sábado - 18/02/2023 - 08:54h
Natal

Após visita de ministro, diretor da Codern apresenta renúncia

Brigadeiro deu justificativa à sua saída (Foto: arquivo)

Brigadeiro deu justificativa à sua saída (Foto: arquivo)

A Companhia Docas do Rio Grande do Norte (CODERN) informa a renúncia do brigadeiro Carlos Eduardo da Costa Almeida do cargo de Diretor-Presidente nesta sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023.

Considerando as mudanças políticas e tendo sido indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o brigadeiro Carlos Eduardo entendeu que não teria o diálogo necessário para as demandas da Companhia.

Antes da renúncia, o brigadeiro recebeu o ministro dos Portos e Aeroportos, Márcio França, a quem fez uma explanação do atual cenário da Companhia.

Fatos julgados relevantes serão comunicados posteriormente, destaca nota da própria Codern.

No campo político-partidário, o brigadeiro chegou a presidir o PSL, legenda pela qual foi eleito Bolsonaro em 2018. Na ativa militar, ele foi comandante da Base Aérea de Natal e da Academia da Força Aérea.

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sexta-feira - 03/02/2023 - 10:28h
Brasil

Senador implica Bolsonaro em trama para golpe, mas recua

Do Canal Meios e outras fontes

Em 9 de dezembro do ano passado, o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o deputado Daniel Silveira (PTB-SP) tentaram aliciar o senador Marcos do Val (Podemos-ES) em um plano para prender o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, e impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Marcos do Val gravou entrevista, mas bolsonarismo o sitiou depois (Foto: Geraldo Magela/Senado)

Marcos do Val gravou entrevista, mas bolsonarismo o sitiou depois (Foto: Geraldo Magela/Senado)

A revelação, registrada em áudio, foi feita pelo próprio senador. O plano, segundo Val, consistia em ele gravar uma conversa com Moraes e arrancar dele alguma declaração que indicasse parcialidade na condução das eleições.

O equipamento de escuta seria fornecido pela Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) e pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência (GSI). Com a gravação, Bolsonaro interviria no TSE e se perpetuaria na presidência. O senador afirmou ter procurado Moraes e denunciado a trama, mas, como se recusou a depor pessoalmente, o ministro disse não poder tomar providências. (Veja)

O relato de Marcos do Val pode dar contexto à minuta de um decreto golpista encontrado pela Polícia Federal na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres. Segundo o documento, seria decretado “estado de Emergência no TSE” para impedir a posse de Lula. A gravação que o senador deveria obter seria a justificativa para a ação. (Globo)

Tão logo ficou clara a dimensão da denúncia de Val, a cúpula bolsonarista traçou uma estratégia, como revelou Luciana Lima: jogar a responsabilidade nas largas costas de Daniel Silveira. (Meio)

Na pressão, outra versão

O senador mudou sua versão após receber telefonemas de Flávio e de Eduardo Bolsonaro. À Veja, ele disse e a revista gravou, que a reunião foi agendada pelo presidente. Após as conversas com os filhos do presidente, passou a dizer que a iniciativa fora do deputado e que este apresentara os detalhes do plano, embora mantivesse que isso aconteceu na presença de Jair Bolsonaro.

Do Val também voltou atrás na ideia de renunciar ao mandato, o que tinha manifestado. (Estadão)

O senador e filho Zero Um Flávio Bolsonaro (PL-RJ) argumentou, em discurso no Senado, que a conversa relatada por Marcos do Val “não configura crime”. “Ainda que fosse verdade — porque eu não sei se é — conversar sobre isso não é um crime. Executar isso seria”, disse. (g1)

Já Daniel Silveira foi acordado pela PF em sua casa de Petrópolis, Região Serrana do estado do Rio. Ele voltou a ser preso por ordem de Alexandre de Moraes, mas a decisão não tem relação com as denúncias de Val. A justificativa foi o descumprimento sistemático de ordens do Supremo, danificando a tornozeleira eletrônica que deveria usar, abrindo novas contas em redes sociais e reiterando os ataques às instituições. (UOL)

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terça-feira - 31/01/2023 - 10:52h
Presidência

Disputa no Senado vira ‘terceiro turno’ entre Lula e Bolsonaro

Do Canal Meio e outras fontes

Lula e Bolsonaro polarizam sem adversários a luta política no país (Foto: Web)

Lula e Bolsonaro polarizam novamente noutro ambiente político (Fotomontagem de arquivo)

Quase como um “terceiro turno”, a eleição para a presidência do Senado vai ganhando contornos de um novo embate entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL). Por seu lado, Lula vai devolver ao Congresso seus 11 ministros com mandato parlamentar, cinco dos quais são senadores, para votarem na reeleição de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) no Senado e Arthur Lira (PP-AL), na Câmara — mesmo não havendo risco entre os deputados. No dia seguinte, voltam todos para a Esplanada.

Já Bolsonaro, conta Bela Megale, vem telefonando dos EUA na tentativa de virar votos em favor de seu candidato, o senador Rogério Marinho (PL-RN). A cúpula do PL atribui ao ex-presidente a possível virada de pelo menos três indecisos. Ontem, a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro chegou a aparecer pessoalmente, de surpresa, num jantar em apoio à candidatura de Marinho. E, numa mostra de empenho, pôs o ex-presidente em uma ligação de vídeo com os senadores. (Globo)

Moeda de troca

Dentro do Congresso, as eleições de amanhã viram também moeda de troca e combustível para rivalidades. Segundo Guilherme Amado, senadores, alguns deles ligados a Pacheco, ameaçam votar em Marinho, pelo menos num primeiro turno, em protesto contra o acordo do mineiro para manter à frente da poderosa CCJ Davi Alcolumbre (UB-AP). Mesmo com essa movimentação, a conta do governo é que Pacheco terá entre 51 e 55 votos, garantindo o a reeleição em uma votação só. (Metrópoles)

Michelle e Bolsonaro

Ontem, a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro apareceu de surpresa num jantar em apoio à candidatura de Marinho.

E, numa mostra de campanha aberta, ela pôs o ex-presidente Jair Bolsonaro em uma ligação de vídeo com os senadores.

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segunda-feira - 23/01/2023 - 12:24h
É o 'mito'

Apesar de inclinada a seguir Fátima, Rosalba não se identifica com Lula

No primeiro turno de 2022, ano passado, a ex-prefeita Rosalba Ciarlini (PP) foi apresentada como apoio à reeleição da governadora Fátima Bezerra (PT) – veja AQUI – quando faltavam dez dias pro pleito. Porém, refugou de cravar voto em Lula (PT) à presidência. No primeiro e segundo turnos não seguiu ele.

Rosalba abraça o 'mito' Bolsonaro, dia 21 de agosto de 2020, em Mossoró (Foto: arquivo)

Rosalba abraça o ‘mito’ Bolsonaro, dia 21 de agosto de 2020, em Mossoró (Foto: arquivo)

Sua escolha pessoal foi Simone Tebet (MDB) no primeiro turno.

No segundo, ela e família fecharam com o capitão Jair Bolsonaro (PL).

