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quinta-feira - 08/04/2010 - 14:09h

Somos todos jornalistas

O twitter deste blog ganhou ontem quase 400 novos seguidores. Para ser exato: 390. Vinha crescendo em média 70 novos seguidores por dia desde janeiro último.

O que houve? A combinação de duas coisas: informações que apurei sobre as chuvas no Rio e informações sobre o mesmo assunto apuradas pelos leitores. Para cada informação que eu dava, os leitores mandavam sete ou oito outras. E eu repassava cada uma delas para todos os seguidores do blog. 

Depois da internet os jornalistas perderam o monopólio da informação. E notícia deixou de ser apenas o relato de um fato. Notícia passou a ser conversa também – e acima de tudo, troca.

O que também me impressionou ontem: nenhuma notícia mandada por leitores e repassada por mim para os seguidores do blog estava errada. O que derruba a idéia ainda cultivada por muitos jornalistas, de que leitores não-jornalistas carecem de compromisso com a veracidade do que relatam.

Eu estava em Brasília tentando saber o que acontecia no Rio. Ou mesmo em Brasília onde também choveu muito forte. Na maioria das vezes, os leitores escreviam sobre o que viam.

O testemunho deles era mais vivo e mais crível do que o meu. Na mesma linha, as imagens mais impressionantes sobre as chuvas no Rio mostradas pelo Jornal Nacional ontem foram colhidas por cidadãos comuns.

* Extraído do Blog do Ricardo Noblat

Nota do Blog – Concordo em parte com o Noblat.

Realmente, não é mais do jornalista o "monopólio da informação". Entretanto de um Blog a qualquer mídia convencional, continuará existindo técnica, faro, compromisso e paixão na produção jornalística.

A filtragem quanto a temas e informações, cuidados com fontes e a permanente desconfiança para separar notícia de boato, não alijará jamais o verdadeiro jornalista dessa atividade.

Sem sombra de dúvidas, a Internet mexe com hábitos e produz rica relação entre o comunicador social e o cidadão. Uma dialética fundamental à construção de uma nova ordem social, assentada na consciência individual e no espírito coletivo. 

Eu só tenho a agradecer aos meus milhares de webleitores por tudo que têm-me doado nesses anos, intensos, de minha vida virtual-real.

Muito obrigado.

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Categoria(s): Paulo de Tarso Fernandes

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