quinta-feira - 30/06/2011 - 15:19h
Lançamento

Areia Branca recebe “Só Rindo 2” à noite de hoje

 

"Só Rindo 2" foi lançado em noite de autógrafos concorrida, dia 21

Às 19h30 de hoje, na Câmara Municipal de Areia Branca, lanço o livro “Só Rindo 2 – A política do bom humor do palanque aos bastidores”.

A iniciativa foi desencadeada pelo vereador Aldo Dantas (PMDB), presidente da Câmara de Areia Branca.

O livro mostra situações inteligentes, embaraços e acontecimentos jocosos ambientados na política. Tudo é narrado em 160 histórias, com ótimo conteúdo gráfico-editorial.

O evento é aberto ao público em geral, não apenas de Areia Branca, mas de cidades circunvizinhas como Grossos, Tibau, Porto do Mangue e Serra do Mel, além de Mossoró.

Em Mossoró, o lançamento aconteceu no último dia 21, na TV Cabo Mossoró (TCM), com sucesso considerável.

Então, até lá.

P.S – Um grupo de amigos de Mossoró já avisou que sai em comboio, “boquinha” da noite, para reforçar a confraria em torno do “Só Rindo 2”. Òtimo. Já me sinto em casa, em Areia Branca, imagine com esse reforço afetivo.

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Categoria(s): Cultura
quinta-feira - 23/06/2011 - 19:19h
"Só Rindo 2"

Lançamento concorrido marca chegada de novo livro

Milton Marques e Padre Sátiro apontam importância do trabalho, para documentação da cultura oral

Noite de autógrafo juntou público numeroso e diversificado para o "Só Rindo 2"

Por William Vicente (TCM) e Redação do Blog do Carlos Santos

O lançamento do livro “So Rindo 2 – A política do bom humor do palanque aos bastidores” levou políticos, jornalistas, artistas, empresários e outras pessoas dos mais diversos matizes sociais às dependências da TV Cabo Mossoró (TCM)), à noite de autógrafos nesta terça-feira (21).

O evento se dilatou até próximo de meia-noite, devido fila para dedicatórias do autor. Nem a chuva que banhou a cidade em boa parte do período arrefeceu o fluxo de pessoas, que prestigiaram a iniciativa, em ambiente de descontração.

Estavam presentes à cerimônia personagens da política local, como os vereadores Genivan Vale (PR), Francisco José Júnior (PMN) e Jório Nogueira (PDT); deputada estadual Larissa Rosado(PSB). O reitor da Universidade do Estado do RN (UERN), professor Milton Marques fez a apresentação da obra e autor.

O “Só Rindo 2” nasceu quase nove anos depois do primeiro título lançado por Carlos Santos. A nova publicação tem o mesmo perfil: resgata historias  do universo político, especialmente do Rio Grande do Norte, da capital ao sertão. Retrata disparates, rompantes inteligentes, gafes e cenas picarescas, como se fossem esquetes teatrais.

No entanto, o livro não tem interesse no escárnio da imagem dos políticos, e sim, documenta o que o autor considera inusitado e pitoresco em 160 historias, extraído da cultura oral do meio.

O lançamento da obra será veiculado na TCM em formato de programa especial, em data e horário a ser definido.

No evento, em si, o marcante foi a informalidade, a partir do ceriomonial conduzido pelo jornalista Givanildo Silva, que atendeu a convite especial de Carlos Santos. “Ninguém aqui é autoridade. A proposta é realizarmos um encontro de amigos”, disse. E assim aconteceu.

Milton Marques destacou a tenacidade do jornalista, que gosta de ser tratado como “repórter”. Salientou a importância do trabalho em questão e elogiou-o pela capacidade de juntar tanta gente, dos mais diversos matizes sociais, para um evento dessa natureza.

Padre Sátiro exalta valor documental do livro (Foto: Ricardo Lopes)

Convidado especial para falar, o padre Sátiro Dantas foi aplaudido. Salientou que Carlos é “perseguido” por setores intransigentes, por “sua coragem” e por falar algumas “verdades”. Salientou que o “Só Rindo 2” tem a capacidade de juntar um apanhado de situações, de forma documental, para preservar esse lado da política local e regional.

Em seu discurso, também rápido como os demais, Carlos agradeceu a presença de todos, justificou a informalidade e desmitificou qualquer selo de “mártir”, “herói” ou “vítima” para si. “Sou apenas um repórter”, grifou.

Veja abaixo, em galeria de fotos, uma mostra do que foi o lançamento do “Só Rindo 2”. Basta clicar sobre qualquer uma delas e acionar a sequência pra frente ou para trás para ver todas.

Veja, clicando AQUI, crônica do autor sobre essa noite.

