quarta-feira - 08/03/2017 - 09:58h
Mossoró

“Programa Gilson Cardoso” estreará segunda-feira na FM 105

Gilson, o editor desta página e o jornalista Gilberto de Sousa (Rede News 360) em encontro informal segunda-feira (6)

A FM 105 de Mossoró acertou a contratação de um nome de peso da comunicação do RN.

Gilson Cardoso, ex-FM 93, vai desembarcar na emissora com o “Programa Gilson Cardoso”, de 9 às 12h, de segunda a sábado.

A estreia acontecerá na próxima segunda-feira (13).

Cardoso esteve por mais de 15 anos na 93, sendo líder absoluto do horário.

Levará para o novo prefixo uma grife pessoal, em programa de variedades.

Nota do Blog – Estou particularmente muito feliz pela notícia que colhi.

Os ouvintes e anunciantes, até então órfãos, agradecem.

Sucesso, meu caro.

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Categoria(s): Comunicação
domingo - 12/02/2017 - 04:02h

A essência sempre, imoral, do nepotismo

Por Carlos Santos

O nepotismo começou cedo, quando Deus nomeou Seu filho para a Santíssima Trindade.” Frase atribuída a Agamenon Magalhães, 1893-1952, político pernambucano, ministro do Trabalho e da Justiça de Getúlio Vargas.

O que é nepotismo? Num rápido passeiO pelo dicionário colhemos duas definições bem objetivas. Uma, que remonta à origem do próprio vocábulo, ou seja, seu aspecto etimológico/semântico. Outra, atualiza-no sobre sua prática nos dias contemporâneos.

Vamos lá.

Nepotismo é um substantivo masculino. Trata-se da “autoridade exercida pelos sobrinhos ou demais parentes do papa na administração eclesiástica”.

Nepotismo hoje em dia é identificado como “favoritismo para com parentes, especialmente pelo poder público.”

Nossos caríssimos legisladores no Congresso Nacional (Senado e Câmara Federal) vão adaptando a lei aos seus interesses, na proteção da parentela. Içam a justificativa de que nomear parentes para cargos no poder institucional não é nepotismo, mas procedimento baseado na qualificação e confiança no filhote, irmão, mulher, ‘quenga’ etc.

Pura balela.

O fato dos congressistas mudarem a lei aqui e ali, legalizando o que é nitidamente imoral, pode torná-la legal por estar positivada, mas não deixará de ser algo abjeto. Continuará sendo imoral. É nepotismo!

Nem tudo que é legal, é decente. Nepotismo é, em essência, indecente. Legalizado ou não.

Chegará um dia em que eles, os congressistas, vão definir em projeto de lei a ser convertido em lei: “Configurar-se-á nepotismo apenas os casos de nomeação de mais de cinco parentes diretos à administração pública. Revogada as disposições em contrário”. Ponto final.

Assim, ficará claro para os cretinos e beneficiados que bancar filho, patinho de borracha, criado-mudo, pinguim da geladeira ou qualquer outro ‘ser vivo’ de sua casa, a expensas do erário, não será – por lei, nepotismo.

NEPOTISMO vem da palavra em latim nepos, que significa neto ou descendente, e define relações onde temos o favorecimento de parentes de determinada pessoa em diversas situações em detrimento de outras pessoas mais capacitadas, para nomeação ou elevação de cargos.

Seu uso original ocorria no âmbito da Igreja Católica, onde os papas por não possuírem filhos herdeiros, nomeavam os seus sobrinhos ou parentes próximos para cargos dentro da Igreja como cardeais ou conselheiros. (Fonte: Jusdireito)

Apesar disso, insisto: continuará sendo nepotismo por fundo semântico, etimológico e principalmente de ordem ética. Mais do que uma hipotética transgressão jurídica, é um crime moral – que fere os costumes.

A grande maioria dos políticos brasileiros, por formação e por sua cultura de esperteza, não consegue entender isso e não aceita que a coisa pública seja realmente pública, do povo, pelo povo e para o povo.

Daí, particularmente, me revelo cada dia mais descrente com a política e com o político do meu país.

Ainda bem que temos valiosas exceções, que precisam ser aplaudidas, exaltadas e incentivadas. Mas são exceções.

Carlos Santos é editor e fundador do Blog Carlos Santos

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sexta-feira - 10/02/2017 - 10:45h
TCM

Programa “Cenário Político” terá o Blog Carlos Santos hoje

Hoje, outra vez, o editor desta página estará no programa “Cenário Político” da TV Cabo Mossoró (TCM) – Canal 10, às 18h40.

Convite dos jornalistas Carol Ribeiro e Marcello Benévolo, seus âncoras.

Vamos conversar sobre política, claro. Do nosso rincão a Trump, se for o caso.

Interagir com o telespectador, trocar ideias, fomentar o bom debate.

Até lá.

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quarta-feira - 25/01/2017 - 18:58h
Pela vida!

Por Valentina, Arthur, Maria Eduarda, Ana Lívia…

Passei algumas horas hoje no Hospital Maternidade Almeida Castro (HMAC) em Mossoró.

Tempo para muitas observações, conversas, questionamentos. Perguntas, perguntas, perguntas. Planilhas, números. Sobe e desce de escadas; entra e sai em salas, alas, corredores. Elevador para cima, para baixo.

UTI Neonatal do HMAC dá uma chance excepcional à vida de incontáveis crianças (Foto: montagem)

UTI Neonatal do HMAC dá uma chance excepcional à vida de incontáveis crianças (Foto: montagem)

Em seus escaninhos…novos, reformados, antigos, bem antigos, a tranquilidade que contrasta com o que eu vira no passado.

