terça-feira - 15/10/2013 - 22:41h
Eleições 2012

Cláudia, Wellington e Gustavo são condenados por juíza

Por Ciro Marques (Portal No Ar)

A prefeita de Mossoró, Cláudia Regina, do DEM, e o vice, Wellington Filho, do PMDB, continuam presentes, dia após dia, no Diário de Justiça Eletrônico. E na edição desta quarta-feira (16), não será diferente.

Isso porque a dupla de gestores foi novamente condenada pela Justiça Eleitoral ao pagamento de multa pela participação do ex-secretário chefe do Gabinete Civil, Jerônimo Gustavo de Gois Rosado, nas eleições do ano passado, quando ele teria utilizado a máquina pública municipal para beneficiar a então candidata democrata.

“Nos termos da motivação supra, acato parcialmente a pretensão ministerial, julgando procedente a representação formulada, por entender configurada a vedada prevista no art. 73, inciso III, condenando os representados Cláudia Regina Freire de Azevedo, Wellington de Carvalho Costa Filho e Jerônimo Gustavo de Gois Rosado ao pagamento de multa no valor de 10.000 (dez mil) UFIR, cada um, nos termos do art. 73, §4º, ambos da Lei Eleitoral, a ser cobrado na forma prevista na legislação eleitoral”, decidiu a juíza da 34ª zona eleitoral, Ana Clarisse Arruda Pereira.

Ela já cassou Cláudia Regina e Wellington Filho uma vez e chegou até a afastar a dupla da Prefeitura de Mossoró – voltaram graças a um efeito suspensivo conseguido no Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

Desta vez, no entanto, Cláudia Regina e Wellington Filho não foram cassados.

“Entendo que a conduta narrada nos autos e considerada irregular por esta Magistrada não se caracteriza apta a ensejar a cassação do diploma dos Representados Cláudia Regina e Wellington Filho e, ainda, culminar-lhes inelegibilidade de oito anos, de modo que, em caso de procedência da representação, aplico a estes e ao representado Gustavo Rosado, multa no valor de 10.000 (dez mil) UFIR, valor este que considero justo e suficiente a reprimir a conduta considerada irregular, sendo esta a penalidade que considero definitiva”, justificou.

A conduta de Gustavo Rosado e que teria beneficiado Cláudia Regina, segundo o Ministério Público Eleitoral, autor da denúncia à Justiça Eleitoral, ocorreu no dia 3 de setembro de 2012. O então secretário-chefe – irmão da então prefeita de Mossoró, Fafá Rosado, apoiadora de Cláudia Regina – estaria liderando uma reunião, em pleno horário normal de expediente na Prefeitura local, com cunho político, para falar da campanha da candidata do DEM.

“A sobredita reunião contava com a participação de cerca de uma centena de pessoas e era conduzida pelo Representado Jerônimo Gustavo de Gois Rosado, então Chefe de Gabinete da Prefeitura Municipal de Mossoró. Dentre outras pessoas, foi possível verificar a presença de Mairton França, Gerente Executivo do Meio Ambiente e Alexandre Lopes, Secretário Municipal de Desenvolvimento Territorial e Meio Ambiente. A reunião tinha cunho eleitoral, uma vez que a chegada da candidata Cláudia Regina à reunião estaria sendo anunciado pelo Representado Gustavo Rosado”, narrou o MPE.

“O Ministério Público não se desincumbiu do ônus de demonstrar a gravidade da conduta, tal como comprovar que a participação de servidores em reuniões no horário de expediente era costumeira, ou que tais servidores participavam reiteradamente de outras atividades em seu horário de expediente, de modo que há que ser aplicada a proporcionalidade, não cabendo, no meu entendimento, a aplicação da pena máxima no presente caso, onde ficou registrada a ocorrência de uma única reunião”, justificou a juíza para não concordar com a pretensão do MPE.

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domingo - 13/10/2013 - 06:44h
Mossoró

Secretário faz defesa de governo em episódio de “protesto”

Nobre Carlos,

Confesso a surpresa com sua postagem intitulada PARTIDÁRIOS DE ROSALBA E CLÁUDIA PARTEM PRO ATAQUE. Não há qualquer elemento que justifique a citação do nome da prefeita Cláudia Regina nesse caso dos protestos que marcaram a passagem do governador Eduardo Campos por Mossoró.

Você conhece a prefeita Cláudia Regina e sabe que a agressão e baixaria política não fazem parte do perfil dela. Muito menos o esconderijo do anonimato.

Não sei quem organizou a manifestação presencial, de frente a Câmara de Vereadores, e muito menos a virtual. O que não concordo é que, na ansiedade de se buscar responsáveis ou explicações, seja lançada qualquer tipo de insinuação sobre a prefeita. Também me parece muito cômodo se “proteger” no cansado discurso dos servidores municipais comissionados.

Todos sabemos que não é a primeira vez que protestos acontecem na passagem de personalidades políticas nacionais por Mossoró. Lembro o caso da inauguração da adutora Jerônimo Rosado, quando o presidente Fernando Henrique foi alvo de protestos de militantes.

Além disso, na atual conjuntura nacional e também local o que não falta é mobilização popular e protestos. A própria prefeita Cláudia Regina foi alvo de alguns atos de protestos, mas nunca partiu para a tentativa de desqualificação e responsabilização de adversários políticos.

Saber conviver com o contraditório é fundamental para o respeito e a democracia.

Abraço,

Julierme Cleiton Nogueira Torres
Secretário Municipal de Comunicação Social

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sexta-feira - 11/10/2013 - 08:09h
Sentença

Juiz determina que promotoria investigue Rosalba Ciarlini

A quinta cassação da prefeita e vice de Mossoró, Cláudia Regina (DEM) e Wellington Filho (PMDB), sentença assinada no dia passado pelo juiz da 33ª Zona Eleitoral, José Herval Sampaio Júnior (veja AQUI), atendeu à emanda provocada pelo Ministério Público Eleitoral (MPE).

Rosalba e Cláudia: improbidade (Carlos Costa)

Outra vez, a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) aparece como figura proeminente nos autos, conforme narrativa e argumentos apresentados pelo MPE, que levaram o magistrado ao pleno convencimento à sentença condenatória.