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Categoria(s): Reportagem Especial
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terça-feira - 21/06/2011 - 05:58h
Só Rindo 2

Ao filho querido; vivo para ser amado

Convite oficial de lançamento do "Só Rindo 2" nos jardins da TCM nesta terça-feira, 21

É hoje, amigo internauta, o lançamento do livro “Só Rindo 2 – A política do bom humor do palanque aos bastidores”.  Será a partir das 19h30 nos jardins da TV Cabo Mossoró (TCM), em Mossoró.

O jornalista Givanildo Silva – amigo-irmão – será o cerimonialista, despido de maiores formalidades. O reitor da Universidade do Estado do RN (UERN), professor Milton Marques, fará a apresentação, naquele diapasão sereno de seu estilo.

Nosso encontro promete ser leve, em ambiente enxuto, como uma confraria à esquina de casa. Ah! não precisa levar cantil, encomendar uma quartinha, empunhar garrafinha com água mineral ou portar saco com gelo! Ninguém vai morrer desidratado: água e refrigerante serão fartos.

O livro é um trabalho que reúne 160 histórias ambientadas no universo político do Rio Grande do Norte, em especial.

Nele não há interesse no escárnio, não se busca o enxovalhamento da imagem de políticos, seus asseclas e anônimos e, sim, documentar o inusitado e pitoresco. É isso que procuro apresentar, ao assiná-lo.

O convite formal, por escrito, entregue solenemente em mãos, ficou a cargo de uma das editoras responsáveis pela edição, a “Sarau das Letras”, parceira do meu selo próprio – a “Editora Herzog”. Entretanto como é comum a quase toda produção do gênero, chegou “em cima da hora”, impedindo distribuição mínima.

Tudo bem.

A grande maioria dos meus convidados não tem rosto, não conheço pessoalmente; falta-me a intimidade da prosa à calçada, nem sei endereço físico. Se é gordo, magro; baixo, alto. Evangélico, cristão, islâmico, agnóstico…

São médicos, advogados, jornalistas, professores, comerciantes, empresários, engenheiros, políticos. Mas são também taxistas, frentistas, policiais, estudantes, donas-de-casa, engraxates, comerciários, desempregados etc.

É um mosaico humano, gente de todos os matizes, que ao longo dos últimos anos foi se reunindo por aqui, transformando esta página numa “ágora” grega, num fórum de debates.

Convidá-los um a um, impossível. Humanamente, impossível.

Quem não estiver presente, não estará ausente.

É! Meu novo filho nasceu. Outros virão. Cada um, em papel ou carne e osso, é único. Querido! Incensado. Com história própria. Título e subtítulo; nome e sobrenome. Feito em partilha, vivo para ser amado.

A paternidade responsável tem ônus e bônus. Topei fazer para me realizar sendo. Só isso.

Que belo dia para dizer “muito obrigado”.

Até mais tarde!

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Categoria(s): Crônica
segunda-feira - 13/06/2011 - 14:52h
Só Rindo 2

A política do bom humor do palanque aos bastidores

Você é meu convidado.

Falo sobretudo ao mais anônimo e humilde dos internautas, que acessa esta página com regularidade ou ocasionalmente. Não importa.

No próximo dia 21 (terça-feira), à próxima semana, às 19h30, nos jardins da TV Cabo Mossoró, estarei lançando meu segundo livro.

É outro filhote querido, concebido com enorme dificuldade; amado.

O “Só Rindo 2 – A política do bom humor do palanque aos bastidores” é uma coletânea de situações hilariantes, que envolvem políticos e outras figuras que formam esse universo.

A intenção não é promover o escárnio ou a ridicularização. Como o primeiro livro, esse mostra um “lado B” menos tortuoso da atividade política. Humanizado.

Aguardo-o por lá.

Seja bem-vindo.

Convite Oficial do "Só Rindo 2"

Convite oficial para lançamento do "Só Rindo 2"

 

 

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Categoria(s): Folclore Político
  • Repet
quinta-feira - 09/06/2011 - 19:40h
Ufa!!!

Olha nós aqui de “novo”; cara nova, mesma essência

Finalmente botamos o “focinho” fora. Ufa!

O novo Blog do Carlos Santos, que em verdade é nosso, meu e de cada um dos webleitores que o acessa, está no ar. A partir de agora, ele marcha nesse mundão de meu webDeus sob outra roupagem e com diversos mecanismos à melhoria da navegação, interação e fomento publicitário.

Nos próximos dias e semanas, nossa equipe – em parceria com a Zenitech (responsável por este projeto) – trabalhará em ajustes, testes e procedimentos técnicos, que objetivam a plena funcionalidade desta página. Muitas desconfigurações devem aparecer.  Certas ferramentas teimarão em não funcionar.

