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domingo - 06/11/2022 - 11:26h

Teto de gastos – primeiro desafio de Lula

teto-de-gastos-brasil-1-750x440Por Ney Lopes

Um tema que polariza hoje o debate pós eleição no país é o “teto de gastos”.

As mais variadas correntes debatem o que pode e do que não pode estar incluído no “teto de gastos”.

Defender o teto dos gastos, porém, não significa dizer que a área da saúde, por exemplo, não precisa de mais investimentos futuros ou não deve ter aumento em suas despesas nos próximos anos, sobretudo em virtude do rápido envelhecimento da população.

A pandemia de covid-19 só aumentou a percepção da importância de um sistema público de saúde robusto para atender os milhões de desvalidos deste país.

Não se trata de estimular gastos excessivos, mas sim aplicar a justiça e a equidade, para conter a propagação da miséria.

De que adiantam superávits fabulosos nas contas públicas e o povo carente, gerando instabilidade social?

O Chile foi o exemplo de uma política ultraliberal (defendo o liberalismo social), que amordaçou a ascensão social e levou o povo às ruas em protestos.

Deu no que deu.

No Brasil, de forma contraditória, restringe-se a aplicação do teto de gastos exclusivamente as despesas primárias, como gastos em saúde, investimentos públicos, segurança e salários e ficam fora do limite, o pagamento de juros da dívida, fundos eleitorais e despesas com empresas estatais.

Permitem-se despesas além do “teto”, para pagar juros a bancos, compromissos com estatais e gastança eleitoral.

Mas, proíbem-se reajustes a servidores, investimentos, que ampliem pesquisas nas Universidades, políticas sanitárias, programas sociais, segurança pública, melhorias do SUS etc.

Ninguém em sã consciência é a favor da irresponsabilidade fiscal.

Mas, nem oito, nem oitenta!

Antes de alegar que falta dinheiro para despesas sociais inadiáveis, o governo deve explicar as razões dos incentivos tributários consumirem mais de R$ 300 bilhões por ano, cerca de 20% da arrecadação federal, e não serem devidamente transparentes, monitorados e revisados.

Por que só falta dinheiro para a área social?

As reservas brasileiras estão entre as dez maiores do mundo.

Não se propõe “queimar” essas reservas, as quais evitam que o país passe por crises econômicas decorrentes de restrições externas.

Entretanto, é possível usá-las com sensatez.

Um caminho seria usar parte dos dólares das reservas, aplicados atualmente em títulos da dívida pública dos EUA, convertendo-os em reais, e injetando na economia brasileira para obras de infraestrutura como saneamento, transporte, energia e políticas sociais.

Tema amplo este do “teto de gastos”.

A solução a ser encontrada será o primeiro desafio de Lula.

Ney Lopes é jornalista, advogado e ex-deputado federal

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Categoria(s): Artigo / Política

Comentários

  1. Lair Solano Vale diz:

    Agora com o nome de ” emenda do relator ” , o incentivo da Rede Globo e etc para furar teto é uma GRACINHA.
    ” AGIRA PODE TUDO “.
    Vamos lá galo bebum cumprir as promessas, se assumir ? se ALKMIN não ocupar seu lugar em breve.

  2. Marcos Pinto. diz:

    Segundo a minha saudosa bisavó paterna dona Maria Philadélfia Ferreira Maia ,(Dona Maricá) ) do tradicional Clã familiar MAIA, do Catolé tô Rocha-PB. Quem disso cuida disso usa. O Lair deve estar beirando as raias do alcoolismo inveterado, porque só fala em bebum. Calma!. Antes que você me aponte o seu dedo etílico, já lhe afirmo que estou consumindo (Com muita sede !) Uma garrafa da saborosa Cachaça “Pátria Amada”, fabricada pelo nobre Colega Francisco Soares de Queiroz, a qual atribuo qualidade

    • Carlos Santos diz:

      NOTA DO BLOG – Bom dia, Marquinhos. Não conheço a Pátria Amada, o que é deveras um pecado também cívico-mossoroense. Mas, o farei em breve,visto que são muitos os apreciadores do precioso líquido a fazerem elogios à ela. Câmbio.

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