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domingo - 07/07/2024 - 04:30h

Sem Rosados divididos e sem Rosados unidos, apenas sem Rosados

Por Christianne Alves

Sandra, Rosalba e Larissa em convenção municipal do PP em 5 de agosto de 2016 (Foto: arquivo)

Sandra, Rosalba e Larissa em convenção municipal do PP em 5 de agosto de 2016: união de ocasião (Foto: arquivo)

As eleições municipais já batem à porta, e está bem perto de fechamento de chapas, ou seja, definição de nomes; e um fato incomum na política de Mossoró está prestes a acontecer: nenhum Rosado concorrerá à prefeitura e, ao que tudo indica, nem ao menos integrará como vice qualquer chapa entre as pré-candidaturas já anunciadas.

O rosadismo, que por décadas comandou a segunda maior cidade do estado, não tem, atualmente, sequer um representante no legislativo municipal. A última tentativa de se manter no poder veio em 2020 com a então prefeita Rosalba Ciarlini (PP), que disputou a reeleição com o então deputado estadual Allyson Bezerra (SDD), tendo este vencido, jogando assim o que pode ter sido a última pá de cal no rosadismo em Mossoró, que teve que se contentar com Larissa Rosado (PSDB, hoje no PSB) eleita vereadora.

Esse ano, o grupo da pediatra Rosalba Ciarlini, quatro vezes prefeita, ex-senadora, ex-governadora, liderado pelo seu marido, o ex-deputado Carlos Augusto Rosado, até demonstrou intenção de ir mais uma vez ao embate com o prefeito Allyson Bezerra (UB), mas, não encontrando condições mínimas para seu intento, desistiu. Ou seja, não obteve o apoio que desejava, não irá.

É o que indica o quadro atual até o fechamento dessa postagem. Essa semana, o Blog Carlos Santos publicou (veja AQUI) que o deputado federal João Maia, presidente estadual do Progressistas, partido que abriga a ex-prefeita, afirmou que ainda faria a última tentativa de convencer Rosalba a ir à disputa. Entretanto, alguns interlocutores ligados ao casal Carlos Augusto e Rosalba garantem que tal possibilidade é próxima de zero. Então, dentro de poucos dias, Rosalba deverá anunciar apoio a alguma candidatura de oposição. Ao menos é que se espera.

O ex-deputado federal Beto Rosado, sem mandato, hoje vice-presidente do Progressistas no estado, não esboçou intenção nenhuma de concorrer ao Executivo. O nome de sua esposa, Katherine Bezerra, surgia em conversas, ora para o Executivo, ora para o Legislativo. Tudo descartado pelos dois.

Já o grupo liderado pela ex-deputada Sandra Rosado, o Sandrismo, este ano não lançará nome para concorrer à Câmara Municipal de Mossoró. Larissa Rosado, que teve seu mandato de vereadora cassado em maio de 2023, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), não conseguiu em tempo hábil um partido para se filiar.

Hoje, Larissa comanda o PSB em Mossoró, que poderá compor a vaga de vice na chapa com Lawrence Amorim, já que seu partido decidiu pelo apoio a pré-candidato tucano, mas, segundo familiares, essa é uma possibilidade descartada. Ou seja, o Sandrismo para as eleições de 2024 jogou a toalha.

A ex-prefeita Fafá Rosado até demonstra vontade de voltar à cena, mas é brecada por parte de sua família, que não a quer mais em disputas eleitorais.

Hoje, o único Rosado dado como certo na disputa a uma vaga na Câmara Municipal é o ex-vereador Vingt-un Neto (PL), mas não é ligado a nenhuma ala da família, nem rosalbista e nem sandrista. Corre em raia própria.

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Para uma família que estava no poder desde 1948, quando das eleições de Dix-sept Rosado a prefeito e seu irmão, Vingt Rosado, a vereador, exatos 72 anos de poder, é um baque e tanto, não é mesmo? Quem se acostumou com o poder, agora precisa desacostumar, o que é bem mais difícil.

A lição que tiramos disso tudo é que assim como na vida tudo passa, e tem seu momento, e que a política é também feita de ciclos. Concorda?

Christianne Alves é editora do Blog da Chris Alves

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Categoria(s): Opinião / Política / Série Eleições Municipais 2024

Comentários

  1. Cesar Amorim diz:

    O tempo é o “senhor da razão”, não espera ninguém, segue seu curso e chega para todos. Os atores políticos precisam entender seus sinais, tanto para recuar, quanto para avançar.

    Na política, entender o tempo e sair de cena é sempre difícil, dado o “mau costume” causado pelo poder, contudo, penso que Rosalba entendeu, mesmo “forçadamente”, que seu protagonismo foi corroído pelo tempo. Passou!

    O momento atual, por sua vez, é de Allyson Bezerra, não há outro. E pelo contexto apresentado, terá uma reeleição consagradora como resposta de uma grande administração, que embora haja espaço para evolução em alguns aspectos, é sem dúvidas a grande administração das últimas que Mossoró experimentou.

  2. Cesar Amorim diz:

    O tempo é o “senhor da razão”, não espera ninguém, segue seu curso e chega para todos. Os atores políticos precisam entender seus sinais, tanto para recuar, quanto para avançar.

    Na política, entender o tempo e sair de cena é sempre difícil, dado o “mau costume” causado pelo poder, contudo, penso que Rosalba entendeu, mesmo “forçadamente”, que seu protagonismo foi corroído pelo tempo. Passou!

    O momento atual, por sua vez, é de Allyson Bezerra, não há outro. E pelo contexto apresentado, terá uma reeleição consagradora, como resposta da exitosa administração que vem fazendo, que embora haja espaço para evolução em alguns aspectos, é sem dúvidas a grande administração das últimas que Mossoró experimentou.

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