A página está pronta, mas a renovação e o aperfeiçoamento são sempre obras inacabadas.

Perseguimos a utópica perfeição.

O que temos aqui é resultado de quatro meses de contínuos esboços, reuniões, questionamentos, concordâncias, discordâncias. Uma dialética em alto nível, com o intuito de produzir algo de excelência.

Bem, eis o novo Blog do Carlos Santos.

Como fora antes, ao longo de quatro anos, daqui para frente não será de outra forma: estamos todos juntos.

“A vida é combate”, lembra-me o poeta Gonçalves Dias.

Então, ao trabalho.

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Categoria(s): Comunicado do Blog
sexta-feira - 20/05/2011 - 11:42h

Um oficial de justiça (amigo) em minha porta

Batendo à porta, porta,Mais uma vez tenho um oficial de justiça à minha porta. A batida ao portão, com o punho cerrado e em sequência tonitruante, não me deixa dúvida. Pergunto só para conferir mesmo:

– Quem é?

– Sou eu, Carlos Santos. É Otacílio, oficial de justiça.

Nem precisava a declaração oficial.

O “toque” de Otacílio é personalíssimo.

Tomo a liberdade, para não atrasá-lo, de sair em trajes quase sumários, com meu físico de pintassilgo resfriado, pernas de talo de coentro à mostra.

Uso apenas uma toalha contornando a cintura, dorso “atlético” à exibição, como um gladiador apolíneo, espécie de deus grego do semi-árido.

Tenho essa naturalidade, em face da frequência com que os oficiais de justiça aportam aqui em meu muquifo, sempre trazendo citações e intimações da patota que está no poder e, que, não é do ramo.

Pelo menos do ramo de governar, que se diga.

Suas manoplas têm outras habilidades.

Bem, mas voltemos ao ponto central desta prosa.

Surpreendi-me. Nem intimação nem citação.

O amigo Otacílio, de manhã ainda cedo, pede desculpas pelo suposto incômodo. Quer apenas uma informação sobre outra pessoa a ser citada judicialmente. Oriento-lhe, ajudo-o. E, lógico, coloco-me sempre à disposição para esse ou outro fim ao meu alcance.

Como jurisdicionado, até cobro tratamento diferenciado, pois me considero o melhor por essas plagas, sem nunca me esconder ou colocar qualquer embaraço ao prosseguimento processual, desde a simples citação.

Dessa vez, na pressa não deu para oferecer pelo menos um copo com água ao Otacílio. Mais não posso. A geladeira parece um chafariz: só tem água.

Fica para uma próxima.

– Volte sempre – intimo ao me despedir.

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Categoria(s): Crônica
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domingo - 20/02/2011 - 18:16h

A mensagem do alpinista

Por Carlos Santos

Eu tinha dúvida quanto ao ano. Confesso uma certa dificuldade para me situar no tempo, quando viajo cronologicamente, com uso apenas do recurso da minha memória. É um GPS inconfiável.

Bem, mas o ano não importava.

O que me parecia fundamental era o fato em si. Sua contextualização, pinçando-o para me situar, é o que me interessava mais.

Como alguém tem coragem de cortar o próprio pulso, com a lâmina de um canivete? Razões? Há-as para tudo, até mesmo para automutilação, raciocinava.

Tirou-me o fôlego a narrativa que ouvi à madrugada, em casa, com a TV sendo minha única fonte de luminosidade e companhia, incidindo sobre meu rosto opaco, num quarto lúgubre.

O sorriso de Aron Ralston, um jovem alpinista norte-americano, de braço erguido e parcialmente amputado, era um contraste com minha apatia. Uma sisudez tocada pela alegria de quem tinha acabado de perder parte do corpo e, assim mesmo, comemorava.

Sim, o ano… vamos a ele. Descobri que foi em 2003. Abril.

A TV era uma presença onipotente diante da cama, praticamente ligada 24 horas por dia. Hoje, não. Até de lá foi expulsa. Está entronizada na sala, sem qualquer pompa. Empoeirada.

Tempos difíceis, de transição, de muitas perplexidades e interrogações. Assim era meu 2003. Quase à beira de um ataque de nervos e em meio a constantes esbórnias. Meio “easy rider” (sem destino). Um Peter Fonda sem motocicleta.

Aron, ao contrário, tomado por um vigor maior, prometia voltar ao Grand Junction, um cânion no Colorado (EUA), que quase o sepultara. Não se intimidara com o infortúnio de ter sido preso a uma rocha, que o obrigou a se livrar de uma das mãos, após quase cinco dias imobilizado e sem ser localizado pelo resgate.

Admitiu que em vários momentos acreditou que não sairia vivo do lugar. Ficara entre a dúvida e a esperança. Mesmo após arrancar parte de seu corpo, ainda teve que rastejar, descer um precipício de 18 metros e andar 10 km, até ser socorrido.