Em 2018, o rosalbismo já tinha amarrado apoio e votos em Bolsonaro, que venceu o pleito presidencial.

Leia também: Rosalba vai acompanhar Fátima na campanha de 2024.

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terça-feira - 10/01/2023 - 22:54h
Oposição violenta

As respostas do dia 8 de Janeiro de 2023

Vandalismo sem similar, contra poderes, revela perigo à democracia (Foto: Adriano Machado/Reuters)

Vandalismo sem similar, contra poderes, revela perigo à democracia (Foto: Adriano Machado/Reuters)

No dia 14 de dezembro de 2022, há quase um mês, às 18h24, publiquei matéria sob o título Que líder de oposição Lula vai enfrentar?

Leia seu conteúdo abaixo.

Jair Bolsonaro (PL) será o líder de oposição ao presidente diplomado Lula (PT)?

Se for, que líder a oposição terá?

Um ressentido, incendiário e inconsequente?

Diplomático, propositivo, questionador?

Faça suas apostas.

Talvez as respostas às minhas dúvidas tenham sido respondidas preliminarmente no domingo (8 de Janeiro de 2023), com o ataque bolsonarista aos três poderes da República (veja AQUI):

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sábado - 31/12/2022 - 21:12h
Voz da sensatez

Mourão defende democracia e faz crítica indireta a Bolsonaro

Presidente em exercício também orientou 'patriotas' a retornarem à normalidade em seus lares

Do G1, Correio Braziliense e Canal BCS

O presidente em exercício, Hamilton Mourão (Republicanos), fez neste sábado (31) à noite, um pronunciamento de fim de ano transmitido em cadeia nacional de rádio e televisão. Mourão criticou “lideranças” que, por meio do silêncio, deixaram crescer um clima de desagregação no país e levaram para as Forças Armadas a conta de um “pretenso golpe”.

“Lideranças que deveriam tranquilizar e unir a nação em torno de um projeto de país deixaram que o silêncio ou o protagonismo inoportuno e deletério criasse um clima de caos e de desagregação social. E de forma irresponsável deixasse que as Forças Armadas de todos os brasileiros pagassem a conta. Para alguns, por inação, e para outros por fomentar um pretenso golpe “, afirmou Mourão – num claro recado para Jair Bolsonaro (PL), o presidente que após as eleições no seguindo turno, derrotado, fechou-se e estimulou manifestações antidemocráticas.

Ele disse ainda que a “alternância de poder em uma democracia é saudável e deve ser preservada” .

Mourão assumiu a presidência do Brasil na tarde desta sexta (30), quando o presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou o espaço aéreo brasileiro rumo a Orlando, na Flórida (Estados Unidos).

Veja íntegra do pronunciamento:

Brasileiros e brasileiras, boa noite

No momento em que concluímos mais um ano pleno de atividade e de intensos engajamentos de toda a ordem, na condição de Presidente da República em exercício julgo relevante trazer um palavra de esperança, de estímulo e de apreço ao povo brasileiro, especialmente, na ocasião em que o nosso Governo conclui o período constitucional de gestão pública do país iniciado em 1° de janeiro de 2019.

Vislumbro que os acontecimentos políticos, econômicos e sociais que têm marcado a presente quadra da nossa história seguirão impactando a vida da gente brasileira nos próximos anos, tornando a caminhada ainda mais desafiadora, visto que o mundo se ressente da pandemia da Covid-19 e a economia mundial sofre as consequências da guerra entre a Rússia e a Ucrânia.

O Governo que ora termina, ao longo de quatro anos, fez entregas significativas na economia, no avanço da digitalização da gestão pública, na regulamentação da tecnologia da informação, na privatização de estatais, na liberação da economia, promovendo também, uma eficaz e silenciosa reforma administrativa, não recompletando vagas disponibilizadas por aposentadoria, além da renovação de nosso modelo previdenciário, também potencializando o agronegócio e vários campos do conhecimento humano.

Juntos, trabalhamos duramente contra a pandemia, auxiliando os mais necessitados, apoiando as empresas na manutenção dos salários dos empregados e desonerando suas folhas de pagamento. Apoiamos governos estaduais e municipais com recursos, médicos e medicamentos, independentemente da posição política ou ideológica dos chefes do Executivo, permitindo que seus governadores os direcionassem para as áreas onde aquela administração achasse conveniente.

Trabalhamos e entregaremos ao próximo governo um país equilibrado, livre de práticas sistemáticas de corrupção, em ascensão econômica e com as contas públicas equilibradas, projetando o Brasil, como uma das economias mais prósperas e com resultados mais significativos pós-pandemia, no concerto das nações.

Tais iniciativas, permitiram pleitear o ingresso do País, na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, a OCDE, o que possibilitará a melhoria ao acesso a mercados e a novas parcerias. Cabe destacar que a OCDE tem como princípios básicos a democracia e o livre mercado.

Nem todas as empreitadas obtiveram o sucesso que almejávamos. Na área ambiental, por exemplo, tivemos percalços, embora, neste último ano, tenhamos alcançado uma redução importante no desmatamento da Amazônia. Contudo, a região ainda necessita de muito trabalho e de cuidados específicos, engajando as elites e as comunidades locais cortejadas permanentemente pela sanha predatória oriunda dos tempos coloniais.

Dirijo-me agora aos apoiadores de nosso Governo, aqueles que credibilizaram o nosso trabalho por meio do voto consignado as nossas propostas, sobretudo, nas últimas eleições. Muito obrigado por teu voto. Desejo consitá-los a lutar pela preservação da democracia, dos nossos valores, do estado de direito e pela consolidação de uma economia liberal, forte, autônoma e pragmática. E que nos últimos tempos, foi tão vilipendiada e sabotada por representantes dos Três Poderes da República, pouco identificados com o desafio da promoção do bem comum.

A falta de confiança de parcela significativa da sociedade, nas principais instituições públicas decorre na abstenção intencional desses entes do fiel cumprimento dos imperativos constitucionais, gerando a equivocada canalização de aspirações e expectativas para outros atores públicos que, no regime vigente, carecem de lastro legal para o saneamento do desequilíbrio institucional em curso.

Lideranças que deveriam tranquilizar e unir a nação em torno de um projeto de país, deixaram com que o silêncio, ou o protagonismo inoportuno e deletério, criasse um clima de caos e de desagregação social e, de forma irresponsável, deixaram que as Forças Armada de todos os brasileiros pagassem a conta, para alguns por inação e, para outros, por fomentar pretenso golpe.

A alternância do poder em uma democracia é saudável e deve ser preservada. Aos eleitos compre o dever de dar continuidade aos projetos iniciados e direcionar os seus esforços para que à luz de suas propostas, o país tenha segurado uma democracia urgente e plural, em um ambiente seguro e socialmente justo.

Aos que farão oposição ao governo que entra cumprirá a missão de opor-se a desmandos, desvios de conduta e a toda e qualquer tentativa de abandono do perfil democrático e plural duramente conquistado por todos os cidadãos. Buscando-se a redução das desigualdades por meio da educação isenta e eficaz, criando oportunidades iguais a todos os brasileiros.

