domingo - 06/11/2016 - 13:19h

O ‘fugitivo’ num estado entregue à própria sorte

Por Carlos Duarte

Na manhã da última quinta-feira (03/11), o governador Robinson Faria (PSD) desembarcou (veja AQUI) no aeroporto de Mossoró. Poucas pessoas o recepcionaram e ninguém da imprensa estava por lá. Na verdade, quase ninguém sabia. Fora montada uma estratégia de ‘fuga rápida’.

Mossoró serviu apenas de escala para o destino final do governador: um evento em Baraúna (cidade a cerca 35 km) – veja AQUI, que acabou revelando a triste constatação de que o município atualmente não tem prefeito e nem governador interessados nos inúmeros problemas que afligem a todos na cidade polo do Oeste potiguar.

Com muita habilidade, conseguiu driblar manifestantes, imprensa, políticos e livrou-se de dar explicações do inexplicável aos professores da Uern, aos servidores da educação, saúde e segurança e, principalmente, sobre a evidente insolvência do Estado que ele administra.

Rosalba e Robinson: estrago continuado (Foto: arquivo)

A gestão Robinson de Faria é incapaz de fazer funcionar o básico dos princípios fundamentais da administração pública.

É bem verdade, que a falência técnica do Estado do Rio Grande do Norte não pode ser atribuída exclusivamente ao atual governador. Começou bem antes, com agravamento no final do governo Wilma de Faria e teve aprofundamento durante toda a gestão do governo Rosalba Ciarlini.

Atualmente, o Rio Grande do Norte vive um estado de calamidade financeira, sem precedentes na história recente. A crise nacional, que abala todos os estados brasileiros, agravou o já combalido cenário da economia norte-rio-grandense. O descontrole fiscal teve maior incidência no período de 2011 a 2015, quando houve um aumento real da folha de pagamento (descontada a inflação) de 22%, no período.

A folha passou de R$ 2,7 bilhões para R$ 4,2 bilhões. No mesmo período, a arrecadação cresceu exatamente a metade: 11%.

Isso é inexplicável, insustentável e irresponsável.

Quais os interesses ocultos que levam um gestor público a tomar atitudes como essa? Cadê os órgãos fiscalizadores (MPE, TCE, Assembleia, entidades representativas de classes, partidos de oposição…) que não enxergaram isso e ficaram silentes a tudo?

Para piorar, em 2016, houve uma frustração de receitas que já beira quase R$ 1 bilhão, somente em transferências federais. Por outro lado, os royalties do petróleo caíram de R$ 100 milhões (média mensal), em 2012, para atuais cerca de R$ 10 milhões, em média, por mês.

O ICMS atual caiu em mais de R$ 75 milhões, aprofundando o déficit fiscal e acumulando dívidas impagáveis junto a fornecedores, com ressonância nefasta aos serviços de saúde, educação, segurança, entre outros setores, inclusive na própria folha de pagamento – que já se encontra atrasada, com perspectiva de atraso, ainda maior, a partir dezembro de 2016.

O Portal da Transparência do Estado revela que cerca de 23,4% da Receita Corrente Líquida são repassadas exclusivamente para os poderes Legislativo e Judiciário. Trata-se de um dos maiores repasses do Brasil para esses poderes, bem acima da média nacional (17,8%).

Isso explica os ganhos reais e os sucessivos superávits desses dois poderes, em detrimento do exponencial déficit do Executivo. Induz também à possível explicação para a falta de reação de quem deveria fiscalizar o Executivo – afeito a contínuas atitudes suspeitas de gestão.

A previdência do Estado, agora sem quase nenhuma reserva de seu fundo previdenciário, aponta para outro grande problema a ser enfrentado a partir de 2017. Os cálculos atuariais mostram que o atual sistema só se sustentará se tivermos quatro servidores ativos para cada servidor inativo.

Com o quadro de servidores envelhecido do RN, essa relação hoje é de um servidor ativo para cada servidor inativo. Ou seja, o estouro da bolha é questão de pouco tempo, pois, no próximo ano, o erário estadual terá que cobrir R$ 1,3 bilhão somente para pagamentos de pensionistas e aposentados – que equivale a cerca de 37% das Receitas Correntes Líquidas.

Sem exageros, com base apenas na breve análise desse cenário, já se pode constatar a insolvência técnica do RN.

Por isso, Robinson tem razão em passar como um fugitivo por Mossoró. Não tem o que mostrar e nem o que explicar. E o pior: não há evidências de eficiência mínima de gestão capaz de superar a crise.  Sem planejamento, o Estado do RN está à deriva e entregue à própria sorte.

SECOS E MOLHADOS

Deus nos acuda! – Temos uma Constituição Federal formatada com perfil parlamentarista num sistema presidencialista. O presidente é simultaneamente o chefe de Governo e o de Estado. Para fazer o governo “funcionar” precisa fazer coalizão com o Congresso (o chamado parlamentarismo de coalizão). É aí onde se inicia o ciclo vicioso da corrupção sistêmica, que se amplia para outros tentáculos do Judiciário, do próprio Executivo, das Autarquias e demais esferas da República. Embora tarde, ainda é hora de se pensar numa reforma política profunda, no Brasil, antes que vejamos prosperar, ainda mais, uma geração desses psicopatas corporativos, travestidos de políticos, agora com genes modificados para o mal pior.

Contumácia – O ex-deputado federal Henrique Alves (PMDB) é contumaz em envolvimento com o crime organizado do alto escalão político. A quadrilha a qual está sendo acusado de pertencer, agora, pratica diversos crimes hediondos de causar inveja a meliantes, traficantes e assaltantes do submundo do crime. O que os diferencia é o modus operandi. Igualmente covardes, escudam-se à sombra do poder constituído e da “certeza” da impunidade, com requintes de cinismo, escárnio e desrespeito ao contribuinte brasileiro – a quem deveria prestar contas e satisfação.

Afago – Talvez para desfazer o mal-estar da semana passada, a assessoria do governador Robinson Faria sinaliza que ele virá, daqui a 10 ou 15 dias, passar três dias em Mossoró. Está preparando três “grandes” projetos para anunciar com a aplicação de parte do dinheiro do superávit do TJRN (R$ 100 milhões), que está sendo devolvido para o Executivo. Uma dos projetos tem como objetivo o Hospital Universitário da Uern. Um afago, talvez!

Na contramão – Enquanto o governo Temer discute o corte de gastos (PEC 241/55), gargalos maiores ficam à margem das discussões. O atual sistema tributário brasileiro arrecada 56% sobre o consumo e 16% sobre a renda do trabalho. As rendas do capital e a riqueza são tributadas com apenas 28%. Isso caminha na contramão do restante dos países em todo o mundo. Dados da OCDE apontam que a média de tributação de seus países membros, sobre a renda do capital, é de 67% dos tributos arrecadados. Consumo e renda do trabalho representam apenas 33%.

Menos mal – A política de Repatriação do capital acabou deixando cerca de R$ 5,5 milhões para Mossoró. Esse dinheiro vai ajudar na atualização das folhas de pagamentos do município neste final de gestão.

Carlos Duarte é economista, consultor Ambiental e de Negócios, além de ex-editor e diretor do jornal Página Certa

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sexta-feira - 04/11/2016 - 22:07h
Propina

Nota à Imprensa diz que Henrique Alves é inocente

Através de escritório de advocacia que defende seus interesses, o ex-deputado federal Henrique Alves (PMDB-RN) rechaça conteúdo de reportagem especial da revista IstoÉ neste final de semana (veja AQUI), que narra suposta trama sua para esconder cerca de R$ 3 milhões em propina.

Veja abaixo:

NOTA À IMPRENSA

A defesa de HENRIQUE EDUARDO ALVES repudia veementemente o teor da reportagem de Istoé desta semana.

A citada conta bancária jamais foi por ele movimentada e os depósitos e transferências nela realizados nunca foram de seu conhecimento, conforme será fartamente provado ao longo do processo.

A matéria de Istoé, por partir de falsa premissa, não se sustenta.

A defesa confia na Justiça Federal do DF e tem a absoluta certeza de que HENRIQUE EDUARDO ALVES será inocentado.

Brasília, 04 de novembro de 2016.

Marcelo Leal Advogados Associados

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sexta-feira - 04/11/2016 - 21:10h
Reportagem especial

O esconderijo da propina de Henrique Alves

IstoÉ narra que ex-ministro tentou esconder nos Emirados Árabes e no Uruguai cerca de R$ 3 milhões

Da revista IstoÉ

Nos corredores do QG da Lava Jato, em Curitiba, um dos investigados é conhecido pela alcunha de “Sheik”. Trata-se do peemedebista Henrique Eduardo Alves (RN), ex-ministro, ex-presidente da Câmara (2013-2014) e um dos principais interlocutores do presidente Michel Temer. Dono de 11 mandatos consecutivos como deputado federal, e reconhecido como hábil articulador, Henrique Alves já foi um dos políticos mais poderosos do País.