A decisão veio de uma força espiritual, que não soube explicar. Conseguir sobreviver, para recomeçar e novamente encarar quem quase o engolira de vez, era uma segunda chance.

Seria uma sobrevida?

Na verdade, a lição que logo tomei para mim e não paro de rememorar, até hoje, é até simplista: para continuar inteiro às vezes é preciso arrancar uma parte de nós.

É uma medida drástica que por vezes somos obrigados a tomar, mas recuamos. Acovardamo-nos. Cortar a própria carne é morrer um pouco, sim. Contudo pode ser nossa única chance de ficar vivo. Renascer das cinzas, como a lendária Fênix.

Lembra um pouco a alegoria do “Mito da Caverna” de Platão. Continuamos na escuridão porque duvidamos da existência da luz. Limitamo-nos, somos limitados; conformamo-nos com as trevas.

Cometemos o pior dos erros humanos: o da omissão.

Somos levados a acreditar que não temos saída ou qualquer alternativa. Essa tal de felicidade fica por aí, no ar, pairando sobre nossas cabeças, como se fora um Zeppelin, aquele imponente dirigível. A qualquer momento, ela flutua e some, ou desaba em chamas.

Vivemos de ciclos. Para começar um novo é fundamental, em alguns momentos, extirparmos por completo o anterior. Toda escolha corresponde a alguma forma de renúncia.

Só chegaremos ao cume do Everest, o nirvana, abrindo mão de boa parte da “carga” amealhada desde o sopé da montanha. É uma espécie de tributo à vida. Impossível levarmos e termos tudo até o alto.

Talvez resida nesse aspecto, outro grande ensinamento à minha existência. Trato-o como “a parábola da montanha”.

Aron Ralston voltou tempos depois ao cânion, amputado, mas não mutilado.

Entendi assim, a mensagem que me chegara àquela madrugada, pelas “mãos” do alpinista.

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Categoria(s): Crônica
quarta-feira - 16/02/2011 - 12:33h

Maior site político do Brasil mostra perseguição a este Blog

Primeira página do Congresso em Foco tem chamada para texto de Sylvio Costa (Reprodução do BCS)

Primeira página do Congresso em Foco tem chamada para texto de Sylvio Costa (Reprodução do BCS)

O mais importante e conceituado site de jornalismo político do Brasil, o Congresso em Foco, produz hoje uma ampla reportagem analítico-opinativa, assinada pelo jornalista Sylvio Costa, seu fundador e diretor.

Nessa abordagem, ele fala do cerco a jornalistas que tentam exercer seu trabalho, vítimas de perseguição implacável de políticos que não conseguem conviver com a opinião contraditória.

Nesta matéria, Sylvio mostra especialmente o que acontece em Mossoró, ao editor do Blog do Carlos Santos.

Leia abaixo e tire você mesmo suas conclusões, webleitor:

Cuidado, jornalista: criticar pode dar cadeia

Blogueiro no Rio Grande do Norte sofre três condenações a prisão, por críticas à prefeita, numa história que é uma aula de Brasil


!!!!!!!!!!!!!

Pra entrar no clima, só abrindo com pontos de exclamação. Treze, pra afastar assombração. O velho Aurélio aqui ao lado, deliciosamente jurássico em suas amareladas páginas de papel, esclarece:

“exclamação. Ato de exclamar; voz, grito ou brado de prazer, alegria, raiva, tristeza, dor”

Tirando o prazer e a alegria, tudo a ver. Vontade de gritar. De tristeza, dor, raiva e, principalmente, de espanto. A história é uma aula de Brasil.

Você acha que é ofensa alguém dizer de uma autoridade pública, eleita pelo voto, que ela “paga o preço por seu despreparo”? Ou que anda “empazinada de ansiolíticos e com vida em boa parte reclusa”? E se, sem citar nomes, o sujeito fala que o “sumo pontífice e sacerdotisa da Seita Songamonguista do Reino Azul-turquesa” devem “ajustar seus rituais”? Ofensa?

A juíza Welma Maria Ferreira de Menezes, do Juizado Especial Criminal de Mossoró (Rio Grande do Norte), entendeu que as três afirmações eram ofensivas, sim. E, por causa delas, condenou a cadeia, em três processos diferentes, o blogueiro Carlos Santos, 47 anos de idade e 26 de atuação profissional como jornalista.

As punições foram iguais: um mês e dez dias de detenção, em cada uma das ações penais, com permissão para cumprir a pena fazendo doações (no valor de R$ 2.040,00 por processo) a entidades filantrópicas.