Destaco que a partir do dia 1° de janeiro de 2023 mudaremos de governo, mas não de regime. Manteremos nosso caráter democrático, com poderes equilibrados e harmônicos, alternância política pelo sufrágio universal, pessoal, intransferível, secreto, buscando sempre maior transparência e confiabilidade. Tranquilizemo-nos.

Retornemos à normalidade da vida, aos nossos afazeres e o conforto de nossos lares, com fé e com a certeza de que nossos representantes eleitos farão dura oposição ao projeto progressista do governo de turno, sem, contudo, promover uma oposição ao Brasil.

Estaremos atentos. Na condição de presidente da república e a exercícios, finalizo essas palavras apresentando-lhes os meus melhores votos de um ano de 2023 pleno de saúde, felicidades e muitas realizações. Que o nosso amado Brasil continue sua caminhada na direção de seu destino manifesto, tornar-se a mais próspera e bem sucedida democracia liberal ao sul do Equador.

Feliz ano novo, êxito pessoal e prosperidade para cada um de nós e formamos esta grande nação. Muito obrigado e boa noite.

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segunda-feira - 26/12/2022 - 03:34h
Brasil

Escalada da violência política é pensada e calculada

Desde o fim das eleições em segundo turno no Brasil, dia 30 de outubro, testemunhamos romarias de bolsonaristas à porta de quartéis, implorando por um golpe militar e liberdade (pasme!). Insatisfeitos com a derrota do “mito” Jair Bolsonaro (PL) nas urnas, acreditam que tudo será resolvido pelo poder verde-oliva. Na marra.

Desfile Militar em Brasília no dia 10 de Agosto de 2021, com tanque caquético vomitando fumaça (Foto: arquivo)

Desfile Militar em Brasília no dia 10 de Agosto de 2021, com tanque caquético vomitando fumaça (Foto: arquivo)

Como escrevemos há muitos meses, bem antes desse surto pós-eleitoral, a chance de uma intervenção militar é zero e continuará sendo zero, por mais que criem a cada 72 horas um sinal de que “agora vai”. Não vai.

No fim de semana, por pouco um caminhão-tanque com combustível para aeronaves não era explodido por empresário bolsonarista (que certamente não agiu sozinho) – veja AQUI.

Antes, já assistimos caminhoneiros atirando pedras e balas em policiais rodoviários (veja AQUI) que tentavam desobstruir estrada fechada por eles.

Há poucos dias, manifestantes atearam fogo em veículos privados e públicos em Brasília, além de avançarem à invasão, frustrada, da sede da Polícia Federal (veja AQUI).

Apesar dessa onda contra a democracia, provocações à ordem pública e violência explícita, o presidente Bolsonaro adota o silêncio como postura, inaceitável para um chefe de governo e Estado. Não é inércia. É cumplicidade mesmo.

Dos inofensivos tiozinhos e tiozinhas (usando os dois gêneros, segundo o manual do politicamente correto) que se ajoelham, cantam hinos cívicos, choram e marcham cobertos de verde e amarelo, aos criminosos das rodovias e de ataques em Brasília, a distância não é quilométrica. Trata-se de uma escalada, com método. Tudo pensado e calculado, mesmo que a maioria delirante não tenha ciência disso.

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segunda-feira - 12/12/2022 - 22:54h
Brasília em chamas

‘Patriotas’ bolsonaristas queimam carros, atacam prédios e acuam PF

Do Metrópoles, Canal BCS e outras fontes

O indígena bolsonarista extremista José Acácio Serere Xavante, preso no início da noite desta segunda-feira (12/12) pela Polícia Federal, foi detido a 600 metros do hotel em que o presidente diplomado Lula (PT) está hospedado, em Brasília.

Bolsonaristas reagiram à prisão com depredação de prédios públicos e privados, queimando carros, ônibus e tentando invadir a sede da Polícia Federal.

Bastante conhecido, Tserere teria feito discursos mais inflamados contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Diante do clima tenso, a corporação pediu reforço, a fim de impedir a destruição do prédio. 

A Polícia Militar do DF (PMDF) usou spray de pimenta para espantar o grupo. Com o conflito, os arredores da PF aparentavam clima de batalha, com pedaços de paus e pedras espalhados por todos os lados. Por conta do cenário de guerra, a W3 Norte precisou ser fechada na altura do Brasília Shopping. O centro comercial, inclusive, precisou ser evacuado em função do ambiente hostil.

Bolsonaro muda de postura

O presidente Jair Bolsonaro (PL) segue em silêncio sobre o assunto. É como se nada disso tivesse ocorrendo. No fim do segundo turno, ele chegou a ter postura diferente, quando pressentiu o desgaste com incidente envolvendo o ex-deputado federal Roberto Jefferson. O ex-parlamentar atirou com fuzil e usou granadas contra agentes da Polícia Federal.

Para mim, quem atira em policial, o tratamento dispensado é de bandido“, afirmou à época (veja AQUI e em vídeo abaixo).

Após as eleições, policiais rodoviários federais foram atacados a tiros e pedradas (veja AQUIAQUI), policiais federais também enfrentaram baderneiros bolsonaristas em atos antidemocráticos, mas Bolsonaro não teve mesma posição. Calou-se.

Nota do Canal BCS – O ‘patriotismo’ atípico que quer intervenção militar e liberdade, revela uma face esperada. E vai piorar, digo há tempos. O apoio vem de quem deveria contê-los.

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sexta-feira - 02/12/2022 - 23:48h
Bolsonaro

Ele não se refez

Bolsonaro, catatônico, parece está distante, ao lado do pastor Silas Malafaia (Foto: Web)

Bolsonaro, catatônico, parece estar distante, ao lado do pastor Silas Malafaia (Foto: Web)

Em todas as fotos que vi do presidente Jair Bolsonaro (PL) pós-derrota, ele aparece com rosto cerrado, olhar distante.

Catatônico.

E a loquacidade esvaiu-se nas redes sociais. Sumiu do cercadinho.

Não, não é tática.

Não espere ‘golpe’, tanques nas ruas.

Ele não se refez.

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terça-feira - 29/11/2022 - 22:38h
Rei morto...

Governadores ‘bolsonaristas’ acenam para futuro presidente

Dois caminhos, bifurcação, estradas, opções,Do Blog Tio Colorau

Matéria do Estadão desta terça-feira (29) mostra que governadores alinhados ao presidente Jair Bolsonaro (PL), que fizeram campanha para ele, já estão acenando para Lula.

Cita Romeu Zema (Novo-MG), Wilson Lima (União Brasil – AM), Gladson Cameli (PP-AC) e Mauro Mendes (União Brasil – MT).

Nota do Canal BCS – Rei morto, rei posto.

Desde sempre foi assim.

E pelo visto, assim continuará.

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domingo - 27/11/2022 - 04:30h
Petrobras

“Porta giratória”, o movimento de bilhões com executivos do petróleo

Por Lucas Ferraz (The Intercept Brasil)

Maior empresa brasileira e uma das gigantes mundiais no ramo de petróleo, a Petrobras tomou um novo rumo no governo Bolsonaro ao acelerar a venda de parte de seu patrimônio — uma mudança de perfil que deve ser revista no terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a partir de janeiro de 2023.The Intercept e reportagem especial sobre executivos da Petrobras na iniciativa privada - Porta giratória 19-11-2022

Iniciada durante o governo de Dilma Rousseff, a política que permitiu o surgimento de novos atores privados no mercado ganhou um forte impulso com o atual governo, responsável por vender a maioria dos ativos negociados pela Petrobrás até o momento.

