Quem exercita a política como atividade diária é diferente de quem a vê com desdém, a trata com nojo ou bate nos peitos e brada: “Detesto política”.
O político, de ofício, sempre enxerga e trabalha para pavimentar caminho mais adiante.
No esquema da prefeita de direito Fátima Rosado (DEM), a “Fafá”, que nos últimos anos mergulhou na política para tirar o melhor dela, aos seus interesses, existem planos ousados. Estão em andamento.
Quando deixar a prefeitura no dia 31 de dezembro, a enfermeira Fafá estará com horizontes ampliados para nova marcha. Os trabalhos que são feitos a preparam para disputa à Câmara Federal.
Entre pessoas mais próximas do seu círculo familiar, ninguém faz questão de esconder o projeto. A ideia é de uma dobradinha em 2014, com ela à Câmara Federal e seu marido e atual deputado estadual, Leonardo Nogueira (DEM), concorrendo à reeleição.
O esquema de Fafá usa uma lógica e tática que têm funcionado há tempos em Mossoró. Os dois lados Rosado criam para a disputa proporcional o clima da atmosfera competitiva de lutas majoritárias.
Para 2014, de novo, virá aquele discurso maniqueísta do bem contra o mal. De um lado, Fafá Rosado; do outro, a prima e adversária Sandra Rosado (PSB), concorrendo à reeleição à Câmara Federal. Uma, boazinha; a contendora, má. Tudo dependerá do ângulo que se olhe a campanha.
A atmosfera fica ideal para dividir emocionalmente a cidade, catapultando as duas à vitória. Aí, lá em Brasília, tudo poderá voltar às boas, sob o batismo de um bom vinho.
A viabilização dessa dobradinha entre marido e mulher está sendo sustentada principalmente na crença de vitória à Prefeitura de Mossoró, da vereadora Cláudia Regina (DEM). Com Cláudia na cadeira de Fafá, os horizontes devem ficar mais diáfanos à continuidade do ainda frágil “fafaísmo,” subgrupo do “rosalbismo”.