Ouvi, escutei: dirigentes, servidores, mães…

Captei o choro de bebês, vozes balbuciando palavras ininteligíveis.

Vai e vem de gente.

Em boa parcela desse tempo, optei por conhecer sua UTI Neonatal.

Sabia que ia me emocionar. Assim foi.

Fez-me bem.

Testemunhei bebês minúsculos, frágeis, brigando pela vida.

Nenhuma daquelas crianças era minha, nem devo conhecer seus pais; talvez nunca as veja – engatinhando, andando ou correndo por aí.

Mas é impossível não imaginá-las engatinhando, andando, correndo por aí.

Torço por cada uma, como se minha fosse.

Valentina, Arthur, Maria Eduarda, Ana Lívia…

Amém!

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domingo - 13/11/2016 - 07:56h

Por Acaso – Puro Ocaso

Por Marcos Pinto

Precisamos resolver nossos monstros secretos,
nossas feridas clandestinas,
nossa insanidade oculta.” (Michel Foucault)

O  estudo  aprofundado   da   evolução   cultural  do  homem, em  seus  diversos   e  multifacetados   estágios,  revela   nas   suas  entrelinhas  um   liame    do  acaso  com  um  puro   ocaso.  Nesse   quadro,  surgem   de  forma  inflexível,  os  dois  tipos  de   dores  do   mundo: A  dor  que   machuca   e  a  dor   que   muda.

Entre  um  “por  acaso”  e  um  “puro  ocaso”   permeia  a  sentença  conclusiva   de  que  “viver  é  enfrentar  desafios”. Alinhavamos  nossas   idéias   com  o  matiz   resultante  da  sensação  ou  da  reflexão.

Vinculamos   nomes  e   episódios   a  vidas  comuns.   Há  toda  uma   reconversão  à vida,  através  da representação  de  mistérios  profanos.

Coisas  passadas,  mas  de  que  vive  e  se  formou  o  presente.  Almas  decaídas  e  almas  nobres  povoam  episódios  de  pessoas  simples, alguma  com a  sua  auréola  de  “santo”.

Esses   “santos   de  casa”, que  se  não  fazem  milagres,  parecem   mais espontaneamente  santos,  mais  docemente  amigos,  mais   misericordiosos  e  beatos  do  que  os  outros.  É  daí que  surge  o  por  acaso,  fixando   a  certeza   de  que   esse  “santo  de  casa”   evolará   em odor  de  santidade,  emoldurado em  puro  ocaso.

Restará  uma  auréola   de  santo  sempre  que se  mencionar   o  Modus  Vivendi de  quem  nunca  se  imagina  gesto,  postura  ou  descuido  de  gente  como  outra  qualquer.  Só   eles  –   os  tais  e  coitados  “santos  de  casa”, com  o  seu  crucificante  estigma  de  que  não  faz  milagres.   Mas  são  capazes  de  se  fazerem  amar  de  puro  amor.

Os  acasos,  tanto   podem  ser  frutos  da  imaginação,  da  intuição   ou  mesmo  personificação   de   situações   mais  agudas.   O  grande   filósofo   André  Malraux   consolidou  a  assertiva  de  que   “nenhuma  Estenógrafa   fixa  uma  conversação”.

O   insigne   amigo   Carlos Santos,  em  sua  aguda  e  acentuada  visão  sobre  as  coisas  do  espírito, fixa  um  perfil  incisivo    de  que   “Nem tudo  se   ajoelha  à  mediocridade”.

As  construções    de  nossas   idéias  serão  sempre   feitas  de   repentes  da  alma,  onde  o  fantástico   e  o  natural  são  tratados  como  o natural  das  coisas   e   de  todos  os  dias.    Construímos  razões  e  concepções   pungentemente   dilacerantes  no  confronto   às   inquietações do  cotidiano,  com  os  seus  elementos   de  “visão”   e  até  de  medo.

O  ontem  se  tornou, agora,  tão  precioso  quanto  foi.   Nada  de  mediocridade,  desfaçatez  e  vaidades  assoladoras. Na  verticalidade determinante  do  tempo,  muitas  vezes  surge  um  feliz  acaso,  atingindo  o  apogeu   com  o  poder  de  mando.  Tanto  pode  ser  agente desencadeador  de  empatia  quanto  de  acre  antipatia.

Paira  uma  dúvida   atroz,   a  se  estender   para   o  horizonte   profundo  das  interjeições  metafóricas  dos  sonhos.  Evidencia-se  um  tom displicente  de  motivo  pessoal,  imediato,  rotineiro  em  seus  achados  e  achaques.

De  nada  valerá  o  ressentimento  de  fidalgo  esfomeado   das   palavras  cruéis  e  verdadeiras.  Nada  de  temer  o  ocaso. Nada  de  angústia  e ansiedade   diante  a  certeza  concreta  de  que  um  dia  verá   o  seu  último  Sol  se  por.   De  nada  adiantará  banalizar  o  momento  seguinte, abraçando-se  aos  estertores   da   volúpia  em  chamas.

De  que  vale  uma  biografia  dartagnesca,  forjada   nos  melindres   da   pusilanimidade?.  Impõe-se  o   afastamento  do  talento  agitado, desatinado  na  maneira  sôfrega  de  viver  o  cotidiano,  de  precipitar-se  no  mundo  dos  devaneios  e  do   ceticismo.

Ordena-se  o ajustamento  desambicioso   às  grandezas   e  às  honrarias., sem  a  temeridade    do  capricho   dos  fatos  insondáveis. Há urgência   do contato  direto, psicológico, empático, íntimo,  com  a  amplitude  espiritual   do  DNA  divino.

