Por José Ronaldo Pereira da Silva
Aproxima-se mais um processo sucessório na reitoria da Universidade do Estado do RN (UERN). Até o presente, três pré-candidatos, respaldados por suas respectivas bases de apoio, já estão sendo apresentados à comunidade.
Em ordem alfabética: Ana Dantas (diretora do Campus da Capital), Gilton Sampaio (Diretor do Campus de P. dos Ferros) e Pedro Fernandes (pró-reitor da PROPEG).
Outros candidatos ainda poderão surgir (ou não). O que parece é que ninguém deixará de votar por falta de uma opção. Em um cenário ideal, todos os candidatos teriam as mesmas oportunidades para se apresentar e divulgar o seu projeto de gestão. E o modelo que mais se aproxima disso é o debate “face to face” (como costumam dizer os americanos).
Quem não conhece os candidatos tentará conhecer o currículo deles. Talvez dêem muita importância à sua experiência como gestor de ensino, pesquisa e extensão. Mas não é só isso, um bom candidato deve ter experiência na gestão de pessoal, na mediação de conflitos nos diferentes setores acadêmicos e nas relações da universidade com a sociedade (que paga a conta).
Tudo isso vem à tona durante os debates.
Está também se aproximado a hora das diversas entidades acadêmicas representativas (Aduern, Sintauern, DCE/Ca’s, faculdades e campi) apresentarem suas propostas aos candidatos. Essas entidades obviamente não devem “apoiar” um candidato, mas é importante que os seus representados saibam quem se compromete com as propostas de suas entidades representativas.
E não basta uma fala do candidato durante uma visita à entidade para convencer o eleitor, o compromisso deve ser assumido publicamente, e um debate é um bom momento para isso. É também preciso ter em mente que se trata de um processo de escolha, não de uma luta do bem contra o mal.
O debate deve ser de idéias, a crítica deve ser precisa para atingir apenas o modelo de gestão ou a idéia, nunca o candidato. Aos apoiadores cabe convencer o eleitor expondo a capacidade do seu candidato e potencial de suas idéias, e não usando os defeitos dos outros candidatos.
É igualmente importante lembrar que somos todos pela UERN e se fizermos isso, nunca abriremos entre nós abismos tão grande que não possamos superá-los depois. Devemos estar prontos para nós unirmos em defesa da UERN, e a julgar pelos últimos acontecimentos, pode ser também que nem demore tanto tempo para isso acontecer.
Façamos os debates e se aproveitamos o momento para promover uma discussão profunda sobre a situação atual e o futuro da UERN já teremos sido todos vitoriosos.
José Ronaldo Pereira da Silva é professor-doutor da Uern, do Departamento de Física
O professor falou tudo, excelente artigo, sem mais palavras.
Na minha época de universitária,não tinha esse chafurdo que tem hoje…Então, se as coisas não estão claras como a vaga do TCE….Vai longe.Ou tristeza!!
É importante que o processo seja logo deflagrado, pois dezembro daqui a pouco termina. Se realmente as eleições forem em março o prazo será muito curto para um debate mais amplo, principalmente levando em consideração os meses de janeiro e fevereiro que chega a ter alguns esvaziamentos.
Parabenizo o prof. José Ronaldo pelo excelente artigo. Concordo plenamente com suas reflexões/posição. Temos que ter clareza que a consulta à comunidade universitária é momento de apresentação de idéais/propostas para gestão e compromisso com a manutenção da UERN como patrimônio do RN.
Acho que dentro os nomes cotados, o que desenvolveu um melhor papel frente a UERN foi o de Pedro Fernandes. Geralmente tanto os discentes quando os docentes UERNIANOS votam pela história. Então acho que o Pedro Fernandes terá a maioria dos votos, claro que devido ao seu trabalho prestado.
Mãe fala e eu venho confirmar. Realmente Pedro é o candidato que mais representa a nossa universidade no que concerne a atuação!
