segunda-feira - 02/08/2021 - 09:34h
François Silvestre

O lupanar de Fux

Reprodução do quadro "O bordel", de Vincent Van Gogh

Reprodução do quadro “O bordel”, de Vincent Van Gogh

Por François Silvestre

O ministro do supremo Luiz Fux, cujo nome me remete a uma antiga fábrica de fósforos, Fiat Lux, inventa o protagonismo de uma reunião que não terá nenhum resultado prático ou útil no quadro de esculhambação a que Bolsonaro levou o país, num processo nunca antes visto de desmoralização institucional.

Era como se Maria Boa, Rita Loura e Ana Raposa, damas respeitáveis da vida difícil, resolvessem marcar uma reunião para demonstrar que todas “as meninas” das suas casas eram virgens intocadas. Ou aquele embaixador britânico, idiota, que chegou de Berlim, após reunir-se com Hitler, e mostrou aos londrinos um papel onde constava a disposição do líder nazista de que a paz estava assegurada.

 Vendo aquela cena patética, o futuro premier Churchill declarou publicamente que só um idiota não percebe a enganação a que se submete.

Fux é um idiota, um charlatão ou um cooptado? Depois de Bolsonaro provar por A mais B que está cagando para o supremo, para a Democracia e para as eleições, esse lobista, que chegou ao supremo prometendo matar o Mensalão no peito, vai fazer uma reunião para que cada chefe dos poderes prometam cumprir a Constituição. Quem é Fux pra exigir isso? E quem é idiota para acreditar nesse compromisso?

Só em pensar na necessidade dessa reunião, já é uma confissão pública de que a coisa virou zorra.

Por essas e outras é que Bolsonaro nada de braçadas contra a ordem democrática. Pelo simples e elementar motivo de que os outros poderes são presididos por cagões. Bolsonaro sabe disse. Cagões. Reúnam-se, caguem e se limpem por lá. Pra que o povo não precise tapar o nariz. Bolsonaro vai sair da reunião prometendo cumprimento, e depois vai estirar o dedo comprido na direção da toga de Fux.

O Ministério Público, que vergonha, acocorou-se na latrina do servilismo. É órgão auxiliar do governo federal, jogando no esgoto suas responsabilidades de defender o Estado de Direito e a Democracia. Cadê a pose de independência, ávida de holofotes? Acocorados, ficam olhando enviesados pelas frestas da covardia, enquanto a Pátria sangra.

A Polícia Federal, que lástima, tão valente que foi contra estudantes, artistas e operários, agora se rebaixa ao lastimável papel de cão de fila a serviço do governo federal. A latir no portal do poder pra evitar a aproximação do povo e a defesa dos interesses nacionais.

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sexta-feira - 30/07/2021 - 20:42h
Anote

A verdade não tem dono…

verdade-mentiraPor François Silvestre

...mas a mentira tem sócio.

Bolsonaro, o energúmeno, disse uma verdade. Qual? “Ninguém é dono da verdade”. Descobriu a areia, a praia e o mar. Ninguém sabia disso. Depois, continuou: “eu não sou dono da verdade”. Isso é verdade ou é mentira? Depende. No fato, é verdade. Ele não tem nem promessa falsa de compra da verdade. Mas, dito por ele, é mentira.

Ele se acha dono da verdade. Mentiu sobre o que realmente acha, mesmo falando a verdade sobre o fato.

Bolsonaro não só não é dono da verdade, como é sócio majoritário da mentira. Mente diariamente. Sua mente pensante, se é que pensa, é um advérbio do disfarce. Mente meritoriamente, mente diariamente, mente usualmente, mente seriamente, com a fisionomia que desmente a casca séria da sua mentira.

Mente, como se diz nos rincões do sertão profundo, que nem o fiofó sente. É um bufão, cercado de acólitos tão mentirosos quanto. Generais que não respeitam nem o kaol que lustra suas estrelas de latão. Se gritar pega ladrão; num tem kaol, meu irmão.

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domingo - 18/07/2021 - 13:32h

Rifa macabra

apontar-geral-militar-dos-desenhos-animados-51421807Por François Silvestre

Isso não é um governo. É uma rifa clandestina entre amigos e sicários da população, posto que dos atos e omissões o resultado foi a mais cruel mortandade populacional da história do Brasil.

Amigos civis e militares, paisanos e fardados. Fardados da ativa e da reserva. E comandantes melindrados, que não aceitam a citação de mácula nos seus, intocáveis, sob pena de ameaças às instituições e à sociedade civil. Tudo com os peitos empanzinados de medalhas; de batalhas inexistentes, de guerras nunca lutadas, de heroísmo de fancaria.