“O sheik”: O ex-deputado recebeu propinas na Suíça de uma empreiteira do Rio, mas esvaziou a conta (Foto: IstoÉ)

Em junho de 2013 chegou a ocupar a Presidência da República, na ausência de Dilma Rousseff e Temer. Com certeza teria lugar de destaque no governo não fossem as descobertas feitas pela Lava Jato, que em junho passado encontrou sua conta não declarada na Suíça. A existência da conta confirmou delação premiada feita por diretores da Carioca Engenharia, que apontam Alves como destinatário de propinas do Petrolão.

A denúncia fez com que o peemedebista perdesse o cargo de ministro do Turismo. Agora, documentos obtidos por ISTOÉ não só confirmam a existência da conta na Suíça, como mostram a milionária movimentação feita por Alves no exterior e revelam a trama urdida pelo ex-ministro para tentar esconder o dinheiro mesmo depois de estar na alça de mira da Lava Jato, o que, segundo procuradores, pode caracterizar crime de obstrução de Justiça.

Os documentos encaminhados ao Brasil pelo Ministério Público Suíço explicam por que os agentes o tratam como “Sheik”. Reúnem extratos bancários e cartões de assinatura de contas. Eles mostram que, em março do ano passado, quando o procurador geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou ao STF os primeiros pedidos de investigações contra políticos, Henrique Alves esvaziou sua conta no banco Merrill Lynch e transferiu os recursos para bancos nos Emirados Árabes e no Uruguai.

Na ocasião, Henriquinho, como é chamado pelos mais íntimos, foi um dos citados em delações premiadas, mas não virou alvo porque Janot entendeu que os indícios não eram suficientes para investigá-lo. Em abril, logo depois de escapar da “lista de Janot”, Henrique Alves foi nomeado ministro do Turismo pela então presidente Dilma. Deixou o cargo só em junho deste ano, já na gestão de Michel Temer, depois de a Lava Jato se deparar com a conta secreta na Suíça.

Da Suíça para Dubai

De acordo com movimentação bancária de Henriquinho, a qual ISTOÉ teve acesso, em 30 de março de 2015, três dias após a imprensa noticiar que ele seria indicado para o cargo de ministro do Turismo, Henrique desidratou sua conta no banco Julius Bär (sucessor do Merrill Lynch), na Suíça. Transferiu US$ 733.501,48 para uma conta bancária no Emirates NBD, instituição financeira sediada em Dubai, nos Emirados Árabes. Considerando a cotação do dólar na época, o valor equivalia a cerca de R$ 2,3 milhões. Outra parte do recurso ilegal, um total de USD 137.500,00, cerca de R$ 600 mil na ocasião, já havia sido repassada para um banco no Uruguai em fevereiro.

Com essa manobra, Henrique escapou de ter o dinheiro bloqueado na Suíça, atitude que tem sido adotada pelas autoridades daquele País. A origem desses recursos seria, de acordo com as investigações, pagamentos de propina feitos pela empresa Carioca Engenharia em troca de obter recursos da Caixa Econômica Federal para a obra do Porto Maravilha.

Aberta em 2008, a conta foi fechada logo depois de os valores terem sido transferidos para os Emirados Árabes, ainda no mês de março, segundo relatório do próprio banco Julius Bär. Ainda não se sabe se o banco em Dubai foi o destinatário final dos recursos ou se, de lá, circularam para outros caminhos.

O Ministério Ptúblico da Suíça transferiu a investigação contra Henrique Alves para a Procuradoria Geral da República, no Brasil. As informações chegaram oficialmente às autoridades brasileiras em abril deste ano. Os investigadores ainda rastreiam o restante da movimentação dos recursos do peemedebista no exterior. A conta no banco Emirates NDB aparece nos extratos da Suíça como pertencente ao nome Al Hadeed. É possível, porém, que seja apenas um laranja ou uma empresa offshore para esconder o real dono dos recursos.

A tática é muito comum: a própria conta de Henrique Alves na Suíça não está em seu nome, mas sim no da offshore Bellfield Investment, sediada em Cingapura. Os documentos de abertura da conta, porém, contêm passaporte do peemedebista, assinatura e endereço: ele consta como o único “beneficiário econômico” dos valores depositados. Nem Janot nem o Ministério Público da Suíça têm dúvidas de que a conta pertença ao ex-ministro do Turismo e ex-presidente da Câmara.

“Há outros documentos em nome ou pessoais de Henrique Eduardo Alves, a exemplo de carta de recomendação do Banco do Brasil e passaporte. Endereços constantes da documentação, inclusive o funcional da Câmara dos Deputados, correspondem ao de Henrique Eduardo Alves”, escreveu Janot.

Destino: Uruguai

As autoridades suíças atribuem a Henrique Alves a responsabilidade pelo repasse do dinheiro aos Emirados Árabes. “Os valores transferidos (pela Carioca Engenharia) à Bellfield, respectivamente a Alves Lyra, posteriormente foram transferidos a contas no exterior pelo mesmo”, escreveu o Ministério Público da Suíça. As outras contas às quais o documento faz referência são pagamentos ao escritório uruguaio Posadas y Vecino, contratado para cuidar da abertura e manutenção da conta no exterior.

O Posadas y Vecino também foi usado pelo ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para abrir suas contas na Suíça, para as quais houve transferência de propina por negócios na Petrobras, de acordo com as investigações. As contas no exterior fundamentaram a prisão preventiva de Cunha, realizada no último dia 19 por ordem do juiz Sérgio Moro.

Ricardo Pernambuco conta como pagou propina a Henrique - Foto IstoÉ

A origem do patrimônio milionário de Henrique Alves no exterior já foi rastreada e é um dos pontos que fundamentam a ação penal em razão da qual ele e outros acusados se tornaram réus há duas semanas, sob acusação de participarem de um esquema de corrupção para desviar recursos do fundo de investimentos do FGTS, administrado pela Caixa.

Henrique Alves e Eduardo Cunha indicaram Fábio Cleto para uma vice-presidência da Caixa e, consequentemente, uma cadeira no conselho do FI-FGTS. Lá, ele tinha o poder de influenciar na liberação de recursos para as empresas. Segundo a delação de Cleto, Cunha cobrava propina das empresas interessadas nos recursos da Caixa e depois lhe avisava sobre quais investimentos poderiam ser liberados.

Foi um desses investimentos que beneficiou Henrique Alves, segundo as investigações. Cunha teria indicado diversas contas no exterior para o empresário da Carioca Engenharia, Ricardo Pernambuco Backheuser, pagar propina referente à liberação de recursos do FGTS para as obras do Porto Maravilha. Ricardo Pernambuco fez delação premiada e entregou aos investigadores todas as transferências que fez fora do Brasil para pagar propina a pedido de Cunha. Com o aprofundamento das investigações, as autoridades suíças descobriram que uma das contas, identificada pelo nome de Esteban García, era de Henrique Alves.

A Carioca Engenharia fez transferências para ele em outubro, novembro e dezembro de 2011, que totalizaram 833.113 francos suíços (equivalente a cerca de R$ 3 milhões, pela cotação atual). “Fica comprovado que os pagamentos de propina de Backheuser a Cunha, conforme os seus depoimentos, efetivamente foram efetuados a favor do acusado (Henrique Alves)”, diz relatório do Ministério Público da Suíça. Segundo os delatores, não só a Carioca, mas outras duas empresas envolvidas na obra, a OAS e a Odebrecht, também fizeram pagamentos de propina pelo Porto Maravilha, mas esses repasses ainda não foram rastreados.

Réu na Justiça do DF

As autoridades da Suíça definiram Henrique Alves como “político brasileiro do alto escalão que, como Cunha, pertence ao partido PMDB, envolvido no escândalo Petrobras” e apontaram que as transações no exterior são de valores provenientes de crime e configuram lavagem de dinheiro.

Além de ter se tornado réu na Justiça Federal do DF, pelo caso da Caixa, Henrique Alves também é investigado em conjunto com Cunha em um inquérito sob suspeita de receber propina da OAS na forma de doações oficiais para sua campanha ao governo do Rio Grande do Norte em 2014. As provas são mensagens obtidas no celular do ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, que mostram insistentes cobranças de Cunha para que o empreiteiro fizesse doações à campanha do seu correligionário.

Também há mensagens do próprio Henrique Alves em que este promete favores à empresa, como interceder em processos em tribunais de Contas. O caso estava no Supremo Tribunal Federal, mas tanto Cunha como Henrique perderam foro privilegiado, o processo foi enviado para a primeira instância.

Procurada, a defesa de Henrique Alves afirmou que ele não foi o responsável por transferir os recursos para os Emirados Árabes e fechar a conta na Suíça. Diz que ele nem sequer chegou a usar a conta. Em sua argumentação, a defesa confirma que o peemedebista de fato abriu a conta por meio do escritório uruguaio Posadas y Vecino, mas diz que não existem provas de que Henrique deu ordens para a movimentação dos recursos.