Quem liderou essas aquisições foi uma pequena e até há pouco tempo desconhecida petrolífera, a 3R Petroleum, que tem em sua cúpula alguns ex-diretores da Petrobras e atua exclusivamente em campos comprados da estatal.

Fundada em 2014, a 3R Petroleum tornou-se expoente do novo mercado adotando uma velha prática do setor, a chamada porta giratória – quando executivos envolvidos em uma ponta do processo passam para o outro lado do balcão, atuando em companhias privadas que compram justamente espólio da estatal da qual vieram.

Pelo menos 12 profissionais da 3R vieram da Petrobrás, inclusive o ex-presidente da estatal, Roberto Castello Branco, responsável por alavancar o programa de desinvestimento no governo Bolsonaro. Castello Branco é o atual presidente do Conselho de Administração da 3R.

O caso chama a atenção por iluminar os bastidores de um mercado e seus novos atores privados, admitidos no país desde a edição da Lei do Petróleo, em 1997, durante o governo Fernando Henrique Cardoso, responsável por derrubar o monopólio da Petrobrás. Quando a legislação entrou em vigor, o país extraía 1 milhão de barris de petróleo por dia. Hoje, são mais de 2,8 milhões de barris por dia, produzidos por mais de 40 empresas – a Petrobrás é a gigante absoluta, respondendo por 93% da produção.

Além de diretores experientes e o aproveitamento no programa de desinvestimento da Petrobrás, o que impulsionou a 3R foi o preço competitivo de algumas das aquisições. A companhia comprou nove polos de gás e petróleo ofertados pela estatal – três deles, ainda em fase de transição.

Todos os ativos foram negociados no governo Bolsonaro, cujo ministro da economia, Paulo Guedes, é um declarado entusiasta da privatização da Petrobras e ex-sócio (e fundador) do BTG Pactual, banco que detém uma pequena parte (3,68%) do capital social da 3R. O BTG Pactual também ajudou a levantar dinheiro para o grupo adquirir ativos.

Mudança de cenário

A primeira tentativa da 3R de comprar um espólio da Petrobrás ocorreu no final do governo Michel Temer, presidente cuja agenda liberalizante acelerou ainda mais o programa iniciado no governo Dilma.

O alvo era o polo de Riacho da Forquilha, no Rio Grande do Norte, com alguns dos maiores poços onshore (extração de gás ou petróleo realizada em terra) do Brasil. Mas a companhia renunciou ao direito de compra. Segundo noticiou-se à época, exatamente pela desconfiança do mercado em relação ao faturamento e à inexperiência da 3R no setor.

O cenário mudou desde então. A companhia estreou na bolsa de valores há dois anos e chamou a atenção do mercado financeiro exatamente num momento em que o barril de petróleo valorizou por causa da invasão na Ucrânia e da alta da inflação em todo o mundo. Nos canais de jovens investidores no YouTube, a 3R é comparada à Petrorio, outra petroleira nacional, em atividade há mais tempo, que cresceu comprando campos maduros (aqueles que já passaram do pico de produção) da Petrobrás.

“Quando a Petrobras decide vender é que se inicia. Construímos a 3R para esse tipo de oportunidade. Somos a empresa que mais assinou contratos de compra com a Petrobras. Foi muito trabalho nessa primeira fase, onde o segredo é precificar corretamente”, afirmou o CEO da empresa, Ricardo Savini, em entrevista ao jornal O Globo neste ano. Ele é geólogo, formado na Petrobrás, tendo trabalhado lá por mais de uma década.

Empréstimos

Além do BTG Pactual, a companhia conta com outros fundos e bancos para capitalizar e realizar novas aquisições. E tem atraído parceiros de peso como a família Gerdau, dona de 10,9% do capital da empresa, por meio da Gerdau Investimento.

Castello Branco teve embate com Bolsonaro em momento delicado do governo (Foto: Tomaz Silva, Agência Brasil)

Castello Branco teve embate com Bolsonaro em momento delicado do governo (Foto: Tomaz Silva, Agência Brasil)

Neste ano, a 3R contraiu dois empréstimos de 500 milhões de dólares cada para poder pagar o polo Potiguar, o maior e mais valioso ativo da Petrobrás que entrará para o portfólio do grupo. O acordo de compra e venda foi assinado em janeiro deste ano – o preço supera 1,3 bilhão de dólares. No primeiro empréstimo, anunciado num comunicado ao mercado em agosto, a 3R informou que o valor foi emprestado por um grupo de credores que conta com Morgan Stanley, Citibank, Banco do Brasil, Itaú, Deutsche Bank, entre outros. O segundo, firmado dois meses depois, foi com o BTG Pactual.

As cifras poderão ser pagas em até cinco anos, mas os bons resultados mostram que o débito deve ser honrado bem antes.

No último balanço divulgado, a 3R registrou receita líquida no terceiro trimestre deste ano de R$ 502 milhões, um aumento de 161% em relação ao mesmo período de 2021. Já o lucro líquido foi de R$ 469 milhões, um fabuloso crescimento de 1.364%, comparado ao trimestre anterior.

Nos dois anos e três meses da gestão de Castello Branco na Petrobrás, a estatal vendeu 37 campos de petróleo. Só com a 3R, nesse período, os campos negociados renderam cerca de R$ 3,8 bilhões, em valores atuais.

Castello Branco virou presidente da Petrobrás após as eleições de 2018. Foi indicado por Guedes e ocupou o cargo de janeiro de 2019 até 12 de abril de 2021. No discurso de posse, ele – defensor da privatização da estatal, assim como seu padrinho político – criticou a existência de monopólios e pregou menor intromissão do Estado na economia.

Durante a gestão Castello Branco, a Petrobrás realizou sucessivos reajustes no preço da gasolina e do diesel provocando um choque direto com Bolsonaro, que desejava controlar os preços dos combustíveis. O presidente demitiu o executivo. Em resposta, Castello Branco acusou Bolsonaro de usar a empresa como se fosse dele e deu a entender que tinha mensagens em seu telefone corporativo que poderiam incriminá-lo.

Sigilo de 100 anos

Seguindo uma praxe que se tornaria recorrente ao longo do mandato, Bolsonaro colocou o assunto sob sigilo e decretou o prazo de 100 anos para acesso às mensagens.

Menos de um ano depois de ser demitido, em março de 2022, o mercado tomou conhecimento de que o ex-chefe da Petrobrás assumiria o cargo máximo no conselho de administração da 3R Petroleum. Apesar de ter suscitado críticas, a ida do executivo para a petrolífera não é ilegal, já que foi respeitada a quarentena de seis meses prevista em lei para evitar conflito de interesses. A restrição temporária também vale para ministros, “presidentes e diretores de empresas públicas ou sociedades de economia mista”.