Herval Júnior decidiu pela cassação/inelegibilidade de prefeito e vice, além de entender que mais uma vez a estrutura do Governo do Estado foi mobilizada para atender o interesse político- eleitoral da chapa governista, com a promessa de um poço profundo para abastecimento de água da comunidade rural de Riacho Grande.

“(…) Denota no nosso sentir, o abuso de poder político, na linha inclusive já infelizmente verificada em outras ações que claramente tinham escopo de influir o eleitorado para votar nos candidatos investigados, impondo-se a decretação de sua inelegibilidade”, salientou o juiz.

O diferencial dessa decisão, em relação às demais três cassações decretadas pelo juiz Herval Júnior, é que ele salientou estar remetendo cópia da sentença à Promotoria do Patrimônio Público. Determinou que investigue a suposta prática de improbidade administrativa por parte da governadora.

“Remeta-se cópia da presente sentença ao Ministério Público desta Comarca responsável pela defesa do patrimônio público e ao procurador-geral de Justiça deste Estado, a fim de que tomem ciência da possível improbidade administrativa que porventura tenham se perpetrado a partir do ilícito eleitoralmente comprovado, autorizando desde já o Cartório Eleitoral para envio de cópias necessárias acaso tais autoridades façam os pertinentes pedidos nesse sentido, bem assim ao procurador regional eleitoral conforme requerido pela defesa dos candidatos investigados quanto à atuação da Promotora”, definiu.

Ele ainda justifica na mesma sentença, o não-afastamento dos cargos dos condenados. Identificou que o caso narrado nos autos não  é de “conduta vedada” ou “captação ilícita de sufrágio”. Em sua decisão anterior (veja AQUI) na última segunda-feira (7), Herval afirmou que houve caracterização desses crimes, por isso determinou cassação e afastamento dos réus, com “efeito imediato”.

Quanto à governadora, sua relação com a campanha e ostensivo uso do bem público com fins eleitoreiros, já estariam bem sedimentados no uso de avião do Governo do Estado, que pousou no aeroporto de Mossoró 56 vezes em apenas um mês (setembro de 2012), na campanha municipal.

A tipificação de improbidade administrativa nesse processo pode levar o Ministério Público a criar sérios embaraços à Rosalba Ciarlini.

Além das quatro cassações sentenciadas por Herval Júnior, prefeita e vice foram cassados noutra decisão pela juíza da 34ª Zona Eleitoral, Ana Clarisse Arruda Pereira.

 

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quinta-feira - 10/10/2013 - 21:53h
Mossoró

Cláudia Regina é cassada pela quinta vez

A prefeita Cláudia Regina (DEM) e seu vice Wellington Filho (PMDB) estão sentenciados novamente. Colecionam a quinta cassação.

O juiz titular da 33ª Zona Eleitoral, José Herval Sampaio Júnior, assinou mais uma decisão desfavorável a ambos. Mas um de seus efeitos, não é o “afastamento imediato”, como ocorrido recentemente.

Cláudia e Wellington retornaram hoje à prefeitura, após obtenção de duas liminares no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) esta semana.

Prefeito e vice já foram cassados quatro vezes por Herval Júnior e uma pela magistrada Ana Clarisse Arruda Pereira, da 34ª Zona Eleitoral.

Depois o Blog traz mais detalhes e em nosso TWITTER AQUI.

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quinta-feira - 10/10/2013 - 10:10h
"Metrópole do Futuro"

Prefeitura mossoroense precisa administrar perda de receita

Mossoró enfrenta crise em arrecadação própria que ameaça gestão municipal e seu desenvolvimento

As contas da Prefeitura de Mossoró não vão bem. Podem piorar. E podem piorar muito.Os números da receita direta, por exemplo, estão em queda livre.

Agravante, é que o governo não tem a ousadia de proceder, por exemplo, uma auditoria na folha de pessoal.

“Metrópole do Futuro” sofre com fuga de empregos e comprometimento de erário (Foto: Pereyra)

Em se tratando de receita direta (ou própria), o foco desta postagem, os números são insofismáveis e revelam que Mossoró está no “fio da navalha”.

Em agosto deste ano, por exemplo, a principal fonte de receita própria do Município, o Imposto Sobre Serviços (ISS), despencou 51,56% em comparação com igual período do ano passado.

Em agosto do ano passado, o ISS respondeu com o volume de R$ 2.811,627,31. Já este ano, o total arrecadado com esse tributo foi de R$ 1.361,932,87.

Entre janeiro e agosto de 2013, somente a arrecadação direta de maio “pipocou”, num comparativo com mesmo mês de 2012. Subiu 37,1%.

Em maio de 2012, a receita direta municipal foi de R$ 5.109,,170,73.

Desmoronamento

Em maio deste ano, saltou para R$ 7.381,950,24.

O exercício passado, ou seja, 2012, último ano da prefeita Fafá Rosado (DEM, hoje no PMDB), o erário municipal empalmou R$ 63.754,314,57 como arrecadação própria.

Nesse pacote entram ISS (o principal), taxas diversas, multas e juros, dívida ativa, Imposto Sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) etc..

Seu melhor desempenho foi no mês de março/2012, com R$ 8.387,322,35.

Em março deste ano, gestão de Cláudia Regina (DEM), houve um “desamamento” de quase 30% na receita própria. Chegou a R$ 6.409,340,26.

O desmoronamento no comparativo com março de 2012 é de 27,4%.

ARRECADAÇÃO DIRETA

2012                                                      2013

Janeiro – R$ 5.164,290,73          Janeiro – R$ 6.291,561,75
Fevereiro – R$ 4.315,734,45     Fevereiro – R$ 4.056,959,02
Março – R$ 8.387,322, 35           Março – R$ 6.409,340,26
Abril – R$ 4.831,008,15               Abril – R$ 4.759,411,85
Maio – R$ 5.109,170,73               Maio – R$ 7.381,950,24
Junho – R$ 5.234,152,87             Junho – R$ 4.746,324,87
Julho – R$ 5.460,837,09             Julho – R$ 5. 059,316,43
Agosto – R$ 5.600,450,43          Agosto – R$ 4.684,007,68

O cenário é ruim, mas apenas mostrar números, fazer comparações e resmungar não podem resumir essa matéria jornalística.

A contribuição do Blog vai mais além. E continuará mais além em outras reportagens especiais.

