O Partido dos Trabalhadores (PT) faz festa para comemorar seus 32 anos. Uma história de altos e baixos, mas com rara força à longevidade, coisa pouco comum na história partidária do país.
O partido que nasceu das entranhas do movimento sindical metalúrgico paulista, bem à esquerda, ao longo do tempo foi ajustando discurso e práticas, para chegar ao poder.
Lula, seu ex-presidente e ex-presidente da República, é o que talvez melhor simbolize esse enredo. Deixou de ser o “sapo barbudo” na campanha de 1989, para sair do governo em 2010 (após dois mandatos), como uma nova versão do “pai dos pobres”.
Em nome da “governabilidade”, um eufemismo que escondeu a prática de corrupção e acordos com nomes nefastos para o outrora PT, vide Collor de Mello, Antônio Carlos Magalhães e José Sarney, o novo PT chegou ao topo e nele permanece. Resta saber se essa “fatura” não será cobrada adiante, com pesado ônus para a sigla e o país.
Em termos de Rio Grande do Norte, o PT está devendo. Contraditório em alguns momentos, não soube aproveitar a performance da sigla no campo nacional, para também ocupar maior espaço.
Arrasta-se há tempos na manutenção de dois mandatos de destaque (deputada federal Fátima Bezerra e deputado estadual Fernando Mineiro), mas não consegue maior projeção em disputas majoritárias. Contenta-se em ser apêndice de outras legendas ou apenas mais uma sigla na sopa de letrinhas partidárias que povoam a política potiguar.
Esse é o PT.