A Petrobrás informou ao Intercept que o descumprimento dos princípios e compromissos internos (os mesmos previstos na lei em questão, nº 12.813/2013) podem acarretar medidas disciplinares, mas ressaltou que não “comenta casos específicos”.

Em nota enviada ao Intercept, Castello Branco ressaltou que o desinvestimento de “um ativo está sujeito a rigorosas normas de governança requerendo aprovação” de diferentes órgãos da empresa, além de auditoria do Tribunal de Contas da União, sendo um processo decisório do qual participam pelo menos 40 pessoas. “É incorreto dizer que a decisão é do presidente [da Petrobrás]”, afirmou.

A 3R, também em nota, informou que a escolha de Castelo Branco se deu por sua experiência no setor de óleo e gás e por sua atuação como diretor de grandes companhias — como a Vale e o Banco Central.

Outro caso de porta giratória verificado na relação entre a Petrobras e a 3R envolve o engenheiro elétrico José Luiz Marcusso, que trabalhou por 38 anos na estatal e ocupou posições como a gerência de recursos humanos e da área de produção e exploração no Espírito Santo — estado onde se encontra o polo Peroá, um dos ativos colocados à venda no programa de desinvestimento.

Marcusso deixou a Petrobras em março de 2021, um mês antes da empresa vender o polo. Após cumprir os seis meses de quarentena previstos em lei, o engenheiro assumiu, já no primeiro mês livre, o cargo de gerente de ativos na 3R, que acabou por fechar o negócio em Peroá.

Quando as operações foram finalmente transferidas à 3R, em agosto passado, quem representava a companhia era o mesmo Marcusso, que tinha comandado as operações na área pela Petrobrás uma década antes.

“Ele é o caso mais cristalino disso tudo”, ressaltou Etory Sperandio, diretor do Sindipetro, o Sindicato dos Petroleiros, do Espírito Santo.

O negócio foi vantajoso, segundo o relatório de produção publicado no site da 3R, dona de 85% do polo, ao custo de 55 milhões de dólares.

Foram mais de 78 mil barris de petróleo extraídos em agosto deste ano, primeiro mês de operação, quando o valor do barril superou os 90 dólares no mercado internacional. O faturamento bruto da empresa chegou à casa de 7 milhões de dólares nos primeiros 30 dias. Em oito meses, com os preços e a produção mantidos no mesmo patamar, a 3R terá faturado no Peroá mais do que todo o valor que gastou na aquisição do ativo: 56 milhões de dólares.

Esse exemplo foi citado no levantamento realizado pelo Sindipetro do Espírito Santo, que levanta casos de conflito de interesses e critica a política de “desmontar” a Petrobrás.

Expertise em formar profissionais

A estatal criada em 1953 desenvolveu ao longo dos anos uma grande expertise na formação de profissionais, o que ajuda a entender o porquê de tantos executivos e diretores de carreira serem cobiçados por outras empresas – nacionais e estrangeiras. Alguns estão perto da aposentadoria e veem as ofertas como oportunidade para ganhar excelentes dividendos e estender o tempo útil da carreira. A Petrobrás diz possuir “uma política de remuneração e benefícios alinhada às melhores práticas de mercado”.

O Intercept encontrou outro caso de porta giratória do ano passado que envolve um ex-diretor-executivo da Petrobras. Diferente dos demais casos citados, este recebeu uma reprimenda da Comissão de Ética Pública da Presidência por conflito de interesses e, por coincidência, justamente durante a gestão de Roberto Castello Branco.

Onshore tem foco do setor privado, uma necessidade da Petrobras priorizar o Pré-sal (Foto: Arquivo)

Onshore tem foco do setor privado, por uma necessidade da Petrobras priorizar o Pré-sal (Foto: Arquivo)

No início do governo Bolsonaro, houve uma troca na cúpula da estatal. Na diretoria de desenvolvimento da produção e tecnologia, saiu Hugo Repsold Júnior – que iria trabalhar para a 3R, abandonando o posto meses depois – e entrou Rudimar Andreis Lorenzatto.

Lorenzatto atuou na Petrobras por quase 25 anos e foi um dos profissionais formados em Macaé, no Rio de Janeiro, participando das descobertas do pré-sal, em 2006 (no final do primeiro mandato de Lula).

O processo na Comissão de Ética Pública ocorreu após ele deixar a empresa no primeiro semestre de 2021. Atualmente, Lorenzatto atua na Karoon Energy Brasil, como vice-presidente de operações.

“Essa porta giratória faz parte do mercado, pelo menos desde os anos 1990. O estado se encarrega de formar e qualificar o profissional, que depois é contratado por uma empresa. Assim, ele ganha muito dinheiro e ajuda a capitalizar uma empresa nova”, contou Cloviomar Cararine, economista do Dieese.

Uma característica dessas pequenas e médias empresas, segundo o economista Eduardo Costa Pinto, pesquisador do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, é nortear a produção de acordo com o preço do barril do petróleo no mercado internacional: quando ele sobe, a produção automaticamente aumenta; quando cai, a produção segue o mesmo ritmo. “Elas vivem na dependência do mercado internacional”, ressaltou Cararine.

Venda de ativos se justifica

A venda de ativos da Petrobrás se justifica pela necessidade de focar a produção na exploração do pré-sal. O objetivo dos desinvestimentos é reduzir a dívida da empresa, algo que já preocupava muito antes da Lava Jato, operação que puxou um grande novelo de corrupção na estatal e que serviu de estímulo para acelerar as vendas.

São três os perfis das empresas que adquirem os ativos: gigantes multinacionais, como Shell ou Exxon; as empresas controladas por estatais de outros países, como China e Noruega; e as companhias de pequeno e médio porte nacionais ou estrangeiras, fundadas há não muito tempo — neste grupo está a 3R.

A Petrobras informou em nota enviada ao Intercept que já concluiu mais de “50 transações com um valor total acumulado de mais de 40 bilhões de dólares”. Elas incluem campos de petróleo, gás, refinarias e terminais, além da venda da BR Distribuidora, rebatizada de Vibra.

Com o retorno de Lula, espera-se por mudanças nesse modelo de negócio. O próprio presidente eleito afirmou durante a campanha, e tem repetido nos últimos dias, que as empresas públicas brasileiras serão respeitadas e que a “Petrobrás não vai ser fatiada”. Da esquerda, muitos criticam Dilma Rousseff pelas “concessões” feitas ao mercado no seu segundo mandato, interrompido precocemente.

O debate que se iniciará nas próximas semanas mostrará as diferentes visões políticas do mundo do petróleo: uma ala, mais liberal, vê o produto meramente como uma commodity, um bem para exportação; a outra o encara como algo estratégico para a soberania nacional e o financiamento de políticas públicas.

Para os aliados de Lula, que estendem a crítica até os anos Dilma, o programa de desinvestimento em curso nada mais é do que um eufemismo para a privatização em pedaços da empresa, um símbolo do desenvolvimentismo brasileiro.