Existem fatores endógenos (internos) e exógenos (externos) concorrendo para essa perda de nutrientes da receita direta municipal.

A ampliação do teto  para o “Supersimples”, decretado pelo Governo do Estado, para adesão de empreendedores individuais, estaria levando a migração de muitos pequenos contribuintes para essa modalidade de vínculo tributário, deixando de representar arrecadação pingada no próprio cofre do município. Há quem aponte perdas crescentes para o Município, com a medida.

O ISS indica, por exemplo, que o “desmanche” da atuação da Petrobras em solo mossoroense é uma realidade que nenhum discurso bonito – ou promessa eloquente – pode desmentir.

Essa metástase na economia atinge outros setores de forma direta e indireta. A Construção Civil, que talvez seja o segmento de maior amplitude na distribuição de renda na pirâmide social, é alcançada em cheio.

Do construtor ao carroceiro que carrega “areia lavada, há queixa.

Os reflexos chegam ao cofre público, que precisa reagir para retomar e ampliar receita, mas com o cuidado para não matar a “galinha dos ovos de ouro”, ou seja, o contribuinte.

Grita geral

Na Prefeitura, atual gestão, um grupo de trabalho na Secretaria da Fazenda passou a ser mais rigoroso e com resultados consideráveis, na avaliação e cobrança tributária relativa a negócios imobiliários. A grita é geral.

A prática comum, cultural e sedimentada, de se avaliar imóveis de forma subdimensionada – em prejuízo ao cofre da prefeitura, passou a ser combatida.

Noutra frente, há aposta para que seja instituído o IPTU progressivo, com rastreamento via satélite (GPS) de cada porção de terra/imóvel no município. Quem tem muito terreno e ocioso, pagará mais.

A alíquota subirá progressivamente para terrenos e imóveis sem uso ou subutilizados. É ainda uma forma de combate à especulação imobiliária.

Como ampliar a arrecadação sem onerar mais ainda o setor produtivo, é o “xis” da questão. Se apertar demais, pode produzir um efeito dominó devastador.

Mas o que ocorre com a Prefeitura de Mossoró é a reprodução do que temos numa dimensão maior: a União.

Máquina pública e CEI

A prefeita Cláudia Regina (DEM) precisa administrar melhor o custo da máquina, reduzir endividamento, podar empreguismo e combater desperdícios e distorções.

Cláudia: medidas duras

Para isso, fundamental é ter coragem e vontade política, pois naturalmente muitos privilégios terão que ser arrancados.

Deve ser assinalado, que o atual Governo trabalhou para que uma Comissão Especial de Investigação (CEI), na Câmara Municipal, não apurasse naturais distorções por má-fé ou por deslizes burocrático-legais na folha da municipalidade.

O vice-prefeito Wellington Filho (PMDB) chegou ao cúmulo do disparate ao afirmar numa entrevista na TV Cabo Mossoró (TCM), programa “Cenário Político”, que “todas as informações são abertas” e “nunca” a prefeitura foi procurada por vereadores para dar informações.

Vários requerimentos e proposições nesse sentido foram barrados pela bancada governista na Câmara Municipal ou sequer respondidos.

A “metrópole do futuro”, epíteto fantasioso que os donos do poder adesivaram no imaginário popular, vive momento delicado.

Fazendo um trocadilho com célebre frase do jornalista e dramaturgo Nelson Rodrigues, “é preciso alma até para chupar um Chicabon!”

Para administrar a Prefeitura de Mossoró para todos e, não apenas, em favor de uma patota de privilegiados, com uma herança maldita (dívida de mais de R$ 80 milhões, segundo informação de uma fonte do próprio governo), a exigência é bem maior: coragem para quebrar paradigmas.

Mãos à obra.

 

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Categoria(s): Reportagem Especial
quarta-feira - 09/10/2013 - 17:16h
Mossoró

Cláudia Regina e Wellington reassumem cargos amanhã

– Quando efetivamente a prefeita cassada e afastada de Mossoró, Cláudia Regina (DEM), toma posse novamente, ao lado do vice Wellington Filho (PMDB)?

A resposta é simples.

Com a decisão monocrática (individual) do desembargador Virgílio Macedo, ocorrida hoje (veja postagem mais abaixo), a decisão cumprirá a cientificação legal. Amanhã, com publicação de seu despacho, no Diário Oficial da Justiça,  prefeita e vice retornam aos respectivos cargos.

É importante frisar que as duas decisões tomadas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) atendem a pedido de liminar. Não houve julgamento do mérito.

TRE e o desembargador Virgílio julgaram ações cautelares para retorno dos réus, até o julgamento das sentenças de cassação na própria Corte.

O acatamento pelo TRE das petições, ontem e hoje, asseguram retorno dos cassados aos cargos em nome da “estabilidade administrativa”.

Os dois processos ainda serão julgados pelo mesmo TRE.

Prefeita e vice na prática continuam cassados, com quatro decisões nesse sentido, sendo três na 33ª Zona Eleitoral e uma na 34ª Zona Eleitoral.

A adversária Larissa Rosado (PSB), do principal grupo de oposição, tem uma sentença desfavorável que lhe impõe inelegibilidade. Foi emitida na 33ª Zona Eleitoral.

Nota do Blog – A prefeita Cláudia Regina acompanhou as duas decisões do – do pleno (colegiado) e a individual – em Natal.

Ela já tinha viagem definida para Mossoró, em face do falecimento da mãe de um de seus principais auxiliares, o secretário de Relações Institucionais Petras Vinícius, ocorrido hoje.

Acompanhe esse assunto e outros, com notas exclusivas, pelo nosso Twitter, clicando AQUI.

 

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  • Repet
quarta-feira - 09/10/2013 - 16:51h
Mossoró

Desembargador decide por retorno de prefeita e vice

Do Blog de Thaísa Galvão

Voto de Virgílio evitou apreciação em plenário só à próxima semana

Em decisão monocrática, desembargador manda Cláudia Regina (DEM) reassumir Prefeitura de Mossoró.

O desembargador Virgílio Macedo, na posição de juiz-relator do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), optou pela decisão monocrática.

E ressalvando sua posição pessoal, como informou ao Blog, “adotei a decisão da maioria: manter a prefeita e o vice nos cargos”.

