhecia o comportamento de que estava o convidando para missão, não sabia do comportamento pessoal e familiar de quem estava a lhe fazer a corte, Bolsonaro não ponderou nada pra uma avaliação pra uma tomada de decisão, não tinha bola de cristal pra perceber que o convite estava sendo feito aonde residia e convivia uma família sem um pai líder e com pulso pra frear três filhos doentes pela vaidade adquirida no aterro da Barra da Tijuca, três bons vivant que não sabem o que é hierarquia e respeito. Pagou caro pela ousada vaidade que sempre detona as pessoas portadoras desta praga que predomina o mundo putrefato do poder r falsos ricos. Moro pagou caro por ter deixado a vaidade ser maior que sua estatura mais a lição irá lhe servir pra o futuro. Agora vai ter que enfrentar a cambada dos deuses do STF e a e os da pocilga do congresso. Talvez se saia bem porque o defunto ainda está quente, é sua versão é mais acreditada que a do seu ex chefe presidente bipolar e bicéfalo que habita com seus folhos desajustado a gaiola das loucas do Planalto. Que pena, um país que está a atravessar crises na saúde, na economia, na segurança, na educação, agora vem um louco arranjar uma das piores que é a política. Este desvairada não precisa de oposição ele mesmo a faz com maestria. Sou Deus na causa/causo.
Moro não ponderou nada pra uma avaliação ***
Só Deus na causa/causo***
François, o sono me pegou escrevi com algumas falhas, mais vc vai entender…
Desculpe, é o cansaço da quarentena.
Amigo li teu livro Alças de Agave, queria conversar contigo sobre o conteúdo do mesmo, seu pai frequentava a casa dos meus pais e gostava do café com beiju de dona Conceição, minha mãe, ia sempre na companhia de Antonio Damião e ficavam no terraço lá de casa. Me mande seu contato amigo e companheiro de infância. Aguardo. O meu é 999217928.
Ô, mestre. O meu é 99216 5199. Tá no sappp. Vamos conversar.
o desfecho.
A Turma da Mortadela é inconsolável……..kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
A turma do Pato Amarelo quer seguir o Marreco, vai abandonar o Palhaço, mas sem deixar de ser gado.