O advogado Marcelo Leal ressaltou que não podia entrar em detalhes, porque “não seria elegante antecipar a defesa fora dos autos”. Em sua decisão de 26 de outubro, na qual aceitou a denúncia contra Henrique e os demais envolvidos, o juiz Vallisney de Souza Oliveira, de Brasília, deu um prazo de dez dias para os réus apresentarem suas defesas. Entretanto, esse prazo só começa a contar depois que eles forem citados formalmente por um oficial de Justiça, o que ainda não ocorreu com Henrique Alves.

Estratégia semelhante à levada a cabo por Alves a fim de ludibriar a Lava Jato foi adotada por outros investigados. A atitude acabou provocando a prisão preventiva deles. Esvaziar uma conta na Suíça é uma tentativa de dificultar o rastreamento, porque aquele País tem adotado uma postura de cooperação intensa com o Brasil.

Para esconder os valores, é comum que correntistas suíços – flagrados em malfeitos – recorram a outros países, a exemplo do que fez Alves, na vã esperança de que o dinheiro permaneça oculto. Neste caso, como em outros, os investigadores têm obtido mais sucesso. Ao tentar enviar recursos ilegais da Suíça para Mônaco, o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque acabou preso pela segunda vez pelo juiz Sérgio Moro, ironicamente também em março de 2015.

O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa também foi parar na cadeia em junho de 2014, depois que a Suíça descobriu recursos de US$ 23 milhões pertencentes a ele em contas secretas naquele País. Os precedentes atemorizam Henrique Alves. Seus dias de liberdade podem estar contados.

Ascensão e queda

Herdeiro político de uma das famílias mais tradicionais do Rio Grande do Norte, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) foi eleito deputado federal pela primeira vez em 1971, aos 21 anos. Embora nascido no Rio, toda sua trajetória política foi construída a partir do solo potiguar. Passou pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB), filiou-se ao PP com o fim do bipartidarismo e, em seguida, entrou no PMDB onde segue até hoje.

Por 11 mandatos consecutivos exerceu a função parlamentar, mesmo número de legislaturas acumuladas por Ulysses Guimarães, seu correligionário. Em 2013, quando era presidente da Câmara, chegou a assumir a Presidência da República, na ausência de Dilma Rousseff e Michel Temer. O potiguar só deixou a Câmara para disputar, sem sucesso, o governo do Rio Grande do Norte, em 2014, com o apoio do PT.

Como consolação, em abril de 2015 o peemedebista foi nomeado ministro do Turismo de Dilma. Seu primo, o senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), também foi ministro da Previdência ao nos primeiros quatro anos do governo da petista.

Grande aliado do presidente Michel Temer, rompeu com o PT logo no início das articulações pró-impeachment. Em 26 de março de 2016, Alves entregou sua carta de demissão a Dilma com o argumento central de que o diálogo estava “exaurido”.

No dia seguinte, o PMDB anunciaria a saída da base aliada do governo. O potiguar recuperou o cargo com a posse ainda temporária de Temer, mas ficou apenas 35 dias no cargo, após ser atingido em cheio pela delação do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado.

Segundo o depoimento, Alves teria recebido propina da OAS. O escândalo levou a uma nova renúncia do titular do Turismo. Um mês após se demitir, virou réu.

Veja mais detalhes clicando AQUI.

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quinta-feira - 03/11/2016 - 07:40h
Contas no exterior

Henrique e Eduardo Cunha têm mesmo endereço em Singapura

Da coluna Painel (Folha de São Paulo)

Coincidência, juro

As empresas que controlam as contas de Eduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves em Singapura ficam no mesmo endereço: Penang Road, 160.

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quarta-feira - 02/11/2016 - 20:38h
Procuradoria da República

Farra das passagens gera denúncia contra 5 ex-deputados do RN

Do Congresso em Foco e Blog Carlos Santos

Mais de sete anos após o Congresso em Foco revelar que parlamentares utilizavam indevidamente a cota de passagens aéreas da Câmara e do Senado para fins particulares, a Procuradoria da República na 1ª Região denunciou, na última sexta-feira (28), 443 ex-deputados por uso indevido de dinheiro público.

Betinho e Sandra: farra das passagens (Foto: montagem)

O crime atribuído a eles é de peculato, cuja pena varia de dois a 12 anos de prisão em caso de condenação. O caso ficou conhecido, em 2009, como a farra das passagens.

Entre os ex-parlamentares denunciados, há representantes dos principais partidos políticos do país e figuras de expressão nacional, como o atual secretário do Programa de Parcerias de Investimentos do governo Michel Temer, Moreira Franco, o prefeito reeleito de Salvador, ACM Neto (DEM), o ex-ministro Ciro Gomes, pré-candidato do PDT à Presidência da República.

Nomes do RN

Os ex-deputados Antonio Palocci (PT) e Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presos em razão das investigações da Operação Lava Jato, também são alvos da Procuradoria.

No plano do Rio Grande do Norte, ex-deputados Betinho Rosado (PP), João Maia (PR), Henrique Alves (PMDB), Lavoisier Maia (PSB) e Sandra Rosado (PSB) estão na listagem como denunciados. A propósito, Henrique coleciona denúncias por deslizes com dinheiro público.

Mas quem ficou mais ‘famoso’ no caso aberto pelo Congresso em Foco no dia 14 de abril de 2009, foi o deputado Fábio Faria (PSD). Veja o que publicou o Blog Carlos Santos à época clicando AQUI, com base em reportagem da Rede Record também.

Fábio, que é filho do atual governador Robinson Faria (PSD), deu passagens para a apresentadora Adriana Galisteu – sua namorada à época, à mãe dela e para amigos. Galisteu e a mãe viajaram para os Estados Unidos com bilhetes pagos com dinheiro público. O deputado também foi acusado de dar passagens para atores. Após o escândalo, Fabio Faria devolveu o dinheiro dos voos.

Fábio e Adriane: dinheiro devolvido (Foto: Luciana Prezia/AE 24.07.2007)

No Senado

No Senado, a então senadora Rosalba Ciarlini (à época no DEM, hoje no PP e prefeita eleita de Mossoró), foi mostrada pelo Jornal Folha de São Paulo em edição do dia 7 de agosto de 2009 com um número espantoso de mais de 240 passagens facilitadas para parentes e amigos, em viagens nacionais e internacionais (veja AQUI), em menos de 300 dias.

Na lista dos denunciados agora, originários da Câmara Federal, não há qualquer parlamentar no exercício do mandato ou ministro de Estado. Também não consta o nome do presidente Michel Temer (PMDB), que cedeu sua cota de passagens à época para viagem de turismo de familiares à Bahia, como mostrou o Congresso em Foco.

Quando o caso veio à tona, Temer presidia a Câmara dos Deputados. É que congressistas, ministros e o presidente da República, entre outras autoridades, só podem ser investigados e julgados no Supremo Tribunal Federal (STF). Nesse caso, a denúncia só pode ser apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Veja reportagem completa AQUI.

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terça-feira - 25/10/2016 - 06:58h
Folha de São Paulo

Henrique teve Eduardo Cunha como referência em conta suíça

Da coluna Painel (Folha de São Paulo)

Henrique Alves e Eduardo Cunha: afinidades que o advogado do ex-ministro prefere não comentar fora dos autos (Foto: Folha de São Paulo)

Espelho, espelho meu

Investigadores da Lava Jato identificaram várias semelhanças nos procedimentos usados por Eduardo Cunha e Henrique Alves para a abertura de contas no exterior. As letras nos formulários são praticamente idênticas e, em pelo menos um dos casos, o endereço de instalação das empresas controladoras é o mesmo. Além disso, o ex-ministro do Turismo pelo PMDB cita Cunha como referência na papelada das contas. Há relatos de que o mesmo gerente realizou as operações.

Outro lado

“Henrique Eduardo Alves é inocente. Este advogado, todavia, entende ser deselegante com a Justiça que sua defesa seja, antes de sua primeira manifestação nos autos, apresentada na imprensa”, diz Marcelo Leal.

Veja postagem na própria página do Folha de São Paulo (online) clicando AQUI.

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quinta-feira - 20/10/2016 - 23:14h
Campanha

Doações a Henrique em 2014 passam a ser investigadas no RN

Do G1

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o envio para a Justiça Federal do Rio Grande do Norte de inquérito aberto contra o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o ex-deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e o empresário José Aldemário Pinheiro, o Léo Pinheiro, da OAS.

Os documentos da apuração, que aponta suposto recebimento de propina disfarçada de doação de campanha, foram remetidos nesta quinta-feira (20) ao Rio Grande do Norte.

Eduardo Cunha e Henrique Alves na mira de investigações de Janot (Foto: Luís Macedo)

O pedido de investigação chegou ao Supremo em sigilo no mês de maio. O inquérito foi aberto, mas retirado do âmbito da Operação Lava Jato por não se referir diretamente ao esquema de desvios na Petrobras.

Eduardo Cunha e Henrique Alves são investigados por corrupção passiva e lavagem de dinheiro e Léo Pinheiro por corrupção ativa e lavagem de dinheiro.

