Como previsto, o vereador Francisco José Júnior (PSD) foi eleito para mais um mandato como presidente da Câmara de Mossoró, agora em outra legislatura (biênio 2013-2014).
Sua vitória foi alcançada bem antes da própria votação ontem, após a posse dos vereadores eleitos em outubro de 2012.
Articulação de bastidores com ajuda do próprio Palácio da Resistência e da prefeita eleita Cláudia Regina (DEM), o viabilizou.
Mas sem dúvidas, o forte foi seu próprio poder de persuasão nos intramuros do poder, garantindo apoio do governismo à sua eleição, mesmo tendo feito campanha pela oposição.
Um detalhe que não pode ser deixado de lado na história desse êxito eleitoral de “Silveira” (como é conhecido): foi candidato único, raridade na Câmara de Mossoró, de incontáveis disputadas acirradas.
Mesa diretora
A mesa diretora presidida por Silveira deixou de lado a tradição de se fazer composição entre bancadas da oposição e governo à sua formação. Pelo menos em relação aos postos principais.
Neogovernista, Silveira é o presidente eleito. Alex Moacir (PMDB) ficou como vice, Chico Carlos (PV) na condição de 1º secretário e o segundo secretário é Flávio Tácito. Todos governistas. Apenas Luiz Carlos Martins (PT) – pela oposição – obteve a 3ª secretaria. A 4ª secretaria coube ao também governista Tassyo Mardony (PSDB).
O 2º vice-presidente é o Soldado Jadson (PT do B).
Nota do Blog – Silveira era presidente na legislatura que foi encerrada no dia 31 de dezembro de 2012.
Outro fato marcante, é que pela primeira vez – a pós modificação legal feita no final do ano passado – a votação foi aberta. Antes era secreta.
Rapaz esperto, esse Silveira, passe a gestão toda de namoro sério e promessa de casamento, no final da gestão rompe o noivado, vai para a oposição – que tinha perspectiva de vitória – não tendo êxito, volta – de onde nunca saiu – e como prêmio, a presidência da Câmara. Sobre 2014, espertamente não expressa posição, se a oposição mostrar condições de vencer, Silveirinha, lá pelos 45 minutos do segundo tempo, declara amor eterno a oposição, se vencer fica onde sempre esteve – no Partido do Poder- se perder, volta para onde nunca saiu. Eita menino sabido. Como diria um comentarista numa partida de futebol: esse rapaz é um grande centroavante, tem faro de gol, caiu na área o seu senso de oportunismo transforma em gol.
Tudo indica que “Casa do Povo” (de quem homi?) continuará sendo apenas uma extensão do Palácio da Resistência, ou seja, uma espécie de filial do “poder central”, nada mais. É, parece que o “feudo” continuará o mesmo e vassalagem idem!
EU, Tú, ele, nós, Vós. Tudo Dominado.