O desembargador se referiu à maioria do Pleno, que ontem julgou cautelar de igual teor da que lhe foi distribuída, e decidiu pelo retorno da prefeita Cláudia Regina e do vice Wellington Filho (DEM) à Prefeitura de Mossoró, enquanto o mérito da ação não é julgado.

Nota do Blog Carlos Santos
– No julgamento de ontem no TRE, de uma cautelar com pedido de liminar, para retorno dos cassados, Virgílio Macedo votou contra.

Mas como o próprio Blog Carlos Santos antecipou, ainda ontem (veja AQUI), uma decisão monocrática poderia antecipar medida legal quanto à outra cassação-afastamento pendente.

“(…) Poderá sair uma decisão monocrática (por um membro do TRE). Os dois cassados podem retornar muito em breve à prefeitura”, adiantou o Blog.

Foi o que aconteceu.

Se deixasse para o plenário tomar a decisão, Virgílio só botaria seu voto à próxima semana (terça-feira, 15), para os demais membros do TRE apreciarem.

Amanhã (quinta-feira, 10), não haverá sessão dessa corte.

Veja mais detalhes adiante.

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quarta-feira - 09/10/2013 - 11:32h
Repercussão

Blog é referência na hora de votação no TRE

Ontem, o juiz federal Eduardo Guimarães tinha cópia de postagem do //www.blogcarlossantos.com.br à mesa, quando dava seu voto como relator em pedido de liminar, para retorno à Prefeitura de Mossoró da prefeita e vice, Cláudia Regina (DEM) e Wellington Filho (PMDB).

Guimarães integra o Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

Como relator da ação cautelar com pedido de liminar, o seu voto foi contrário à volta. Foi vencido em plenário pelo placar de 4 x 3, decidido pelo presidente dessa Corte, Amílcar Maia.

A postagem em questão dava resumo quanto à decisão mais recente do juiz José Herval Sampaio Júnior, da 33ª Zona Eleitoral, cassando e afastando prefeito e vice. Uma sentença muito extensa foi sintetizada na postagem, de forma direta e clara.

Nota do Blog – Sentimo-nos lisonjeados pela preferência e deferência.

Reforça mais ainda nosso compromisso e zelo, para produção de material o mais claro e elucidativo possível.

A proposta é deixar nossos internautas seguros quanto às informações dadas e dissecadas, principalmente nesse labirinto de termos complicados ao entendimento do leigo.

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terça-feira - 08/10/2013 - 21:17h
Mossoró

Articulação tenta antecipar eleição sem influência de prefeita

Estão efervescentes os bastidores da Câmara Municipal de Mossoró. A qualquer momento pode pousar em plenário antecipação de eleição da mesa diretora (biênio 2015-2016).

Há pressa.

Articulações na base governista tentam fechar chapa e antecipação do pleito que deveria ocorrer só no final de 2014.

Há pressa, muita pressa.

Tudo é feito à revelia da prefeita cassada e afastada, Cláudia Regina (DEM).

Numa eventual e possível volta sua ao poder, a ideia dos articuladores dessa manobra, é que tudo esteja “arrumado”.

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terça-feira - 08/10/2013 - 15:04h
Futuro

Cláudia poderá retomar mandato, sim

Inúmeras abordagens são feitas ao editor deste Blog, com a mesma interrogação:

– A prefeita Cláudia Regina (DEM) tem meios para retornar à Prefeitura de Mossoró?

Minha resposta é sempre a mesma:

– Claro que sim.

O que precisa ser assinalado, sem rodeios, é a existência de uma enxurrada de processos, além de quatro cassações proclamadas em primeiro grau (Justiça Eleitoral em Mossoró).

De momento, Cláudia e seu vice Wellington Filho (PMDB) estão afastado por duas sentenças distintas, por abuso de poder econômico.

Será extremamente difícil, que mesmo retomando mandato, consiga concluí-lo.

Pauta

A cautelar que seus advogados protocolizaram, para obtenção de liminar, relativa à decisão de afastamento ocorrida à semana passada, – entrou na pauta do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) agora à tarde.

Blog dará informações sobre julgamento.

Acompanhe AQUI no TWITTER.

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segunda-feira - 07/10/2013 - 23:08h
Prefeito provisório

Nova sentença não mexe com Francisco José Júnior

Vários webleitores e internautas fazem contato com o Blog. Em encontros pessoais com o editor desta página, a pergunta é a mesma:

– Com a cassação de hoje, o presidente da Câmara Municipal (Francisco José Júnior-PSD) vai ser novamente empossado prefeito (provisório) de Mossoró?

Resposta simples, direta e óbvia: “Não”.

A decisão de quarta cassação e segundo afastamento (“imediato”) da prefeita e vice de Mossoró, respectivamente Cláudia Regina (DEM) e Wellington Filho (PMDB), estará oficialmente registrada às 8h dessa terça-feira (8), para efeito legal da Justiça Eleitoral.

A 33ª Zona Eleitoral vai apenas comunicar a decisão à Câmara Municipal, via ofício.

Mas como já existe o afastamento de fato e direito e a posse de fato e de direito de Francisco José Júnior, esse protocolo não obriga o Legislativo à nova posse.

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segunda-feira - 07/10/2013 - 19:41h
Mossoró

Cláudia e Wellington são cassados pela quarta vez

A prefeita e vice cassados de Mossoró, Cláudia Regina (DEM) e Wellington Filho (PMDB), foram cassados pela quarta vez em primeiro grau. A decisão dessa feita, pela terceira vez, foi proclamada pelo juiz da 33ª Zona Eleitoral, José Herval Sampaio Júnior – nesta segunda-feira (7).

À semana passada, dia 1º, os dois tinham sido cassados e afastados pela juíza da 34ª Zona Eleitoral, Ana Clarisse Arruda Pereira (veja AQUI)

Abuso de poder econômico, compra de votos e conduta vedada compõem denúncia desencadeada pela coligação “Frente Popular Mossoró Mais Feliz”, que arrimou a chapa oposicionista à prefeitura, Larissa Rosado (PSB)-Josivan Barbosa (PT). A demanda em questão é uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) N° 417-67.2012.6.20.0033.

A decisão pune os réus com afastamento dos respectivos cargos (efeito imediato), inelegibilidade por oito anos, posse provisória do presidente da Câmara Municipal como prefeito e determina realização de novo pleito municipal.

