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segunda-feira - 23/05/2022 - 09:52h
Perigo

Taxa de Mortalidade Materna no RN dobrou no último ano

A taxa de mortalidade materna no Rio Grande do Norte mais que dobrou neste último ano. Conforme dados registrados no Painel de Monitoramento de Mortalidade do Ministério da Saúde, houve um aumento de 103% nos óbitos maternos entre 2020 e 2021.

Números do RN são bem acima do quadro nacional  (Foto ilustrativa)

Números do RN são bem acima do quadro nacional (Foto ilustrativa)

No ano de 2020 a razão de mortalidade materna foi de 72,5 por 100 mil nascidos vivos, enquanto em 2021 foi de 147,2 por 100 mil nascidos vivos – conforme a última atualização de dados. Número também superior à média nacional, que foi de 107 mortes. A pandemia da Covid-19 e o contexto social devido ao isolamento contribuíram para o aumento da taxa.

A informação torna ainda mais relevante a importância do dia 28 de maio, quando se celebra o Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher e o Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna. A data visa destacar perante à sociedade a problemática da mortalidade materna, os óbitos de mulheres durante a gestação ou até 42 dias após o término da gravidez.

Também se considera nesta categoria, a morte após um ano do parto, se houver causa relacionada com ou agravada pela gravidez, ou por medidas em relação a ela, como mortalidade materna tardia.

De acordo com o Ministério da Saúde, 92% dos casos de mortalidade materna são por causas evitáveis; dentre as principais, destacam-se a hipertensão, hemorragia, infecções puerperais e doenças do aparelho circulatório complicadas pela gravidez, pelo parto ou pelo aborto.

Taxa de Mortalidade

Brasil

2019 – 57 mortes a cada 100 mil nascimentos

2020 – 67 mortes a cada 100 mil nascimentos

2021 – 107 mortes a cada 100 mil nascimentos

Rio Grande do Norte

2019 – 70,4 mortes a cada 100 mil nascimentos

2020 – 72,5 mortes a cada 100 mil nascimentos

2021 – 147,2 mortes a cada 100 mil nascimentos

Nestes últimos anos, mais uma causa foi somada a essa lista, o que gerou forte impacto sobre os casos: a Covid-19. Antes da pandemia, a média era de 50 por 100 mil nascidos vivos. Apesar de menor, a taxa ainda era alta se comparada ao ideal, a Organização Mundial de Saúde preconiza que a taxa deve ser inferior a 20.

“A Covid-19, primeiramente, levou ao aumento da morbidade e mortalidade nas gestantes e puérperas acometidas pela doença, como também pelo afastamento das mulheres do consultório médico com temor em contrair a doença, e, dessa forma, descuidando de outras enfermidades, como hipertensão e diabetes. Além disto, diversas unidades básicas de saúde reduziram o atendimento devido ao isolamento social e de as unidades de terapia intensiva (UTIs) estarem superlotadas”, elenca Elvira Mafaldo, secretária executiva da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Rio Grande do Norte (SOGORN).

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Categoria(s): Saúde

Comentários

  1. Marcos Pinto. diz:

    Mesmo sendo um profundo torcedor pela gestão Fátima Bezerra, fico muito triste por este contundente índice. Depõe de forma contundente contra a gestão dela, o que deriva para o seu incompetente Secretário de Saúde. É inadmissível que em pleno tempo de alta implementação de estratégias medicamentosas e equipamentos médicos que garantem cerca de 97 por cento de êxitos em mulheres parturientes, prova que algo de muito grave está ocorrendo por omissão voluntariosa decorrente de grave desvio de dotação orçamentária para esse tão importante segmento da saúde nacional.

    te

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