Sentença 1 – “Empazinada de ansiolíticos e com vida em boa parte reclusa”

Sentença 2 – “A ‘prefeita de direito’ paga o preço por seu despreparo”

Sentença 3 – “Sumo pontífice e sacerdotisa da Seita Songamonguista do Reino Azul-turqueza, ajustem seus rituais”

Mossoró é o Brasil.

Com cerca de 250 mil habitantes e uma das mais prósperas cidades do Nordeste, Mossoró é o segundo município do estado – só perde para Natal – em população e força econômica. Esta, derivada em especial do petróleo, da extração de sal, da produção de frutas, do comércio e do turismo.

Uma cidade situada a meia distância (entre 260 e 270 km) da capital potiguar e de Fortaleza e que se orgulha de ter importantes edificações históricas e uma indústria de comunicação expressiva: quatro jornais locais, dez emissoras de rádio e duas de TV aberta. Uma cidade que… vai que é tua, Brasil… é administrada há 63 anos pela mesma família.

Desde 1948, portanto. A família Rosado, a mesma da prefeita Fátima Rosado (DEM) e do seu irmão e chefe de gabinete, Gustavo Rosado (PV). E também da deputada federal Sandra Rosado (PSB), que lidera a oposição a Fátima. E, ainda, da governadora e ex-senadora Rosalba Ciarlini (DEM), que se elegeu prefeita em 2000 disputando contra a Fátima, mas a ela se aliou nas duas eleições seguintes (2004 e 2008), e a quem Carlos Santos exime de responsabilidade em relação ao calvário que enfrenta.

O chefe de gabinete, Fátima e seu marido, o médico e deputado estadual Leonardo Nogueira (DEM), elegeram Carlos Santos como alvo de nove interpelações e 27 ações judiciais (cíveis e criminais). Uma foi arquivada, as outras 26 estão em andamento. Somente no dia 23 de abril do ano passado o trio deu entrada em 11 processos contra o jornalista blogueiro. Que é um fenômeno da internet local.

Embora precária, quase heroicamente, Carlos consegue sobreviver com a publicidade que seu blog amealha. E o faz por causa da boa audiência, superior à de qualquer portal mantido na internet pelos tradicionais grupos de comunicação de Mossoró.

Seu sucesso lhe custa caro. Além dos processos judiciais, foi uma das principais vítimas de uma página apócrifa criada na internet, e retirada do ar pela Justiça em razão do sem-número de leviandades desferidas contra diversas personalidades da cidade.

Ao contrário dos responsáveis pela tal página, ainda anônimos e impunes, Carlos Santos dá a cara a tapa. Assina o que escreve, tem endereço conhecido e longa trajetória na imprensa do município. “Tenho relações respeitosas com praticamente todos os políticos importantes do estado, meu problema é com o Gustavo e a Fátima”, resume.

Ivanaldo Fernandes, gerente de comunicação social da Prefeitura de Mossoró, diz que a prefeita Fátima Rosado não teve outra alternativa: “O Carlos Santos tem um blog que é muito acessado, ele é muito capaz, escreve muito bem, mas passou do limite. A crítica a prefeita aceita. Mas o achincalhe, não. Por isso, ela recorreu à Justiça, que é o instrumento disponível para resolver essas questões numa democracia”.

Realmente, o jornalista blogueiro às vezes pega pesado. É, no mínimo, de gosto duvidoso, uma afirmação sua sobre a prefeita, cuja incompetência ele não cansa de apontar.

Carlos chegou a decretar que Fátima Rosado “não tem condições de gerenciar um fogão Jacaré, modelo camping de duas bocas, num piquenique escolar”. Mas, de mau gosto ou não, ele não tem o direito de manifestar sua opinião? Ou de dizer, como disse, que Leonardo, o marido da prefeita, tem um “olhar bovino”?

São motivos fortes o bastante para meter alguém no xilindró? Ah, sim. Deixemos por um instante as indagações conceituais, sobre o antigo dilema dos limites de liberdade de informação e direito à privacidade, para esclarecer a história do sumo pontífice.

Na nota publicada no blog, Carlos Santos escreveu: “Alunos da Faculdade Mater Christi (Mossoró) solicitam, fervorosamente, que o sumo pontífice e a sacerdotisa que comanda a Seita Songomonguista do Reino Azul-turquesa ajustem seus rituais”.

A mensagem cifrada fazia referência aos ruidosos encontros que Fátima (a sacerdotisa) e Leonardo (o sumo pontífice) fizeram em sua residência durante a campanha eleitoral do ano passado, na qual ele se reelegeu deputado estadual. “A casa da prefeita fica ao lado da faculdade, e o barulho que eles estavam fazendo, nessas reuniões, estava atrapalhando as aulas. Eram encontros para motivar as pessoas que iam às ruas pedir votos. Então eles gritavam, batiam palmas, e sempre terminava com foguetório”.