Um general da ativa, tri-estrelado, reúne-se com um condenado por fraude, em 2014, pela Justiça Federal, para comprar vacinas da China, que eles renegam, por preço super faturado, após dizer na CPI que nunca se reuniu com qualquer empresa.

Talvez tenha dito a verdade, não era um empresa. Era uma quadrilha. Todos recebidos com pompa e circunstância no gabinete do arrogante general.

Estamos todos no aguardo da próxima nota do general Braga Neto, o mesmo que comandou uma operação excepcional no Rio de Janeiro, cujo resultado foi ser zoado por milicianos e traficantes.

Deixou o Rio igual ou pior do que estava. Esperemos a nota…

François Silvestre é escritor

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quinta-feira - 15/07/2021 - 18:04h
Brasil

As tripas de um país fecal

intestinoPor François Silvestre

Cujo presidente dá um susto nos aliados ao ter interrompida a tripa cagaiteira. Pois pois, como diria um português de Lisboa. “Ô pá, lamento, mas se todo mundo morre um dia, como disse o próprio gajo, todo mundo também pode vez de quando ter um nó na tripa”.

Essa foto do hospital é muito suspeita, pra não dizer coisa pior. A reprise da facada chega numa hora bem conveniente. Preparem-se que ela será repetida tantas vezes quanto precisar, na época dos debates de campanha. Esse foi um ensaio bem sucedido.

Lamento, mas não consigo levar a sério esse negócio. Até porque a prisão de ventre é no intestino de um presidente que não leva a sério o país que “preside” nem o povo que o elegeu.

Ou talvez seja caso de intestino mal usado. Explico. A atividade intestinal de excreção do paciente, no caso, vem sendo realizada diariamente pelo aparelho fonador. Saindo pela fala. O que torna o intestino preguiçoso, pelo desuso.

Agora, ele é incomível, imbrochável, imorrível e incagável.

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domingo - 11/07/2021 - 12:10h

Só cagão? Não…

Bater na madeira três vezes, mão, braço, punho cerradoPor François Silvestre

Azarão também. Cagou para a CPI e azarou a Seleção (veja AQUI).

Onde Bolsonaro põe a torcida o azar hospeda-se junto.

Torceu pro Trump, Trump lascou-se.

Torceu na eleição da Bolívia, a esquerda venceu. Torceu pela candidata do Peru, ela perdeu.

Torceu na eleição da Argentina, a direita perdeu.

Torceu contra a Constituinte do Chile, perdeu.

Torceu pelo aliado de Israel, o cara lascou-se, depois de décadas no poder. 

Torceu e cantou vitória do adversário de Maduro, na Venezuela, o dito cujo sumiu.

Torce contra a China, a China caga merda líquida na cabeça dele.

Agora, trouxe a Copa América para o Brasil, num momento em que nenhum país quis sediar o evento, para fazer pose e usar a Seleção como arma de propaganda. Ferrou-se, e junto com ele levou a Seleção ao vexame de perder a Copa, em pleno Maracanã, para a Argentina. 

Esse sujeito é um manancial de azar…Toda vez que fale nele, bata três vezes textura da mesa.

François Silvestre é escritor

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quinta-feira - 08/07/2021 - 16:52h
Governo Federal

O mantra da mentira

mentiras, mentiroso,Por François Silvestre

“Nenhuma acusação de corrupção neste governo”. Repetia o presidente Bolsonaro todo dia, no chiqueirinho onde ele recebe aplausos e bajulação de representantes fiéis do seu gado. Repetia. Agora, desconversa.

Porém, nunca teve coragem de repetir sobre si mesmo esse mantra mentiroso. Ciro Gomes, que foi seu colega na Câmara dos Deputados, diz, rediz e repete todo dia: “Bolsonaro é uma ladrão pé de chinelo. Roubava dinheiro dos seus servidores fantasmas. Só aí há duas ladroagens, uma contra o erário e outra contra o “servidor”.

Repete e desafia: “Me processe por calúnia, Bolsonaro. Processa não, porque sabe que eu tenho provas do que digo”. Pois é. nenhum processo. Silêncio de resposta.

A divulgação desses áudios confirmando isso não é surpresa pra Ciro Gomes nem para os contemporâneos de Bolsonaro na Câmara. Essa a ladroagem curricular do “mito”.