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Categoria(s): Economia / Política / Reportagem Especial
domingo - 20/11/2022 - 08:14h

O jogo acabou, vamos jogar

Por General Otávio Santana do Rêgo Barros

No domingo à noite (30/10/22), o Brasil deveria ter encerrado em alegria o ciclo democrático das eleições nacionais mais renhidas desde o fim dos governos militares. Não foi assim, o sentimento de tribo ainda persistia em toda parte.

Vencedores buscaram apaziguamento e união, mas um tanto inseguros de seus propósitos. Vencidos foram às ruas protestar contra as urnas, contra tudo o que não se alinhasse às suas cartilhas.Jogo do poder, xadrez, poder político, vencedor, vitória, política

O país está conturbado com a desinformação que vence o confinamento ideológico das “câmaras de eco”. Há um custo social com a desordem informacional, que será pago por todos.

Somem-se às notícias desencontradas, as pitonisas de um apocalipse, os bloqueios irresponsáveis e violentos de estradas por caminhoneiros a soldo e os acampamentos de apoiadores do presidente vencido às portas de quartéis.

Não há justificativa para que alguns cidadãos se acreditem senhores exclusivos da verdade, esperando mudar no grito o curso da história.

As luzes do poder depressa redirecionaram o foco para o vencedor. As instituições, mesmo com falhas pontuais, que por dever de justiça precisam ser apontadas e corrigidas, deram mostra de fortaleza.

Os chefes do Poder Legislativo se pronunciaram favoráveis ao resultado, as Forças Armadas demonstraram equilíbrio de organismo de Estado as forças policiais agiram sob demanda para trazer segurança, o Poder Judiciário atuou para conduzir uma votação e apurações serenas, observadores internacionais atestaram confiança no processo, e lideranças de muitos países logo cumprimentaram o vencedor.

Nessa semana, o relatório sobre o sistema eletrônico de votação (SEV) apresentado pelo Ministério da Defesa sugeriu melhorias no processo, mas não indicou fatos relevantes que comprometessem o resultado. Sepultou as esperanças de inconformados para modificar o pleito no tapetão. Game over! Mesmo os eleitores do presidente no cargo, e foram milhões, o que exige respeito do vencedor, desejam voltar ao normal de suas vidas. A sociedade quer mudar a agenda.

Quer reencontrar amigos, falar da Copa do Mundo, dos que partiram, dos que chegaram, dos problemas diários a enfrentar para a sobrevivência.

Quer conhecer as políticas sobre meio ambiente que impactem aqui e lá fora, saber como o Brasil retomará parcerias comerciais e relações multilaterais.

Quer ver o país novamente respeitado, com voz ativa nas decisões mundiais. Tudo sem a censura de ideologias grotescas—nenhuma exceção é permitida—que tentaram nos reger nos últimos anos.

Acompanhar com lupa as promessas realizadas na campanha será missão de todos. A prática política exige atenção. E, se essas promessas forem abandonadas ao relento nos próximos quatro anos, 2026 está logo ali para que o pêndulo das urnas derrote o agora vencedor e traga outro vencedor à ribalta.

O fortalecimento das autocracias é desafio a muitos países, e o Brasil não está imune. Vamos precisar, como sociedade organizada, desenvolver uma estratégia de resistência contra os ataques à democracia.

O professor Oliver Stuenkel, pesquisador da Fundação Getulio Vargas, em recente artigo, afirmou: “A erosão de um sistema democrático requer foco e paciência”.  As lideranças autocráticas encontraram o caminho para levar a democracia ao colapso. Valem-se do mundo digital, de contestações às instituições, da guerra cultural difusa e de condenações à governança.

Em 1º de janeiro de 2023, na cerimônia da posse, resistindo ao ambiente distópico que nos cerca e asfixia, vamos dar um exemplo ao mundo. Vamos esquecer o passado divisivo que nos consumiu nos últimos meses. Guardá-lo no baú sem chaves da intolerância e vestirmo so branco matizado de verde e amarelo, cores da bandeira que sempre foi e será de todos os brasileiros.

Já é um bom começo.

Paz e bem!

Otávio Santana do Rêgo Barros é general de divisão da reserva do Exército e ex-porta-voz da Presidência da República, nomeado pelo governo Jair Bolsonaro

*Texto originalmente publicado em O Globo.

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Categoria(s): Artigo
sábado - 19/11/2022 - 23:36h
Bandeira

Salve, símbolo augusto da paz!

No Dia da Bandeira, hoje mesmo, sábado, quase não captamos brados nacionalistas nas redes sociais.

Nem mesmo o ainda presidente Jair Bolsonaro (PL) deu as caras, envolto no “símbolo augusto da paz”, frase do Hino à Bandeira, de autoria de Olavo Bilac, com música de Francisco Braga.

A campanha realmente passou.

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Categoria(s): Política
terça-feira - 15/11/2022 - 17:52h
Dor da derrota

“Luto” de Bolsonaro antecipa mudança presidencial

Um dia após a derrota, Bolsonaro apareceu no Planalto, mas depois quase não foi visto no trabalho (Foto: Cristiano Mariz/O Globo)

Um dia após a derrota, Bolsonaro apareceu no Planalto, mas depois quase não foi visto no trabalho (Foto: Cristiano Mariz/O Globo)

Nunca antes na história desse país vi um presidente enclausurado, silente, desaparecido por tanto tempo. Nem mesmo Collor de Mello na iminência do impeachment em 1992.

O mais surpreendente ainda é o fato de que esse presidente é Jair Bolsonaro (PL), figura sempre loquaz, habituado a linguajar chulo, piadas de mau gosto e mestre das provocações. Uma figura sempre afeita ao choque, ao enfrentamento.

Desde as eleições, ele parece estar em estado de choque. Recuou, mergulhou. O “Capitão” afrouxou. Não comanda nada, não lidera coisa nenhuma. Está catatônico, fechado em si.

Botou a cara fora para um pronunciamento de pouquíssimos minutos e trancou-se novamente, dois dias após o pleito no segundo turno (veja AQUI). Depois, voltou ao seu luto.

Nem mesmo aquelas suas lives semanais manteve ativadas. Os gracejos, palavrões e recados ao seu público, no “cercadinho”, também foram cancelados.

O agravante é que assistimos o adversário, justamente quem ele queria banir de vez da política e da vida nacional, assumir seu lugar e seu papel, inclusive em agenda internacional. Lula da Silva (PT) já é o presidente?

Diante da vacância, parece que sim.

Como diria um velho locutor esportivo que nos deixou dia 31 de maio do ano passado, Januário de Oliveira: “cruel, muito cruel!”

Crudelíssimo.

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Categoria(s): Opinião da Coluna do Herzog / Política
sábado - 12/11/2022 - 04:34h
Novo governo

PEC garante Auxílio Brasil, salário, Merenda Escolar e Farmácia Popular

O senador eleito Wellington Dias (PT-PI), que integra o Conselho Político de Transição, informou nessa sexta-feira (11) que a chamada PEC da Transição só deverá ser apresentada na quarta-feira (16), após o feriado da Proclamação da República. Segundo o senador, o texto vem sendo trabalhado junto aos líderes e parlamentares do Senado e da Câmara.