“Promessas e doações realizadas em prol dos investigados – utilização excessiva de recursos econômicos e políticos com a finalidade de criar situações favoráveis à eleição dos primeiros investigados – corrupção político-eleitoral”, resumem a denúncia.

Veja, abaixo, o que foi narrado nos autos, que levaram o judicante ao convencimento de que Cláudia e Wellington foram favorecidos:

1) Da promessa do empresário Edvaldo Fagundes às duas principais instituições católicas da cidade. Promessa estendida a outras instituições inclusive com indicativo de continuidade na ajuda, para, no caso de vitória da então candidata Cláudia Regina e seu vice (paginas 12/16).

2) Da doação de bicicletas pelo empresário Edvaldo Fagundes. Promessas realizadas anteriormente às eleições e entrega posterior, com presença de filhos da governadora, bem como do filho do deputado Betinho Rosado (paginas 17/19).

3) Da doação de cadeiras de rodas pela filha do empresário Edvaldo Fagundes, conjuntamente a panfletos com propaganda negativa à campanha da então candidata Larissa Rosado, isso, anterior à eleição (paginas 19/20).

4) Da apreensão de camisetas padronizadas no dia da eleição, distribuídas pelos investigados, inexistência de despesas a esse fim na prestação de contas dos primeiros investigados efetuadas (paginas 20/24).

II. Do abuso de poder econômico praticado no contexto da prestação de contas dos investigados.

1) Do emprego de dezenas de Hilux (páginas 24/31).

2) Da utilização de helicóptero na campanha dos investigados, sem, contudo, ser informado na prestação de contas dos investigados e assim, não sendo contabilizados os valores referentes ao mesmo (páginas 31/33).

3) Da irregularidade das doações realizadas pelo Colégio Mater Christi, integrante de grupo educacional recebedor de recursos públicos (páginas 33/35).

4) Das doações relacionadas a atividades que não a atividade econômica da parte doadora e que, também, não apresentam compatibilidade com os valores de mercado dos bens doados (páginas 35/41).

5) Da utilização de veículos em propagada eleitoral, inclusive com registro junto à Justiça Eleitoral, mas, sem contabilização em prestação de contas (páginas 41/42).

6) Das doações efetivadas após o dia 07 de Outubro de 2012 (páginas 42/43).

7) Da alteração de limite de gastos durante a campanha sob pretexto e vinculado a gastos diversos dos que deram ensejo a alteração verificada (páginas 43/45).

8) Da superação do limite de gastos previsto para custeio da campanha dos investigados (páginas 45/47).

IV. Demais aspectos fáticos inerentes ao abuso de poder politico e econômico nas eleições de 2012:

1) Da ilícita propaganda realizada no dia das eleições pela senhora governadora Rosalba Ciarlini em favor dos investigados (páginas 48/50).

2) Do amplo emprego de Torpedos (SMSs) destinados a celulares com veiculação de propagandas negativas à candidata adversária, Larissa Rosado (páginas 50/51).

3) Do emprego de recursos econômicos para doações irregulares em prol da campanha investigada – formas de captação de sufrágio que são mais visíveis como abuso de poder econômico (páginas 51/56).

4) Da utilização da máquina administrativa municipal e doação de bens públicos em período vedado (páginas 56/68).

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segunda-feira - 07/10/2013 - 09:14h
Mossoró

Movimento cobra mandato de Cláudia na Net e na Rio Branco

Militantes governista fizeram mobilizações nas redes sociais no final de semana e nas ruas de Mossoró. Movimento foi em defesa do retorno à Prefeitura de Mossoró da prefeita cassada e afastada Cláudia Regina (DEM), bem como seu vice Wellington Filho (PMDB).

Francisco José Júnior (em meio à ginástica) com camisa apolítica (Foto Prefeitura de Mossoró)

Contestavam decisões – três – de cassação da prefeita e do seu vice, além de defenderem a legitimidade do mandato.

A decisão judicial que a afetou foi registrada no último dia 1º , em sentença da juíza da 34ª Zona Eleitoral – Ana Clarisse Arruda Pereira (AQUI).

Nas redes sociais, a estratégia foi utilizar um “tuitaço” (postagem em massa de mensagens na rede de microblogs Twitter).

“#MossoróQuerCláudia” – no Twitter – foi o título da campanha. “Vamos exaltar nossa Prefeita e suas ações em apenas 9 meses de gestão. Contamos com a participação de todos sem hora para acabar. Mobilizem todas as pessoas que você conhece e junte—se a nós,” orientou a organização do trabalho em email enviado aos participantes.

Viva a Rio Branco

– Não usar a Tag (título da mensagem) repetidas vezes – Ex: #MossoróQuerCláudia #MossoróQuerCláudia #MossoróQuerCláudia – FARÁ COM QUE GERE SPAM – orientou também na cartilha on line.

Nas ruas, a convocação foi para comparecimento nesse domingo (6) ao evento da prefeitura, denominado de “Viva a Rio Branco”, usando roupas em cor laranja, símbolo da campanha de Cláudia e Wellington no ano passado. A Rio Branco é onde fica o chamado “Corredor Cultural de Mossoró”.

O prefeito provisório Francisco José Júnior (PSD), esteve no Viva a Rio Branco no papel de “desportista”, mas em camiseta branca com a mensagem “Mossoró eu amo, eu cuido”.

Foi discreto e evitou relação direta com o movimento, até temendo implicações político-judicais.

Em outras edições dessa iniciativa, a prefeita Cláudia Regina é quem comparecia numa versão atleta, em passeios em bicicleta e caminhadas.

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segunda-feira - 07/10/2013 - 08:13h
Câmara de Mossoró

Afastamento de prefeita abre brecha para ação oportunista

O vácuo de poder em Mossoró, com cassação e afastamento da prefeita (Cláudia Regina-DEM) e vice (Wellington Filho-DEM) à semana passada, causa surgimento de forças oportunistas. E ação oportunista, por conseguinte.

Há um silencioso movimento nos intramuros da Câmara Municipal, para que se antecipe as eleições para a mesa diretora da Casa, biênio 2015-2016.

O pleito só aconteceria no final do próximo ano, mas a ausência da prefeita afastada da liderança do governismo, até com sumiço físico, enseja a ocupação de espaços.