Para   viver  um  esfuziante   acaso  afastado  de deprimente  ocaso,  impõe-se  que  nunca   se  revele  como  uma   espécie  de  predestinação  de sucesso  vivido   antecipadamente.  Tutela intenso cunho  filosófico  a  instigante  interrogação   do  escritor e  historiador  Honório  de  Medeiros: “…Ao   fragmentar  a  tessitura  da realidade,  o  que  acontecerá  quando  tudo  for  compreendido ?”.

Inté.

Marcos Pinto é escritor e advogado

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segunda-feira - 31/10/2016 - 23:26h
Nessa terça-feira, 1º

Blog Carlos Santos estará cedinho na Difusora de Mossoró

Às 7 horas da manhã dessa terça-feira (1º de Novembro), o editor deste Blog desembarca no estúdio principal da Rádio Difusora de Mossoró (1.170khz).

Bate-papo sobre política com Carlos Cavalcante, apresentador do programa “Cidade em Debate”.

Confirmado.

Sintonize o programa ao vivo pela Web, clicando AQUI.

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domingo - 23/10/2016 - 10:02h

Mil Novecentos e antigamente

Por Marcos Pinto

Na  escola  da  vida  não  dou  espaço  para  nenhum  tipo  de  pretensiosismo.  Daí, que  faço  minhas   a   sapiente  reflexão  do  nobre  amigo   Jornalista de  escol Carlos  Santos, diante  ataques  e  achaques  de  alguns  sacripantas:

– “…Prefiro  exercitar  a  tolerância  e  a  compaixão.  Ajudam-me  a  aplacar os  efeitos  da  má-fé  alheia  e  reconhecer  também  meus  limites”.

É  nesse  processo  de  estabelecer  limites  às  minhas   pretensões  provincianas, que   assalta-me  a  assertiva  de   que nosso  conhecimento e fortalecimento nada  mais  são  do  que  a  soma  de  toda experiência   vivida  no  decorrer  de  nossa  vida.

Entendo  que  começamos  a  nos convencer  de  que  estamos   realmente   envelhecendo  a  partir do  momento   em que, durante   o  decorrer de uma  animada  conversa, enfocando  fatos  há  muito  tempo  decorridos,  frisamos   a  frase:  “No meu tempo…”.

Essa  evolução  cognitiva  e  intelectiva,  no  somatório do  tempo  e  na   contagem  dos   dias  vividos   deve  ser  precedida   por  uma espécie  de alumbramento  cotidiano  das  virtudes  cristãs, evitando,  assim,  um  vir-a-ser    pleno   de  obstáculos  e  dificuldades.  Nesse  desiderato da longa  estrada  percorrida  reside  a   certeza inexpugnável  de  que  a vida  é  uma  escola  em  que, às  vezes,  o  Professor  Senhor  Tempo  bate com  tanta  força  que  ameaça  romper  os liames  da  resistência.

É  dentro  dos   princípios  da  razoabilidade  e   do  bom  senso    que  devemos romper   os  grilhões   que  nos  amarram à  estreita   mentalidade do  nosso  tempo  passado.   Devemos  ficar  atentos  para  não  esquecermos, também, de  nos  vigiarmos, para   nos impormos   limites   aos nossos  pretensiosismos  e  devaneios   sentimentais.

Quando  alcançamos  o  patamar  de  meio  século  de  vida  bem  vivida,  geralmente   chegamos  à  conclusão   de  que   a  felicidade  total  e plena  não  existe.  Há  sempre  uma   lacuna  no  contexto  de   que   ser  feliz  é  ter  tudo  que  se  quer  ao  mesmo  tempo  –  à  tempo  e  à   hora.

Aos  nossos  passos   devemos  imprimir  as  marcas   do  nosso  ego,  em que  as  virtudes  superem  os  nossos   defeitos  em  larga  escala. Sintetizemos  os  caminhos   a  serem   percorridos,  através  das  paralelas  das   diligentes   e  imperiosas   discrição,  modéstia  e  fé.

Nesse  mister, a  honradez  e  a  dignidade  constituirão  o  estandarte  a  ser  conduzido   bem  alto,  para   ser  triunfalmente  fixado  no   umbral do   Templo   do  Senhor  Tempo.  Nos  anais  hão  de  constar   a  fiel  descrição  do  caráter  virtuoso, norteador  indispensável   para  o enfrentamento  e  resolução dos  desafios  do  cotidiano, onde  o  antagonista   sempre    traz  na  boca  o   gosto  do  sangue  e  o  bote   certeiro da  traição.

Há  uma  grande  virtude,  que  respalda  a   modalidade    conservadora  no   pensar  e  no  agir   –   a  conduta   retilínea  no  cumprimento  e  exigência  da  verdade  como  fator  indutivo   de  confiabilidade  pessoal  e  profissional.   Os  nossos  pais  e  avós  há  muito  já  diziam  que  quem  mente   rouba é  capaz  de  praticar   todo  tipo  de  vilania, perfídia  e  leviandades, magináveis  e  imagináveis.

Assombra-me  o  fato   de   que  o   mentiroso  sempre  acha  que  ninguém  checará  a   história   divorciada  da  realidade.

Patologia? Desespero? Desfaçatez?

Geralmente,  se  for  confrontado,  tentará  alguma   manobra  diversionista  do  tipo   “Me  entenderam  mal”.  Típico  de  pessoa   bipolar,  de temperamento  instável, colecionadora    de  atitudes questionáveis   e  nada  recomendáveis.

Longe  de  mim   o  querer   imputar-me  como  cultor  do  puritanismo.   Na   ruidosa   agitação  do  dia-a-dia,  prefiro  fazer   valer  a  máxima do  grande  Machado  de  Assis:

– De  médico, poeta  e  louco, todos  nós  temos  um  pouco.

