A governadora Fátima Bezerra (PT) faz mais um movimento de recuo em suas posições. Anunciou que a denominada “Fração 2” do processo de retomada das atividades produtivas no estado vai ser suspensa. Estava marcada para começar amanhã, quarta-feira (8).
O adiamento é por uma semana, ou mais.
Segundo justificativa da governadora, em entrevista coletiva à tarde dessa terça-feira (7), em Natal, é que a taxa de ocupação dos leitos ao tratamento de pacientes com a Covid-19 permanece superior a 80%.
Na Região Metropolitana, a taxa de ocupação hoje é de 99,2%. No Oeste, chega a ser de 87,3%.
O encolhe-estica da governadora Fátima Bezerra, sua principal marca como gestora no primeiro ano de governo, ano passado, segue no mesmo ritmo em 2020. Com a pandemia da Covid-19, a sua tibieza está ainda mais evidenciada.
Critérios
Quando começou a flexibilizar as atividades produtivas no último dia 1º (veja AQUI o decreto), o fez sem que alguns critérios que seu governo mesmo seguia, estivessem sento atendidos. Na pressão do empresariado, cedeu.
A taxa de ocupação dos leitos deveria estar por volta de 70%, para poder afrouxar as medidas, chegou a noticiar. Estabelecia que a transmissibilidade precisaria ser inferior a 1. Nenhum desses parâmetros foi obedecido.
Agora, o seu temor não é do empresariado, mas do garroteamento do Ministério Público do RN (MPRN), do Ministério Público Federal (MPF) e Ministério Público do Trabalho (MPT), que conjuntamente até cobram um bloqueio social rígido, o “blockdown”.
Assim, Fátima segue sem pulso e sem firmeza na hora de decidir. Sob cerco de um ou outro bloco de pressão, empresários ou MP’s, ela oscila e mantém movimento pendular, como se estivesse no convés de uma nau à deriva. O agravante é que todos nós estamos nessa mesma embarcação. A Covid-19 ganhou um camarote especial.
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