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terça-feira - 11/03/2014 - 09:36h
Governo do Estado

Robinson exercita arte política e se mantém vivo na sucessão

Converso aqui em Natal, demoradamente, com o vice-governador dissidente Robinson Faria (PSD). Ele parece infatigável na arte política.

Henrique e Robinson: confiança recíproca

Reuniões, viagens ao interior, entrevistas, difusão de imagem em redes sociais…

O telefone também não dá trégua.

Braços cruzados momentaneamente sobre o peito, à mesa de um conhecido restaurante da capital, ele não fica na defensiva. Sorrir e diz: “Gosto dessa rotina, desse contato, desse ritmo”.

O almoço não é oportunidade de pausa. Transforma-se, isso sim, em nova chance de sequência desse trabalho. Ladeado pelo assessor Diego Dantas, dá celeridade a decisões, confia na memória e revela-se britânico nos horários.

Fidalguia

Enquanto esquadrinha o prato com garfo e faca, admite que a refeição sempre parcimoniosa, é que não tem hora marcada. Depende da agenda. “Às vezes só posso bem tarde; duas ou três da tarde”, ilustra. À noite, os compromissos quase sempre avançam pela madrugada, em Natal ou em qualquer rincão do estado.

Robinson não fala sobre supostos inimigos que teria colacionado em mais de 30 anos de política. No bate-papo, desfia comentários, emite impressões e tece elogios a adversários. Traços inconfundíveis de fidalguia, que cabe e deveria ser regra na selva política.

Não revela gestual brusco ou qualquer elevação de voz, independentemente do assunto ou dos personagens a que se refere. “Henrique é meu amigo há mais de 30 anos”, estabelece – numa referência ao presidente da Câmara Federal Henrique Alves (PMDB), a quem pode enfrentar ao Governo do Estado.

– Ela sabe que pode confiar em mim. Respeito sua liderança e sei que falamos com franqueza, um com o outro – comenta.

Com o PT da deputada federal Fátima Bezerra, o vice-governador vive um novo romance político. Pacto para conversa aberta e conjunta com outros partidos. Se vai ter enlace conclusivo em campanha, não se sabe. Não depende só dele.

De olho no tempo, brecamos a conversa. Ele tem pressa.

Do restaurante sai para reunião com representantes de dez partidos em outro ponto de Natal. Na sexta-feira (14), comecinho da noite, será a vez de dialogar com o PDT do prefeito Carlos Eduardo Alves.

Sentidos

Com o PMDB de Henrique, o contato também continua aberto. Enfim, acredita que quem se fecha, se limita.

Fala, fala, fala. Mas não desvia sequer o olhar do interlocutor, para poder ouvir com todos os sentidos.

Desafia uma máxima da política brasileira: “candidato cedo lançado, cedo queimado”.

– Se eu não mantivesse minha postulação, com certeza esses impasses e indefinições estavam superados. Não tenho motivos para desistir – aposta.

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Categoria(s): Política

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