História de Pedro Fernandes a frente da UERN, ah bom, Ana se refere há 3 anos de história. Se esse é o critério, os outros dois candidatos estão bem a frente deles. Isso também em conquistas para os campi que eles administraram. Ainda digo que o nome da situação é o de Moêmia, que não foi citado aí. Ela tem muito mais experiência do que esse menino aí, que acho não tem 40 anos ainda. Como li aqui e concordo, ele poderia esperar. Afinal não sei por que essa pressa de ser reitor, pretende usar a UERN como degrau para quê? A julgar pela sede de poder de algumas famílias, talvez estejam querendo usar a UERN para um voo mais alta. Que triste!
Só uma correção: não são 3 anos a frente da UERN, são 3 anos a frente de uma pro-reitoria da UERN. E isso não o qualifica para ser reitor, a menos que ele já tenha nascido sabendo do o cargo de reitor exige, é claro.
Vamos fazer justiça, já que o nome de Moemia não foi citado pelo professor no seu artigo (por quê).
É imprescindível a identificação de prioridades: leia entrevista com a pré-candidata Moemia:
//edilsondamasceno.blogspot.com.br/2012/12/e-imprescindivel-identificacao-de.html
Professor José Ronaldo, gostei do seu texto e sonho com um processo assim na UERN. Mas infelizmente não é o que vai acontecer e dou um exemplo de que não há condições iguais para os pre-candidatos. O nosso vice-reitor sempre foi desprestigiado nesse segundo mandato, mas agora passaram de vez a borracha nele. Pedro Fernandes está no papel de vice-reitor faz um bom tempo, representado a UERN sempre que o reitor não pode fazê-lo.
Eu realmente gostaria de ver como ele se sairia em um debate, como você disse, “face to face”, mas duvido que a exemplos das últimas “eleições” isso aconteça de fato. Isso pode com certeza fazer parte de um plano de poder, como é comum nas família de nossa cidade. A UERN é só uma etapa para isso, e acredito que infelizmente continuará sendo, pois por aqui votamos por paixão, ou melhor, votamos pela barriga, se é que me entendem. Pobre Universidade do Rio grande sem sorte!
Faltou citar o nome de Moêmia mesmo, ela ainda está no páreo pelo que sei. Em relação a voto, eu prefiro esperar as chapas serem oficializadas, tenho já minha preferência, porém prefiro ficar calado no momento em relação a isso, e sinceramente, nem me animo muito em votar, vide que o peso do voto discente é de pífio 15%, ou seja, não dá pra eleger uma formiga sequer, e a paridade dos votos, como fica ? Não fica, ou os discentes se mobilizam em relação a isso, ou essa triste e lamentável situação ainda irá continuar. Tem docente que tem o direito de votar e que sinceramente, oh, desgraça!
Seria originalmente assim se a coisa fosse como o discurso a apresenta. Não é! Portanto o Ronaldo faz uma observação exotópica para apresentar um discurso utópico e dialógico. Já o texto, o que se nos é apresentado, fica para a admiração dos amantes das aparências, das belas letras. É formal e superficial e que por isso todos o elogiam, mas estes geralmente carecem de consubstancialidade intrínseca.
Votaria no Zé Ronaldo, autor desse texto, pela seriedade de propósitos que ele sempre demonstra em sua dialética acadêmica. Não voto em Pedro Fernandes por ele ser simpatizante ou, talvez, integrante da entourage dos “governantes” com interesses extrínsecos àqueles acadêmicos.
Perfis acadêmicos não coadunam com sistemas políticos voltados para interesses próprios – oligarquias. …Mas a alegoria da caverna ainda é bem atual nas IES’s – essas grandes produtoras de mitos da atualidade.
Vou ficar observando pra ver quem é ocanddato(a) de Rosalba. O emissario já esteve visitando as dependencias do campus.Comenta-se que foi enviado por Isaura Amelia de quem é muito ligado.