A própria Cláudia era articuladora do governo e encabeçava negociações diversas com sua bancada na Câmara Municipal. Não delegou essa tarefa a ninguém.

Nos últimos governos que a antecederam, das prefeitas Rosalba CIarlini e Fafá Rosado (DEM, hoje no PMDB), a articulação e até administração eram comandadas por terceiros.

Rosalba, tendo à frente o marido Carlos Augusto Rosado (DEM); Fafá, o irmão Gustavo Rosado (PV).

Depois trago mais detalhes de bastidores.

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domingo - 06/10/2013 - 12:24h
Juíza Ana Clarisse Arruda Pereira

A mão rigorosa que faz história na política de Mossoró

Magistrada que cassou prefeita e vice tem histórico de sobriedade, mas também de firmeza com as leis

Nos últimos dias um novo nome passou a ser mais conhecido ou, pelo menos mais comentado, no universo da política mossoroense. Não caiu de paraquedas no cenário e enredo, que se diga.

Ana Clarisse Arruda Pereira, cearense de origem, que integra a magistratura do Rio Grande do Norte, afastou um prefeito (a) do cargo pela primeira vez na história da gestão pública de Mossoró. A atingida foi a prefeita Cláudia Regina (DEM), além do seu vice – Wellington Filho (PMDB), no último dia 1º (terça-feira).

Ana Clarisse: expressão de Augusto dos Anjos

Acusação: abuso do poder econômico.

Sua decisão produzia “efeito imediato”, ou seja, “desde a ciência da parte representada” (prefeita e vice) deveria acontecer o afastamento dos réus, devido cassação por “conduta vedada”. Boa parte da imprensa aparelhada e incontáveis vozes leigas e, passionais, passaram a contestar e ironizar sua sentença, apostando que tudo seria resolvido vapt-vupt.

Este Blog que isoladamente assinalava essa determinação – era desdenhado.

Divulgava-se a certeza de que prefeita e vice eram inamovíveis. Não foi o que ocorreu.

No dia seguinte (quarta-feira, 2), Mossoró ganhou o vice-presidente da Câmara Municipal, Alex Moacir (PMDB), como prefeito provisório. Já no dia 3 (sexta-feira), foi a vez do presidente da Câmara Municipal, Francisco José Júnior (PSD), pousar na mesma cadeira.

Enquanto isso, advogados dos cassados tentavam uma decisão liminar no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), para retomada dos cargos até decisão do mérito do processo em questão.

Mais adiante você vai entender todo esse lengalenga. Antes, vamos olhar para outro episódio, fora dessa celeuma paroquial mossoroense.

Dinheiro em espécie

Ana Clarisse é uma juíza de hábitos sociais sóbrios, distante de holofotes ou de tititi midiático. A toga não lhe pesa ou lhe estimula a afetações. Nem assim passa despercebida.

“Ela tem a mão pesada”, diz um advogado de velho curso no mundo forense da região.

Em 2012, titular da 35 Zona Eleitoral, Ana Clarisse transformou-se em notícia nacional ao determinar veto ao trânsito de dinheiro em espécie acima da quantia de R$ 1.500 nas cidades de Apodi, Felipe Guerra, Severiano Melo, Itaú e Rodolfo Fernandes. A região é historicamente conhecida pelo abuso da máquina pública e poder econômico para definir quem ganha e quem perde no voto.

A decisão foi publicada sábado (29 de setembro), através da Portaria nº 13/2012, com “objetivo de impedir a comercialização de votos” naquela região. A determinação vigorou até o dia da eleição, domingo, 7 de outubro.

Rosalba, Cláudia e um avião infatigável

Voltemos à cassação e afastamento da prefeita Cláudia Regina e do vice Wellington Filho:

Em Mossoró, a juíza” assumiu a 34ª Zona Eleitoral há poucos meses. Substituiu o judicante Pedro Cordeiro Júnior, que estava na titularidade durante a campanha e eleições do ano passado.

“A mão que afaga é a mesma que apedreja”, vale lembrar o poeta Augusto dos Anjos. Ana Clarisse já inocentou prefeita e vice cassados/afastados.

Em dois processos em setembro, Cláudia e Wellington saíram numa boa. Julgou que retirada de cartazes de campanha da então candidata oposicionista Larissa Rosado (PSB) – no Sítio Hipólito – e  uma gravação de mensagem da governadora Rosalba Ciarlini (DEM), veiculada pelas ruas de Mossoró durante a campanha, não ensejariam punição contra os dois.

À semana passada, não. Sua mão pesou. Prolatou sentença que ejetou Cláudia e Wellington das cadeiras de prefeito e vice.

Antes, na 33ª Zona Eleitoral, outro cearense, José Herval Sampaio Júnior, já condenara Cláudia e Wellington duas vezes, além de impor mesma punição contra Larissa Rosado, da oposição.

Avião

Além da perda do mandato, Cláudia e o vice-prefeito foram condenados a pagar R$ 30 mil de multa Unidade Fiscal de Referência (UFIR), equivalente a R$ 72 mil. A punição pecuniária atingiu ainda a governadora Rosalba Ciarlini.

A decisão da magistrada é relacionada ao processo protocolado pela coligação “Frente Popular Mossoró Mais Feliz”, que pediu a cassação da prefeita por conta dos abusos cometidos na campanha. Nos autos, é atestado que a governadora fez 56 viagens com o avião oficial do Governo do Estado, apenas no mês de setembro de 2012 – reta final da campanha eleitoral. Quase dois pousos/decolagens por dia.

Em todo o ano anterior (12 meses), Rosalba tinha usado o avião oficial em 98 pousos/decolagens no mesmo aeroporto de Mossoró.

“No caso em tela, considero que a conduta da governadora Rosalba Ciarlini é de extrema gravidade, uma vez que, de forma abusiva, utilizou-se dos recursos do Governo do Estado em benefício dos candidatos Cláudia Regina e Wellington Filho, fazendo com que sua presença nos eventos de campanha fosse constante, desequilibrando assim o pleito eleitoral em favor dos candidatos eleitos nas eleições municipais de 2012 em Mossoró”, sustentou a magistrada no arrazoado de sua sentença (veja matéria AQUI).