Agora, o mantra de não haver corrupção no governo derrama-se num esgoto de lama e sangue. As corrupções, todas, possuem uma semelhança. Todas elas retiram dinheiro dos serviços públicos. Que vai fazer falta em hospitais, escolas, estradas, segurança. Toda corrupção é predadora da dignidade humana.

“Porém, entretanto, mas porém”, como dizia Zé Limeira, a corrupção do governo Bolsonaro tem uma pitada macabra no tempero do escândalo. Não é apenas a consequência difusa, a faltar recursos em hospitais. Não. É consequência direta e imediata na causa de mortes em níveis genocidas. Essa é uma inovação digna de uma ficção vampiresca ou de terror moderno. Tão cruel que parece uma mentira de ficcionista pervertido.

Pra completar o quadro da bufante ópera, os “comandantes” das forças armadas sentem-se agredidos com as acusações de corrupção de militares, no Ministério da Saúde. E põem a carapuça, em vez de punir a delinquência de fardados, acusados por outros fardados. No ministério, dito de saúde, escasso de médicos e empanzinado de militares lobistas, uns da ativa e outros de pijama.

Mais uma ameaça bocó, que tá virando rotina do ridículo.

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sexta-feira - 02/07/2021 - 09:18h
Lá em Brasília

Pangaré de troia

cavalosPor François Silvestre

Ou lebre no pote, em vez de peba. Foi uma trama governista com roteiro de ópera bufa, com muita bufa e pouca ópera.

Confesso que me enganei no início. Era uma denúncia de corrupção envolvendo um intermediário de negócios de vacinas, um servidor público do Ministério da Saúde e alguns militares lotados naquele Ministério. Denúncia de pedido de propina, numa soma de cordilheira.

Quando que descobri a farsa? Ao ver um jornal da CNN, a âncora do programa pergunta a Alexandre Garcia sobre o episódio. Esperei que ele desmerecesse a denúncia, como sempre faz sobre tudo que afeta a “honestidade” do governo. Aí, a surpresa. Alexandre Garcia então comenta: “É muito grave, gravíssimo, agora a CPI tem algo concreto”.

Êpa! Acendeu a luz vermelha. Alexandre Garcia não é jornalista. É negociador de opinião, com informação vendida ao governo. Aquela observação não era um ponto, era uma montanha fora da curva. Ele participara da montagem burlesca.

Não deu outra. Tudo montado para desviar a atenção do que realmente os assusta, a corrupção da Covaxim. Negócio bilionário não consumado por denúncia de um deputado escroque, ex-aliado, insatisfeito, e seu irmão servidor do Ministério da Saúde.

Esse era o motivo da nova denúncia inventada. Seria a palavra do denunciante contra a do servidor, sem prova oral, que seria depois descartada, por falta de provas, e o servidor recompensado. Tudo urdido e ardido. Mas, os troianos descobriram o pangaré. O cavalo manco, tosco, inútil.

Os governistas da CPI, inclusive o filho do presidente, defendendo o denunciante que acusava o governo. Só não é estranho porque nada nesse governo é normal. Descoberta a trama, voltam as coisas ao seu lugar. Agora, a ex-mulher de Pazuello se oferece pra depor. Será uma égua de Tróia?

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sexta-feira - 25/06/2021 - 13:30h
Brasil

Falso, fake ou mentira?

verdade-mentiraPor François Silvestre

Nesse governo bolsopinoquiano tudo é falso. Tudo. Não gosto da palavre fake e não é por ser de outra língua. Não. É que na nossa língua, “última flor do Lácio”, há palavras melhores. A palavra boa tem sonoridade, força e fotografa o fato. Quando você diz “peixe” a palavra parece nadar. É uma palavra boa.

Falso é mais sonora do que fakementira é muito mais forte. Então, nisso o governo do Bolsopinóquio possui sonoridade franca e força de cão hidrófobo. Veio ao Rio Grande do Norte e fez o quê? Mandou uma menina retirar a máscara e ele mesmo retirou à força a máscara de um menino de colo. E os pais, cúmplices, acharam bonito a visão luciferiana de crianças vilipendiadas.

Ontem, eles se superaram no quesito mentira. Um tal Onyx Lorenzoni convocou uma entrevista coletiva. O que é entrevista? É o ato de alguém, geralmente jornalista, perguntar algo a outrem. E a coletiva? Quando alguém convoca vários veículos da imprensa para lhe fazer perguntas sobre um ou vários fatos. Pois bem.

O Ministraço num sei de quê convocou uma “coletiva”, fez um pronunciamento mentiroso e retirou-se. Ninguém pode perguntar nada.