Inté  mais  ver.

Marcos Pinto é advogado e escritor

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segunda-feira - 22/08/2016 - 12:50h
Rádio e TV

Campanha sucessória é focalizada por Blog Carlos Santos

O programa “Plenário TCM” da TV Cabo Mossoró (TCM) apresentou em sua edição desse domingo (21), um resumo das entrevistas da semana anterior do programa “Meio-Dia Mossoró”, da FM 95.

Entre esses resumos, bate-papo do editor deste Blog com os apresentadores e jornalistas Bruno Barreto e Carol Ribeiro.

Nesse trecho prospectado pela produção do programa, falamos sobre sucessão mossoroense, disputa à Câmara Municipal, momento das lideranças políticas de Mossoró.

Click no boxe acima para ter acesso à entrevista.

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segunda-feira - 11/07/2016 - 19:06h
Jornalismo e política

Bate-papo sobre quadro político no Jornal das Cinco

Na próxima quarta-feira (13) estaremos ao vivo – em estúdio – no “Jornal das Cinco” da FM 105 de Mossoró.

Vamos fazer balanço da política mossoroense e do Rio Grande do Norte, com rabiscos sobre a crise nacional.

Bate-papo com o âncora do noticioso, o jornalista Tárcio Araújo.

Temos participação com notícias e comentários diariamente no Jornal das Cinco (das 17 às 18h).

Até lá!

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quinta-feira - 12/05/2016 - 10:14h
Política

No Jornal das Cinco

Hoje, a gente vai estar ao vivo no Jornal das Cinco da FM Santa Clara – 105,1.

Será a partir das 17 horas.

Bate-papo com seu apresentador, o jornalista Tárcio Araújo.

Vamos conversar sobre política nacional, estadual e municipal.

Sintonize.

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terça-feira - 09/02/2016 - 12:22h
Crônica

Imagens e sentidos do meu sertão

Meu Carnaval tem sido de descanso e trabalho em marcha lenta.

Estava precisando para recarregar baterias. Tenho um ano em movimento, que promete ser de grandes desafios.

Eu preciso deles, os desafios. São meu combustível.

Mas tirei um dia para mirar o sertão; sentir seu cheiro, ziguezaguear por suas estradas e veredas e falar com sua gente.

Comer arroz-de-leite, lavar o rosto com água geladinha da cisterna, procurar (sem sucesso) o camaleão mimetizado na folhagem e seguir em frente, sem a pressa de chegar.

Ouvir. Observar. Falar pouco (ô! Tentei).

São coisas que me fazem bem. Sou capiau da cidade, realimentado pela vida campesina.

Até neblinou ao longo de pouco mais de 400 quilômetros percorridos.

Eu pedia chuvas caudalosas, antes de viajar. Há-as permanentemente em meus sonhos. Vislumbro-as da casinha – imaginária – fertilizando o chão que dá cria à vida semeada.

O sertão verdinho, animais pastando, o sertanejo sorrindo, é como retempero para continuar a rotina que me empolga nesta página e outras tarefas.

Voltei olhando pela janela do carro e no retrovisor o que ia deixando para trás e ao largo: aquele sol engolido por nuvens densas, teimando em ficar.

Eu não me demorei. Mas trouxe todas as imagens e impressões em meus sentidos. Não ficaram para trás; carrego-as em mim.

Reencontrei-me para continuar minha marcha. Já no beicinho da noite avistei minha cidade.

Hora de começar tudo de novo. Em paz!

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sexta-feira - 05/02/2016 - 11:18h
Imprensa

“Jornal das Cinco” chega à edição 100 no programa de hoje

O programa Jornal das Cinco, da FM 105,1 (Santa Clara, Mossoró), completa 100 edições hoje às 17h.

Seus idealizadores e âncoras, jornalistas Tárcio Araújo e Fábio Oliveira, promoverão uma apresentação diferente à tarde desta sexta-feira.

Fábio e Tárcio com prêmio do MPRN no dia 10 de dezembro de 2015 (Foto: divulgação)

Convidaram os jornalistas William Robson e Esdras Marchezan para um bate-papo ao vivo no estúdio, ao lado do editor deste Blog.

Dia 10 de dezembro do ano passado, com menos de três meses no ar, o Jornal das Cinco foi premiado como segundo colocado em concurso jornalístico promovido pelo Ministério Público do RN (MPRN).

Sua estreia aconteceu no dia 14 de setembro do ano passado.

Encontro marcado. Vamos falar sobretudo em relação a jornalismo.

Você também pode sintonizar o programa pela Net, ao vivo, neste endereço: //www.fm105mossoro.com.br/aovivo.php

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  • Repet
terça-feira - 12/01/2016 - 15:12h
Hoje

‘Jornal das Cinco’ tem bate-papo ao vivo com Blog

O programa “Jornal das Cinco” da FM 105,1 de Mossoró, que vai ao ar de segunda à sexta-feira às 17h, hoje terá a nossa presença novamente ao vivo, para um longe bate-papo sobre os mais variados assuntos, com os seus apresentadores.

Os jornalistas e âncoras do Jornal das Cinco, Tárcio Araújo e Fábio Oliveira, vão fazer um balanço sobre vários assuntos que o noticioso tem abordado, interagindo ainda com ouvintes e internautas.

Segundo eles, esse encontro vai ocorrer pelo menos uma vez por mês, numa triangulação jornalística bem dinâmica.

O.K.

Encontro marcado a partir das 17h de hoje.

Acompanhe também pela Net, clicando AQUI.

