terça-feira - 07/05/2013 - 17:33h
Vitória do atraso

RN é um dos campeões de analfabetismo

Do Portal No Ar

O Rio Grande do Norte ocupa a 23º posição entre os estados da federação com taxa de analfabetismo mais alta. Um dado preocupante que precisa ser analisado agora em 2013, período em que comemoramos no cenário potiguar o “Ano Paulo Freire da Educação”, decretado pelo Governo do Estado.

Os dados completos estão sendo disponibilizados pelo www.observatoriodaeducacaodorn.org.br e consideram os censos de 1991, 2000 e 2010 nos 167 municípios do RN. O relatório do Observatório da Educação do RN avalia que essa posição negativa de destaque no analfabetismo do Brasil é resultado dos baixos investimentos na educação de base e ausência de políticas públicas eficazes em diversas cidades potiguares.

O levantamento mostra que 34 municípios do estado tem taxas de analfabetismo, em 2010, entre 30% e 39%. Além disso, nenhum desses municípios conseguiu decréscimo acima de 49%, quando comparadas as três edições do censo. Apenas dois municípios do RN tem taxas, em 2010, menores do que 10%. São eles: Natal e Parnamirim.

“Quantos anos vamos precisar para zerar a taxa de analfabetismo dos nossos municípios se continuarmos no mesmo ritmo e mantendo as mesmas políticas públicas e programas?”, alerta a diretora executiva do Instituto de Desenvolvimento da Educação, Cláudia Santa Rosa e coordenadora do estudo.

O objetivo da compilação de informações é contribuir para o planejamento de políticas públicas na área de educação e que tenham por meta zerar a taxa de analfabetismo. Ter acesso aos dados, compará-los e significá-los no âmbito de um planejamento é um dos passos mais importantes para avanços nos resultados, segundo o relatório.

A metodologia de coleta foi organizada em três etapas: 1ª etapa: Tabulação das taxas de analfabetismo do estado e cada um dos seus municípios, por ano, nos três últimos censos (1991, 2000 e 2010 ); 2ª etapa: Cálculo da diferença relativa (%) para conhecer os decréscimos em 20 anos (Para os municípios criados mais recentemente foram considerados os últimos 10 anos) e 3ª etapa: produção de análises e recomendações, considerando os municípios com taxas de analfabetismo mais baixas, com taxas abaixo de 20%, taxas mais altas, decréscimos em alguns intervalos, entre outras.

O relatório do Observatório conclui pela necessidade de avaliação dos gestores públicos sobre os programas e projetos de combate ao analfabetismo que implementam nas últimas décadas; Ações integradas entre o poder público e a sociedade civil para acelerar o ritmo do combate ao analfabetismo, considerando o baixo decréscimo nos últimos 20 anos e maiores investimentos na alfabetização das crianças.

Nota do Blog – Esse cenário explica, de forma considerável, nosso atraso como sociedade. Explica a prosperidade das oligarquias e plutocracias. Explica a impunidade e o servilismo voluntário da patuleia ignorante, além da classe média analfabeta política.

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Categoria(s): Educação

Comentários

  1. antonio carlos diz:

    Não é de se espantar, que a Feira do Livro de Mossoró, esteja encolhendo a cada ano.

