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segunda-feira - 23/05/2011 - 07:50h

Secretário tenta desconstruir imagem do professor-grevista


O secretário-chefe do Gabinete Civil do Estado, Paulo de Tarso Fernandes, foi entrevistado hoje no "Bom-dia, RN" (Rede Globo/InterTV Cabugi). Dissecou a crise no Estado e clamou por "colaboração de todos".

Mas outra vez foi visível o tom provocativo em suas palavras. De novo.

Reiterou a estratégia de desconstruir, por exemplo, a imagem da professora Amanda Gurgel (e dos grevistas), que virou ícone na luta dos grevistas da Educação, com repercussão nacional (ontem, por exemplo, no programa "Domingão do Faustão", da Rede Globo).

– Metade do magistério não trabalha; não dá aula – disse.

Acrescentou que a própria Amanda é um caso, rejeitando a tese da jornalista-entrevistadora Michelle Rincon de que esse quadro era devido "as condições de trabalho". Retrucou: "Não, não é só isso…"

O secretário lembrou que a folha de pessoal do Estado chega aos R$ 231 milhões e que o governo atual está fechando este mês compromissos que ainda derivavam de agosto do ano passado, como pagamento de férias.

Disse que o governo estava contendo despesas e tentando ampliar arrecadação.

Assinalou que logo no início da gestão, a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) tomou medidas reduzindo cargos comissonados e com cortes em gratificações etc. Subliminarmente lembrou que "tudo vem do mesmo caixa", numa alusão aos gastos dos "outros poderes e órgãos", como Assembleia Legislativa, Tribunal de Contas do Estado (TCE) e Ministério Público.

Evitou, entretanto, lhes cobrar igual ou maior austeridade.

Nota do Blog – O secretário está com dificuldade de lidar com uma crise dessa envergadura. Falta de costume, não de inteligência e cultura.

Suas palavras são de dois pesos e duas medidas, além de certo desconhecimento da própria realidade escolar do RN e do Brasil.

Lidar em dois ou três turnos com salas lotadas, precárias condições de ensino, salários aviltantes, além de outros estresses, claro que deixa o professor em comprometimento de saúde.

Tentar diminuir a força da palavra da professora Amanda, é uma estratégia grosseira e intolerante, sobretudo pela dimensão nacional que sua imagem alcançou.

Seria interessante, sim, que o governo propusesse aos outros órgãos e poderes a colaboração que impõe ao servidor de carreira.

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Categoria(s): Blog

Comentários

  1. Gilmar diz:

    Esse é o terceiro ponto estratégico, quando os outros dois nao funcionam. Parabéns Professora Amanda. Tens o apoio da nação inteira. Menos daqueles que se circunscrevem a contramão na história da humanidade.

  2. William Pereira da Siva diz:

    Do Twitter
    REVISTA VIRTUAL UNIVERSO WILLIAM PEREIRA 2011: Cresce na Espanha a Revolução dos Indignados …lprofessorwilliampereira.blogspot.com/2011/05/cresce…
    Tá bom de chegar po aqui este tipo de atitudes, fico triste em não ver o povo indignado e sim correremm para campos de futbol, igrejas, shoppings, micaretas, praias… e o os sabidinhos só comendo mole na corrupção. Precisamso de uma revolta popular mais ativa e agressiva, mas com organização e sensatez…

  3. Zenilma Oliveira diz:

    A fala do secretário é realmente grosseira, desconhecer a realidade do serviço público, no caso aqui em pauta, a educação, é no mínimo grosseiro, para não dizer burrice. Desconhecer a realidade grotesca das condições de trabalho, ensino e das escolas, além das condições de salário dos profissionais da educação, é apostar na ignorancia de toda uma sociedade, ou então o secretário não está preparado para o cargo e a pasta que ocupa. O grande X da questão é que em tempos atrás a mídia, principalmente a do RN que sempre estiveram nas mãos dos políticos, só divulgava o que fosse do interesse dos mesmos. Agora querer tapar o sol com uma peneira e dizer que metade dos professores desse estado não trabalha, porque a fala de uma professora retrando a realidade nua e crua ganhou repercussão nacional e o estado não tem como negar essa realidade e partir para uma apelação desse nível é lamentavel. Tenha dó né secretário, vamos jogar limpo, exponha de maneira realista a situação do serviço público para a sociedade. Será que também metade da polícia civil não trabalha? Metade dos servidores do DETRAN? Da saúde? Da Emater? Dos professores da UERN? e de tantas outras categorias que estão, e ou vão entrar em greve nesse estado.

