Por Odemirton Filho
Não é novidade que as campanhas eleitorais no Brasil sempre foram marcadas pelo abuso de poder econômico, pelo abuso de poder político e, principalmente, pela compra de votos.
É certo que com o passar do tempo a legislação eleitoral foi sendo aperfeiçoada e a fiscalização mais rigorosa.
Contudo, infelizmente, essa prática ainda faz parte do cotidiano eleitoral. Na reta final da campanha a compra de votos acontece. Com força. Há um batalhão de pessoas que visita as casas dos eleitores numa verdadeira romaria.Doa-se tudo ao eleitor: telhas; tijolos; próteses dentárias; remédios; o pagamento da conta de água e luz; carteira de habilitação e cadeiras de rodas são alguns exemplos. E o eleitor não se faz de rogado. Pede até enxoval para casar.
Para alguns eleitores é a oportunidade de conseguir alguma coisa, pois, passada a eleição, o político “some”, conforme gostam de dizer. E é mentira?
Porém, que fique claro: pratica o crime eleitoral tanto quem compra, como quem vende o voto.
Hoje, como tudo é filmado e gravado pelos aparelhos de celular, os cuidados estão sendo redobrados, mas dificilmente impedirá a compra de votos. E nesta última semana de campanha eleitoral o “bicho” vai pegar.
É claro que existem candidatos que fazem sua campanha jogando limpo, não se pode deixar de reconhecer.
Entretanto, aqui ou acolá, consegue-se “fisgar” um candidato mais afoito e “graúdo”. Após um demorado processo judicial, alguns têm o mandato cassado em razão do abuso de poder e da compra de votos.
Pois é. Nessa reta final da campanha, a onça-pintada, o peixe-garoupa e o lobo-guará andarão de mãos dadas, pra lá e pra cá, à caça de votos.
É uma triste realidade.
Odemirton Filho é bacharel em Direito e oficial de Justiça
Li o seu texto e li também o que escreveu Leandro Karnal no Estadão.
A Tempestade de Shakespeare tem inspirado muitos intelectuais.
Leandro Karnal imagina o relacionamento de uma intelectual com um homem de poucas letras que se unem através da leitura do clássico A Tempestade.
No seu texto, Próspero são os nossos irmãos do norte e nós os náufragos a esperar que os rogos de Miranda sejam atendidos.
A verdade, Mestre Silvestre, os tempos de complexo de vira lata ficaram para trás.
Hoje temos plena consciência do que somos e valemos.
Mossoró é uma prova do que estou afirmando.
Os dias de implorar não voltarão.
Aproveito para lhe parabenizar pelo ótimo texto que abrilhanta o blog Carlos Santos.
Este comentário foi postado aqui por engano.
Era para ter sido mandado para o artigo do Silvestre.
Se possível, transfira-o para lá.
Por motivo de doença, escrevo deitado e com enorme dificuldade.
É uma triste realidade.
Infelizmente continua acontecendo.
Prova disto é conquista de mandato eletivo lor filho de político que nunca disputou nem cargo de síndico de cortiço.
Aparece como candidato porque o pai foi condenado por corrupção e está inelegível.
Isto só acontece porque nossas frouxas leis permitem.
Se condenado por prática de corrupção tivesse todos os bens cassados e a inelegibilidade atingisse os parentes …
Como isto nunca acontecerá tudo continuará na mesmice de sempre.
Pois é amigo Odemirton, a fauna do país de Mossoró terá momentos de desassossego enorme na semana fluente; lobo, onça, beija-flor, mico leão, garça, arara e até a desejada e saborosa garoupa estão fadados a não pararem nos seus devidos habitantes, todos passarão pelas zonas periféricas da amada terra da resistência, nem Lampião consegue botar ninguém pra casa. Parabéns p artigo realista.
Rocha! Tem uma família quando escuta o nome de Lampião, corre pra Areia Branca.
O instigante título do artigo me faz remontar à duas eleições em que o poderio econômico foi sobrepujado pela soberania da vontade popular. Refiro-me as eleições dos anos de 1957 e 1968. Em 1957 a oligarquia ROSADUS apoiou o novel e carismático bacharel em Direito António Rodrigues de Carvalho, oriundo de humilde sítio do município de Upanema (Antiga PovoacPovoação de Rua da Palha). Diante a flagrante pobreza do humildade advogado popularmente conhecido como Toinho Rodrigues no enfrentamento à opulenta candidatura do rico médico Francisco Duarte Filho (Dr. Duarte Filho) era comum ouvir-se comentários vaidosos do agrupamento Duartista, geralmente depreciado a condição de pobreza em que o Toinho Ridrigues vivia. Faziam questão de frisarem que o Toinho era Filho natural de modesta mas honrada senhora do sertão Upanemense e que escapará à fome graças a sua adoção pelo apodiense residente em Mossoró Sr. João Manoel da Silveira Filho, espécie de Delegado de Polícia do quarteirão onde situavam-se os famoso “Cabarés ” da cidade. Diante tantas chacotas e humilhações assacadas contra O POBREZINHO Toinho, os segmentos sociais mais humildes da cidade encorparam uma espécie de revolta popular e destinaram todos os anseios sufragando os votos neste jovem de pobreza franciscana, proporcionando-lhe retumbante vitória. Passado o pleito, era comum se ouvir os pobres exclamando com sembantes enfeitados por quilométricos sorrisos: ” Comi do boi do Dr. Chico e votei no Toinho. Tal cenário repetiu-se no ano de 1968, desta vez com o Toinho se apresentando como candidato oposicionista aos ROSADO, enfrentando o obeso Dr. Vingt-Un (Vantam) Rosado. Toinho era denominado como “O CAPIM” por estar vincu, lado às hostes politicas do carismático Aluísio Alves, cuja cor verde simbolizava a cor do seu partido, sendo certo que era comum os seus eleitores portarem galhos verdes de plantas diversas. O bverde csimbolizava ESPERANÇA, enquanto a cor Vermelha adotada pelos ROSADUS era vista como cor da guerra e do desespero (Cor do sangue). E assim a história nos mostra v que bater humilhantemente em candidato POBREZINHO tem provocado efeito fermento em massa de trigo – Só faz crescer . A história se repetirá neste venturoso ano de 2020. Pobre Unido jamais será vencido !.
Em anexo ao primeiro comentário : O candidato Vantam Rosado era referenciado pelo povo como sendo “O Touro”, pelo fato de ser bastante gordo. No caso, “O Capim” derrotou “O Touro”. O dileto amigo David Leite é destacado componente desta tradicional e opulenta e honrada família DUARTE. Cumprimentos David !.