É falso, mentira ou fake? Tudo junto. Todas as palavras feias ou belas. Onix é nome de colchão. Talvez seja a tentativa de fazer Bolsopinóquio dormir melhor. Mas a insônia parece ter vindo para ficar.

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sexta-feira - 18/06/2021 - 17:54h
Brasil real

Aparato de guerra

Cerca de 200 homens estão na caçada ao psicopata Lázaro Barbosa (Foto: web)

Cerca de 200 homens estão na caçada ao psicopata Lázaro Barbosa (Foto: web)

Por François Silvestre

Algum levante revolucionário? Alguma invasão da Venezuela? Uma nova guerrilha do Araguaia? Não. Apenas um bandido, matador em série, psicopata, procurado há dez dias pela maior operação militar dos últimos tempos (veja AQUI). Uma operação de guerra, que só perde em dimensão para o ridículo da incompetência.

É esse aparato militar que ameaça a Democracia insinuando golpe para perpetuar Bolsonaro no poder? Se for, que parece ser, fiquemos tranquilos.

Tudo muito tristemente vergonhoso. Inclusive as entrevistas sobre a “batalha” e as estratégias de luta. Lembra aquele aparato na Ponte Rio-Niterói, quando o governador fascista e ladrão Wilson Witzel saiu pinotando de braços abertos, comemorando a morte do meliante. Só que essa de agora, no interior de Goiás, é bem mais volumosa.

Tudo muito estranho. Fosse um conto de ficção não teria qualquer verossimilhança. O Brasil transforma-se na República de Saló.

Um bom caçador da Chapada do Apodi, com uma espingarda de soca, e um vira-lata treinado encontrava esse sujeito em poucas horas.

De Tião Carneiro:

Tá maluco, François? Quem diabo escreveria uma ficção assim? Mas o Mourão bolou umas estratégias. Viu”?

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terça-feira - 08/06/2021 - 08:42h
Brasil

O mentiroso mor e mais uma no Chiqueirinho

mentira, pinóquio, brinquedo, criançasPor François Silvestre

Jair Bolsonaro, o mentiroso mais notório do Brasil, ontem, no “chiqueirinho” onde recebe diariamente parte do rebanho do seu gado, disse que havia um relatório do TCU, tribunal de contas da União, afirmando serem apenas a metade os anunciados mortos por Covd-19.

Disse e ainda acrescentou: “Mas a imprensa não noticia”. Recebeu palmas, posto que ali a disputa reside entre quem tenta abiscoitar o troféu da estupidez.

Bolsonaro tem muitos concorrentes. Uns por método, outros por gozarem na ejaculação alheia. Uns, remunerados; outros, apenas estúpidos.

Pois bem. Não demorou e o TCU desmentiu. Não existe esse relatório. Até porque o TCU não possui qualificação médica pra dizer tamanha estupidez.

Foi por isso, e só por isso, Bolsonaro, que a imprensa não noticiou. Tudo restrito ao Chiqueirinho!

Leia também: TCU desmente Bolsonaro sobre suposto relatório de mortes.

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quinta-feira - 03/06/2021 - 18:50h
Brasília

E aí, general Mourão?

General Mourão em foto de divulgação do Exército

General Mourão em foto de divulgação do Exército

Por François Silvestre

Qual é o Exército ao qual o senhor, vice-presidente eleito da República, referiu-se quando disse que “ou o comandante do Exército pune o general Pazuello ou estabelece a anarquia disciplinar”. E continua: “Amanhã, qualquer um militar da ativa vai se achar no direito de opinar ou agir politicamente. Até porque há os que gostam desse governo e outros que não gostam”. Tá gravado na net. Basta acessar (veja AQUI).

Qual Exército? O de soldadinhos de chumbo que Bolsonaro chama “meu exército”? Ou o de Caxias? O de Caxias já fez muita merda na história do Brasil, mas fez muita coisa boa também.

Representado pelo General Cândido Rondon, General de estrelas celestes, sem precisar do Kaol, armou uma tenda em luta pela integração e dignificação da Amazônia. Com a defesa do território, da cultura local e dos povos nativos. Esse Exército merece respeito.

Também merece respeito o Exército que foi à Guerra contra o nazi-fascismo. Os pracinhas que derramaram o sangue nacional na luta pela liberdade dos povos.

E o atual, general Mourão? É o Exército de quem? Numa coisa é bom ver esse Exército moralmente apequenado. Com proventos acima do teto, empanzinado de cargos comissionados, cabide de empregos de oficiais “civilizados”. Todos em cargos civis abocanhando uma boquinha. É o Exército de Bolsonaro? Talvez.

