“Todos por Mossoró” será o slogan do novo governo municipal em Mossoró.
O anúncio foi feito mesmo antes da posse da prefeita Cláudia Regina (DEM), nesse dia 1º de janeiro.
“Desde o início do nosso trabalho com o povo mossoroense temos baseado nossas ações no ato de ouvir as pessoas, saber suas impressões sobre o que queríamos fazer e, envolver todos que estivessem dispostos neste trabalho. Por isso, não podia ser diferente à frente do Poder Executivo. Todos por Mossoró é um chamamento à população em geral para atuar como parceira, definitivamente, nas ações a serem realizadas pelo poder público, para melhoria da nossa cidade”, justificou a prefeita através de sua assessoria.
Nota do Blog – Gostei da proposta. Mesmo muito próximo de lugar-comum que se pulverizou pelas gestões públicas no país, a ideia tem uma tênue e significativa diferença.
A proposta não é falsamente impositiva e paradoxalmente democrática, se fosse montada em sentido inverso: “Mossoró para todos”.
A construção do “Todos por Mossoró” tem um âmago de “convocação” suprapartidária e apartidária, com aura cívica.
Torçamos que o próprio exercício do poder seja assim, sem o ranço e atos de vilania que tanto caracterizaram a gestão anterior, que dividiu a cidade ao meio pela intolerância e falta de escrúpulos em muitos atos.
O discurso é bonito.
Vamos ver na prática.
Por que a prefeita não concede uma vez por mês audiência pública onde qualquer cidadão poderá expor as suas sugestões à Prefeita?
Na Paraíba isto já aconteceu no governo de José Américo de Almeida.
E quando algum esperto aparecia para pedir emprego ele encerrava no ato a entrevista dizendo que o pedido seria avaliado. E mandava que entrasse outro cidadão.
Se assim fizer a Prefeita Cláudia Regina tomara conhecimento através do próprio povo dos problemas que infernizam a vida dos mossoroenses.
Mas por favor, não coloque nenhum assessor para saber antes qual o problema que será levado ao seu conhecimento. Se fizer isto será feita uma filtragem e a senhora só ouvirá o que os seus áulicos quiserem que a senhora ouça.
Sem nenhuma censura prévia.
Este tipo de audiência só funciona se o povo tiver TOTAL liberdade para tratar qualquer tipo de assunto.
No começo haverá filas.
Mas só no começo.
Depois nem será preciso limitar o tempo de cada um a cinco minutos.
Fica a sugestão.
Depois do “Adoro Mossoró” (quem?) e do “Mossoró da Gente” (de quem mesmo?), finalmente algo mais criativo e menos “meloso”. Resta saber se serão TODOS mesmo por Mossoró ou se serão apenas os “mortais comuns”!