Senador eleito, Wellington Dias acredita que à próxima semana proposta estará pronta (Foto: Roque de Sá/Agência Senado)

Senador eleito, Wellington Dias acredita que à próxima semana proposta estará pronta (Foto: Roque de Sá/Agência Senado)

Com a apresentação de novas sugestões, a equipe de transição voltará a conversar com o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição é a alternativa articulada por integrantes do governo eleito e parlamentares para viabilizar o pagamento de despesas que não foram previstas no projeto de Orçamento de 2023 enviado ao Congresso pelo governo Jair Bolsonaro (PL). Entre elas está o aumento no valor do Auxílio Brasil, que voltará a ter o nome de Bolsa Família, de R$ 400,00 para R$ 600,00.

Bolsonaro prometeu, se fosse eleito, que manteria esse valor, mas sem qualquer lastro financeiro ou mesmo legal. O pagamento de R$ 600,00 é provisório, com prazo até dezembro próximo.

Também consta da PEC, a continuidade do programa Farmácia Popular e o fornecimento de merendas escolares, podadas nesse fim de gestão Jair Bolsonaro. A PEC abrirá espaço fiscal também para aumento real do salário mínimo, o que não ocorreu durante a administração em vigor.

A solução encontrada é a de retirar do teto de gastos o Auxílio Brasil. Assim, o governo teria a garantia dos recursos sem desrespeitar as regras constitucionais.

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Categoria(s): Administração Pública / Política
quinta-feira - 10/11/2022 - 16:20h
Vexame

Defesa atende capricho presidencial em serviço mequetrefe

Na estrutura organizacional do Governo Federal, o Ministério da Defesa é o órgão incumbido de coordenar o esforço integrado de defesa, visando contribuir para a garantia da soberania, em prol da sociedade brasileira, abrangendo o preparo e o emprego conjunto e singular das Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, e a articulação entre elas e os demais órgãos do Estado.

Processo eleitoral de votação chegou ao fim, mas neuras e caprichos seguem produzindo micos (Foto: Evaristo Sá/AFP)

Processo eleitoral de votação chegou ao fim, mas neuras e caprichos seguem produzindo micos (Foto: Evaristo Sá/AFP)

Na gestão Jair Bolsonaro (PL), essa pasta virou fiscal de urna eletrônica (veja AQUI) para atender aos caprichos e neuras do seu chefe de ocasião, inquilino do Palácio do Planalto até o fim deste ano.

Nem durante o regime militar de 1964 vimos algo tão caricato.

Quando os generais que presidiam o país se sentiam incomodados com a oposição política, logo criavam artifícios “legais” à manutenção das rédeas do processo eletivo e do poder.

Daí nasceram casuísmos como escolha indireta para governadores e prefeitos das capitais, o senador biônico, propaganda eleitoral apenas com perfil em áudio e foto do candidato, voto vinculado e sublegenda. E bem antes, em 1965, a limitação ao bipartidarismo – Arena x MDB -, em vez do pluripartidarismo que chegou a 13 legendas.

Agora, em pleno século XXI, ano de 2022, somos testemunhas desse vexame de suposta auditoria em urnas eletrônicas, serviço mequetrefe, encomendado pelo chefe de governo. Embaraçoso.

Francamente.

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Categoria(s): Opinião da Coluna do Herzog / Política
quarta-feira - 09/11/2022 - 09:44h
Entendi

Dirigente do partido de Bolsonaro só reconhece resultado do 1º turno

O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, disse nessa terça-feira (8) que a legenda não avaliza o resultado das eleições 2022. Contesta-o firmemente e espera relatório de auditoria do Ministério da Defesa sobre o pleito, por acreditar que houve fraude.

Valdemar não quer anulação dos votos do primeiro turno, mas apenas do segundo turno (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

Valdemar não quer anulação dos votos do primeiro turno, mas apenas do segundo turno (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

Indagado se o mesmo questionamento e descrença valem quanto ao primeiro turno, ele pegou um atalho, desconversou. O foco seria apenas o segundo turno, quando o ex-presidente Lula (PT) venceu Jair Bolsonaro (PL), atual presidente, filiado à sua sigla.

Valdemar Costa Neto insulta a inteligência alheia. Acredita que a estupidez de delírios coletivos, na ruas, contamina a tudo e a todos.

O PL teve oito senadores eleitos, além de 99 deputados federais e 129 deputados estaduais. Coloque na soma, dois governadores, inclusive do gigante estado de São Paulo. Legenda foi uma campeão de votos e eleitos.

Num comparativo com o PT, por exemplo, a legenda de Lula elegeu 68 deputados federais. Tem atualmente 56 parlamentares nesse poder. A maior bancada na Câmara dos Deputados é justamente do PL. Saiu de 76 para 99.

Deve ser ressaltado que o PL ficará com maior fatia do bolo do Fundo Partidário e outros benefícios, pela eleição de tantos deputados federais.

No caso do RN, por exemplo, um recorde: elegeu quatro dos oito deputados, ou seja, 50% das vagas, além de um senador, bem como quatro estaduais.

Ele bem poderia organizar movimento, dos eleitos, para contestação formal do resultado das urnas no primeiro e segundo turno.

Vai lá, Valdemar! Comece a pegar assinatura deles.

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Categoria(s): Eleições 2022 / Política
sexta-feira - 04/11/2022 - 11:12h
Fé e voto

Bispo Edir Macedo diz que “Lula foi eleito pela vontade de Deus”

O bispo Edir Macedo, líder da Igreja Universal e o todo-poderoso da Rede Record, começou a preparar mudança de chave e discurso, sem deixar de continuar no mesmo lado: o poder político.

Edir Macedo orienta fieis a seguirem em frente (Foto: reprodução)

Edir Macedo orienta fieis a seguirem em frente (Foto: reprodução)

Em pregação nessa quinta-feira (3) a seus fiéis, através de vídeo em redes sociais, ele aconselhou-os a  “perdoar o presidente Lula.”

Recorreu aos céus para justificar a postura, assegurando que o petista “foi eleito pela vontade de Deus”.

E acrescentou: “Bola para frente.”

Lembrou que chegou a orar antes das eleições, para que houvesse a intercessão divina em favor do presidente Jair Bolsonaro (PL): “‘Ó, Deus, quero que Bolsonaro ganhe, mas seja feita a Sua vontade, é o Senhor quem manda’. Deus fez a vontade Dele.”

Macedo já apoiou Lula

Edir Macedo também controla o partido Republicanos e foi um dos braços mais fortes e influentes do presidente derrotado Bolsonaro para arrebanhar comunidade evangélica.

Porém, vale lembrar: nos dois governos anteriores de Lula, Edir Macedo estava com ele sem qualquer satanização do petista e do PT.

Portanto, tudo como dantes no quartel da Universal.

O outro lado

Dirigente do PT nacional, a deputada federal Gleisi Hoffmann reagiu às palavras de Macedo, em seu Twitter: “Dispensamos o perdão de Edir Macedo. Ele é quem precisa pedir perdão a Deus pelas mentiras que propagou, a indução de milhões de pessoas a acreditarem em barbaridades sobre Lula e sobre o PT, usando a igreja e seus meios de comunicação para isso. A nossa consciência está tranquila”, afirmou a deputada reeleita.