Ótimo, esse Exército não tem estofo nem pra golpe, só pra galopar nas tetas do poder civil. 

Jamais arriscará o contracheque numa luta golpista, com luta sangrenta interna, que haverá e escárnio isolador externo que haveria.

Leia também: Exército decide não punir Pazuello.

Leia também: Mourão decide não comentar posição do Exército de não punir ex-ministro Pazuello.

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quinta-feira - 27/05/2021 - 23:14h
Partida

“O samba agoniza, mas não morre”

Nelson Sargento é um dos grandes compositores brasileiros e morreu com Covid-19 (Foto: divulgação)

Nelson Sargento é um dos grandes compositores brasileiros e morreu com Covid-19 (Foto: divulgação)

Por François Silvestre

Pois pois, mestre Nelson Sargento. Você, que não é imortal de nenhuma academia, não morrerá nunca na memória do samba. Nem na história dos vivos, que vivem de sustentar a memória dos mortos, talvez tentando em vão escapar da morte.

Sargento é uma patente militar. Em você, não. Mesmo não sendo, você merece todas as continências. Sargento superior aos generais da atualidade. De todos? talvez não.

Porém, entretanto, mas porém, nesse generalato que se sustenta entre a desfaçatez da disciplina dos cabides de emprego, da hierarquia de ocasião, você, Sargento Nelson, é muito mais superior. Aceite minha continência, de reservista de primeira categoria. Isso mesmo. Sou recruta reservista de primeira categoria.

E para esses generais pazuelentos, pançudos e venais de cargos, minha continência é o dedo maior de todos em pé, ladeado pelos dedos apontador e anelar, agachados, como amparo ao recado do dedo maior.

Viva o Sargento, Nelson do samba. Que igualmente à Democracia, agoniza, mas não morre.

Leia também: Compositor Nelson Sargento morre aos 96 anos.

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quarta-feira - 05/05/2021 - 13:30h
Opinião

Dialética da mediocridade

Por François Silvestre

Tempos de miséria dialética. A considerar-se tudo que se confronta, enfrenta-se, afirma-se e se nega.

Hegel resgata da era clássica a dialética empírica e lhe dá feição idealista. A lógica, então método usual, foi superada na investigação filosófica. Arquivamento dos silogismos.

Um discípulo de Hegel, Karl Marx, repensou a dialética e contestou Hegel. Dizia ele que Hegel acertara na superação da lógica, mas pusera a dialética de cabeça para baixo. E quem fora discípulo, agora era revisor.confronto, dialética, pensamento,Mesmo que os marxistas detestem o revisionismo, não foi outra coisa o que Marx fez com Hegel. Desvestindo a dialética do idealismo para dar-lhe compleição materialista. Aliás, nesse aspecto, Engels foi mais profundo do que Marx.

A negação dos marxistas ao revisionismo vem dos diversos momentos em que foi preciso justificar o poder, mesmo negando princípios originários do próprio marxismo. Até Fustel de Coulanges, equivocadamente chamado de positivista, foi tachado de “precursor” do revisionismo. Daí negou-se a importância da sua obra clássica, “A Cidade Antiga”, que se debruçou sobre a religião, organização política e vida familiar nas Cidades-Estados da era Clássica.

É verdade que a dialética tem vida muito mais antiga do que Hegel e Marx. Aristóteles, Demóstenes, Heráclito de Éfeso são alguns ensaístas da dialética primitiva. Também operada por Tomaz de Aquino, na Escolástica. E arranhada por Santo Agostinho, na Patrística.

A tese, antítese e síntese superam e substituem as deficiências simplistas da lógica. Hegel tem o mérito histórico da sua transposição para o pensamento moderno. Marx e Engels cumpriram papel semelhante, na aplicação do método dialético ao pensamento político de transformação. Isto é, no materialismo histórico.

Cuja práxis prometida, negadora do idealismo, produziu o mais fantástico fracasso histórico de quantas revoluções houve.

Pois bem. O Brasil conseguiu, sem revolução, o feito de aprimorar a dialética do fracasso. A política brasileira é “A boneca de uma menina que não tem braços”, como a felicidade definida por Humberto de Campos.

O capitalismo brasileiro é pré-feudal, o socialismo brasileiro é pré-burguês e a política do Brasil ainda cisca no terreiro da caverna.

Tudo no contorno infindável da promiscuidade público- privada, estuário institucionalizado da trampolinagem e demagogia. Horta fértil de cujo estrume brotam “salvadores da pátria”.

A dialética, no Brasil, não tem tese. Só antítese, sem síntese. Desordem institucional, desonestidade administrativa e farsa de controle.