Conversas interceptadas

Segundo a Procuradoria Geral da República, conversas interceptadas no celular de Léo Pinheiro mostraram uma conversa em que Cunha e o empresário falavam sobre votações de interesse da empreiteira . Depois, o parlamentar aparece cobrando doações oficiais da OAS para campanha de Henrique Alves ao governo do Rio Grande do Norte, em 2014.

As informações foram enviadas para o Rio Grande do Norte em razão da cassação de Eduardo Cunha, que, com isso, perdeu o foro privilegiado, e porque as suspeitas apontadas na apuração ocorreram naquele estado.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, citou no pedido de investigação “centenas de mensagens trocadas entre Léo Pinheiro e Eduardo Cunha, apreendidas no celular daquele, o que demonstra, nitidamente, a relação espúria entre o empreiteiro e o atual presidente da Câmara dos Deputados”.

Relação espúria

“Havia, inclusive, doações rotineiras – a demonstrar a estabilidade da relação espúria – e doações extraordinárias. Da mesma forma, verificou-se não apenas a participação de Henrique Alves nesses favores, como também o recebimento de parcela das vantagens indevidas, também disfarçada de ‘doações oficiais'”, afirmou o procurador.

Janot citou cobrança de Eduardo Cunha à OAS para campanha de Henrique Eduardo Alves e apontou atuação de Alves para que houvesse a destinação de recursos, oriundos da Petrobras.

“Houve, inclusive, atuação do próprio Henrique Eduardo Alves para que houvesse essa destinação de recursos, vinculada à contraprestação de serviços que ditos políticos realizavam em benefício da OAS. Tais montantes (ou, ao menos, parte deles), por outro lado, adviriam do esquema criminoso montado na Petrobras e que é objeto do Caso Lava Jato, o que demanda a correlata análise do caso”, disse Janot, em maio.

Doação para campanha de Henrique

O procurador destacou que em uma das mensagens, em 2014, Eduardo Cunha pediu doação para o comitê estadual do PMDB no Rio Grande do Norte e afirmou que, no dia seguinte, “25 de julho de 2014, houve doação de R$ 500 mil, feita pela Construtora OAS, para a campanha de Henrique Eduardo Alves ao governo do Rio Grande do Norte”.

O procurador narrou que há uma “relação de simbiose” entre Cunha e a OAS.

“De fato, a partir de mensagens extraídas do celular do Presidente da OAS, Léo Pinheiro, foi possível verificar que Eduardo Cunha e as empreiteiras estabeleceram relação de simbiose, isto é, verdadeira troca de benefícios, em que um atendia aos interesses do outro, mediante retribuições financeiras”, disse Janot no pedido de investigação.

Saiba mais detalhes clicando AQUI.

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quinta-feira - 20/10/2016 - 12:50h
Reengenharia política

‘Consórcio’ Alves-Maia-Rosado planifica poder para 2018

Articulações envolvem grupos tradicionais e acertos passaram por eleições em Natal e Mossoró

Nos intramuros da política, é possível se ouvir sussurradamente que o senador Garibaldi Filho (PMDB) não concorrerá à reeleição ao Senado em 2016. Recuará para se acomodar politicamente em Natal mesmo.

Saúde em jogo, além de projeto de reengenharia política do clã Alves, está à mesa.

Seu primo Henrique Alves (PMDB), por mais de 40 anos ocupante de assento na Câmara Federal, poderá ser substituto como candidato ao Senado. Está sem mandato, desde que perdeu eleições ao Governo do Estado em 2014. Garibaldi pode apostar num recuo aos primórdios: a Assembleia Legislativa – seu ‘lar’ no início político nos anos 70.

Garibaldi e Rosalba em Brasília (ontem): reengenharia feita esquadrinhando a política do RN (Foto: cedida)

Walter Alves (PMDB), filho do senador, seria mantido como candidato à reeleição à Câmara Federal em 2018, sem a concorrência de Henrique na mesma faixa de eleitor, algo já profundamente desgastado.

Um Alves a menos na chapa proporcional, serve para descongestionar a disputa nessa costura política que também envolve o rosalbismo-Rosado em Mossoró e o grupo do senador José Agripino (DEM).

Na mesma formatação “tática” está o prefeito reeleito de Natal – Carlos Eduardo Alves (PDT), além do grupo da ex-deputada federal e vereadora eleita de Mossoró Sandra Rosado (PSB).

Essa costura política em andamento não começou agora, que fique claro. O “primeiro turno” do arranjo ou rearranjo político passou pelas eleições municipais de Natal e Mossoró, postas em sincronismo pelos Alves, Maia e os Rosado.

Marcelo Queiroz

O próprio Blog assinalou essa tessitura há alguns meses, através de postagens elucidativas (veja AQUI). Na montagem da chapa à sucessão municipal de Natal, o então presidente licenciado da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do RN (FECOMÈRCIO/RN), Marcelo Queiroz (PMDB), estava “definido” para ser vice de Carlos Eduardo Alves. Era o preferido do prefeito.

Queiroz: descartado em nome da reengenharia (Foto: arquivo)

Nos intramuros da negociação, Queiroz perdeu vez para o deputado estadual Álvaro Dias (PMDB), que tem sua base eleitoral assentada de verdade na região Seridó e não Natal. O acerto que escanteou Marcelo, nasceu da necessidade de se puxar a deputada estadual suplente Larissa Rosado (PSB) para a Assembleia Legislativa, com a inserção de Álvaro ou o também deputado Hermano Morais (PMDB) na chapa governista natalense.

O senador José Agripino interveio e Carlos Eduardo acabou cedendo à pressão, aceitando Álvaro Dias. O reflexo em Mossoró permitiu que o rosalbismo freasse o ímpeto de Sandra Rosado em impor o nome do vereador e seu filho, Lahyrinho Rosado (PSB), como vice à Prefeitura, da ex-governadora Rosalba Ciarlini (PP).

Na hora de negociar a adesão de Sandra e seu grupo à candidatura de Rosalba, o ex-deputado estadual Carlos Augusto Rosado – marido da ex-governadora – deixou claro: “o seu problema já está resolvido em Natal”. A ex-deputada federal entendeu a mensagem e flexibilizou as negociações, para também ter condições de ser eleita a vereador num “chapão” (veja AQUI) que foi montado à Câmara Municipal com PP, PMDB, PDT e PSB.

Sobrevivência

Todo esse delicado quebra-cabeça passou por um entendimento para unir os grupos de Carlos Augusto e Sandra, após quase 30 anos de litígio (veja AQUI). Mais do que afinidade, em jogo está a necessidade de sobrevivência dos Rosado, Maia e Alves, que se descapitalizaram nos últimos anos com a ascensão de nomes como Wilma de Faria (PTdoB) e o atual governador Robinson Faria (PSD).

Henrique e Agripino: está favorável (Foto: Câmara Federal)

Passado o susto e contabilizada as perdas, eles montam um consórcio político de olho em 2018. Esquadrinham o cenário político para acomodar peças de cada um dos seus consorciados, fechando a porta a novas surpresas. Por enquanto e até aqui, tudo está bem encaminhado, principalmente com a continuada esqualidez da gestão Robinson Faria e o esvaziamento do poder de fogo de Wilma e outros atores fora da tríade Alves-Maia-Rosado.

Para 2018, dando tudo certo e “combinado” com o povo, Henrique e José Agripino concorrem às duas vagas ao Senado da República e a chapa à Câmara Federal fica desobstruída à reeleição de Walter, Beto Rosado (PP) e Felipe Maia (DEM). Larissa terá meios a novo mandato de deputada estadual e Carlos Eduardo Alves será o nome de todos ao Governo do Estado.

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terça-feira - 04/10/2016 - 09:20h
Natal

Carlos Eduardo, o grande vencedor

Do Blog Honório de Medeiros

Carlos Eduardo (PDT) foi, sem sobra de dúvida, o grande vencedor dessa eleição. Não somente pela vitória avassaladora, mas, também, por firmar como patrimônio seu um senso estratégico que os desprevenidos insistem em atribuir ao destino ou à sorte.

Nesta eleição, por exemplo, assumiu, obliquamente, a liderança de sua família. Garibaldi está encerrando a carreira, por força da idade. Henrique tem voo curto, enredado nas teias da justiça.

Carlos trabalha de forma pragmática e teve vitória avassaladora nas urnas contra leque de adversários (Foto: web)

Os primos são demasiadamente novos.

Digo obliquamente porque não se percebeu, no seu jogo-de-xadrez, qualquer movimento que induzisse esse objetivo. Mas aconteceu. Queiram ou não.

Assumiu, também, de forma inconteste, mas sutil, a bandeira da esquerda que não é extremada, tampouco petista. Não há espaço vazio na política, sabemos, e, agora, a sobrevivência da esquerda no RN depende dos passos que Carlos, e seu PDT, irão dar.

