Por Odemirton Filho
Nestes tempos de internet e de redes sociais é comum ficar horas navegando pelo mundo virtual. Em casa, ou nos bares e restaurantes, observa-se pais e filhos teclando nos seus celulares e tablets. Aliás, não raro, vejo crianças que, ao fazerem suas refeições, não tiram os olhos das telas. Concorde-se ou não é a realidade atual; cada um educa os seus filhos como bem entende.
Pois bem. Dia desses, nas minhas diligências para proceder às intimações, vi algumas crianças jogando futebol no meio da rua. E confesso que fiquei surpreso; uma grata surpresa, diga-se. De uns tempos pra cá, vejo poucos garotos jogando pelas ruas das cidades.
Porém, recentemente, ao chegar à casa de uma senhora na cidade de Porto do Mangue, que vende café, sucos e lanches, conversei com o seu filho. O garoto, com uns dez ou doze anos, disse-me que seu sonho era ser jogador de futebol. Perguntei se jogava bem. Ele sorriu, encabulado, respondendo-me afirmativamente.
Incentivei-o a lutar pelo seu sonho, mas disse-lhe para não abandonar os estudos, ainda que buscasse o seu objetivo. Sonhar faz parte de nossas vidas, alimenta a nossa alma para que possamos correr atrás do que desejamos. Nem sempre conseguimos, é certo. Cair e, principalmente levantar, faz parte da jornada.
Entretanto, não podemos deixar de sonhar. Os sonhos nos fazem suportar o peso da vida. Talvez, o garoto da cidade de Porto do Mangue não consiga realizar o sonho de ser um jogador de futebol. Todavia, o desejo de dar uma vida melhor para sua família o motiva a perseguir seu objetivo. Oxalá consiga.
A infância e a adolescência, sobretudo, são recheadas de sonhos. Uns, conseguimos realizar, outros, não. Faz parte. Penso que o segredo é seguir em frente, sonhando com os pés no chão.
Depois do breve papo com o menino, tomei um café e fui cumprir os mandados judiciais. Ele, sem querer, despertou a minha memória afetiva, pois resgatei os doces sonhos da infância.
Lembrei-me, ainda, dos jogos de futebol lá na rua 06 de janeiro e na rua Francisco Ramalho. Veio à mente, com carinho, os jantares na casa dos meus avós e na casa dos meus primos.
Foi um tempo bom.
Odemirton Filho é bacharel em Direito e oficial de Justiça
“Os sonhos nos fazem suportar o peso da vida” amigo Odemirton, iria escrever alguma coisa inerente a sua crônica em tela, você me pretérito com a grande frase entre aspas.
Como sempre, parabéns pela peça, e que Deus continue te iluminando sempre.
Um abração!!!
Corrigindo: você me preteriu…
P.S. não é a idade! é o corretor automático do celular, ok?
Eu sei, eu sei, rsrsrs. O amigo tem o espírito jovial. É o que importa. Obrigado pela leitura e comentário.
Forte abraço.