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quinta-feira - 24/12/2015 - 00:30h

O que tenho pro Natal

Por Carlos Santos

Eu poderia ser repetitivo, utilizar um cabedal de lugares-comuns, palavras rebuscadas ou recorrer ao ramerrame de sempre, agarrado aos comandos do teclado – no Control C/Control V.

Estão aos montes aí na Net, as saídas para a gente ser simpático, afetuoso, familiarmente resolvido e afetivamente preenchido. Copia, cola.

Completo, feliz, bom além da conta. Ser o que definem por aí como alguém “realizado”.

Parecer que somos aquilo mesmo. Dar a entender que temos tantos dotes.

Tudo está pronto, definido. Até as músicas são as mesmas, incluindo Simone e… “Então, é Natal!” Sim, ela mesma.

O que tenho pro Natal?

Nada que não ofertei o ano todo. Não serei diferente, apesar de admitir que não possa estar alheio a essa atmosfera carregada. Sou Sísifo e sua obrigação de empurrar uma rocha montanha acima.

Indiferente, não. Não mesmo. Mas do meu jeito.

Tem um monte de crianças que quer ser feliz, pelo menos naquela noite.

Que sejam felizes!

Adultos que acreditam que um sujeito da Lapônia, com um sorriso engraçado – “Hô, hô, hô!” – possa aplacar ódios, mágoas e nos devolver o sorriso para sempre.

É, não custa acreditar.

Quando tudo passar, quero voltar a ser como antes. Quero ser devolvido à realidade e continuar minha marcha.

Tenho um Natal por dia. Até o fim.

Feliz Natal!

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quarta-feira - 09/12/2015 - 15:56h
FM 105,1

Político nacional, estadual e municipal no Jornal das Cinco

Veja entrevista que concedi nessa terça-feira (8) ao Jornal das Cinco, da FM 105,1.

Fui inquirido pelos jornalistas Tárcio Araújo e Fábio Oliveira sobre política nacional, estadual e municipal.

Um bate-papo em que expus opiniões sobre cenário atual e estimativa para o futuro próximo.

Nele, comento a relação entre o vice-presidente Michel Temer e presidente Dilma Rousseff.

União dos Rosado

Também traço perfil de potenciais postulantes à Prefeitura de Mossoró e suposta união dos Rosado.

Uma avaliação do Governo Robinson Faria (PSD) é outro ponto da entrevista.

Ao final, abordo a questão de envolvimento direto do empresariado na política mossoroense e a gestão Francisco José Júnior (PSD).

Veja o vídeo abaixo a partir do tempo 14 minutos e oito segundos.

Clique AQUI.

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Categoria(s): Política
terça-feira - 08/12/2015 - 13:40h
FM 105,1

Blog Carlos Santos no “Jornal das Cinco” hoje

Hoje, o editor desta página vai ser entrevistado no programa “Jornal das Cinco”, às 17h, na FM 105,1 (Santa Clara), de Mossoró.

Bate-papo com os âncoras Tárcio Araújo e Fábio Oliveira.

Oportunidade, ainda, para interagirmos com os ouvintes e internautas.

Política mossoroense, estadual e nacional em pauta.

Aguardo sua audiência e participação.

Acompanhe ao vivo clicando neste endereço abaixo:

www.fm105mossoro.com.br

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domingo - 06/12/2015 - 10:38h

Leitura da mão

Por François Silvestre

(Para Naide Rosado e Carlos Santos)

Tudo começou na feira do Patu. E estendeu-se para as outras feiras, numa romaria desassossegada. E tensa. Intensa. Assim foi a paixão de Samuel.

Os ciganos chegavam às cidades e procuravam as fazendas mais conhecidas para pedir arrancho. O Cangaíra, de Messias Targino. O Manuê, de Antônio Suassuna. O Açude Novo, de Chagas. Os Cajuais, de Quinquim Gomes. A Bola, de Silvestre Veras. A Jurema, de Pedro Regalado. Lages, de Oliveira Rocha. Os Campos, de Zenon de Souza. Timbaúba, de Osório Fernandes. A Lagoa, de Manoel Onofre.

E muitas outras. Os bandos liderados por um chefe conversador e convincente, geralmente deixavam marcas de suas paragens não muito recomendáveis. Zé Garcia era o mais famoso deles.

Mesmo assim, sempre conseguiam autorização para novas pousadas. Ninguém sabia a razão dessa leniência dos fazendeiros. Ou se alguém sabia, fazia-se ao desentendido.

A verdade de mesmo, motivadora dessa relação, onde as fazendas quase sempre sofriam prejuízos, não era outra senão a quantidade de ciganas jovens e bonitas. Belas e acessíveis.

“Num sei o que é que fulano tem com esses ciganos. No inverno do ano passado, eles roubaram três burros de carga e venderam armas com defeitos. E ele ainda hospeda essa gente”. Dizia a mulher de um desses fazendeiros.

Ocorre que não era para os ciganos e sim para as ciganas que o marido dela dava arrancho. Os prejuízos faziam parte da artimanha.

Os cabarés, das cidades pequenas, assustavam os fazendeiros. Não por doenças ou custos, mas por medo da falação. O bando arranchado de ciganos era uma mão na roda.

Foi num dia de feira, em Patu, que Samuel conheceu Honoralina, filha de Coralina com o cigano Honorato. Paixão que desceu feito balão incendiado. Quentura sem rumo.

Aproximou-se e pediu leitura da mão. Ao toque com os dedos suaves da jovem cigana, Samuel nem ouviu as previsões. A vista embaçada e o corpo trêmulo. Quando a cigana fechou a mão, o ganjão Samuel pediu quase chorando: “Leia mais”.