Marcos Araújo, advogado de Carlos Santos, entrará com recurso contra todas as condenações (duas delas sequer haviam sido publicadas oficialmente até ontem) e pedirá um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal em favor do seu cliente, que ele defende de graça.

Marcos fala que, além do inconformismo contra “a perseguição que o Carlos sofre”, tem interesse acadêmico pelo assunto. Seu mestrado em Direito Constitucional tratou exatamente do conflito entre o interesse da sociedade em informar e ser informada e os eventuais danos à imagem de pessoas.

Um dos aspectos que mais lhe incomodam é verificar como alguns veículos de Mossoró se associam à campanha contra Carlos Santos. “A cada ação que era formalizada contra ele”, conta o advogado, “o jornal dava destaque. O Carlos é um rapaz sério, que atira em todos os grupos. Ele é muito independente, e os independentes são problemáticos. Ele chegou a ter um jornal com um sócio. Como o jornal começou a se aproximar da prefeita, ele virou blogueiro. O uso da mídia na política é muito grande, e no Nordeste é maior ainda. Não tem um grupo de comunicação que não seja de um grupo político. E o Carlos acabou conquistando muita audiência por ser a única voz crítica à administração municipal”.

De acordo com o advogado, um dos processos surgiu porque Carlos relatou que a prefeita havia sido vaiada em um evento: “O problema é que, como é contra a prefeita, ninguém se dispôs a atestar. Ele é processado por expressar sua opinião. Por dizer que a prefeita é incompetente. Que ela é a prefeita de direito e quem é mesmo o prefeito é o irmão, e é um fato. A cidade toda sabe disso. Ele é o chefe de gabinete, mas é ele que vai a Brasília, que recebe o governador em exercício, reúne o secretariado. Juntei várias notícias de jornais mostrando isso, mas a juíza não aceitou”.

O Brasil é Mossoró

Juridicamente, enfatiza o advogado Marcos Araújo, Mossoró está na contramão da jurisprudência do STF. “Conforme voto do ministro Celso de Mello, incorporado ao acórdão do julgamento que derrubou a Lei de Imprensa, o agente público está sujeito a crítica. Havendo excesso nessa crítica, cabe no máximo a conversão da ofensa em indenização, jamais uma ação penal”. Pior: no caso em questão, o Ministério Público Estadual avalizou as ações criminais propostas por Gustavo/Fátima/Leonardo.

Há sinais, porém, de que, politicamente, Mossoró é um retrato do que rola no Brasil hoje. Desde 13 de novembro de 2009 os blogueiros Enock CavalcantiAdriana Vanhoni estão proibidos de emitir opinião sobre as mais de 140 ações em andamento na Justiça contra o presidente da Assembleia Legislativa do Mato Grosso, José Riva (PP). O jornal O Estado de S. Paulo é proibido desde 31 de julho de 2009 de divulgar informações sobre a Operação Boi Barrica (veja aqui a íntegra do inquérito), que investigou o empresário Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).

Generaliza-se o hábito de políticos usarem a Justiça como instrumento para intimidar jornalistas e blogueiros, constrangendo assim a liberdade de informação assegurada na Constituição.

A coisa bagunçou de tal modo que o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) se sente à vontade para adotar uma curiosa estratégia. Patrono de indicações para Furnas Centrais Elétricas que se converteram em fatos no mínimo estranhos, ele se recusa a dar entrevistas ao jornal O Globo, que levantou a lebre, furtando-se à obrigação básica de todo representante eleito de contribuir para esclarecer assuntos de interesse público. “Procuramos o deputado antes de publicar todas as matérias que fizemos.

No começo, ele chegou a responder por e-mail, através da assessoria. Depois, nem isso”, conta Chico Otávio, repórter responsável pela cobertura. Curiosamente, o mesmo Eduardo Cunha que preferiu não se manifestar sapecou lá no Twitter, no último dia 4: “Incrivel tambem uma materia so com a versao do ataque.Vai fundo Chico Otavio e prepara o bolso.Vai trabalhar a vida toda para pagar a conta”.

Sylvio Costa – Jornalista, criou e dirige o site Congresso em Foco.

P.S – Veja clicando AQUI, a página original do Congresso em Foco, assinada por Sylvio Costa.

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Categoria(s): Comunicação / Política
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sexta-feira - 21/01/2011 - 00:07h

Nau esperança

Relembro o poeta Gonçalves Dias em “Juca Pirama” para proclamar: “Meninos, eu vi”. Testemunhei duas enchentes épicas em Mossoró. Dois quadros, duas visões.