Eleições em Natal – 2016

Carlos Eduardo Alves (PDT) – 225.741 – (63,42%)
Kelps Lima (SD) – 47.576 – (13,37%)
Fernando Mineiro (PT) – 36.123 (10,15%)
Robério Paulino (PSOL) – 24.422 – (6,86%)
Márcia Maia (PSDB) – 19.696 – (5,53)
Rosália Fernandes (PSTU) – 1.398 – (0,39%)
Freitas Júnior  (REDE) – 970 – (0,27%)
Brancos – 19.874 – (4,62%)
Nulos – 53.989 (12,56%)
Válidos – 355.926 (82,81%)
Abstenção – 104.793 (19,60%)

Mas mesmo segurando a bandeira da esquerda, não perdeu a possibilidade de estabelecer alianças táticas com o espectro conservador da política potiguar, vez que suas arestas são poucas e escolhidas, o que mostra sua capacidade de enxergar longe. E seu trânsito no segmento econômico está em aberto.

Como ainda é novo, não afasta  os jovens; como é experiente, atrai os mais velhos. Esperto, conduz sua administração de forma tranquila, discreta, fazendo o óbvio, sem cometer equívocos. Isso tem sido bastante, as urnas o demonstram.

Quando quer, sabe sumir. Ponto para ele.

Investe forte na Cultura: entendeu logo o potencial político dessa opção. Palmas e mais palmas.

Claro que há senões. Impossível não haver.

O tipo de ação que lhe é próprio, e sua personalidade pouco propensa a intimidades ruidosas podem não fazê-lo um líder de massas, e isso deixa um flanco aberto para potenciais inimigos políticos que tenham o carisma necessário para subverter a ordem natural das coisas.

Mas como no horizonte imediato é pouco provável surgir esse novo Aluízio Alves, queiram ou não os que pouco gostem, Carlos Eduardo está aí, solidamente enraizado, com galhos e folhas voltados para 2018.

É isso: um líder forte em uma realidade fragmentada.

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quinta-feira - 08/09/2016 - 11:24h
Política

Bastidores tensos explicam ruptura de ‘Francisco’ e Robinson

Entenda o porquê do rompimento entre aliados que veio à tona com bate-boca entre primeiras-damas

Passado o estresse inicial com choros, bate-bocas virtuais, vídeos e mais vídeos, silêncio ensurdecedor e certos chiliques típicos de uma novela mexicana, já é possível se fazer uma avaliação menos extremada do episódio que envolveu as primeiras-damas Amélia Ciarlini (Mossoró) e Juliane Faria (Estado). O caso é essencialmente político, embora se fale tanto em amizade.

A raiz dessa crise não está na disputa eleitoral em si. Remonta a um tempo e a certos acontecimentos que fogem à observação da maioria da população.

O incidente desencadeado por Amélia Ciarlini (Veja AQUI), mulher do prefeito “Francisco”, o Francisco José Júnior (PSD), foi o estopim à ruptura de uma relação política que só fez se desgastar  nos últimos meses. Gestão pública e aspirações eleitorais estão misturadas nesse enredo.

Robinson, com o prefeito, fez sua primeira visita à cidade dia 6 de janeiro de 2015, mas alargou distância (Foto: Ivanízio Ramos)

Ao apoiar (Veja AQUI) sua mulher, o prefeito concorreu mais ainda para o desenlace político e pessoal. O governador adotou a equidistância pessoal, sem se preocupar em oficial e pessoalmente promover qualquer réplica ou versão. Escalou outras pessoas.

Há vários meses que na Governadoria a postulação à reeleição de Francisco José Júnior (PSD) não motivava Robinson. Com pesquisas e mais pesquisas à mão e observando os rumos da gestão municipal, a avaliação fria sobre 2016 em Mossoró apontava a candidatura do prefeito como natimorta. “Caso  perdido”, diga-se, ouviu o Blog há cerca de quatro meses, de um auxiliar direto do governador.

Apoio

A questão é que o próprio Francisco José Júnior nunca ouviu diretamente de Robinson uma palavra nesse sentido. Em sua última passagem por Mossoró este ano, o governadora até deu entrevistas assegurando que não teria outro candidato a prefeito no município.

Em entrevista à imprensa de Natal (programa “Repórter 98”, dia 26 de julho deste ano), Robinson foi claro: “Tenho uma história política de gestos e coerência. Aqueles que estiveram comigo tenham certeza que receberão meu apoio. Em Mossoró estamos com Francisco José Júnior.” E ficou por isso mesmo até aqui. No verbo.

SOBRARAM sinais de que Robinson não o apoiaria num projeto sem qualquer perspectiva de dar certo. Na própria convenção municipal que consagrou o prefeito como candidato à reeleição, dia 4 de agosto, o governador não apareceu. Representou-o o filho e deputado federal Fábio Faria  (PSD).

Antes disso, na maior festa popular da cidade que o prefeito investiu todas suas fichas para granjear algum apoio popular, o “Mossoró Cidade Junina”, o governador não deu as caras. Nem enviou representante ao longo de quase 30 dias do evento.

O simples contato telefônico do prefeito com secretários e outros representantes do alto escalão do governo, também passou a gradualmente ficar difícil. Amélia, em seu desabafo, tido por Juliane Faria como pura “encenação” (veja AQUI), relatou isso. O governador não estaria atendendo suas ligações.

De lado a lado existem queixas e mais sinalizadores do fim dessa relação política entre o prefeito e o governador.

Rosalbismo no Governo

Entre interlocutores próximos, o governador aponta que Francisco priorizou uma agenda política expansionista e personalista, em desfavor da priorização de pauta administrativa, levando a Prefeitura ao caos. Com erário em frangalhos, o Estado não poderia lhe oferecer maior socorro.

O isolamento do prefeito foi ficando evidente demais. No dia 24 de maio último, o Diário Oficial do Estado (DOE) publicou exoneração (Veja AQUI) de Rina Márcia (sogra do prefeito) da 12ª Diretoria Regional de Educação (DIRED), com sede em Mossoró. Sua saída deveria ocorrer bem antes, segundo era discutido há dias no Governo.

Rina Márcia, a sogra: para fora, para dentro (Foto: arquivo)

Francisco José Júnior esperneou e forçou Governo a renomeá-la no dia seguinte (Veja AQUI). Foi justificado ao prefeito, que ocorrera “um engano”. Não é verdade. Houve decisão deliberada de tirá-la desse órgão, só que o prefeito preferiu acreditar na versão, em vez de romper com o governismo, que esperava essa decisão para fazer descarrego do problema e ter outros olhos sobre a própria sucessão municipal de Mossoró.

Uma aposta na candidatura da ex-governadora Rosalba Ciarlini (PP), até apontando seu vice, foi murmurada nos intramuros da Governadoria. Entretanto esse raciocínio não avançou, apesar do Governo do Estado ter reforçado ‘afinação’ com o rosalbismo, ao nomear a professora Isaura Amélia (cunhada de Rosalba) para a Fundação José Augusto (FJA) no dia 5 do mesmo mês de maio.

Cobranças

O vácuo na relação ocorre, sobretudo porque o prefeito fez cobranças indiretas e até mesmo públicas de apoio administrativo, sem eco na Governadoria.

Em peça de propaganda sobre segurança pública que foi divulgada pela Prefeitura, o texto chegava a assinalar crítica subliminar ao Governo do Estado, atestando investimento da municipalidade, mesmo “sem apoio”.

Na Câmara Municipal, sua bancada regularmente cobrava compromissos do governador com Mossoró e com a Prefeitura. Saúde e Segurança são as maiores carências, sem qualquer respaldo do Governo.

O prefeito tem razão na cobrança. A Prefeitura de Mossoró investiu e investe pesadas somas na Saúde e Segurança, sem contrapartida do Governo do Estado. Não por acaso, são os pontos de maior crítica da população aos serviços públicos.

Ele assume o desgaste institucional, que se reflete na sua imagem político-eleitoral como candidato à reeleição.

Dívida de gratidão

Na tentativa de escudar o próprio Governo do Estado e governador, Francisco José Júnior absorveu a maior parte da reprovação popular. Prova disso, é que nas pesquisas publicadas este ano, a repulsa popular a ele foi maior do que a Robinson.

Henrique x Robinson: vitória acachapante (Foto: montagem)

Esse sacrifício, entretanto, continuou e continua sem atenuante. Na prática, o parceiro administrativo não existe e o político também não.

Bem diferente do que aconteceu nas eleições de 2014 ao Governo do Estado, quando o então prefeito recém-eleito em disputa suplementar, assumiu para si as rédeas da campanha em Mossoró, contribuindo para vitória acachapante de Robinson sobre Henrique Alves (PMDB). Ele empalmou 52.886 (57,82%) dos votos válidos, contra 29.494 (32,25%) de Henrique. Maioria de 23.392 votos.

O próprio governador eleito chegou a afirmar, em repetidas ocasiões, que não teria vencido sem apoio decisivo de “Silveira” (o prefeito) e de Mossoró, contraindo uma dívida de gratidão. Sem resgatar o débito com o aliado e com a cidade, Robinson aproveitou esse caso para começar a esquadrinhar novo plano político pós-eleições municipais.