Na emoção, deixou de ouvir as previsões sombrias. E não deixou mais de seguir o grupo de Honorato, dissidente do grupo maior de Zé Garcia. Os dois brigaram e o grupo dividiu-se.

Estivesse Honorato em Umarizal, lá estaria Samuel. Sempre de mão mendiga a pedir leitura de Honoralina. Em Caraúbas, Pau dos Ferros, Apodi, Brejo do Cruz.

Por não ouvir as previsões de Honoralina, dada a emoção que dominava o corpo, fechando os ouvidos, Samuel não tomou as precauções que a cigana sugeria. “Uma desgraça lhe segue as veredas, ganjão. Desgraça de sangue de faca. Não fique na feira da chapada”.

Naquele Sábado, a discussão no bar de Apodi e três facadas no bucho. Tripas expostas, Samuel agoniza. A dona do boteco aproxima-se. Ele diz a última palavra, com a mão aberta: “Leia”. Té mais.

François Silvestre é escritor

* Texto originalmente publicado no Novo Jornal.

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Categoria(s): Crônica
domingo - 17/05/2015 - 10:06h

O mundo de Francisco Edilson Leite Pinto Júnior

Por Carlos Santos

Ele tomou-me por “Patrão”, no exercício do diálogo que, quase cotidianamente, travamos por e-mail ou dispositivos de redes sociais na Internet. Tem sido assim há anos. Trata-me por superior, para atenuar cobrança que lhe faço, como intermediário da vontade de milhares de webleitores.

Enfim, lança mão de um velho “truque índio”, que deve ter aprendido nos tempos do bangue-bangue na TV em preto e branco, lá pros anos 70, em Mossoró. Tempos, também, da enciclopédia “Tesouro da Juventude”.

— Homem, deixa de moleza! Escreva; faça um artigo ou crônica, se não deixo de lhe pagar aquele “soldo” robusto — chego a pressioná-lo, em nome do Blog Carlos Santos (www.blogcarlossantos.com.br).

Doutrinou-me a cobrá-lo, como se patrão eu realmente o fosse, ou, no mínimo, um editor bravo. Nem uma coisa nem outra. Insisto: manifesto apenas o desiderato daqueles que leem seus escritos.

Na verdade, Francisco Edilson Leite Pinto Júnior, como ele mesmo faz questão de cunhar, sem qualquer abreviatura, fez-me seu amigo a distancia, mesmo que só tivéssemos um único contato pessoal em anos de amizade. Nada mais do que isso.

Relembro bem. Trocávamos contatos pela Internet e por telefone. Ele já adotara minha página na Web como ancoradouro de seu verbo. Marcamos bate-papo, ao vivo e em cores, para um shopping em Natal. Seria prosa rápida. Seria.

Passado um tempo, que não sei precisar, agarrado a um surrado celular, Edilson justificou que precisaria ir embora. Tinha obrigações de médico e professor à sua espera, que, mesmo no corre-corre, não lhe tiravam o apetite pelos livros.

Livros. Falamos sobre eles. Eles, os livros, estão sempre em nossas conversas, isso quando Francisco Edilson Leite Pinto Júnior não me provoca com picardias contra o meu Fluminense. Coisa de flamenguista, que se diga.

Fácil percebermos o fervor com que se envolve em suas paixões: da família à literatura; da docência à medicina. Olhos que brilham ao falar. Entusiasmo permanente, chama que parece o Farol de Alexandria, guiando argonautas muitas vezes perdidos.

Indivíduo humanista, médico humanitário, o autor tem a compaixão na palavra e no gesto. O que parece impossível, como rolar uma rocha montanha acima, tem nele a força apaixonada. Uma força que parece loucura, por ainda acreditar que chegará ao cume. E não chegará só.

Na condição de um escritor “mundialmente desconhecido”, estou sem credencial suficiente para descrever autor e obra. Contudo não tenho a preocupação em fazê-lo, para tentar me perpetuar num cantinho de seu título.

Prefiro manifestar o que sinto. Sou inspirado pelo próprio Sísifo apaixonado. Impulsiona-me aquele fervor que percorre cada linha, cada parágrafo, cada artigo ou crônica deste livro.

“Sim e quantos ouvidos precisará um homem ter até que ele possa ouvir o povo chorar? / Sim e quantas mortes custará até que ele saiba que gente demais já morreu?” — reproduz o autor, lembrando Bob Dylan.

Essa capacidade de se indignar, de se manter vivo na luta, é algo que emociona e estimula a leitura dos textos do autor; incapaz de se acomodar com o vilipêndio, o desleixo, a ingratidão e todas as formas de opressão do homem pelo homem.

Se lhe faltam as palavras, ele recorre aos seus guias. Encontra sempre inspiração em Guimarães Rosa, Nietzsche, Fernando Pessoa, Sócrates, Darcy Ribeiro, Jesus Cristo ou em nosso poeta Paulo de Tarso Correia de Melo:

— Somos todos pastores de palavras. Principalmente e apenas isso. No entanto, com elas criamos o mundo.

Como me faltam mais palavras para retratar o seu mundo, Edilson, ou Francisco Edilson Leite Pinto Júnior, faço da inspiração poética de Paulo o meu jeito de dizer “muito obrigado”.

Seja bem-vindo, Sísifo apaixonado.

Carlos Santos é jornalista, editor do Blog Carlos Santos e escritor mundialmente desconhecido

* Texto que prefacia o livro “Sísifo apaixonado“, da Editora Sarau das Letras, autoria de Francisco Edilson Leite Pinto Júnior. A publicação foi lançada no último dia 26 de Março, em Natal.