  4. William Pereira da Siva diz:

    MARCAS DA MALDADE

    William Pereira da Silva

    Estou tomando emprestado o título de um texto de Sidarta, onde se refere COMO ATUAM OS “RATOS DE ESGOTO” DE TODA COMUNIDADE e vou transcrever algumas passagens desta crônica me referindo as inspeções do Governo do Estado que vieram nas escolas de Mossoró em governos passados e mais uma vez implantaram o terror. As inspetoras como verdadeiras terroristas e ditadoras vieram como capachos da Secretaria de Educação, vêm de forma sorrateira e covarde fechar escolas, turmas, remover funcionários, infernizar os servidores públicos, especialmente os professores. Covardemente a mando da Secretaria de Educação sem nos dar direito à defesa ou esclarecimento das suas ações mandam e desmandam dentro das escolas, a seu bel prazer, sem respeitar direitos de ninguém, AUTONOMIA É PALAVRÃO. De forma estratégica adiam o inicio das aulas para nos pegar de surpresa e ameaçando os Diretores despreparados e indefesos fazer seu jogo de ratos de esgotos.

    Fico estarrecido com essas ações terrorista, devemos dar o troco na mesma moeda, se existe o movimento dos sem terras com suas foices e machados invadindo terras conseguindo seus direitos, devemos todos nós OS SEM MORAL usar as armas a nossa maneira, individualmente, dar a resposta ao nível do que fizeram conosco. Em surdina usar do terrorismo contra o Governo do Estado com nossas capacidades intelectuais, sem medo, mostrar como se usa uma caneta um giz contra eles, computador, sei lá o que, tudo que for possível. O importante é nossa reação, mostrando toda nossa revolta contra eles.

    Nunca esperava uma ação desta deste Secretário de Educação em quem colocava um pouco de fé e esperança de ver a educação do RN tomar novos rumos. Estamos tomando é novos desrespeitos. Respeito é bom e eu gosto, mas eles não.

    LEIA TODO O TEXO DE SIDARTA EM //textuariowpereira.blogspot.com/2009/02/marcas-da-maldade.html

  5. Luiz Augusto diz:

    O povo burro esse de Rosalba, t na hora de baixar a crista e dialogar, ve que o negocio ta ficando brabo, tudo que fazem da errado, ta a cara da FAFA….ou seja a turma de PMM ta fazendo escola.

  6. fernando fla diz:

    O omi falou como capataz de fazenda,capitão -do mato,jagunço.
    O vwrdadeiro vassalo.Mas, de olho no tribunal de contas.

  7. Paula - Paraú diz:

    A governadora Rosalba precisa urgentemente trocar boa parte do seu secretariado, se não o fizer, o bicho vai pegar, greves estão pipocando para todos os lados, e cada vez que algum secretário se pronuncia, é prá falar baboseiras.
    Arrg!

  8. Francisco Gondim diz:

    O professor adoece porque vê seus direitos roubados todos os dias. Pro exemplo: a licença de 3 meses a que temos direito a cada 5 anos, ninguém usufrui. Eu sou professor com 10 anos e nunca consegui a tal licença porque o governo alega que não tem um substituto. Isso se repete com todos os professores. Ora, essa licença seria para descançar a mente a cada 5 anos, mas não é colocada em prática.

    As vantagens das chamadas letras a cada 2 anos, niguém recebe o benefício de acréscimo de 5% que as mesmas nos dão. Eu deveria estar na letra E e estou na letra B. Isso é um assalto, sem uso de armas em punho. E ainda tem quem diga que o banditismo está aumentando. Quem dá o exemplo?

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