“A chapa do acordão anunciada hoje é uma síntese da mesmice que se repete em nosso Estado há quase 40 anos,” proclama nas redes sociais o deputado estadual e potencial nome à Câmara Federal, Fernando Mineiro (PT).
E continua: “Em vez de olhar para frente, o chapão da acomodação entre o PMDB e seus aliados olha para trás: tem o apoio dos 7 ex-governadores que vêm do passado para oferecer ao povo as mesmas e não cumpridas promessas de futuro.”
Adiante, produz um libelo e dá o tom do discurso que deve vir na campanha:
“(…) Começando por Lavoisier Maia, nomeado governador pela ditadura militar, que sucedeu Tarcísio Maia, pai de José Agripino, prefeito biônico de Natal, também nomeado pelo regime militar, o palanque do acordão é uma rede de nomes, sobrenomes, parentescos, correligionários e ex-adversários novos correligionários.
Dele não faz parte, ainda, a atual governadora do DEM, que recebeu apoio do PMDB até o ano passado, mas que hoje tem a rejeição da imensa maioria dos norte-rio-grandenses e até do seu próprio partido.
Os grandes ausentes do palanque do acordão são os projetos ou as propostas para enfrentar os verdadeiros problemas do Estado, agravados ainda mais nos últimos 4 anos.
Nada une o palanque do acordão a não ser o medo político um do outro, a desconfiança mútua entre seus membros e o vergonhoso rateio das vagas em disputa nas próximas eleições.
Mas a falta mais sentida neste palanque do acordão, onde se fazem ironicamente presentes todos os responsáveis pelos destinos do Estado em quase meio século, é o povo – os interesses justos e as necessidades reais do povo, que sabe, hoje, não existir melhor palanque do que as ruas, e que vai saber enfrentar e derrotar tamanha desfaçatez política, escolhendo entre a mesmice e a possibilidade real de mudança.”
Mineiro anexa uma montagem fotográfica com fotos dos ex-governadores, encimada por este título: “Todos os ex-governadores apoiam o acordão de gabinete”.
Abaixo, aparece a montagem fotográfica como um “cineminha” (sequência de fotos) de Lavoisier Maia, José Agripino, Geraldo Melo, Vivaldo Costa, Garibaldi Filho e Wilma de Faria.
O subtítulo do cartaz virtual afirma: “Mas o povo nas ruas poderá derrotá-los”.