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domingo - 15/03/2015 - 07:46h

“Azougue.com 5” – A missão

Por Carlos Santos

O “camaradinha” Caby Costa Lima procura-me para ingente tarefa. Ciente de que estou sempre com “um monte de coisas para não fazer”, cobra-me o prefácio do seu mais novo livro: “Azougue.com 5”.

Na verdade, até hoje não entendo o porquê do nosso autor não ter sido ungido à Academia. De tiro, claro. Como alvo, que se diga.

Prefaciando-o, logo me constituo seu cúmplice. Sob ameaça, pois.

Caby, tirando todos os defeitos, é gente boa.

Com Azougue.com 5, derivação de site que o sustenta há anos, ele ratifica um trabalho continuado de memorialista, sob um viés incomum. Não conta história, não exuma gente e fatos como os autores clássicos.

Ele reproduz o que ficou congelado no tempo, lá atrás, num trabalho de reconstituição documental fascinante. A gente se reencontra em cada esquina, rua, praça ou naquele carnaval que passou.

Somos flagrados “desabonitados” ou apolíneos. Deparamo-nos com um lugar qualquer do passado e, nessa linha do tempo, somos lágrimas diante da imagem de quem partiu ou rimos de nós mesmos.

Reminiscências e experiências passadas eclodem numa mistura palpável e sistêmica em cada página de sua publicação.

Na era cibernética, em que todo o mundo está em nossas mãos, num Smartphone, ele confronta o virtual com a matéria: papel, gente, coisas e fatos parecem que batem à nossa porta; convidam-nos para entrar.

Seu livro, o 36º, tem robustez própria para servir de calço para porta e fazer volume na estante. Mas ninguém ouse utilizá-lo embaixo daquela perna de mesa que insiste em não se equilibrar no chão.

Brincadeirinha, caríssimo leitor.

O lúdico e a troça também fazem parte dessa obra, como espelho do próprio autor. Seu livro, então, é um pouco ele: feito, pronto, mas mesmo assim inacabado.

É um título para a gente dividir com a família, ser folheado entre amigos ou mandarmos para a Faixa de Gaza. Serve para realimentar antigas antipatias, refazer afetos dispersos ou estimular armistícios.

Com seu jeito despojado e “fora de época”, que caberia como uma luva na série “Do bumba”, Caby encarna um tipo de vida e de indivíduo escasso por aqui. Consegue ser a mesma pessoa há décadas ou séculos, mas com uma espantosa capacidade de adaptação ao moderno.

Paradoxal, paradoxal!

Talvez ele seja mais uma prova de que darwinismo esteja certo. Mantém-se vivo por aprender cotidianamente a se encaixar nas exigências de cada dia, no ecossistema humano. Mas por favor: não o tenham como a evolução da espécie.

O publicitário, o editor de livros, o promotor de eventos musicais, o dirigente e narrador esportivo, o radialista que teima em tratar Roberto Carlos intimamente por “Bebeto Carlos”, parece personagem saído de alguma crônica de Antônio Maria, rabiscada – à madrugada – no balcão de alguma boate carioca nos idos de 50.

Luís Fernando Veríssimo adoraria conhecê-lo. Não tenho dúvidas. Confrontaria-o com o “Analista de Bagé” ou a “Velhinha de Taubaté”. Botaria-o sobre tamancos, como o “Camaradinha de Mossoró”.

Seria o nada “óbvio ululante” de Nelson Rodrigues, tricolor como ele e eu.

O pai de Alice e Alice, não é nenhuma maravilha, concordo. Contudo é o que temos por enquanto.

Sujeito de muitos livros e de algum cabelo, sua idade é inconfessável – mesmo sob doses cavalares de Campari (argh!). Nada que um exame de carbono 14 e goma na bacia não identifiquem, acredito. Antes que ele corte meu texto e me demita da condição de prefaciador oficial, sem pagar meus cevados honorários, paro por aqui.

Com licença.

Vou virar a página e começar a folhear “Azougue.com 5”. A missão.

Carlos Santos é escritor mundialmente desconhecido e jornalista nacionalmente ignorado.

* Prefácio do livro Azougue.com 5, lançado na última sexta-feira (13) em Mossoró, pelo publicitário e radialista Caby Costa Lima, assinado pelo editor deste Blog.

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quarta-feira - 07/01/2015 - 09:31h
Homenagem

Adeus, Júnior Barreto

Por Honório de Medeiros (Blog Honório de Medeiros)

Quantos já foram, Jânio Rêgo? Você sabe dizer, Carlos Santos? Não sei se vocês sabem, mas não suporto mais a hora do crepúsculo na calçada de minha casa em Mossoró.

O sol se punha, vocês se lembram, e nós pegávamos a bola e corríamos para o meio-da-rua enquanto nossos pais colocavam as cadeiras nas calçadas e ficavam tomando o fresco, como se dizia antigamente, ou seja, pegando o vento Nordeste que espantava o calor e as muriçocas, e apartando as brigas que surgiam, inevitáveis.

Depois o tempo nos levou cada um para seu destino, mas ser amigo de infância significa não haver qualquer cerimônia quando dos reencontros. Estamos sempre à vontade entre nós.

E a conversa surge e segue fácil, adoçada pelas lembranças comuns. Assim foi quando eu encontrei Júnior pela última vez, na caminhada noturna da Alexandrino de Alencar, em Natal, onde tantos mossoroenses dão as caras, de quando em vez.

Conversamos um bom pedaço.

Ele não sabia que eu sabia de sua doença. Eu não podia, portanto, dizer a ele o quanto desejava que ele se curasse, o quanto lhe tinha afeto.