  2. William Pereira diz:

    PARADOXOS DA EDUCAÇÃO

    William Pereira da Silva

    O governo federal tem investido pesado na alfabetização dos brasileiros e tem conseguido pouco pelo tempo e recursos gastado nos programas de alfabetização em todo Brasil. Os motivos em não conseguir são vários e um deles me chama a atenção pelo paradoxo criado em que existem funcionários analfabetos trabalhando dentro das escolas, são funcionários públicos muito deles veteranos e passam despercebidos pelos órgãos governamentais.
    Na campanha para diretores um dos itens do meu projeto era a inclusão dos funcionários analfabetos em aulas de alfabetização no próprio expediente onde todos participariam no inicio ou no final da jornada diária de trabalho com uma hora aula.
    Não entendo o porquê de todos terem conhecimentos de tal disparate não realizando nenhum programa para alfabetização desses funcionários públicos. Infelizmente há comunidades escolares que além de não realizarem projetos beneficiando a população escolar não deixam pessoas interessadas implantarem suas idéias e projetos beneficiando a todos.
    Certa vez li num jornal que NO BRASIL SE GASTA QUINHENTOS PARA O OUTRO NÃO GANHAR CEM e talvez seja isso que acontece em algumas escolas aonde pessoa desqualificadas chegam ao poder administrativo não tendo capacidades de realizar ações envolvendo a comunidade em geral impedindo outras pessoas agirem corretamente, talvez para não aparecer seus erros preferem errar ainda mais.
    Os cadernos de fortalecimento dos Conselhos escolares alerta para todos trabalharem com os Indicadores da Qualidade na Educação através de pesquisas dentro da própria escola. Seriam aplicados questionários coletando dados desde os hábitos de vida da comunidade escolar até índices de aprendizagem, evasão, repetência, avaliações, comportamento, inclusão, semi-analfabetos, analfabetos, praticantes atividades esportivas e atividades físicas, segurança, alimentação, alunos por turma, recursos financeiros, população educacional enfim ter dados concretos para comparativos semestral ou anual para avaliações seguras de como anda o desenvolvimento da escola e corrigir erros passados.
    Sem bússolas o navio perde o rumo e os dados coletados sobre os índices de qualidade é um norteador seguro para o caminho que a escola deve seguir. Só podemos corrigir deficiências se elas forem pesquisadas, estudadas, analisados, criticadas, debatidas e isto só entendem aqueles que têm a democracia nos seus atos. Quando todos tiverem direito a vez e voz às coisas mudam com certeza.
    Segundo os cadernos de Fortalecimentos dos conselhos escolares Os Indicadores da Qualidade na Educação foram criados para ajudar a comunidade escolar na avaliação e na melhoria da qualidade da escola. Este é seu objetivo principal. Compreendendo seus pontos fortes e fracos, a escola tem condições de intervir para melhorar sua qualidade de acordo com seus próprios critérios e prioridades.
    Com um bom conjunto de indicadores tem-se, de forma simples e acessível, um quadro de sinais que possibilita identificar o que vai bem e o que vai mal na escola, de forma que todos tomem conhecimentos e tenham condições de discutir e decidir as prioridades de ação para melhorá-lo.Vale lembrar que esta luta é de responsabilidade de toda a comunidade: pais, mães, professores,diretores, alunos, funcionários, conselheiros tutelares, de educação, dos direitos da criança,ONGs, órgãos públicos, universidades, enfim, toda pessoa ou instituição que se relaciona com a escola e se mobiliza por sua qualidade. Educação é um assunto de interesse público. Por isso, pretendemos que a aplicação deste instrumental envolva todos esses atores, inclusive as crianças das séries iniciais do ensino fundamental.
    Outro paradoxo encontrado nas escolas é o desinteresse de alguns dirigentes que não leem, não pesquisam, não debatem, não aceitam criticas, são verdadeiros NÃOS que atuam numa educação que precisa Urgentemente de administradores do SIM da democracia e da convivência harmoniosa.