Rua Jerônimo Rosado virou um marzão (Foto: origem não identificada)

Rua Jerônimo Rosado virou um marzão (Foto: origem não identificada)

Em uma delas fui desalojado pela enxurrada; de outra resultou meu alojamento, de forma indireta, numa paixão: o jornalismo.

Vou contar o primeiro caso. Depois, quem sabe, abordo o outro, acontecido em 1985.

Situo-me em 1974. Estou nos arrabaldes do Santuário do Sagrado Coração de Jesus, Centro de Mossoró. Assisto o rio Mossoró banhar lentamente a rua Jerônimo Rosado, escalar as escadarias do adro desse templo e ocupar nossa casa sem resistência.

Sua água barrenta e devastadora produzia cenas incomuns aos meus olhos infantis: Homens com calças arregaçadas, outras crianças a nado, caminhões ou simples carroças transportando móveis e picuás da vizinhança.

A chuva incessante que engordou o rio nos empurrou para fora com a força de quem manda, sem pedir licença. Um poder onipotente. Mesmo assim, a água que quase batia à cintura de muitos ali bem em frente, me divertia, sem que eu soubesse medir os estragos ou pressentir os desdobramentos da cheia.

Sapos apareciam aos montes, como se fora reprodução de uma das dez pragas do Egito. Multiplicavam-se aos milhares, fazendo do enorme quintal uma Normandia no Dia D, só para anfíbios. Uma cena grotesca que nunca mais vi se repetir.

Canoas e pequenas lanchas navegavam à nossa frente; o rádio ligado noticiava a ampliação territorial do rio Mossoró. Estávamos ilhados, acuados, a cada dia.

O burburinho na rua e o alagamento continuado não me afligiam. A imagem diluviana era acima de tudo encantadora à minha avaliação limitada. Cinematográfica. Estimulava a imaginação cheia de aventuras e super-heróis da TV e quadrinhos.

Ruas, praças e avenidas estavam transformadas num marzão. Uma via só. Fluvial. Quase amazônica.

Só me toquei do pior com a convocação final: “Arrume suas coisas. Amanhã cedinho a gente vai embora”. Partimos para nunca mais voltarmos àquele endereço.

Lá ficou uma parte de minha infância e inocência: a pequena pracinha de seu João Cantídio, nosso Colégio Dom Bosco a tão poucos passos.

Para trás o presépio de Maria de Uriel, miniatura bíblica cheia de vida em todo Natal; a casa acolhedora de dona Fefita e seus netos, todos meus amigos, que vez por outra me convocavam para tumultuar seu sossego.

A padaria de seu Eliseu Costa e dona Julita nunca mais seriam meu endereço de fim de tarde. Seus pães e bolos deliciosos, enrolados com técnica apurada em papel madeira, continuam em meus olhos, olfato e paladar. Memória sensorial.

As confrarias noturnas à calçada, com o tititi do dia, quase sempre vetadas à presença de crianças curiosas, continuam gravadas. As famílias pareciam uma só, sem o temor da violência urbana, sem as aflições psicossociais deste século XXI.

Vários nomes e lugares mantêm-se memorizados, outros se dispersaram com o tempo, mesmo que a imagem deles, ainda turva, pulule até hoje em minha mente.

Vejo o casal Izete-Raílton; Moisés dos Portões, padre Américo Simonetti e suas concorridas missas no Coração de Jesus; o tenente e delegado Clodoaldo Meira aboletado num Jeep aterrorizando quem teimava em jogar bola na área, pronto para picotar a pelota.

A senhora Júlia Menezes absorta; as irmãs Ilná e Alaíde Nascimento; minha “Maura” sempre loquaz, festiva e amante da prosa com Nadir Brasil e tantos amigos e amigas. A professora exemplar Dagmar Filgueira e a serenidade do senhor Trajano Filgueira.

O sítio “Pica-pau” no beiço do rio; o Cine Cid tão perto e a lenda de que em seu subsolo existia uma baleia. Com chuva ou sol, enchente ou não, o barulho que vinha de lá nos fazia acreditar nesse “Moby Dick” subterrâneo, enredo que caberia numa aventura escrita por Júlio Verne.

Por aquele pequeno portão gradeado de ferro da casa em que eu morava, de batente alto, soltei meu barquinho tosco, de papel. Vi-o flutuar nas águas por alguns minutos, até que desaparecesse.

Só muito tempo depois descobri que “navegar é preciso”. Minha nau frágil, não tripulada, era também esperança.

Buscava outro porto seguro além-mar.

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sexta-feira - 31/12/2010 - 12:28h
Para 2011

O primeiro dos melhores anos de nossa vida

(…) Este é o exemplo da vida,
para quem não quer compreender:
Nós devemos ser o que somos,
ter aquilo que bem merecer.
(Estrada da Vida, Milionário e José Rico, letra de Jair Cabral)

Impossível não desabar em lugares-comuns no último dia do ano. Em qualquer direção que olhamos nos deparamos com obviedades.

