O mais novo artifício do casal Carlos Augusto Rosado (DEM)-governadora Rosalba Ciarlini (DEM) para levar a prefeita de direito de Mossoró, Fátima Rosado (DEM), a “Fafá”, à renúncia, é um estratagema conhecido. Surrado.
A tese empinada é de que se Fafá não deixar o governo o mais rápido possível, abrindo caminho à posse da vice-prefeita Ruth Ciarlini (DEM), o casal dará apoio à postulação adversária. Seria um endosso à Larissa Rosado (PSB), deputada estadual e filha da deputada federal Sandra Rosado (PSB), como nome à sucessão municipal mossoroense.
Essa hipótese faz ruborizar Fafá e irmãos, que literalmente passaram a nutrir desavença pessoal em relação à Sandra e companhia nos últimos anos, e não apenas divergências político-partidárias.
Entretanto, numa análise dos efeitos de uma suposta ‘rendição’ do casal Carlos-Rosalba à prima Sandra, com quem se dão socialmente bem, nada caminharia essa coabitação à harmonia. Nem de longe pensemos nisso.
Nota do Blog – Como já tenho escrito há dezenas de meses, uma aliança entre essas duas bandas Rosado é possível, mas não é provável em 2012.
Por outro lado, volto a repetir o que escrevi também inúmeras vezes ao longo dos anos: os Rosado um dia estarão unidos, quando tiverem diante de si um contendor capaz de ameaçar sua hegemonia. Na atualidade, o grande problema dos primos políticos da dinastia Rosado, é outro Rosado.
Gustavo é a ‘espinha’ na garganta. Ele não aceita o fim iminente do seu ‘reinado’ de quase oito anos, como o todo-poderoso de Mossoró, eclipsando até os primos a quem serviu durante décadas, Carlos e Sandra.
E vale uma pergunta: quem será liderado de quem? Carlos de Sandra ou Sandra de Carlos?
Há tempos o casal Carlos-Rosalba faz espalhar por seus boateiros e áulicos a conjectura de apoio à Larissa. Com isso, conseguiu o espetacular resultado de não ter oposição de Sandra e seu grupo. Um “enrolation” muito eficiente.
Vamos esperar. O enrolation tem prazo de validade.