O Governo Fátima Bezerra (PT) agiu em duas frentes nessa quarta-feira (4) para acelerar aprovação de projeto de lei que dispõe crédito suplementar R$ 1,77 bilhão. Mas até o início da noite, o que conseguiu foi produzir profundo mal-estar na Assembleia Legislativa, além de ser obrigado a recuar em campanha de ataque que promoveu nas redes sociais, com “Fake News”.
Na Assembleia Legislativa, o ex-deputado estadual e secretário de Gestão de Projetos e Articulação Institucional do Rio Grande do Norte Fernando Mineiro (PT) dialogava e dirimia dúvidas de parlamentares sobre aspectos teoricamente confusos da matéria, do ponto de vista legal.

Ex-candidata a prefeito pelo PT e atual chefe de Gabinete da pasta da Educação, do RN, Socorro Batista admitiu a Fake News
Ele tinha dupla autoridade para tratar do tema: representava o governo e fora relator do Orçamento Geral do Estado-2019, quando era parlamentar.
Paralelamente, militantes e até auxiliares muito próximos da governadora pulverizavam nas redes sociais um texto-padrão assacando acusações contra deputados do Solidariedade (poupando a deputada Cristiane Dantas, estranhamente), como Kelps Lima e Allyson Bezerra. Divulgavam que eles impediam aprovação da matéria e que levariam governo a não pagar o 13º dos servidores de 2019 este ano.
Recuo e admissão de culpa
Caso emblemático foi o da professora e ex-candidata a prefeito de Mossoró pelo PT Socorro Batista. Ela postou a catilinária contra os deputados, mas depois acabou admitindo que tinha espalhado informação inverídica.
“Ao checar a veracidade dos fatos compreendi que a informação não procede. Na verdade está sendo feito um esforço coletivo entre ALRN e Governo para que a nossa Governadora possa honrar os compromissos assumidos com os servidores e o serviço público”, admitiu ela – que também é atual chefe de Gabinete da pasta da Educação do Governo Fátima Bezerra.
Ao tentar jogar opinião pública e servidores contra os deputados, o governismo produziu um estresse desnecessário e quebra de confiança na conversação bilateral. O próprio Mineiro interveio posteriormente, pedindo desculpas e tentando aplacar insatisfações.
O deputado Francisco do PT teve a mesma iniciativa. Reconheceu a imprudência.
Desafio
Fernando Mineiro foi cientificado com alguns prints (cópias de postagens em redes sociais), de que os ataques não eram isolados, mas orquestrados e de caráter oficial.
“A turma da Fake News ligada ao governo está colocando um texto no Whatsapp dizendo que o 13º pode não ser pago, porque os deputados do Solidariedade estão atrapalhando a tramitação. Eu desafio a governadora a dizer isso de público. Grave um vídeo, governadora. Diga que o 13º não é pago por causa da bancada do solidariedade”, disse Kelps Lima em vídeo.
“A verdade é que o Solidariedade votou a favor do aumento dos servidores e o governo mandou seus deputados derrubarem o aumento. Os servidores conhecem essa história e sabem dos nomes”, assinalou Allyson também em vídeo.
Acompanhe o Blog Carlos Santos pelo Twitter AQUI, Instagram AQUI, Facebook AQUI e Youtube AQUI.