De olho na reeleição em 2006, o senador Styvenson Valentim (Podemos) muda diametralmente seu estilo de fazer política.
Resolveu ser político.
Fazer política, digamos.
Aos poucos, o senador descobre a importância da imprensa, a necessidade do diálogo e a obrigação de interagir com outros agentes públicos como vereadores, prefeitos, lideranças comunitárias, representantes de entidades da sociedade civil.
Entendeu que um celular na mão e alguns desaforos não vão ser suficientes para se reeleger.
Com certeza, em 2026, não vai repetir a campanha eminentemente virtual de 2018, quando venceu ao Senado sendo um outsider (fora do sistema), o antipolítico. Nem repetirá a patacoada de 2022: simulou ser candidato ao governo estadual espichado num sofá, fazendo vídeo ao lado da mãe e de um cachorro magricela.
Faz certo em mudar, se ajustar, ser minimamente normal, sem perder sua essência.
Em 2018, ele foi eleito com 745.827 (25,63%) dos votos, enquanto Zenaide Maia (PHS, hoje no PSD) alcançou 660.315 (22,69%) votos.
Eles deixaram para trás, por exemplo, o senador Garibaldi Filho e ex-senador Geraldo Melo (PSDB). O primeiro, que já obtivera 1.042.272 (35,03%) votos em 2010 e buscava reeleição, em 2018 foi o quarto colocado com 376.199 (12,93%). Geraldo Melo somou até mais do que ele, com 382.249 (13,14%).
Em 2026, Styvenson vai enfrentar – provavelmente – Fátima Bezerra (PT) e Zenaide Maia, com duas vagas novamente em jogo. Outros nomes deverão surgir, como a hipótese crescente do hábil Ezequiel Ferreira (PSDB), atual presidente da Assembleia Legislativa do RN.
Cuida, Styvenson.
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