Robinson e Jório

A reunião que teve com o presidente da Câmara Municipal de Mossoró, Jório Nogueira (PSD), na última terça-feira (6), publicada em primeira mão por este Blog (Veja AQUI), revela essa costura. O encontro sequer foi divulgado pelas assessorias dos dois políticos. Nem desmentido.

Contudo o novo desenho político que o governismo estadual rabisca, começou bem antes. O fosso que foi-se alargando entre o governador e o prefeito é inversamente proporcional às costuras para uma nova acomodação política.

Depois das eleições de 2 de outubro, até o pleito estadual de 2018, serão dois anos para costuras políticas e reordenamento de forças, além de política de alianças sob outro cenário em Mossoró, onde ele tem pousado pouco. Só uma vez este ano, no dia 10 de março (veja AQUI), enfrentando vaias. Em 2015, um pouco mais (Veja AQUI o porquê).

Importante que fique claro: o vencedor (a) nas eleições daqui a 24 dias (2 de outubro) não será, necessariamente, adversário (a) de Robinson.

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sábado - 27/08/2016 - 08:14h
Mossoró

Líderes estaduais têm pouco a oferecer à sucessão municipal

Qual o peso – na atual campanha municipal – de lideranças estaduais que num passado até recente eram muito aguardadas nos palanques políticos, em Mossoró?

Será que existe apenas um esvaziamento da influência de tradicionais lideranças locais (como abordado pelo Blog ontem – veja AQUI), ou também essas expressões de nível estadual estão em baixa?

Garibaldi e Fátima são lideranças que podem ser importantes à campanha municipal (Foto: montagem)

Os primeiros dias de campanha não empolgaram o eleitor. Os próprios candidatos apostam numa programação inicial com limitações que estão longe das manifestações do passado, quando ocorriam comícios, passeatas e carreatas expressivos.

Por enquanto, o ambiente mais efervescente é a Internet e suas redes sociais, com as campanhas descarregando propaganda e fomentando participação de seus militantes, numa guerra que é irreal diante do que é visto nas ruas. São dois mundos distintos.

Robinson Faria

No palanque do atual prefeito e candidato à reeleição, Francisco José Júnior (PSD), é difícil que apareça o líder estadual do seu partido que teve votações maciças ao Governo do Estado em Mossoró, governador Robinson Faria (PSD).

Até aqui, ele refugou até mesmo presença na convenção partidária do prefeito no início deste mês, num ambiente plenamente favorável. Escalou o filho e deputado federal Fábio Faria para esse fim.

Os dois têm profundo desgaste público no município, capaz de provocar um efeito oposto à energia de uma fusão nuclear: queda livre mais acentuada de ambos.

Henrique e Garibaldi

No palanque de Rosalba Ciarlini (PP), ex-governadora, liderança como do ex-ministro e ex-deputado federal Henrique Alves (PMDB) não é vista como salutar, em face do seu envolvimento com escândalos de repercussão nacional.

Outro apoio, após anos sendo satanizada pelo rosalbismo, seria da ex-governadora e hoje candidata a vereador em Natal, Wilma de Faria (PTdoB). Por Mossoró, também não deve aparecer, mesmo tendo sido uma governante com bom acervo de realizações para o município.

Quanto ao senador Garibaldi Filho (PMDB), há maior leveza. Teoricamente pode acrescentar ao lado do seu PMDB à campanha de Rosalba, pois sofre menor desgaste e passa incólume a tsunami de escândalos nacionais.

Agripino

Em relação ao candidato Tião Couto (PSDB), seu partido já contou e deve contar com a presença do seu presidente estadual em Mossoró, deputado federal Rogério Marinho. Mas ele tem muito mais a capitalizar para 2018 do que acrescentar à votação do candidato Tião agora.

Henrique e Agripino: dois palanques (Foto: Câmara Federal)

Outro nome com Tião, é do senador José Agripino (DEM). Sua trajetória política em Mossoró sempre foi vinculada ao casal Rosalba-ex-deputado estadual Carlos Augusto Rosado. Hoje, sua referência local é a ex-prefeita Cláudia Regina (DEM) que levou o DEM para Tião Couto.

A participação de Agripino, do ponto de vista da imagem pessoal, num momento que o país caminha para fim da era PT, pode acrescentar ao discurso da chapa Tião-Jorge do Rosário (PR), mas provavelmente de forma residual.

O ex-deputado federal João Maia, dirigente estadual do PR, trabalhou para levar seu partido à coligação de Rosalba. Deverá ficar distante da sucessão, num colégio eleitoral em que tem escassa influência sua.

Fátima Bezerra

Com a candidatura de Gutemberg Dias (PCdoB), que traz como vice uma jovem militante do PT, Rayane Andrade, temos a atração esperada da senadora Fátima Bezerra (PT). Deve catalisar a participação da militância petista, mesmo num momento de desgaste de seu partido no plano nacional e flacidez local.

Já o candidato a prefeito Josué Moreira (PSDC), não tem qualquer político de expressão estadual o apoiando. O nome de maior representatividade é do vereador natalense e advogado Joanilson de Paula Rêgo.

Ele é dirigente da executiva do PSDC no Rio Grande do Norte, com largo conceito no meio forense, mas sem peso eleitoral em Mossoró.

Como chegou a definir o senador Garibaldi Filho sobre a política mossoroense, à época em que ainda era governador do Estado, “Mossoró é muito difícil”.  Se é! Ô!

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terça-feira - 16/08/2016 - 18:39h
Mossoró

Vereadora é convocada para novamente presidir PMDB

A vereadora Izabel Montenegro (PMDB) vai reassumir o comando peemedebista em Mossoró. Foi cientificada da decisão hoje, em Natal, pelo presidente estadual do partido, ex-ministro Henrique Alves.

Izabel: de volta (Foto: Jornal das Cinco)

A presidência partidária estava desde 2014 com a ex-prefeita Fafá Rosado. Há poucos dias, ela resolveu entregar o cargo (veja AQUI) por não ter sido confirmada como vice na chapa à Prefeitura, encabeçada pela ex-governadora Rosalba Ciarlini (PP).

Na ótica de Fafá, os líderes estaduais do PMDB fizeram “corpo mole”, fragilizando hipótese de ela ser a vice. Na verdade, viram que seu nome era inviável (veja AQUI).

Decepção

Decepcionada, mandou porta-voz avisar que entregava a direção partidária, mas continuaria no PMDB. Sequer compareceu à convenção partidária dia 5 último.

Quanto à sua posição na sucessão municipal, não anunciou apoio à Rosalba, não obstante ter sido essa a decisão do peemedebismo.

Izabel presidiu o PMDB de 2006 a 2014, quando foi ‘convencida’ a deixar o cargo para Fafá. Havia possibilidade do outro vereador do partido na cidade assumir a presidência agora, Alex Moacir, mas ele declinou. Avalizou seu nome.

Nota do Blog – Finalmente Henrique Alves toma uma decisão sensata em relação ao PMDB de Mossoró.

Izabel conhece o partido, tem história nele e é a principal responsável pela articulação que o manteve vivo para a atual campanha, haja vista a passividade de Fafá nesse papel.

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sexta-feira - 05/08/2016 - 10:38h
Ostracismo

Magoada e fora do ‘jogo’, Fafá deixa presidência do PMDB

A ex-prefeita mossoroense Fafá Rosado (PMDB) entrega hoje a presidência do partido. A convenção municipal do peemedebismo para definir coligação e apoio à chapa majoritária Rosalba Ciarlini (PP)-Nayara Gadelha (PP) ocorre nesta manhã, numa sala da Câmara Municipal de Mossoró.

Ela já tinha antecipado sua decisão através das redes sociais (veja boxe nesta postagem). Em tom de mágoa, pela forma de condução e desfecho das chapas proporcionais e majoritária, já antecipara que sairia do partido.

Entrega o PMDB menor do que recebeu, praticamente destroçado, tendo que correr atrás de Rosalba e seu grupo, para pelo menos montar um “chapão” (veja AQUI) a vereador.

Quando desembarcou na sigla em 2014, a promessa era de dinamismo e crescimento. Dias e meses mostraram algo diametralmente oposto: encolhimento, desorganização e falta de rumo. Chegou a ponto de nomear para a comissão dirigente da legenda, um sobrinho que sequer era filiado.

Ostracismo

Até no processo de negociação com o PP ela ficou excluída ou excluiu-se por falta de ação proativa. O senador Garibaldi Filho (PMDB) deixou a vereadora Izabel Montenegro (PMDB) – veja AQUI – com autonomia para conduzir negociações. Na última conversa com a parlamentar, assinalou isso, além de ter jogado a ‘toalha’ na luta para aboletar Fafá na chapa de Rosalba, como vice.