  3. Inácio Augusto de Almeida diz:

    Se fosse só a feira do livro que estivesse encolhendo seria possível se procurar e achar uma solução.
    No RN quase tudo está encolhendo.
    A saúde está encolhendo.
    A Segurança acabou-se.
    A Educação não poderia deixar de sofrer a influência de uma administração voltada para outras prioridades.
    Recentemente, coisa de poucos dias, uma comissão de vereadores da CMM constatou que uma escola municipal funcionava sem sequer ter sanitário para as crianças satisfazerem suas necessidades fisiológicas. Isto foi noticiado nas redes sociais, tornou-se público e notório e que providência foi adotada? Sequer a vigilância sanitária lá esteve. Vigilância sanitária que exige dos empresários que mantenham em suas fábricas e lojas banheiros masculino e feminino. E limpos. E ai da empresa que não cuimprir todas as exigências da viligânacia sanitária.
    MULTAS! MULTAS! MULTAS!
    Multas e ameaças de fechamento do estabelecimento.
    Se esta escola pertencesse à rede particular de ensino teria sido fechada?
    Claro que teria.
    O show de pirotecnia seria o maior possível.
    Os jornais exibiriam fotos nas primeiras páginas, as rádios que mantém contrato de arrendamento de horário com a prefeitura transmitiriam direto o ato de fechamento da escola. Certamente a própria prefeita Cláudia Regina, que adora a mídia, estaria presente ao ato de fechamento da escola e da crucificação moral do seu proprietário.
    Mas como a escola é municipal, nada além dos vereadores que formaram esta comissão de vistoria terem ficado como bobos aconteceu.
    Hoje dia 8 de maio e o fardamento escolar ainda não foi distribuído em Mossoró.
    Enquanto em quase todos os outros municípios do Brasil isto já aconteceu e as crianças receberam duas blusas, um calção, uma calça, dois pares de meia, um tênis e um boné, Mossoró, que em anos anteriores distribuiu apenas duas blusas a título de fardamento escolar, este ano, até hoje, não entregou nada.
    Se os vereadores sabem disto?
    SABEM!
    Sabem e se calam como calados permanecem até hoje quanto ao caso do colégio que constataram funcionar sem sanitário para as crianças.
    Foi feita alguma comunicação ao MEC? Ao FALE COM A PRESIDENTA?
    Certamente nada foi feito.
    Melhor que estes vereadores nunca tivessem ido a esta escola.
    Em outras escolas falta água para as crianças do programa MAIS EDUCAÇÃO tomarem banho, o que as obriga no intervalo do almoço terem que se deslocar do colégio para as suas casas e depois retornarem para o outro período. Para os pais que tem transporte próprio o transtorno é suportável, mas para as famílias mais carentes que tem expor seus filhos a uma caminhada em pleno sol de meio dia numa cidade quente como Mossoró porque FALTA ÁGUA NOS COLÉGIOS DA REDE MUNICIPAL isto se torna um drama.
    É tanta coisa absurda que acontece que se todas foram relatadas dá para se publicar um livro.
    Fiquemos só nestas.
    Não vamos sequer mais falar que ontem a merenda foi cuscuz com ovo.
    Que Deus nos proteja
    HOJE, DIA 8 DE MAIO E O FARDAMENTO ESCOLAR AINDA NÃO FOI DISTRIBUÍDO EM MOSSORÓ.
    A PREFEITA DE MOSSORÓ GANHA MAIS DO QUE A GOVERNADORA DO MARANHÃO?
    A GOVERNADORA DO MARANHÃO GANHA R$ 15.409,95 por mês.

  4. Marcos Pinto. diz:

    Uma prova inequívoca e incontestável do analfabetismo predominante neste Rio Grande sem Norte e s em sorte está emblematizada e anatemizada na eleição da Rosalba ROSADUS ao governo estadual.

  5. Francy Granjeiro diz:

    Agora vai!!
    Walfredo Gurgel será monitorado 24 horas pela Presidência da República.

    O Hospital Walfredo Gurgel, mais precisamente o Pronto-Socorro Clóvis Sarinho, será diuturnamente monitorado por câmeras ligadas diretamente à presidência da república, a partir do dia 09, próxima quinta-feira.
    A unidade que faz parte da rede SOS Emergência que selecionou os principais hospitais de urgência do país, está recebendo verbas federais e não serão tolerados a presença de pacientes em corredores ou a falta de medicamentos e insumos como acontece hoje.
    Resta saber agora para onde irão as centenas de pessoas que se espalham em macas pelas “veredas hospitalares”.

    8 de maio de 2013
    De Rosalie Arruda

  6. DAGMÁ REGO DE QUEIROZ diz:

    Se a Federação é constituída por 27 Estados e estamos na 23a colocação, não estamos tão ruim assim! Messmo assim, o cenário é desalentador. A Educação de Jovens e Adultos, por exemplo, não recebe quase nenhuma atenção dos Poderes Públicos. E quando recebe é como filantropia. O analfabetismo caminha junto com a miséria e com a violência, resultando na morte de milhares de jovens todos os anos. E o ciclo se repete todos os anos sem que seja rompido. Até quando?

  7. Rui Nascimento diz:

    Vou me mudar pra NUKU’ALOFA, capital de Tonga, lá no meio do Pacífico. Acho que ainda dá tempo de aprender alguma coisa por lá!

  8. jb diz:

    Educação é um drama nacional,Segundo o INAF 2011-2012, Indicador de Alfabetismo Funcional. Criado pelo Instituto Paulo Montenegro e Ação Educativa mostram evolução do alfabetismo funcional na última década. “O percentual da população alfabetizada funcionalmente foi de 61% em 2001 para 73% em 2011, mas apenas um em cada 4 brasileiros domina plenamente as habilidades de leitura, escrita e matemática[…] E SOMENTE 62% DAS PESSOAS COM ENSINO SUPERIOR e 35% das pessoas com ensino médio completo são classificadas como plenamente alfabetizadas.”

    fONTE://www.ipm.org.br/ipmb_pagina.php?mpg=4.02.01.00.00&ver=por

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