O único governo que tentou reformas de base, inclusive agrária, foi João Goulart, um latifundiário. E caiu por isso. Imprensado no meio da guerra fria, travada pelo império capitalista americano contra o império militarista da burocracia soviética.

A pátria dos quartéis vendeu-se. A pátria dos políticos prostituiu-se. O povo recebeu a sucata da pátria, cujo conserto, hoje, atropela-se na dialética da mediocridade.

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Categoria(s): Artigo
domingo - 02/05/2021 - 09:00h

Saudade da Rosa?

Por François Silvestre

Não. Saudade do cheiro da rosa de Lispector, a Clarice. Sonhei com a Casa do Estudante.

O-centenario-de-Clarice-Lispector0297937900202001122025-sm“Não te aflijas com a pétala que voa:

também é ser, deixar de ser assim.

 

Rosas verá, só de cinzas franzida,

mortas, intactas pelo teu jardim.

 

Eu deixo aroma até nos meus espinhos

ao longe, o vento vai falando de mim.

 

E por perder-me é que vão me lembrando,

por desfolhar-me é que não tenho fim.”

Cecília Meireles. (4° motivo da rosa)

François Silvestre é escritor

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sexta-feira - 30/04/2021 - 15:20h
Domingo, 2

Ney Lopes estreará no Blog Carlos Santos

Ney: Revolução do Liberalismo Social (Foto: arquivo)

Ney vai abordar a “A revolução do Liberalismo Social” na sua chegada ao Nosso Blog (Foto: arquivo)

Quem vai estrear em Nosso Blog no domingo (2) é o advogado, jornalista e ex-deputado federal Ney Lopes.

Abordará o tema “A revolução do liberalismo social”. Está supimpa. Meninos, eu vi!

Reforçará nosso time que já tem uma turma ótima. E chegando mais.

No domingo passado, a estreia foi do escritor e procurador federal Marcelo Alves.

Com eles, gente há mais tempo conosco dominicalmente, como Paulo Menezes, Odemirton Filho, Honório de Medeiros, Josivan Barbosa, Marcos Pinto, François Silvestre, Eduardo Cavalcanti, Phabiano Santos, Paulo Linhares, Gutemberg Dias, Marcos Araújo e Zildenice Guedes.

Mais recentemente, a chegada de Marcos Ferreira e Lúcia Rocha.

Além dos bissextos David Leite e Francisco Edilson Leite Pinto Júnior.

Esses estão devendo, que se diga, ora!

Domingão promete.

Até lá!

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Categoria(s): Artigo / Comunicação / Política
domingo - 11/04/2021 - 09:52h

Quem nega esses números?

sepultamento de morto pela Covid-19 - Diário de Pernambuco - foto ilustrativaPor François Silvestre

Reconheço que há um massacre noticioso sobre a pandemia. Sugiro aos mais atingidos por esse massacre que usem o controle remoto ou desligue o aparelho. É realmente torturante.

Porém, não é uma avalanche de fantasia. Não. É uma crua e cruel realidade. Vejamos:

a) Quando, na história do Brasil, todas as doenças existentes e mais somados os acidentes de trânsito, nós tivemos um mês com mais mortes do que nascimentos? Nunca.

b) Quando, na história, todas as doenças existentes e mais somados os acidentes de trânsito, nós tivemos vários dias sem uma vaga de leito de UTI em todo o território nacional? Nunca.

c) Quando, na história, todas as doenças existentes e mais somados os acidentes de trânsito, algum Estado de Federação teve de exportar doentes para outros Estados? Nunca.

d) Quando, na história, todas as doenças existentes e mais somados os acidentes de trânsito, nós tivemos falta de oxigênio para atendimento hospitalar? Nunca.

Tem mais, muito mais a ser dito. Mas fico por aqui. O vírus não tem culpa, pois nem é um ser vivo em completude, tanto que o antibiótico não o alcança. O antibiótico, como diz o nome, é negação da vida de um ser. No caso, a bactéria. O vírus nem isso é.

culpa, ou melhor, o Dolo da sua propagação sem controle é do conjunto da sociedade. Dos dirigentes negacionistas e da população deseducada.

François Silvestre é escritor

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Categoria(s): Artigo / Saúde
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quarta-feira - 07/04/2021 - 17:02h
Livro

O desafio das palavras…

Manoel Onofre Júnior produz "uma delícia gastronômica, com receita de letras e não de comida" (Foto: Substantivo Plural)

Manoel Onofre Jr. produz “uma delícia gastronômica, com receita de letras e não de comida” (Foto: Substantivo Plural)

Por François Silvestre

…de Manoel Onofre Júnior.