E daí?

Que seja óbvio, desde que sincero.

Já fui preso ao dogmatismo do alheamento, o “tô nem aí”, “tanto faz”, “é um dia como outro qualquer…”

Mas já flertei também com a conversão à data. Vesti-me de branco, fechei os olhos e, compungidamente, pedi “saúde e paz, Senhor!”

Fiz planos e mandei o ano velho “vazar”. Chorei, confesso. Perdi o fôlego. Vi gente sumir. Olhei pro céu infinito e agradeci.

O que sou hoje?

Um pouco disso tudo, fruto de uma vivência que oscila entre os extremos para chegar à moderação.

Não foram os livros de auto-ajuda, um volver na direção de minha fé ecumênica ou alguém que transformou a visão desse tudo, que tenho agora, neste 31 de dezembro de 2010.

Há uma carga de vida vivida, vida louca, vida intensa; vida por viver. Há falta, tenho lacunas. Há vida a preencher.

Nesse pedaço de dia, filigrana na linha do tempo histórico, não há o que satanizar ou incensar. Mesmo assim não estou sentado, vendo a banda passar – “tocando coisas de amor”, como diz Chico Buarque.

Começo o inventário do ano. Borbulham planos. Rabisco metas. Nem otimista nem pessimista: realista. Cartesiano.

Iemanjá, não espere minhas oferendas.

Vem aí o primeiro dos melhores anos de nossa vida.

Feliz 2011!

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quarta-feira - 24/11/2010 - 19:13h

A “metrópole” do livro “no metro” e seus valores fúteis

 

Por Carlos Santos

Como são estúpidos os parâmetros que o grosso da sociedade mossoroense tem adotado, para dimensionar sua ascensão social. Tudo baseado na superficialidade e babaquice do “parece ter”.

Estamos medindo esse novo status nos prédios que sobem, nos milhares de carros que invadem ruas, avenidas e ocupam até calçadas. Naqueles que muitas vezes para subir, precisam descer aos subterrâneos.

Ontem eu tive mais um testemunho do atraso e da distância em que nos encontramos, da inversão de valores e confusão em que nos metemos, em nome do hipotético progresso.

Fuçando livros em um sebo, seu proprietário me fez um relato que fica entre o bizarro e o jocoso. Vamos a ele.

Há algum tempo, esse sebista foi procurado por uma “nova rica”, interessada em comprar “um metro de livro”. Isso mesmo. Não era um título específico, coleção ou tomo de encadernamento especial. Tinha que ser no metro, sim.

Explico, reproduzindo o que ouvi: a deslumbrada precisava preencher um espaço em estante desenhada por sua arquiteta, sendo recomendada a colocar livros com a mesma dimensão estética. O espaço disponível pro “enfeite”? Um metro. Um metro de livros simetricamente alinhados.

Mossoró, até o início do século passado, vivia a influência europeia do movimento conhecido como “art nouveau” – daí nascendo até a corruptela de sua área de prostituição, transformada em “Alto do Louvor”, décadas depois.

Era uma cidade com requintes em roupas, moveis, arquitetura, mas também na cultura, desde o teatro ao hábito da leitura e música. Tínhamos cerca de 100 pianos. E as moças bem educadas tocavam. Eles não serviam apenas de ornamento na decoração.

Falar francês era normal para os jovens de ótima extração. Muitos eram poliglotas. Os janotas transitavam sempre impecáveis e ser rico, em verdade, era transformar dinheiro em bem-estar e referência de conteúdo.

Hoje testemunhamos a “Metrópole do Futuro” exultante com seu “crescimento” baseado em carrões pra exibição, TV de LCD e home-theater na sala do apartamento, gente mal-educada saracoteando ao som de “lapada na rachada” e enchendo  sacolas com bugigangas de grife.

Os que se salvam dessa manada são tratados como estranhos e afetados, ou seja, anormais.

Portanto não é por acaso que da atividade produtiva à política, estejamos “dominados” pela ignorância que mesmo rica, não reluz.  É opaca ou furta-cor, mas certamente abobalhada e fútil.

Empobrecemos, em verdade, porque na ânsia de ser diferente, a grande maioria é apenas mais um  nessa multidão pasteurizada, uniforme, feita em escala industrial: modelo standart. Faz da aparência a sua essência, da borra cosmética a sua alma.

Acredita que Paris é “a cidade luz” por ser muito iluminada; toma Old Parr com Coca-cola, mas preferia um legítimo “Odete”, por ser mais barato.

A propósito, bota uma bicada de Serra Limpa aí, amigo. O sertão é aqui.

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