Talvez tenha sido aí que o mundo tenha desabado sobre Fafá. Foi na verdade, consequência de sua priorização personalista. Na ânsia de ser vice e sair do ostracismo, esqueceu que precisaria ter um partido forte e não destroçado, que não conseguiu sequer fechar uma nominata a vereador.

Para se ter uma ideia da redução do PMDB, sua convenção acontece hoje numa sala da Câmara Municipal. Falta gente, falta filiado, falta militante. Falta comando. Durante sua presidência, poucas vezes foi reunido.

“Furacão”

O peemedebismo alcançou 19.800 votos (14,40%) em 2012, com sua nominata de candidatos a vereador. Reelegeu Claudionor dos Santos e teve retorno de Izabel Montenegro, bem como o campeão de votos, Alex Moacir, ex-secretário de Recursos Urbanos do município. 

O presidente estadual da sigla, ex-ministro Henrique Alves, superdimensionou suposta liderança e hipotético capital eleitoral de Fafá Rosado. O partido em Mossoró, hoje, está à deriva, após passagem do ‘furacão’ Fafá.

Desde as primeiras notícias ano passado, propagada por interlocutores de Fafá Rosado, de que ela seria vice “certa” de Rosalba, que este Blog remou contra a corrente da “manifestação de vontade”. Antecipou desde então, que era praticamente impossível que isso ocorresse.

Deu a lógica.

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segunda-feira - 01/08/2016 - 23:40h
Eleições 2018

Nome a vice decidido, em Natal, tem relação com Mossoró

Ufa! Depois de muito disse-me-disse, o PMDB emplacou o nome a vice para a chapa do prefeito natalense Carlos Eduardo Alves (PDT), à sua própria sucessão. Será o deputado estadual Álvaro Dias (PMDB).

Dias: escolha calculada (Foto: Tribuna do Norte)

O anúncio feito oficialmente hoje remete o partido à realização de sua convenção municipal para oficializar o nome de Álvaro e chapa proporcional, além da aliança com o PDT, no dia 4 próximo (quinta-feira), às 9h, na sede do partido.

O verdadeiro rally a que o peemedebismo foi submetido, a ponto de se se cogitar outra saída fora do partido, chegou a bom termo. O comando estadual do PMDB queria o próprio Álvaro Dias ou o também deputado estadual Hermano Morais.  Eram preferências do ex-ministro e ex-deputado federal Henrique Alves.

Larissa Rosado

Ainda hoje, o presidente local do partido, vereador Ubaldo Fernandes, emitiu nota com anúncio e de agradecimento “aos valorosos filiados, deputado estadual Hermano Morais, Marcelo Queiroz e Fred Queiroz,” que chegaram a estar no páreo também à indicação.

A articulação para indicação de um deputado ou outro, tem uma razão de ser muito forte, com olhos voltados para 2018.

O ex-deputado federal Henrique Alves espera que se viabilize a reeleição de Carlos e eleição de Álvaro Dias, para que abra uma vaga na Assembleia Legislativa para a suplente e ex-deputada Larissa Rosado (PSB) voltar à Casa, como efetiva.

O interesse de Henrique é em ter uma dobradinha com ela em Mossoró e região, para voltar à Câmara Federal em 2018.

Daí a explicação para sua insistência com Álvaro ou Hermano para vice do primo Carlos Eduardo.

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sábado - 30/07/2016 - 10:08h
Assu

Convenção define nomes do PR e PMDB a prefeito e vice

Foi bastante concorrida nessa sexta-feira (29), a convenção municipal que fechou chapa com PMDB e PR, à Prefeitura do Assu. Tem coligação numerosa e é principal força oposicionista à campanha deste ano. São 14 partidos ao todo.

Convenção foi bastante movimentada à noite passada em Assu (Foto: cedida)

No evento, foi homologada a coligação que reúne o PMDB, PR, PSDB, PSC, PHS, SD, PTdoB, PP, PDT, PPS, PTB, PRB, DEM e PTN.

O pré-candidato a prefeito é o médico Gustavo Soares (PR) que compõe chapa com a professora Sandra Alves, do PMDB.

O evento foi realizado no ginásio da Escola Caminho do Futuro e contou com a maciça participação de apoiadores da chapa.

No palanque, foi registrada a participação de nomes como do deputado federal Walter Alves (PMDB), deputada federal Zenaide Maia (PR), deputado estadual George Soares (PR), Senador José Agripino (DEM).

Também prestigiaram a convenção o deputado estadual Kelps Lima (SDD); dirigente estadual do PR, João Maia; presidente estadual do PMDB, ex-ministro e ex-deputado federal Henrique Alves, além do presidente estadual do PP, ex-deputado federal Betinho Rosado.

Governismo

No governismo, o pré-candidato a prefeito é Patrício Júnior (PSD). ele  terá como vice o atual presidente da Câmara, vereador Breno Lopes (PSB).

O prefeito Ivan Júnior, atual presidente da Federação dos Municípios do RN (FEMURN), terá enorme desafio para confrontar sua chapa com os adversários.

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quinta-feira - 28/07/2016 - 19:26h
Política e poder

Sucessão mostra que “Natal não é de ninguém” em 2016

“Natal não é de ninguém”, repito o então deputado federal Djalma Marinho, que cunhou a frase nos anos 60.

“Natal é da liberdade”, complementava ele, com meu endosso hoje, observando a sucessão natalense.

Djalma (na foto) discursa em 1967 na Tribuna da Câmara Federal (Foto: arquivo)

Grandes lideranças políticas estão fragilizadas, com menor poder de influência; quase inaudíveis.

O governador Robinson Faria (PSD) sequer vai ter candidato próprio do seu partido, à disputa municipal, com a desistência do deputado estadual Jacó Jácome (PSD).

Procura a quem apoiar.

O ex-ministro Henrique Alves (PMDB) tenta emplacar um deputado estadual de sua confiança, na chapa do prefeito e primo Carlos Eduardo Alves (PDT), que refuga as ofertas.

O DEM do senador José Agripino é sigla subalterna.

A ex-governadora Wilma de Faria (PTdoB) está fora do páreo e com papel secundário.

É… não está fácil.

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quarta-feira - 27/07/2016 - 16:18h
MPF de Brasília

Henrique Alves vira réu em ação iniciada no ano de 2004

A Justiça Federal de Brasília decidiu receber ação de improbidade administrativa contra o ex-ministro do Turismo e ex-deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB). A partir dessa decisão, Alves passa a responder como réu no processo que apura indícios de enriquecimento ilícito entre 1998 e 2002, período em que exerceu mandato parlamentar.

Henrique Alves problema a mais gerado há vários anos é mexido pelo MPF (Foto Marcelo Camargo - Agência Brasil - Arquivo)

Proposta pelo Ministério Público Federal (MPF) em 2004, a ação já havia sido recebida, mas o prosseguimento do processo foi interrompido depois que o acusado apresentou recurso questionando a prescrição dos fatos, bem como a legitimidade das provas apresentadas pelo MPF.

No entanto, depois de analisadas essas questões pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, o caso prosseguiu com o juiz de primeiro grau. Nessa instância, o magistrado da 16ª Vara Federal, Marcelo Ribeiro Pinheiro, decidiu que há provas suficientes para confirmar o recebimento e dar continuidade à ação de improbidade.

Sobre os requisitos para que o caso fosse reaberto, o juiz analisou a peça inicial apresentada pelo MPF e concluiu que a ação “descreve minuciosamente as circunstâncias fáticas e jurídicas que embasam, de modo suficientemente preciso e capaz de ensejar o seu prosseguimento”.

Onze mandatos

Já em relação à prescrição, o magistrado explica que, de acordo com a lei, o prazo prescricional para ação de improbidade administrativa começa a correr após o término do último mandato do parlamentar.

No caso analisado, o acusado foi deputado federal por 11 mandatos consecutivos, de 1971 a 2014. Embora a ação de improbidade se refira a irregularidades cometidas no período de 1998 a 2002, Alves continuou no cargo de parlamentar até 2014. De modo que o juiz concluiu: enquanto não cessa o vínculo do agente com a Administração, não tem início o prazo prescricional.

Na mesma decisão, o juiz também se manifestou sobre o pedido do MPF – feito ainda em junho deste ano – para que fosse levantado o sigilo do caso. Marcelo Pinheiro decidiu pela publicidade dos autos, já que nas ações de improbidade administrativa, é evidente o interesse social, “o qual exige a publicidade justamente para que se possa dar o direito ao povo de conhecer a fundo as atitudes de seus representantes políticos”.

Irregularidades

No entanto, o processo não é totalmente público. Tendo em vista que existem documentos anexados ao processo que podem expor a privacidade do envolvido, como extratos bancários e faturas de cartão de crédito e dados fiscais, o magistrado determinou sigilo em relação a essas informações.