O protagonismo da juíza não ficou por aí, no que seria o suficiente – do ponto de vista de suas prerrogativas.

Manobra de bastidores do governismo tentaram adiar a posse do novo prefeito. A estratégia foi empurrar para Ana Clarisse um inusitado pedido de esclarecimentos sobre o óbvio ululante: “quem deveria assumir a prefeitura?”

O presidente da Câmara Municipal – Francisco José Júnior, substituto legal, estava em viagem aos Estados Unidos. Obviamente, o vice Alex Moacir  teria que ser o prefeito. Não se tratava de uma faculdade, mas uma injunção.

Alex Moacir segurou-se  para não assumir no dia 2, supostamente por “insegurança”.

Reprimenda

A juíza, interpelada pela própria Câmara, emitiu decisão tornando translúcido o que já era claro. “(…) Comporta destacar que causa estranheza tal requerimento, uma vez que, presume-se, estarem os edis preparados para o exercício de seu mister público, ou mesmo que dispõem de assessoria jurídica capaz de dirimir dúvida tão basilar do Direito Administrativo” , declarou Ana Clarisse, com uma elegante reprimenda ao desconhecimento ou à desfaçatez do Legislativo.

Alex tentou sair do foco (Foto: Blog Carlos Santos)

Um grupo de vereadores chegou a estar na sede da 34ª Zona Eleitoral, à tarde do dia 2, para tratar desse encolhe-estica. Mas o que apressou a posse de Alex Moacir, vereador governista, na prefeitura, foi outro episódio.

O vereador oposicionista Soldado Jadson, segundo-vice-presidente da Câmara, avisou que se Alex Moacir se esquiva-se de seu dever, ele – com amparo constitucional, assumiria a prefeitura.

Avisado por telefone do que rondada o intocável poder do DEM no Palácio da Resistência, Alex Moacir apareceu na própria 34ª Zona Eleitoral para ser formalizado da situação. Ao final da tarde “virou” prefeito.

Com o retorno de Francisco José Júnior da viagem, na sexta-feira (4), Mossoró passou a ter outro prefeito. Nesse ínterim, Cláudia e Wellington preferiram evitar aparição pública e qualquer pronunciamento oficial, enquanto os seus advogados tentam reversão desse quadro.

Quanto à juíza, apesar de abarrotada de processos em vara da Justiça Comum, não folgou com o barulho dessa situação. Ainda na quarta-feira presidiu normalmente sessão relativa a outra demanda eleitoral de 2012 e nesta semana deve emitir sentença em novo processo (veja AQUI).

Entretanto, é bom ser sublinhado, que pelo menos mais quatro estão conclusos para sentença nos próximos dias (veja postagem ainda hoje).

Qual será sua decisão?

Talvez a leitura do “Monólogo das mãos ” – de Giuseppe Ghiaroni (1919-2008) –  (AQUI) nos dê uma pista:

“(…) Para que servem as mãos?…

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sexta-feira - 04/10/2013 - 18:21h
Cláudia Regina/Wellington Filho

Outro processo de cassação está pronto para sentença

Mais um processo com pedido de cassação está concluso para sentença, na 34ª Zona Eleitoral, que tem como titular a juíza Ana Clarisse Arruda. É o de número 77359.2012.620.0034.

Entrou no sistema on line da Justiça Eleitoral às 10h40 minutos de hoje.

Em mais essa demanda, é pedida a cassação da prefeita (afastada) de Mossoró, Cláudia Regina (DEM), além do seu vice Wellington Filho (PMDB).

Trata-se de uma representação protocolizada pelo Ministério Público Eleitoral (MPE), através das promotoras Ana Ximenes e Karine Crispim, denunciando-os por “captação ilícita de sufrágio”.

Edvaldo Fagundes

Um personagem central desse processo, é o empresário Edvaldo Fagundes, do Grupo Líder.

Todas as etapas processuais preliminares foram cumpridas, como oitiva de testemunhas, manifestação das partes etc.

Falta, portanto, a juíza prolatar a sentença.

Cláudia Regina (DEM) tem três cassações em primeiro grau, sendo duas na 33ª Zona Eleitoral e uma na 34ª.

A mais recente, imposta por Ana Clarisse, com “efeito imediato” de afastamento, é que colocou Cláudia e Wellington fora do cargo.

Foi assinada na última terça-feira (1º).

Nota do Blog – A deputada estadual Larissa Rosado (PSB), que concorreu à prefeitura contra Cláudia, ano passado, tem uma decisão desfavorável em primeiro grau, na 33ª Zona Eleitoral, que tem como titular o juiz José Herval Sampaio Júnior.

P.S (19h55 de 4 de outubro de 2013) – Esse processo deu um passo atrás por falta das alegações finais por parte de Edvaldo Fagundes. Ainda hoje houve nova movimentação, para intimá-lo. Só depois retornará às mãos da juíza para seu pronunciamento conclusivo.

A sentença quanto a esse processo poderá sair até o final da próxima semana ou um pouco mais além.

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sexta-feira - 04/10/2013 - 10:32h
Prefeitura de Mossoró

TRE pode julgar hoje pedido para retorno de Cláudia

Do Blog Panorama Político

Está sendo aguardado para hoje o julgamento do recurso impetrado pelos advogados da prefeita de Mossoró Claudia Regina (DEM), no Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

Na peça, os advogados pedem que a gestora, afastada do cargo na última terça-feira (1º) por decisão judicial, retorne ao exercício da função até que o novo recurso, já impetrado contra a decisão judicial, seja analisado.

Acompanhe nosso Twitter com notas exclusivas clicando AQUI.

Claudia Regina e o vice Wellington Filho (PMDB) são acusados de usar a estrutura do Governo do Estado na campanha de 2012.

Nota do Blog Carlos Santos – Penso que deva ser concedida essa liminar, até julgamento do mérito desse processo. Mas dois outros já estão em segunda instância, para julgamento de mérito, de cassações anteriores na 33ª Zona Eleitoral (TRE).

 

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Categoria(s): Eleições 2012 / Justiça/Direito/Ministério Público / Política
sexta-feira - 04/10/2013 - 09:48h
Sinal dos tempos

Terceiro prefeito em Mossoró e nenhum Rosado…

Sinal dos tempos.

