O mal-estar surgiu com a ingestão, por acaso, de comprimido para uso veterinário: seria aplicado em um de seus cachorros, um filhote de Pastor Alemão. Sorveu-o inadvertidamente. Daí um drama, que em parte testemunhei.
"Ele já começou a abanar o rabo", perguntei ao telefone, logo que comunicado do incidente pela mulher do jornalista, Dorineide. Estoicamente, ela convive com Turbay há uns 20 anos. Vai pro céu, lógico.
Antes da resposta, o interessante foi-me apressar para acompanhar tudo "in loco". Oportunidade – paralelamente – para filar o almoço na casa da "vítima."
– Se você for ao banheiro e tiver dificuldade em levantar a perna, então a coisa é séria mesmo – alertou um comerciante amigo e vizinho de Turbay, com indisfarçável bom humor. Depois o tranquilizou, com base em vasta experiência com animais numa loja veterinária da cidade:
– Não tem nada, homem. Pode ficar tranquilo; isso é mais psicológico.
Ufa! Ainda bem. À mesa farta, mais sereno, Turbay admitiu que andou se apavorando à toa. Mas a propósito, perguntei intrigado: "Qual era a finalidade do remédio?"
– Era para levantar a orelha do cachorro.
– Então tenha paciência, talvez até acabe lhe ajudando, num ´efeito colateral` – ponderei sob o ouvido atento de Dorineide, que erguia as sobrancelhas em plena atenção ao diálogo.
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