Integrada a uma chapa majoritária ao Senado, com duas vagas a serem conquistadas, a senadora Rosalba Ciarlini pode ser puxadora de votos. Repetiria outros casos.
Sendo confirmada à disputa ao governo e como favorita, Rosalba pode içar por gravidade quem estiver em seu entorno e associado ao seu nome. Os candidatos ao Senado sabem que esse fenômeno não é raro na política nacional e mundial, em qualquer tempo.
Contudo nada é tão simples assim, como se fosse tão-somente um movimento mecânico.
Em 1986, o crescimento ao governo de Geraldo Melo (veja postagem abaixo) puxou Wanderley Mariz e Zezito Martins para cima. Houvesse empenho e crença na vitória por parte de ambos, talvez surpreendessem os favoritos Lavoisier Maia e José Agripino, dois ex-governadores.
Em 1998, o então governador Garibaldi Alves Filho (PMDB) trouxe o empresário-senador Fernando Bezerra (filiado ao PMDB) para novo mandato. Ganhou com facilidade.
Porém é bom que cada um dos exemplos seja contextualizado.
Em 1986, Geraldo foi parte de um fenômeno nacional, com o sucesso fantasioso do Plano Cruzado, que fez o PMDB ganhar a grande maioria dos governos e vagas ao Senado no país.
Em 1998, a ótima aprovação da gestão de Garibaldi e o “estouro” dos recursos da venda da Cosern alavancaram o governismo ao sucesso eleitoral.
Nada é por acaso em política. É um erro crasso, em qualquer análise, a avaliação de fatos sem contextualização.
Parabéns, Carlos!
É qualidade que você tem imprimido às suas análises que tem tornado este blog um verdadeiro “maracanã em dia de clássico”.
Abraço!