Mossoró poderá ter seu terceiro prefeito em menos de 72 horas (veja postagem abaixo) e nenhum deles traz o sobrenome Rosado no registro.

A oligarquia Rosado comanda os destinos de Mossoró desde 1948 de forma quase ininterrupta. São 65 anos de história.

Só sofreu uma derrota nas urnas em 1968, quando o professor Vingt-un Rosado perdeu o pleito para Antônio Rodrigues de Carvalho por 98 votos.

Sinal dos tempos.

Ano passado, Cláudia Regina (DEM) foi eleita contra uma Rosado, deputada estadual Larissa Rosado (PSB).

Na última quarta-feira, o vice-presidente da Câmara Municipal, Alex Moacir Pinheiro (PMDB), assumiu provisoriamente a prefeitura devido cassação de Cláudia.

Hoje, Francisco José Júnior (PSD), presidente da Câmara Municipal, tende a ocupar seu lugar como prefeito.

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Categoria(s): Política
  • Repet
sexta-feira - 04/10/2013 - 09:31h
Em menos de 72 horas

Mossoró pode ter seu terceiro prefeito ainda hoje

O presidente da Câmara de Mossoró, Francisco José Júnior (PSD), já se encontra em Mossoró. Ele deverá assumir a Prefeitura de Mossoró, provisoriamente, às 11h de hoje.

Na última quarta-feira (2), o vice-presidente Alex Moacir (PMDB) foi empossado, em face da cassação e afastamento da prefeita e vice (Cláudia Regina-DEM e Wellington Filho-PMDB), bem como viagem ao exterior do próprio Francisco José Júnior.

É o terceiro prefeito que Mossoró deverá “experimentar”, em menos de 72 horas.

Nesse ínterim, não deve ser descartada obtenção de liminar no Tribunal Regional Eleitoral l (TRE), por Cláudia e Wellington, que viabilize retorno aos cargos até julgamento final da demanda nessa própria Corte.

Cláudia e Wellington tem três cassações em primeiro grau (duas na 33ª Zona Eleitoral e uma na 34ª Zona Eleitoral).

Quem os cassou, na última terça-feira (2), foi a juíza da 34ª Zona, Ana Clarisse Arruda Pereira.

Nota do Blog – Francisco José Júnior disse ao Blog, em primeira mão, que retornaria ao país na segunda-feira (7), mas antecipou seu retorno.

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quinta-feira - 03/10/2013 - 09:52h
Ciência Polícia

O silêncio que não ajuda Cláudia Regina

A prefeita Cláudia Regina (DEM) e sua assessoria pisaram na bola. Erraram feio.

A governante foi desalojada do poder por meio de uma decisão judicial – que pode ser revertida – e não se ouviu um pronunciamento seu; sequer uma nota em seu nome, uma manifestação dirigida a aliados, servidores, prestadores de serviços e fornecedores da municipalidade.

Sinal de que sentiu a estocada.

Evidente que sim.

Ainda é tempo de soltar a voz, até para tentar aplacar maiores apreensões e frear desatinos de uma minoria ruidosa e mentecapta. Sem bússola!

É o mínimo que se recomenda, nessas horas.

Pura ciência política.

Nada mais.

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quarta-feira - 02/10/2013 - 20:07h
Alex Moacir

Novo prefeito aguarda retorno de Cláudia Regina

Mossoró está com novo prefeito. Trata-se do vereador governista Alex Moacir (PMDB), campeão de votos no pleito do ano passado.

Podem ser por alguns minutos, horas ou dias. Mas fundamentalmente, a estada do vereador como prefeito provisório de Mossoró será marcada pela sobriedade.

Alex tem foco na estabilidade (Foto Blog Carlos Santos)

Foi o que ele garantiu ao Blog Carlos Santos no início da noite de hoje, logo após ser empossado pela Câmara Municipal.

– Mossoró vive essa instabilidade e eu preciso ter uma passagem que mantenha tudo na normalidade, até a prefeita Cláudia Regina (DEM) voltar – comentou.

Sua previsão, é que essa situação enfrentada pela prefeita e vice Wellington Filho (PMDB) seja contornada com brevidade na Justiça. “É o que todos esperamos”.

Alex Moacir adiantou que não haverá ponto facultativo na sexta-feira (4). “Precisamos nos reunir com a equipe de auxiliares para retomarmos o ritmo normal. Talvez até lá a prefeita retorne”, estimou.

Garantiu ao Blog que não conversara com a prefeita afastada até àquele momento, mas o faria. “Ela é a prefeita; vou ouvi-la”.

Na sessão extraordinária da Câmara, o segundo vice-presidente Soldado Jadson (PT do B), dirigiu os trabalhos à posse de Alex. Os oradores parabenizaram o novo prefeito e lhe desejaram sorte.

Jadson foi mais além. Pediu para ele receber os aprovados no concurso da Guarda Civil. Foi aplaudido por alguns integrantes desse contingente.

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Categoria(s): Política
quarta-feira - 02/10/2013 - 17:28h
Mossoró

Alex Moacir assume prefeitura às 18 horas

O vereador Alex Moacir (PMDB) decidiu, após exaustiva reunião com seus pares, que tomará posse hoje, às 18h, no cargo de prefeito de Mossoró.

Houve convocação extraordinária da Casa.

A reunião ocorreu na sala da presidência da Câmara Municipal, após Alex – vice-presidente do Poder Legislativo – ser notificado da cassação da prefeita e vice, Cláudia Regina (DEM) e Wellington Filho (DEM).

Ele foi cientificado na própria sede da 34ª Zona Eleitoral, onde compareceu após ser contactado por telefone, por volta das 15h02 de hoje.

No dia passado, a juíza titular dessa vara, Ana Clarisse Arruda Pereira, cassou Cláudia e Wellington (AQUI).

O presidente da Câmara, Francisco José Júnior (PSD), como está em viagem aos EUA, tornou a obrigação de posse facultada ao vice, que é Alex Moacir.

O vice até se esquivou inicialmente, mas foi alertado que se não assumisse, o prefeito passaria a ser o primeiro vice-presidente da Câmara, o Soldado Jadson (PT do B).

Advogados de Cláudia e Wellington tentam devolvê-los aos cargos, com uma liminar. A decisão pode sair nas próximas horas e mesmo no feriado, com um julgador de plantão no Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

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