Quando acontece algo assim, se estou em Mossoró, olho para a frente da casa dos meus pais e não suporto a saudade da infância; olho para os lados e não suporto as ausências. Foram-se muitos da nossa República Independente da São Vicente; foram-se meus pais, os seus pais, Jânio, os seus pais, Carlos Santos, os pais de Roberto Fausto, os de Valério, os de Júnior Barreto…

E agora se vai Júnior Barreto, uma flor de pessoa, cordial, gentil, educado, um cidadão irreprochável, uma unanimidade, como bem definiu Delevam. Um de nós, da nossa República amada, da turma do patamar da Igreja de São Vicente. Não era para ir. De forma alguma era para ir.

Júnior era uma criança, tinha muito ainda para viver. Mas foi.

Dê lembranças aos nossos velhos, amigo. Beije todos eles.

E abrace e beije cada um dos nossos amigos que lhe antecederam: Cipriano, Pérsio, Marcos, Luis Artur, Toninho…

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quinta-feira - 18/12/2014 - 08:14h
Microcrônica

Amigos à mesma mesa

Dois amigos queridos andavam “intrigados” há tempos.

Neste ano, reaproximaram-se.

Foi um dos meus presentes em 2014.

Teremos uma mesa comum.

Nunca soube o motivo da desavença. Nunca quis saber.

A ambos, fui claro: “espero que se entendam. Não levarei nem trarei nada à maior intriga”.

Aguardo convite para dividirmos um bom vinho.

Se não houver… aí vocês vão ver.

Ah, vão!!

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quarta-feira - 30/07/2014 - 20:16h
Constatação e futuro

Rosalba não está só nas responsabilidades pelo caos

Sejamos justos: Rosalba Ciarlini (DEM) não enterrou sozinha o Rio Grande do Norte nesse caos. Olhe as fotos dos governos passados. Veja os rostos. Sacou? Estão sempre sorrindo, em qualquer governo, porque costumam estar em todos.

Rosalba chora em sua posse em 01-01-11. O RN chora muito mais de lá até aqui (Foto: Canindé Soares)

Rosalba completou o serviço, porque ela e o “governador de fato”, Carlos Augusto Rosado (DEM), não estavam preparados para gerir o que pegaram. Incompetentes.

Mesmo antes que eles assumissem, eu escrevi várias vezes: “O RN não é Mossoró e o Estado não é a Prefeitura de Mossoró“. Simples assim.

Levaram para o Governo do Estado uma mentalidade centralizadora, paroquial e coronelista, com visão primitiva de gestão pública. Deu errado. Mas é o jeito deles, a natureza deles. Sempre foi assim. Por que iriam mudar agora?

Carlos e Rosalba estavam acostumados à gestão de um Fusca. Caíram na boleia de um caminhão Volvo e até agora não engataram a primeira marcha. Nem há mais tempo para arrancar. Estão atolados até o eixo.

Em Mossoró, não tinham sindicato funcional, mídia, judiciário, MP ou Câmara contra. Nem oposição existia. Venderam imagem surreal de êxito, que na verdade nunca passou de maquiagem feita com densa propaganda e obras de visibilidade.

A Prefeitura de Mossoró é um atraso como máquina pública, ninho de rato (literalmente). Não há projeto de desenvolvimento algum. Nunca houve. Só improviso. O último prefeito a pensar Mossoró grande e para bem adiante, foi Dix-huit Rosado.

Verdadeiramente, lamento o fracasso. Esperava pelo menos um governo convencional, de “obras estruturantes”. Nem isso. Nem propaganda salva.

O casal está sendo “devolvido” a Mossoró, seu rincão. Casa Grande e Senzala. Poderiam fazer mais se ouvissem. Mas não conseguem.

O próximo governador tem que assumir parte do legado que ajudou a construir. Henrique Alves (PMDB) e Robinson Faria (PSD), principais concorrentes à cadeira dividida nessa diarquia por Carlos e Rosalba, não são inocentes nesse enredo.

Precisam beber em fontes que ousaram mudar por ousarem ser ousados: Aluízio Alves e Cortez Pereira. Terão que juntar cacos e aplacar ódios. Vão ter que parar de beneficiar a parentada e os compadres, ofertando a força do Estado àqueles que mais precisam do Estado.

O Estado do RN deve ser um Estado provedor. Fomentador de oportunidades e ombro àqueles que precisam se erguer ou serem soerguidos. Um estado de oportunidades a nativos e aos que quiserem investir nele.

Os candidatos a governador que despontam, não são simpáticos e populares. Isso todos nós sabemos. Nem precisam ser. Longe disso.

Precisamos de gente capaz, ousada, perspicaz, articulada, com capacidade de juntar contrários e trabalhar com visão de futuro para o RN.

Não acredito em quem vai estudar, ainda vai planejar ou ouvir. Tem que chegar fazendo.

Nossos problemas estão aí há tempos. São os mesmos. Chega de “enrolation“.

Sou capiau dos arrabaldes da Capela de São Vicente, minha “República” imaginária. Sou do sertão e não quero parar de contribuir pro meu lugar, mesmo que pareça pouco aos olhos da maioria.

O RN precisa ser um todo. Não pode “morrer” na Reta Tabajara. Não podemos aceitar dois RNs numa coexistência desigual: um rico e outro pobre, ignorado de lá para cá.

Falta-nos uma Política de Estado; missão para mais de um mandato, com planejamento, renovação de costumes e envolvimento da sociedade civil organizada.

Isso é possível? Claro.

O RN que não funciona só é interessante para uma minoria que precisa mantê-lo desse jeito, num butim infindável.

Desse jeito, não nos serve.

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