Uma delícia, no sentido mesmo gastronômico, de leitura. Para começar assim, valho-me da própria abertura do livro. Começa com a citação de Álvaro Moreyra, onde o mesmo afirmara que “come-se muito mal nos livros de Machado de Assis”. Deve ser uma reportagem à pobreza culinária das referências de Machado a “iguarias” de costumeira sobriedade.

E continua Onofre: “Mas come-se muito bem nos livros de Eça de Queiroz”. E faz um passeio pelas iguarias nobres e nada sóbrias do grande romancista português. Donde posso afirmar que, pela doçura marcante dessas iguarias, o diabético deve fugir. Ou pelo menos ficar só na leitura.

Nariz de cera para dizer do livro. Ou melhor, do autor. Manoel Onofre está para a literatura potiguar como Câmara Cascudo está para a cultura popular. Genial e universal, Cascudo não se moveu pelo secular. Não. Dito por ele próprio, seu interesse movedor era o cotidiano.

Da mesma forma, Manoel Onofre é leitor vertical da literatura universal, da literatura latino-americana e da literatura brasileira. Mas, seu interesse de pesquisa e divulgação é a literatura produzida por aqui. As letras da capitania abandonada de João de Barros. Não se encanta de apego pelo ouro ou prata de longe, fixa-se no garimpo da nossa scheelita.

O livro é uma comprovação do afirmado. Uma delícia gastronômica, com receita de letras e não de comida. Tem de tudo um pouco, ou um muito. Poesia, contos, ficção, ensaios. Onofre é um crítico de resenha, cujo alvo é a informação ao leitor. Não se arvora senhor das artes ou artimanhas de escrever. Opina, mas o faz com a serenidade de quem transmite o senso do próprio caráter. Não agride para exibir-se nem bajula para angariar agrado. Informa. E nessa seara ele é ímpar.

“O desafio das palavras” nasce indispensável para quem quiser conhecer fatos e pessoas das letras no estuário potiguar; de sertões, mares, serras e estepes. Repito, Uma delícia!

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Categoria(s): Artigo / Cultura
terça-feira - 16/03/2021 - 10:20h
Dúvida

Seis por meia dúzia?

Jaleco médico - ilustraçãoPor François Silvestre

Ou coturno por jaleco? Pelas declarações primárias do novo ministro da saúde, de um ministério inexistente, parece que só muda a cor da farda. Sai o verde oliva, entra o branco gelo.

O Dr. Marcelo Queiroga, paraibano que fez residência no Hospital Adventista Silvestre, no Rio de Janeiro, é bolsonarista. Até aí tudo bem. É íntimo da família Bolsonaro.

Tudo bem. É evangélico. Tudo bem. Não apoia o isolamento social, defende prescrição médica de medicamentos não comprovados, concorda com a opinião “médica” de Bolsonaro. Aí, paciência, nada bem.

Tomara que entenda de logística mais do que e general Garcia, ops, Pazuello.

Quando um brasileiro, em Lisboa, perguntou a um lisboeta “por que vcs, portugueses, não fazem piadas com brasileiros”? O português respondeu: “E precisa”?

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Categoria(s): Artigo / Opinião
  • Repet
domingo - 14/03/2021 - 09:22h

Cazuza mentiu!

Por François Silvestre

O tempo não passa/

nós e nossas coisas/

é que passamos.

 

O tempo assiste,/

embalando-se numa rede,/

na varanda do espaço.

 

O calendário é a federação do tempo./

Ninguém vive nos anos nem nos meses/

Vive-se nos dias da semana./

Os dias são os municípios do calendário.

É ai onde se vive/ e se passa.

Nós, o tempo não./ Embala-se ele na avarandada/

rede da imensidão.

 

Nesses tempos pandêmicos/

de maluquice invacinável,/

Restam-nos apenas dois dias/

para viver.

Só dois! /

Dependendo do humor/

todo dia é Segunda ou Sábado.

Os Domingos morreram./

Ou é um dia antes dele ou o dia que vem depois./

Sábado ou Segunda./

Roubaram nossa semana./

Precisamos de um município para viver!

 

François Silvestre é escritor

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Categoria(s): Poesia
quinta-feira - 11/03/2021 - 19:18h
Opinião

Marco Aurélio, o mentiroso

Marco Aurélio do STF (Foto: Carlos Moura, STF)

Marco Aurélio do STF (Foto: Carlos Moura, STF)

Por François Silvestre

O ministro do Supremo Tribunal Federal mostrou-se perplexo com a decisão do seu colega Edson Fachin, ao anular sentenças condenatórias de Sérgio Moro contra o ex-presidente Lula.

