Por Francisco Edilson Leite Pinto Júnior
Liberte-se por conta própria; poupe e salve o seu tempo, que até recentemente tem sido retirado a força de você, ou furtado, ou simplesmente escapado de suas mãos (…)
O tipo mais desgraçado de perda, no entanto, é aquela, devida ao descuido. Ademais, se você prestar atenção ao problema, você verá que a maior parte de nossa vida passa enquanto estamos fazendo coisas desagradáveis, uma boa parte enquanto não estamos fazendo nada, e tudo isso enquanto estamos fazendo o que não se deveria fazer (…)
Qual homem você pode me mostrar que coloque algum valor em seu tempo, que dá o devido valor a cada dia, que entende que está morrendo diariamente? Pois estamos equivocados quando pensamos que a morte é coisa do futuro; a maior parte da morte já passou.
Quaisquer anos atrás de nós já estão nas mãos da morte (…) Nada, Lucílio, é nosso, exceto o tempo.
A natureza nos deu o privilégio desta única coisa, tão fugaz e escorregadia que qualquer um pode esbulhar tal posse. Que tolos esses mortais são!
Eles permitem que as coisas mais baratas e inúteis, que podem ser facilmente substituídas, sejam contabilizadas depois de terem sido adquiridas; mas nunca se consideram em dívida quando recebem parte dessa preciosa mercadoria, o tempo!”
Hoje o tempo voa, amor
Escorre pelas mãos
Mesmo sem se sentir
Não há tempo que volte, amor
Vamos viver tudo que há pra viver
Vamos nos permitir (Lulu Santos)
Francisco Edilson Leite Pinto Júnior é professor, escritor e médico
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