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Categoria(s): Política
quinta-feira - 03/11/2022 - 10:32h
Apelo

Bolsonaro pede para que parem protestos ilegais

Em vídeo nesta quarta-feira (2), veiculado em suas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro (PL) apela para que manifestações ilegais cheguem ao fim.

Faz referência principalmente à obstrução de estradas por todo o país, provocada por caminhoneiros e outros apoiadores.

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Categoria(s): Política
quarta-feira - 02/11/2022 - 09:42h
Segundo turno

Lula venceu em 98,9% do Nordeste; Centro-Oeste foi 78,4% Bolsonaro

Lula e vitória maciça no Nordeste - Agência TatuPor Gabriel Ferreira (Agência Tatu)

Levantamento de dados: Lucas Thaynan

Edição: Canal BCS

Nesse domingo (30), o 2º turno das Eleições foi marcado por uma disputa muito acirrada entre os candidatos à Presidência, com Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vencendo as Eleições com 50,9% dos votos válidos.

No entanto, na perspectiva do número de municípios onde cada candidato ganhou, é possível observar outras características. Lula foi o candidato mais votado em 3.123 municípios brasileiros, contra 2.444 onde Jair Bolsonaro (PL) venceu.Eleições segundo turno - Por estado, onde Lula e Bolsonaro venceram

O presidente eleito foi vitorioso em 56% das cidades, contra 44% do atual mandatário. Em dois municípios do país a votação terminou empatada.

Além da vantagem geral no país, Lula teve a preferência em 98,9% dos municípios do Nordeste. Lula saiu vitorioso em 1.774 cidades nordestinas, já Bolsonaro teve mais da metade dos votos em apenas 20 municípios da região.

O petista também teve a preferência dos eleitores na maior parte dos municípios da região Norte, ganhando em 65,6% dos municípios, contra 34,4% que foram ganhos por Bolsonaro.

Os dados foram divulgados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e analisados pela Agência Tatu. A partir de recortes geográficos foi possível verificar a distribuição nacional, regional, estadual e municipal dos votos para presidente da república no segundo turno das eleições 2022.

Por estado

Ceará, Paraíba, Piauí e Sergipe registraram 100% de vitória no Lula em todos os seus municípios. O destaque vai ao município de Guaribas, no Piauí, como a cidade que mais deu votos ao petista representando 93,8% do eleitorado local do município.

No RN, apenas Parnamirim garantiu vitória a Bolsonaro, como já acontecera no primeiro turno, no cenário de 167 municípios no estado.Eleições 2022 - Segundo Turno no Brasil - proporção de vitórias de lula e nolsonaro por região

O estado da Bahia é um dos mais importantes para as eleições no Nordeste e foi quase totalmente ganho por Lula. O petista ganhou em 415 dos 417 municípios baianos.

Em Minas Gerais, um dos estados mais importantes para as eleições, o presidente eleito conseguiu ganhar, mas com uma diferença não tão grande quanto conseguiu no Nordeste. Foram 564 municípios ganhos por Lula contra 288 do adversário.

Já Bolsonaro, teve mais municípios ganhos no Centro-Oeste (78,4%), Sul (73,8%) e Sudeste (63,4%). Contudo, o único estado que deu 100% de vitória a Bolsonaro com seus municípios foi Rondônia; também ganhou no Distrito Federal.

A preferência pelo candidato de direita é bem evidente também no Sul, já que Nova Pádua (RS) é destaque como o município que mais teve votos para o candidato do PL, que ficou com 88,9% dos votos válidos da cidade.

Empate

Duas cidades brasileiras tiveram um empate no número de votos para cada um dos dois candidatos. Em Guará (SP) e Irati (SC) que fecharam o 2º turno resultando em 50/50 na votação.

O município paulista deu exatos 5.529 votos a cada um dos candidatos, já os eleitores da cidade catarinense deram 846 votos tanto a Bolsonaro quanto a Lula.Eleições 2022 - Segundo Turno no Brasil - Municípios de maior vitória de Lula e de Bolsonaro

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Categoria(s): Eleições 2022 / Política
terça-feira - 01/11/2022 - 18:48h
Finalmente

Bolsonaro se pronuncia após derrota, mas evita parabenizar vencedor

Finalmente, o presidente Jair Bolsonaro (PL) fez pronunciamento à nação após ser derrotado à reeleição no domingo (30) passado. Foi à tarde desta terça-feira (1º) em Brasília.

Com a companhia de vários auxiliares, aliados políticos, mas ausência da primeira-dama Michelle Bolsonaro, ele foi curto no pronunciamento. Falou por exatos 2 minutos e 3 segundos, inclusive evitando parabenizar o vencedor do pleito presidencial.

Bolsonaro prometeu respeito à Constituição,, mas evitou citar nome de Lula em sua fala (Foto: Reprodução CNN)

Bolsonaro prometeu respeito à Constituição, mas evitou citar nome de Lula em sua fala (Foto: Reprodução CNN)

Veja abaixo a íntegra:

Quero começar agradecendo os 58 milhões de brasileiros que votaram em mim no último dia de 30 de outubro.

Os atuais movimentos populares são fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral. As movimentações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser o da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedades, destruição de patrimônios e cerceamento do direito de ir e vir.

A direita surgiu, de verdade, em nosso país. Nossa robusta representação do Congresso mostra a forca dos nossos valores: Deus, pátria, família e liberdade. Formaram diversas lideranças pelo Brasil.

Nossos sonhos seguem mais vivos do que nunca. Somos pela ordem e pelo progresso. Mesmo enfrentando todo o sistema, enfrentamos a pandemia e as consequências de uma guerra.

Sempre fui rotulado de antidemocrático e, ao contrário dos meus acusadores, sempre joguei dentro das 4 linhas da Constituição. Nunca falei em controlar a mídia e as redes sociais. Enquanto presidente da República, este cidadão, continuarei cumprindo todos os mandamentos da nossa Constituição.

É uma honra ser o líder de milhões de brasileiros que, como eu, defendem liberdade econômica, religiosa, de opinião, a honestidade e as cores verde e amarela da nossa bandeira.

Muito obrigado.

Bolsonaro recebeu 58.206.354 votos no segundo turno, ou seja, 49,1% dos votos. Já o vencedor, o ex-presidente Lula da Silva (PT) venceu o pleito com 60.345.999 votos, ou seja,  50,9%.

O presidente evitou qualquer entrevista, Quem se pronunciou foi seu chefe da Casa Civil, o senador piauiense Ciro Nogueira (Progressistas0. Segundo falou, comandará e representará o governo derrotado no processo de transição. Do lado vencedor, o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) terá essa tarefa.

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Categoria(s): Eleições 2022
segunda-feira - 31/10/2022 - 22:26h
Lei e ordem

Ministro determina desobstrução de rodovias

Caminhoneiros bolsonaristas ocuparam trechos de rodovias em protesto contra a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) na eleição de domingo (30).

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), intimou autoridades, como o ministro da Justiça, Anderson Torres, a punir eventuais omissões.

Quer a lei e a ordem prevalecendo.

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Categoria(s): Eleições 2022 / Política
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