A perplexidade veio no rastro justificador de uma baita mentira. O que disse Marco Aurélio? Que “a decisão do ministro Fachin é uma bomba atômica, que gera insegurança política”. E continua: “Eu não julgo sozinho Habeas Corpus, mando para o plenário”. MENTIRA.

“O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello reanalisou um habeas corpus concedido por ele mesmo em agosto e determinou a libertação do traficante André Oliveira Macedo, o André do Rap, um dos chefes do Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa que atua dentro e fora dos presídios de São Paulo”. Essa é uma parte do texto publicado pelo G1.

O Ministro soltou um bandido perigosíssimo, sem sequer ouvir a autoridade coatora, responsável pela prisão do bandido, que continua foragido, após Marco Aurélio determinar que ele ficasse em casa.

E tem mais mentira: “O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu neste ano pelo menos 79 pedidos de soltura com base no trecho do pacote anticrime que trata das prisões preventivas.

O entendimento usado foi o mesmo que beneficiou o traficante André Oliveira Macedo, conhecido como Andr é do Rap“.

Esse posudo pomposo, que fez lobby para inocentar seu primo corrupto, Fernando Collor, vai deixar o Supremo ainda este ano. Bolsonaro vai se esforçar muito pra conseguir um ministro pior do que esse energúmeno.

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Categoria(s): Artigo
  • San Valle Rodape GIF
terça-feira - 09/03/2021 - 10:08h
Reflexão

Lula, Moro, Fachin, Bolsonaro

Por François Silvestre

Bastam esses nomes para arrebanhar a saudade de um país que já houve. Juscelino Kubitschek, Evandro Lins e Silva, Sobral Pinto, Leonel Brizola.Dois caminhos, já teve, passado e presente, escolha, passado e presente, terra arrasadaUm país que já houve. Começou a deixar de ser quando os coturnos da imbecilidade e ganância militares resolveram tomar posse de uma capitania contando com o apoio de capitãs do mato civis, enjoados de perder eleições.

Esses civis foram traídos e humilhados pela milicada, agora inebriados pelo poder.

E de lá pra cá foi só mediocridade política, pequenez jurídica e acabrunhamento moral. Esse país que se sustenta apenas na geografia, cuja história habita no calabouço da historiografia, banha-se no esgoto e perfuma-se de escatol.

Saudade do país que já houve? Nem sei.

Talvez não seja saudade, ou nostalgia, seja tão somente a constatação de que o país que não há dificilmente haverá se o útero infecto desse parto medíocre continuar parindo líderes da qualidade e fisionomia desse rebanho que por aí se espraia desmanchando a esperança e apodrecendo o poder, já esgarçado e desmoralizado.

Antes do noticiário da manhã, vou pegar a dose de Plasil.

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Categoria(s): Artigo / Opinião
domingo - 21/02/2021 - 08:00h

O rinoceronte acoelhou-se

Rinoceronte de PelúciaPor François Silvestre

Pois é. O valentão de alguns dias atrás virou coelho, quando lhe apertaram os colhões (mantida prisão do deputado federal Daniel Silveira). Essa tchurma não engana. Tudo valentia de ocasião, esperando que as armas ostensivas e os músculos bombados imponham medo nos indefesos. Ou nos mansos, que são corajosos sem ostentação.

Não guardo apreço esmerado pelos componentes da nossa suprema corte. Já deixei isso registrado aqui mesmo. Conheço a biografia de todos eles e sei da fragilidade dimensional da sua geografia humana.

Mas não chego ao delito de defender o fechamento da Corte nem o desrespeito à condição das suas investiduras. Não há imunidade parlamentar para a delinquência. E esse deputado, corretamente preso, delinquiu ostensivamente.

Praticou o crime e fez apologia do delito praticado.

Tentou remendar, saindo da postura do valentão que nada teme para o acabrunhamento de um animalzinho frágil. Com o rabo entre as pernas, feito cachorro de pobre em casa caiada. A emenda saiu pior que o soneto.

O bom disso tudo, nesse momento de tanta insegurança social e de saúde, é ver a cara de sofrimento da fascistagem do jornalismo. Os da jovem pan, dos pingos nos ís, os garcias e lacombes. Essa gangue está de caldo.

O sofrimento “cívico” deles faz bem à Democracia.

François Silvestre é escritor

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Categoria(s): Política
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