Mônica e Henrique: anos 90 (Foto: do Blog)

A ação de improbidade – A ação do Ministério Público, apresentada há mais de 12 anos, levou à Justiça o fato de que Henrique Eduardo Alves demonstrava sinais de riqueza incompatíveis com sua renda e seu patrimônio declarados como deputado federal e empresário. Constam das irregularidades apontadas à época: transferência patrimonial dissimulada; despesas e gastos em montante superior à receita declarada; titularidade dissimulada de sociedades comerciais, contas-correntes, investimentos, movimentação financeira e cartões de crédito em instituições financeiras com sede na Suíça, nos Estados Unidos e em paraísos fiscais, bem como por meio de empresa off-shore – sem que fossem identificadas as saídas de divisas do país.

“Riquinho”

Como exemplo de irregularidade, foi citada uma movimentação em instituição financeira sediada no exterior de mais de três centenas de milhares de dólares americanos em despesas. Isso somente em faturas de cartão de crédito emitido no exterior, e de titularidade de Henrique Eduardo Alves .Outras situações também chamaram a atenção do MPF.

Alves usufruía de um padrão de vida luxuoso, bancava os gastos de diversos cartões de crédito para os filhos e para a esposa e ainda era chamado de “riquinho” pelos demais parlamentares. O Ministério Público também revelou que a ex-esposa de Alves, Mônica Azambuja, teve durante um bom tempo suas despesas pagas pelo ex-marido, além de ter recebido a quantia de R$ 1,5 milhão entre 2002 e 2003 como indenização em divórcio.

Com a reabertura do caso, o magistrado terá de decidir se condena ou não o político por improbidade. Henrique Alves poderá ser condenado a ressarcir os cofres da União, ter os direitos políticos suspensos e ficar proibido de contratar com o poder público, entre outras sanções previstas na Lei 8.429/92.

Conheça a ação na íntegra AQUI.

Com informações do MPF.

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quinta-feira - 14/07/2016 - 20:20h
Economia

Assu perde receita com saída da Costa Branca, diz George

Em pronunciamento no plenário da Assembleia Legislativa, na tarde desta quinta-feira (14), o deputado George Soares (PR) lamentou que o município de Assu tenha sido excluído do roteiro turístico do Polo Costa Branca, pela falta de projetos na área.

George aponta perdas (Foto: João Gilberto)

“É lamentável que a cidade de Assu tenha saído do Polo Costa Branca, conforme o novo mapa do turismo no Rio Grande do Norte, anunciado pelo Ministério do Turismo. Essa é uma situação irreparável, pois a cidade não poderá captar recursos do Ministério do Turismo, por falta de empenho da administração local”, asseverou o parlamentar.

Segundo o deputado, o ex-ministro do Turismo Henrique Alves (PMDB) já havia liberado recursos para o Santuário de Irmã Lindalva que estão depositados na Caixa Econômica Federal, mas não há interesse da administração em impulsionar o turismo na cidade. “Assu saiu desse eixo da geração de emprego e renda quando participava das discussões com municípios do Polo”, disse.

Violência

Além disso, o parlamentar cobrou providências da Secretaria de Segurança Pública do Estado para combater a violência constante na cidade, com o registro de quatro assassinatos em apenas cinco dias.

“O nosso município está afundando com essas notícias negativas na mídia. A cidade está entregue às baratas. Na semana passada, o governador do Estado anunciou medidas de segurança e no outro dia os bandidos arrombaram o Banco do Brasil”, afirmou o deputado.

Com informações da AL.

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quinta-feira - 07/07/2016 - 08:32h
Investigação aponta

Henrique abriu conta para propina com passaporte

Do jornal O Globo

Aliado do presidente interino, Michel Temer, e do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o ex-ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) teria usado cópia do próprio passaporte para abrir uma conta bancária na Suíça, segundo fontes com acesso às investigações. O procedimento já havia sido adotado por Cunha para abrir contas no mesmo país.

Henrique: passaporte: (Foto: O Globo)

Documentos com cópias de passaporte e foto do ex-ministro foram remetidos pelo Ministério Público da Suíça à Procuradoria- Geral da República (PGR). Alves se antecipou às denúncias e pediu demissão do Ministério do Turismo no último dia 16.

Os donos da Carioca Engenharia indicaram, em delação premiada, nove contas na Suíça para onde destinaram a suposta propina referente ao projeto do Porto Maravilha, no Rio.

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Pelo menos uma conta beneficiou diretamente Cunha; outra, Alves; e uma terceira, o ex-vice-presidente da Caixa Fábio Cleto, conforme as investigações.

Todos eles foram denunciados pela PGR, assim como o doleiro Lúcio Funaro e o sócio Alexandre Margotto. A denúncia se refere ao esquema de pagamento de propinas para empresas obterem repasses do FI-FGTS, administrado pela Caixa.

— A defesa afirma a inocência do ex-ministro. Tão logo tenha acesso ao processo, vai se manifestar nos autos — disse o advogado de Alves, Marcelo Leal.

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terça-feira - 05/07/2016 - 12:24h
Folha de São Paulo

Cunha orientou repasse de propina a Henrique, diz PGR

A Procuradoria-Geral da República (PGR) diz que detectou pagamentos da empreiteira Carioca Engenharia na conta secreta na Suíça atribuída ao ex-ministro Henrique Eduardo Alves (PMDB). A notícia é dada hoje pelo jornal Folha de São Paulo.

Eduardo Cunha e Henrique: ligação, segundo PGR (Foto: Eduardo Coelho/O Globo)

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, diz que os repasses da Carioca a Henrique Alves foram feitos sob orientação do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), assinala o periódico paulistano.

“O dinheiro, de acordo com a Procuradoria, era oriundo de propina cobrada da empresa em troca da liberação de recursos do fundo de investimentos do FGTS para obras do Porto Maravilha, no Rio.”

Vazamento seletivo

Os valores totalizariam pelo menos 300 mil dólares, em mais de uma transferência.

O advogado do ex-ministro, Marcelo Leal, foi ouvido pela Folha de São Paulo. Segundo ele, Henrique “nega veementemente ter recebido qualquer recurso indevido como vantagem pessoal em contas no Brasil ou Exterior.

Também “repudia o vazamento seletivo de informações em desrespeito à legislação e às garantias constitucionais”.

Veja matéria completa AQUI.

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quinta-feira - 30/06/2016 - 20:36h
João Maia, José Agripino, Henrique Alves

Três líderes políticos atentos a 2016 e de olho em 2018

Líderes políticos de três importantes partidos, o senador José Agripino (DEM), o ex-deputado federal João Maia (PR) e o ex-ministro Henrique Alves (PMDB) agendam reunião conjunta.

Querem avaliar cenário político nativo, da capital ao interior.

Existem muitos pontos de convergência de uma ponta a outra.

Em cidades estratégicas podem fechar questão já de olho em 2018.

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quinta-feira - 30/06/2016 - 08:44h
Sucessão mossoroense

DEM sofre restrição em grupo de Rosalba e incomoda Agripino

Huumm!! Sei não.

Não pegaram bem as bravatas propagadas no Sítio Cantópolis (Mossoró), na última segunda-feira (27), satanizando o DEM. Os pronunciamentos deram a entender, que o partido não é bem-vindo à coligação que se pretende à sucessão municipal.

Agripino e Rosalba: mal-estar latente a ser superado. Ou não! (Foto: arquivo)

O Encontro Partidário do PP apresentou a ex-governadora Rosalba Ciarlini (PP) como pré-candidata a prefeito de Mossoró (veja AQUI) e teve ecos em Brasília, no gabinete do senador e presidente nacional do DEM, José Agripino.

O senador tem motivos para ficar desconfiado da relação que o grupo da pré-candidata se propõe a ter com ele e o DEM, na sucessão municipal mossoroense. E quanto às eleições de 2018, também.

Eleita pelo DEM ao Governo do Estado em 2010, Rosalba não obteve do partido legenda para concorrer à reeleição em 2014. Agripino apostou numa composição com o PMDB, endossando candidatura ao Governo do então deputado federal Henrique Alves (PMDB).

A partir daí, criou-se um fosso político e uma abissal distância pessoal entre Rosalba e o senador. Mágoas e revolta que parecem ainda não sanadas, que estão latentes ou vinham sendo disfarçadas.

Inelegibilidade

No evento do Sítio Cantópolis (imóvel que pertence à família do ex-deputado estadual Carlos Augusto Rosado, marido de Rosalba e primo de Agripino), essa questão aflorou de novo.

No caso, não foi esclarecido para a plateia presente um pequeno detalhe: coube ao casal Carlos-Rosalba procurar o próprio José Agripino e Henrique Alves ainda no ano passado, em busca de apoio à salvação da ex-governadora da inelegibilidade em processos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O resultado dessa reaproximação pode ser medido pela própria elegibilidade da “Rosa”, permitindo que ela possa almejar a Prefeitura de Mossoró pela quarta vez.

No Sítio Cantópolis, ela discursou sem avalizar o que se pregou contra o DEM e indiretamente contra Agripino. Mas também não repreendeu ninguém.

A princípio, PMDB e DEM devem compor coligação com o PP de Rosalba, mesmo com esse mal-estar e desconfianças de parte a parte.

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